Parte XXII
Esta parte pode ser lida imediatamente após a parte XVI. No entanto, a leitura atenta de todas as partes dará uma ideia melhor da história como um todo ( realidades paralelas e tudo o mais)
Após o ritual de encerramento da cerimônia descrita na parte XVI, onde Meister havia sido exposto ao tentar sugar toda a energia do ritual para fins desconhecidos, e havia então revelado uma face demoníaca e desaparecido em meio a uma nuvem de fumaça escura e fétida, minha esposa parecia meio estranha. Naquele ritual, tudo parecera desaparecer ao nosso redor, estávamos em outra dimensão, pareceu um século, um milênio, mas tudo durou um segundo.
Regina estava relaxada e com um olhar diferente, um brilho, alguma coisa... ela me beijou e disse: “Nada é o que parece ser. Existem planos acima de planos, e véus sobre véus”. Ela, em uma frase, resumiu o que eu havia lido em dezenas de livros.
Em um relance, percebi que havíamos repetido nossas experiências em realidades alternativas, porém me pareceu que Meister estava tentando dominar gradativamente as diferentes realidades. Algumas memórias onde eu participava de algumas coisas estavam misturadas com outras onde era Meister o protagonista. Senti que ele tencionava, de alguma forma, ter Regina, com toda a sua energia orgásmica, apenas para ele. Minha esposa, após o esforço intenso dos dias anteriores, dormiu profundamente.
Na manhã seguinte, Regina ainda dormia e não foi incomodada. Procurei por Bernard, que me pareceu ser o mais apto a me ajudar, pois foi o autor daquele impressionante gesto místico, que afugentou o inimigo.
No entanto, encontrei apenas Nguvu. Bernard, segundo ele, teve uma experiência que nunca havia tido antes na vida, que o fez repensar muitas coisas, e estava de retorno ao seu país. Mas pediu que eu deixasse um grande abraço para Regina.
Meister estava desaparecido, o que poderia ser preocupante. Ele havia conseguido, através daquele ritual e de outros anteriores, acumular uma grande quantidade de energia que poderia usar para prejudicar outras pessoas. Quando questionei Nguvu quanto a isso, como é que alguém como Meister poderia estar na Ordem, ele argumentou que a energia sexual era como a eletricidade, que pode ser usada para o bem ou o mal. Pode iluminar um Hospital e salvar muitas vidas, mas pode eletrocutar uma pessoa até a morte. Mas eu não havia ido até lá para falar sobre isso, e sim sobre os acontecimentos estranhos , onde a nossa Iniciação havia se repetido, porém de maneiras diferentes. Na primeira que eu lembrava, ele, Nguvu, é quem havia iniciado Regina. Em outra, era uma moça , seguida de um jovem , e ainda em outra, um Bárbaro musculoso, e nesta , Meister havia finalizado a cerimônia. E o episódio do chicote também, Meister substituiu Nguvu...as festas no salão também haviam sido diferentes, com Meister também dominando .
Nguvu falou, preocupado: “Meister , ao que parece, está mexendo com os níveis de realidade, e isso pode ser grave para todo mundo. Vou ter que reunir o Conselho dee ver o que será feito a seguir. Por enquanto, é melhor que fiquem aqui.”
Argumentei que nossas férias iriam acabar em breve, e que teríamos que voltar a trabalhar... ao que ele replicou “- O fato é que não sabemos se vocês terão o mesmo trabalho quando voltarem para sua casa. A realidade pode ter mudado. Pode ser até que não estejam casados, que suas vidas tenham tido outro rumo.”
Voltei para o quarto, onde Regina ainda dormia. Como eu iria contar a ela ? Ou será que ela já sabia? Aquela história de planos acima de planos e véus sobre véus...
Regina acordou e disse que era o horário de andar a cavalo, que fazer isso a ajudava a controlar seus orgasmos, e isso ajudaria na hora de canalizar as energias. Achei meio estranho, afinal a sensação era preocupante, mas talvez o controle dessa energia fosse importante. As moças colocaram nela os enfeites com as presilhas nos seios, os vibradores vaginal e anal ( como descritos na parte VII). Regina estava nua, desta vez sem a corrente no pescoço. A coleira dourada permanecia, porém. Passamos por aquele corredor imensamente longo. Chegamos ao jardim perto do estábulo. Quando lá chegamos, André, o rapaz alto e musculoso, estava lá, novamente sem camisa, usando apenas as calças de brim. E parecia muito alegre por rever Regina. E quem não ficaria alegre ao ver aquela belíssima mulher nua? O cavalo era o mesmo garanhão da primeira vez. Ela preferiu ficar descalça, seus pés sentindo a grama até chegar lá. O Francês não estava mais lá, e ela parecia mais comandar esta atividade do que antes, quando estava completamente submissa. Ela estava sem máscara, então André pode ver toda a beleza daquela mulher. Ele a ajudou a montar o garanhão, Zeus (esse era o nome do animal), em pelo. Claro que aproveitou para dar uma passada de mão na bunda de minha esposa, que sorriu para ele. Ela foi conduzindo o cavalo com um passo leve, seus pezinhos nus roçando o pelo, sua bucetinha diretamente em contato com a coluna do garanhão. O movimento do cavalo ia ativando os vibradores, e logo a excitação foi aumentando. Regina sentia a brisa da manhã no seu corpo nu, o Sol tocando sua pele, o céu azul acima dela, ela roçava seu sexo em Zeus, aquele garanhão vistoso e potente. Ele andava devagar, como que sabendo os passos que deveria dar para que o movimento de sua coluna levasse lentamente aquela fêmea ao orgasmo. Provavelmente ele havia sido adestrado para isso...quantas mulheres ele já levara ao orgasmo antes, nesse centro de treinamento sexual? E também... se havia ali todas as formas de sexo, será que algumas mulheres chegaram a ser penetradas pelo garanhão? Talvez por isso mesmo Zeus tenha ficado com aquela ereção e precisou ser afastado naquela primeira vez. E talvez por isso , na segunda tenha sido um outro animal.
Os minutos passaram, e minha esposa começou a suspirar. O tesão estava aumentando, ela esfregava a bucetinha e o cuzinho com mais vontade enquanto cavalgava, e os vibradores estimulavam seu ponto G, o clitóris e o ânus. Mas ela estava sob controle, seus músculos iam estremecendo levemente, ela apenas suspirava, olhos fechados, posição ereta. Ela, com um leve movimento dos pés, fez com que o animal passasse a trotar, o que aumentou a intensidade dos vibradores. Ela teve então um orgasmo forte e prolongado, mais intenso que das outras vezes. Mas ela manteve a postura, suspirando mais forte. Regina é multiorgástica, então teve vários orgasmos sucessivos. Sua boca queria gritar, mas ele se controlava , apenas deixava os espasmos musculares percorrerem seu corpo, mantendo-se forme, as pernas firmemente apertadas contra o corpo de Zeus, que sentindo a energia sexual que os envolvia, passou a ter uma ereção. O membro do cavalo era enorme, imaginei o estrago que poderia fazer se quisesse penetrar Regina. Ela, dando leves batidas com os pés, deu a entender que queria galopar. E Zeus, entendendo, disparou, distanciando-se de nós. Regina agora gozava com os braços levantados, sentindo o vento no seu corpo , ela estava gozando em unidade com a Natureza.
Como da outra vez, o garanhão retornou, com Regina em êxtase sobre ele, altiva, o corpo formigando, brilhando de suor, a energia de seus orgasmos aparecendo em forma de uma aura ovalada ao redor dela e de Zeus. Ela ficou ali, com o corpo estremecendo levemente, olhos fechados, quieta, num orgasmo prolongado, quase como naquela outra vez onde seu corpo astral apareceu sobre ela. Então, a forma ovalada foi aumentando em intensidade e brilho, um brilho quase ofuscante. Zeus, o garanhão, começou a corcovear, com sua forte ereção, parecia que estava montando em uma fêmea. Regina continuava firme, mesmo com aqueles pulos do cavalo. Estava ereta, quase como que indiferente ao que acontecia, mas seu orgasmo era perceptível. Então Zeus, com um espasmo, ejaculou fortemente, um jorro de esperma, e se acalmou. Minha esposa tremelicava inteira. Lentamente, ela se deitou sobre o garanhão, as pernas levemente dobradas, e acariciava o pelo do cavalo. A aura ovalada foi se dissipando. Regina estava relaxada sobre o animal. Talvez aquilo tivesse algo a ver com mitologia grega, Zeus , algo assim, mas eu ainda teria que analisar isso. E, ainda mais, o fato de que Meister estava manipulando os níveis de realidade. E se, quando voltássemos, o mundo lá fora estivesse diferente?
CONTINUA
