Mamãe queria uma Filha | Capítulo 11 [FINAL]: Meu nome é Larissa

Um conto erótico de Bia T
Categoria: Homossexual
Contém 2333 palavras
Data: 16/12/2019 15:42:02

Oi gente, aqui é a Bia, esse é o último capítulo deste conto! :-(

Mamãe queria uma Filha | Capítulo 11 [FINAL]: Meu nome é Larissa

Após acordar em uma cama de hospital pela manhã depois de desmaiar em casa, olhei para os lados, meio confusa, até ver minha mãe, sentada em uma cadeira e debruçada sobre meu colchão, dormindo. Na hora senti um aperto no peito, uma tristeza, será que eu realmente tinha julgado mal a mamãe por tudo o que ela fez? Quer dizer, se ela sabia que eu era transexual e fez tudo o que fez por mim, mesmo que eu ainda não tivesse a noção da minha transexualidade, ela poderia ser considerada uma heroína e não uma vilã. Ela sabia que eu só precisava de um 'empurrãozinho' para que eu pudesse me descobrir e, por mais que o tal 'empurrãozinho' fizesse seu coração doer, ela resolveu fazê-lo mesmo assim, para o meu bem. De repente senti vontade de abraçá-la, de beijá-la e de pedir desculpas por ter sido tão desonesta com os meus próprios sentimentos. A minha mãe realmente me conhecia melhor do que eu mesma, ela era mesmo uma mãe com 'M' maiúsculo.

Enquanto eu ainda me fazia perguntas do tipo 'Eu gosto de ser mulher?' ou 'Como fui tão lerda para perceber minhas reais vontades?', percebi minha mãe acordando e ficando ereta na cadeira.

– Bom dia filha, já acordou? Você está bem? Já se sente melhor? – Mamãe me perguntou, com cara de preocupada.

Resolvi responder à pergunta com um gesto simples que traduz carinho e consideração no mundo todo: eu a abracei. E não só a abracei como chorei e pedi desculpas, como forma de agradecimento por tudo.

– Ora, por que está chorando, filha? A mamãe sempre vai estar aqui com você, não importa o que aconteça, eu te amo!

Conforme os dias foram se passando, eu já me sentia bem melhor e retornava normalmente para a minha rotina. Aliás, minha vida estava mais sincera, depois de tudo eu pude perceber que eu realmente AMAVA ser uma garota. Eu gostava de ir para a escola com minhas roupinhas, eu adorava ser elogiada e cantada pelos rapazes e eu simplesmente me sentia muito bem conversando com minhas amigas. Eu e minha mãe ficamos ainda mais próximas e, logo que chego da escola, eu a beijo e conversamos sobre as coisas do dia. Não me sinto mais obrigada a fazer algumas coisas com ela, agora eu as faço com prazer, como por exemplo assistir às novelas que ela tanto gosta.

Meu relacionamento com o Ricardo também está mais prazeroso depois que aceitei meus sentimentos. Ricardo chega em casa normalmente às 15:00 e já chega 'causando', elogiando minha mãe e fazendo nós duas rir. Às vezes nós assistimos filmes ou programas de TV, às vezes nós saímos para dar uma volta e ele sempre é carinhoso comigo, segura a minha mão ou minha cintura, me abraça, diz que sou linda... Quando estamos caminhando eu sinto algumas garotas me olhando com cara de ciúmes ou inveja, mas fazer o quê, nós somos mesmo um casal bonito, o Ricardo é alto, forte e bonitão, e eu sou uma mocinha bem feminina e delicada, com coxas e bunda que fazem qualquer marmanjo perder a linha.

Quando estamos sozinhos em casa, o Ricardo simplesmente me 'destrói', ele me fode de todas as maneiras, aliás, ele é bem safado quando o assunto é sexo. Às vezes minha mãe sai de casa rapidinho para ir ao mercado e o Ricardo me pede para eu dar um jeito no pinto dele, que está 'saindo da calça' de tão duro e eu obedeço, claro, como uma menininha obediente que sou e engulo aquela tora enorme, ganhando no final o esperado leitinho no meu rosto e na minha boquinha.

Apesar de eu e minha mãe voltarmos a viver tranquilamente, a paz não durou muito tempo. Em um belo dia, a campainha de casa tocou e eu saí para saber quem estava lá fora. Para a nossa surpresa, lá fora havia um oficial de justiça, intimando minha mãe para prestar esclarecimentos para a justiça sobre o meu caso. Era o que temíamos: o meu pai realmente estava cumprindo sua promessa, ele fez um boletim de ocorrência alegando que minha mãe estava me forçando a virar mulher e o estado resolveu averiguar a denúncia pois, caso meu pai tivesse razão, mamãe estaria cometendo diversos crimes, inclusive o crime de falsificação de documentos por ela ter usado um documento falso para me matricular em uma escola com um nome feminino. Na hora ficamos em choque, aterrorizadas, minha mãe poderia pegar vários anos de cadeia e, para se defender, ela teve até que contratar um advogado experiente para lidar com o caso.

Apesar de estar muito preocupada com a situação da minha mãe, eu pedi para que fossemos novamente visitar minha tia Mariela em sua fazenda, já que eu estava de férias de meio de ano, para que pudéssemos tranquilizar um pouco nossa mente. Chegando na fazenda, minha tia e minhas primas nos esperavam, já a par de todo o nosso problema com a justiça.

– Bom dia minha irmã e minha sobrinha favorita, que saudades de vocês! – Minha tia disse quando nos viu, sempre alegre e cordial.

– Bom dia Mariela, nós também temos saudades! – Minha mãe retribuiu.

Após deixar minha mãe e minha tia a vontade, fui conversar com minhas primas, que me olhavam sorrindo, com curiosidade.

– O q-que foi? Por que estão me olhando assim? – Perguntei com receio.

– E você ainda pergunta? Você está mais bonita e gostosa que essas atrizes famosas e ainda pergunta? – Minha prima Priscila respondeu, sempre sarcástica e irreverente.

– Quê!? P-Para com isso Priscila! – Eu sempre me assustava com ela, não tinha jeito.

– Mas é verdade! Eu fiquei encant.. digo, surpresa quando te vi, incrível! – Priscila respondeu, empolgada.

– Afê Priscila, deixa nossa prima em paz! Prima, que saudades de você! – Minha prima Sabrina veio e me abraçou, como sempre ela era uma doçura de pessoa.

Ficamos conversando por bastante tempo, eu me senti muito livre e feliz com elas, bem diferente da última vez em que estive naquela fazenda, quando me senti emburrado o tempo todo por ter que usar roupas femininas. Desta vez eu me sentia como uma delas, como se eu sempre fora uma garota.

Após conversarmos bastante, resolvemos entrar na piscina. Desta vez, eu não iria entrar com a minha cuequinha e sim com um biquini azul com flores estampadas e com lacinhos nos lados. Nem precisei fazer tucking para vestir meu biquini, meu pintinho era tão pequeno que parecia que eu tinha uma bucetinha. Quando entrei na piscina, minhas primas já estavam lá e ficaram perplexas quando me viram, principalmente Priscila.

– Nossa Larissa, vou ter que comentar de novo: você está gostosa, muito gostosa! – Priscila disse, já me deixando envergonhada.

– Credooo, para com isso Priscila! Liga não prima, depois que ela assumiu que gosta de mulher agora ela fica dizendo essas coisas feias até para as minhas amigas da escola que trago aqui, é um inferno! – Disse Sabrina, arrancando risadas de nós duas.

Enquanto estava na piscina brincando com minhas primas, eu pude reparar no quão bonita as duas eram, principalmente minha prima mais nova, a Sabrina, que tinha a mesma idade e mais ou menos o mesmo tipo de corpo que o meu. Por um instante eu pensei que, se eu tivesse me tornado homem e gostasse de mulheres, com certeza eu tentaria a sorte com ela. Mas logo em seguida eu parei para pensar e percebi que, na verdade, eu estava somente comparando nossas belezas, eu não gostava dela, realmente...

Após cansarmos de brincar na piscina, eu entrei no quarto de hóspedes para me trocar e, antes que começasse a tirar a parte de baixo do meu biquini molhado, Priscila entrou no cômodo de supetão, me arrancando um gritinho.

– O-O que está f-fazendo aqui, Priscila? – Priscila me olhava de um jeito estranho, sorrindo de canto de boca. Na hora eu escondi meus seios nus com minhas mãos, tentando escondê-los dos olhos maliciosos da minha prima.

– O que está escondendo aí, prima? Seus seios lindos e pontudinhos? Relaxa, nós estamos aqui entre mulheres, você não se tornou uma mulher? Por que tem tanto medo de mim? – Priscila falava e vinha em minha direção, me deixando encurralada – Para te fazer se sentir mais a vontade, vou tirar a parte de cima do meu biquini, ok?

Priscila tirou a parte de cima do seu biquini vermelho e eu pude ver um belo par de seios grandes e fartos. Fiquei um pouco envergonhada na hora.

– Por que está com vergonha? Agora você é uma menina, não é? Vamos lá, eu fiz minha parte, agora me deixe ver seus seios, só estou curiosa, prometo que não vou tocá-los, tá bem?

Priscila realmente sabia persuadir e eu tirei, aos poucos, minhas mãos da frente dos meus seios... Virei o rosto para o lado, com muita vergonha.

– Nossa prima, eles são lindos, maravilhosos! Como conseguiu isso mesmo sendo um menino? Aliás, você AINDA é um garoto, não é? Vou te pedir uma coisa de mulher para mulher, sei que não vai negar! Posso ver o seu pintinho, se é que você ainda tem?

– Q-Quê? – Eu mal acreditava no que ouvira – Você ficou louca? Não vou te mostrar nada, Priscila!

– Há, por que não!? Estamos sozinhas aqui, não vou falar nada pra ninguém! Por favorzinho!

Enquanto eu negava aquele pedido maluco da Priscila, minha outra prima, a Sabrina, também entrou no quarto, para meu alívio.

– O que está acontecendo aqui? – Sabrina perguntou, desconfiada.

– Não é nada mana, é só a Larissa que não quer me mostrar o pintinho dela... estamos aqui só entre mulheres e mesmo assim ela não quer me mostrar! – Disse a louca da minha prima Priscila.

Achei que aquela história terminaria ali pois sempre achei minha prima Sabrina super sensata e correta. Mas aí...

– Não vejo problema nisso, prima! É como minha irmã disse, estamos só entre mulheres! – Sabrina disse, toda sorridente.

– QUÊ!?!? Até você, Sabrina!? Não vou mostrar o meu 'periquitinho' para ninguém, vocês piraram?

As duas insistiram muito e, após muitas risadas e gritos, eu finalmente cedi e tirei a peça de baixo do meu biquini.

– Meu Deus!! I-Isso é... tãoo... ele é tããõo... – Priscila começava a falar, enquanto Sabrina arregalava seus olhos e tapava sua boca com as mãos.

– Pequenininho! Ele é.. minúsculo, prima! Como é possível que um garoto tenha um pênis deste tamanho!? É menor que o pênis de um menino de seis anos! E mal consigo ver as bolinhas! – Eu senti uma vergonha GIGANTESCA neste momento, parecia que eu tinha algum problema físico!

– E-Ele sempre f-foi assim, viu! – Tentei me explicar, mesmo que eu parecesse um tomate, de tão vermelha que estava.

– Mentira! Eu me lembro da primeira vez que vi o seu 'negocinho' aí, quando você tinha uns nove anos... era maior que isso, tenho certeza! Hahaha! Prima... minha nossa, os hormônios que você está tomando, eles te castraram! Se continuar diminuindo de tamanho assim, logo você não vai mais precisar fazer cirurgia para retirar seu pintinho, ele vai sumir sozinho!

As minhas primas começaram a rir MUITO e eu me senti humilhada, mais uma vez. Mas até que elas tinham razão, se eu queria ser mulher para que eu tinha que ter pênis grande?

A viagem para a fazenda foi boa, eu e minha mãe pudemos relaxar um pouco e esquecemos dos nossos problemas... até que voltamos para casa. Após um tempo, minha mãe foi chamada para JULGAMENTO das acusações que sofrera, tudo graças ao meu pai que não entendia minha situação, mesmo eu tentando falar com ele para me explicar. Por mais que eu ligasse para meu pai para tentar conversar com ele, a conversa nunca acabava bem e eu só podia ouvir 'Isso tudo é culpa da sua mãe, ela fez você virar uma menina! Ela vai pagar por tudo que fez!'.

Alguns dias antes do julgamento, eu fui aconselhada pelo nosso advogado a dizer que sempre quis me tornar uma garota pois esta declaração poderia pender o juiz a nosso favor, evitando assim que minha mãe sofresse uma pena muito pesada. Na verdade, nosso advogado nem precisava ter dito tal conselho para mim, eu já estava bem ciente dos meus verdadeiros sentimentos.

No dia do julgamento, após a promotoria fazer a acusação e os advogados de defesa fazerem seus discursos, eu fui chamada em juízo para responder à pergunta derradeira, aquela pergunta que vale um milhão de reais nos shows de auditório.

– … Então você alega que sempre se sentiu mulher mas não conhecia seus sentimentos verdadeiros? E agora você os conhece, a ponto de dizer que sua mãe, na verdade, te poupou de ter uma vida frustrada? – A Juíza Mariza me perguntou, toda séria.

– Sim, é exatamente isso, excelência! – Respondi com convicção.

– E como é que você conhece tão bem seus sentimentos, a ponto de afirmar com tanta certeza?

– Bom, eu amo minha vida, amo meus amigos, amo meu namorado... ou seja, eu amo ser mulher! A minha mãe me salvou de ter uma vida triste... serei eternamente grata por tudo o que ela fez! - Eu olhava sorrindo para a minha mãe, que também sorria para mim.

– Bem, e o que você pretende fazer com sua vida a partir de agora, senhor Arthur? – A juíza perguntou, com curiosidade.

– Excelência... por favor, MEU NOME É LARISSA!

:-) :-( :-) :-( :-) :-( :-) :-( :-) :-(

FIM do conto, amores! Minha intenção era terminar este conto no capítulo 10 mas mudei de ideia para atender aos pedidos de algumas amigas, principalmente de uma amiga em especial... ( e você sabe muito bem que é você! )

Espero que tenham curtido o conto tanto quanto eu gostei de escrevê-lo! Minha vida voltará a ser corrida daqui uns dias, só voltarei com um novo conto daqui a uns meses! Até lá, vou terminar o contos AS SENHORAS, como prometido.

Beijinhos e abraços, feliz Natal e ano Novo!

Da sua amiga, Bia.

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