IMPROVAVEL capítulo 43

Bora bagunça as coisas? Aquelas surpresinhas sujas

IMPROVAVEL capítulo 43

Narrado por Matheus

Não sabia o que tinha dado em mim pra atacar o Luka daquele jeito, no impulso me vi beijando ele sem pensar, o Caio tinha razão em me chamar de impulsivo, dias depois, estava na cama com o Guga

- Matheus vai fazer o que esse final de semana?

- Nada

- Então você vai passa o final de semana comigo

- Tá bom

- Mas a gente vai pro Rio

- Fazer o que no Rio ?

- Nada ueh

- Com esse sorrisinho na cara, tem mais coisa

- Nada demais

- Juro que acredito, vai Guga, fala

- Vou te apresentar pra minha família

- Oque?

- Isso mesmo

- A não Gustavo

- Qual o problema?

- Não sei, talvez conhecer a sogra

- Besteira, minha mãe é ótima, além do mais ela vive me perguntando quando ia conhecer o genro dela

- E porque agora

-Porque já tem um tempo que a gente namora e eu já conheço os teus pais, agora tu vai conhecer os meus

- Ah Gustavo, sei lá, é estranho e me dá um nervoso a ideia de conhecer tua família

- Calma, não precisa se preocupar, vai ficar tudo bem

- Quando vamos?

- Sexta a noite e voltamos segunda a tarde

- Vou morre antes

- Nossa, esse meu namorado é muito dramático

- Bobo – na outra noite estava em casa com o Caio, ele ia dormi lá

- Matheus cadê o pudim da tua mãe?

- Acabou, tu comeu tudo

- Mas eu tinha deixado metade

- O meu irmão comeu o resto pensando que tu não ia querer mais

- Aquele safado

- Não sei porque tudo isso se tu sabe fazer pudim

- Mas o meu pudim não é o da tua mãe, o dela é o melhor – toda vez que o Caio vem aqui em casa minha mãe faz pudim pra ele

- Mudando de assunto porque tu está tão estresadinho?

- O Bruno está me fazendo subir pelas paredes de raiva

-O que ele fez?

- Disse que essa semana não ia poder tranzar comigo direto porque tinha que ajudar o pai dele com a casos

- Mais isso não é bom?

- Seria mas tô afim de dar Matheus, Affs tô com um fogo esse dias

- Muita coceira no meio das pernas Caio

- Um pouco,

- Eu preciso de ajuda

- Com o que

- Com a família do Gustavo

- Porque?

- Porque esse final de semana ele vai me apresentar pra família dele, a sogra quer me conhecer

- Nossa Matheus que fofo, não tá feliz ?

- Mais nervoso que feliz

- Aí meu Deus que lindo

- Você está mais animado do que eu

- Claro, sinal que o namoro de vocês está andando pra frente

- Vendo por esse lado, mas fala da sogra

- Tu vai adorar ela, melhor pessoa do mundo, super divertida, ela vai te amar

- Não sei como tu pode ter tanta certeza

- Matheus, ela queria ter um genro, tipo ela acha fofo romance entre meninos, o sonho da mulher era o Lyan aceitar namorar com o Guga (pra quem não lembra o Gustavo gostava do Lyan) , ela dizia “O Lyan não me quer como sogra, mas poderia ser qualquer um de vocês (se referindo a mim, Daniel e Luka) contanto que seja bonequinho de porcelana tá valendo”. Tradução ela vai te amar, se bem que ela ama todo mundo mas enfim, Matheus tu ganhou na mega com essa sogra

- Bonequinho de porcelana? Isso e muito estereótipos

- O que eu posso fazer, se a ela queria um genro bonito, mas ela é demais

- Tu gosta mesmo dessa mulher

- Muito, porque tu acha que eu vivo dizendo que fui criado com o Gustavo? Passava mais tempo na casa dele do que na minha

- É bom mesmo isso ser verdade Caio

- A melhor parte é que ela cozinha muito bem, a mulher e chefe de cozinha e dona de restaurantes com estrela Michelin, quem tu acha que me ensinou a cozinha? Ela quer te conhecer provavelmente vai fazer um jantar dos deuses pra você

- O pai dele também é assim?

- Sim, igualmente ela

- Que bom então, já estava assustado

- Acho que o único que tu deve evitar e ficar com receio é o irmão mais velho do Guga

- Eu tenho um cunhado?

- Dois

- Legal, esse eu quero conhecer

- Porque?

- Porque tô sabendo desse cunhado agora, o Guga nunca falou dele

- Porque tem bons motivos, é sério Matheus, fala o menos possível com ele, no máximo um oi, nem pergunta se está tudo bem

- Nossa, porque isso

- Porque o máximo que tu vai conseguir é ser menosprezado, o Fernando (irmão do Gustavo) é na dele, quieto, serio, metido em coisa errada, todo malaco, não é o tipo de pessoa que você quer ter por perto

- Vou me lembra disso

- Mas me conta, vocês vão na sexta que horas?

- Acho que a tarde

- Então teremos tempo o suficiente, vamos ao spar, shopping, cabelereiro, comprar roupas

- Pra que tudo isso

- Pra te prepara né, não é todo dia que se conhece a sogra , até porque tu não pode fazer feio no jantar, vai ser um banquete daqueles, deu até fome

- Aí aí ai, tu é as tuas manias de achar que eu sou rico

- Não reclama, deixa por minha conta, considere como um presente

- Mas Caio

- Mas nada Matheus

- Ah cala boca deixa eu falar, não precisa tu pagar porque o Gustavo me deu o cartão de crédito dele

- O que – surgiu um sorriso malicioso no rosto dele

- Isso aí

- É hoje que eu estouro o limite desse cartão

- Tu é muito gastador, não tem pena do coitado

- Claro Matheus , homem serve pra isso, banca e sustentar a gente, eles comem e se lambuza pra depois não ter nenhum custo? Não senhor, e pena eu tenho de mim, é o que me faltava te pena de macho

- O Bruno é um santo de te aguentar

- É nada

- É esse anel aí no teu dedo Caio? Não vai dizer que ele te pedio

- Nem termina a frase Matheus

- Porque

- Porque não foi isso que aconteceu

- Então o que foi

- Ouve essa

Flash back Caio

Eu estava na casa do Bruno, na cama dele debruçado sobre seu peito , com ele cheirando meu cabelo, e não, não tínhamos transato ainda, estamos vestidos, tinha ido lá pra namorar um pouco

- Minha mãe gosta de você sabia

- Também gosto da sogrinha

- É sério Caio, as vezes quando a gente briga ela vem conversa comigo e sempre me aconselha a conversar contigo, fora que sempre pergunta de você, como tem passado, se a gente está bem, se tô te tratando decentemente, toda preocupada contigo

- Sério? Não imaginava que fosse tanto

- Sim, agora você que não é tão afetuoso com ela

- Ah Bruno, sei lá, eu gosto dela, não é aquela coisa toda mais gosto e tals

- Tá bom – me beijou – tenho que te dar um coisa

- O que ? – ele tirou do bolso uma caixinha preta, peguei a caixa abri e era um anel trançado de ouro com uma pedra de rubi, ele colocou no meu dedo

- Ficou lindo em voçe

- Bruno

- Que foi

- Eu espero que não seja o que estou pensando

- Calma não estou te pedindo em noivado

- Que bom, mas porque o anel

- Porque do tempo que a gente namora nunca te dei nada

- Não precisava

- Eu sei mas quiz te dar mesmo assim,

- Fofo da sua parte

- Fofo vai ser ver você usando ele

- Tu não está me dando isso como se fosse uma aliança neh

- É por aí, é o único jeito de marca território

- Isso é meio machista sabia, até parece que um anel impede alguém de se aproximar de mim

- Pode ser, mas esse anel já avisa os malandro que essa Vadia já tem macho

- Vou fingir que não escutei isso

-Príncipe é sério, vai usar sempre ?

-Ta bom Bruno, vou usar

- Beleza- ele deu um sorriso daqueles -aproveitando a oportunidade quer conversar sobre uma coisa

- Fala

- Estava pensando esses dias, já namoramos a um tempo, tipo tu me ama e eu te venero, daí pensei comigo, porque não

- Porque não o que?

- Morar juntos

- Como

- É, meu pai me deu um apartamento, comparado a tua casa é modesto, mas é perfeito pra gente

- Tu me acabou de dizer que esse anel não é de noivado e agora vem com essa

- E o que tem haver

- Não se faz de doido

- Qual é príncipe, vai dizer que tu não quer morar comigo

- Bruno não vou morar contigo

- Porque não?

- Porque não ueh, não vou sair da casa dos meus pais assim do nada

- Como assim do nada, se eu já passo mais tempo na tua casa do que na minha

- Porque tu quer

- Não, é porque tu está lá, príncipe não acha que já está na hora de levar isso pra frente

- Não estou preparado pra isso Bruno

- Mas príncipe

- Nem vem, vamo parar por aqui, já disse não vou sair de casa

-Pelo menos fala que vai pensar a respeito

- Tá bom, vou pensar

- Promete?

- Prometo -fico me perguntando quando o Bruno começou a ficar tão meloso

Fim do Flash back

- Tu é burro Caio

- Porque

- Tem um boy que é o maior gato, faz tudo pra ti e tu ainda é mal com ele

- Menos Matheus

- É verdade, quantas vezes ele aguentou teus pitis, segurou a barra quando tu fica puto, e ainda assim sempre foi atencioso, dai agora ele quer morar contigo e tu não aceita por capricho

- EI não me julga, não fui porque sei que se eu for, ou vai ser o céu ou vai ser o inferno, sinceramente não quero correr esse risco, até porque esta bom do jeito que está, ele na dele e eu na minha

- Tu é um namorado horrível

- Já fui pior, acredite

Na noite seguinte estava dando uma volta quando alguém me liga

- Alô

- Oi Matheus, é a Veronica, passando pra avisar que hoje é aquele open que te falei

- Sério, tinha esquecido geral

- Normal, mas pra isso que eu sirvo lembra as pessoas de coisas que elas não deveriam esquecer

- Bem isso, tá por onde?

- Tamo aqui no bar do galego

-Onde e isso?

- Rua ###### número #####

- Tô perto

- Então da uma encostada, tá legal, a turma tá aqui e tem vários gatinhos largados

- Já tá de olho nos macho

- Pior que não, tô com o meu boy aqui

- Qual?

- O que te falei

- Quero só ver quem é esse Deus que tu tanto fala hahahaha

- Vai vim?

- Vou sim reserva uma saideira pra mim que estou chegando

Antes de fazer direito fiz dois semestres de engenharia mecânica, muito cálculo pra mim, então larguei, a Veronica foi a veterana que me adotou no curso, tipo que eu poderia pedir ajuda e tals nas matérias, nos demos super bem e mesmo saindo do curso mantive essa amizade, ela era um baita mulherão, 173 al 70 kl, pele parda bronzeada, cabelo escuro meio ondulados cortados na altura do rosto, na face tracos fortes porém delicados, cintura fina toda trabalhada na academia, aquela mulher que faz qualquer homem perde a cabeça, algumas semanas pra cá ela vem comentando de um boy que tinha conhecido por um primo dela, tá gamada nele, que era perfeito e muito gostoso mas que tinha um problema, o cara era gay, ou bi, o fato que é que ele namorava com um cara, e esse namoro era assumido, sim ela era a amante, mas não se importava porque mesmo sendo a segundo a opção eles não se escondiam, todos sabiam deles, menos é claro, o namorado do boy. Cheguei, o bar estava lotado, gente bonita, bebida, fui cumprimentando os conhecidos e sendo apresentado pros desconhecidos.

- Matheus -ela veió ate mim quando me viu

- Eai lindona

- Tudo bem príncipe? -beijos no rosto

- Tudo sim e com você

- Tudo certo

- Nossa, uma vida que a gente não se vê

- Correria nega, eu sem tempo e você sem espaço na agenda

- Sempre te chamo pra sair, tu que não aceita, depois que começou a namorar ficou todo metido

- Digamos que o Guga não me deixa ficar desocupado

- Já te falei como gosto dessa tua cara santinho mas com jeito de safado

- Não mas tudo bem

- Já falou com a turma

- Já sim

- Já foi apresentado pra geral?

- Já sim, os meninos cuidaram disso, nossa entrou um meninos bem bonitinhos depois que sai neh

- Ah sim, cada boy maravilhoso

- Falando em boy maravilhoso cadê o teu que ainda não vi

- Foi no banheiro mas já volta

- Quero só ver se é tudo isso

- Ele é, não vai se aguentar em pé

- Tá gamadinha

- Tô, ah falando nele, olha ele aí – ela deu 3 passos na minha direção, e deu um beijo nele, me virei, caralho, puta merda, não acreditava no que via, não podia ser verdade

- Demorou amor

- Efeito da cerveja

- Deixa eu te apresentar um amigo – ele viva pra mim fica estático – Matheus esse é o Bruno, Bruno esse é Matt

- Tudo bem Matheus ? – ele me cumprimenta estendo a mão

- Tudo e com você?

- Tudo sussa

-Se conhecem da onde gata?

- Ele fazia engenharia com agente, largou depois de um ano

- Ela também me acolheu no curso, tipo minha madrinha

- Ah legal, e porque largou? -O Bruno pergunta

- Muito número pra mim, além de que onde eu pensava que um mais um era dois, na verdade era três – mandei aquela indireta

- Muito número ou porque teve um rolo com o professor de cálculo e no fim deu merda

- Nossa Veronica, também não espalha

- Todo mundo sabe

- Assim como sabe que tu também queria pegar ele, mas ninguém anda comentando

- Porque não querem, sabe que não me importo. Amor me busca uma cerveja?

- Claro princesa – deram um beijo

- Bruno – ele vira pra mim

- Fala

- Poderia me trazer um copo de whisky se não for incômodo

- Claro, sem problema

- Sem gelo por favor – do jeito que o Caio gosta, ele saiu indo pro balcão, Veronica vem e fica do meu lado

- Ele tem um bunda linda ne

- Até demais

- Gato demais, te disse que tu não ia se aguenta nas pernas

- Não tremi tanto

- Não, mas ficou vermelho, verde branco, quase sem voz, todo nervoso viajando na maionese, pareceu até que tinha levado um susto

- Voce não tem ideia

Nunca imaginei passa por um momento assim, ainda mais com o Bruno, pois eu vejo do jeito que ele trata o Caio, coloca ele no pedestal, sempre cuidadoso, atencioso, atende e suporta todos os desmandos e pits do Caio, mas no fim trair ele dessa forma. Fui conversar com uns conhecidos pra passar o tempo, porém não conseguia ficar ali vendo os dois se pegando na minha frente, 40 minutos depois de chegar comecei se despedir da galera

- Mais já? Nem chegou direito e já tá indo? – reclama a Ingrid

- Acredite, queria ficar mas não posso

- Porque não?

- Um amigo acabou de me liga, ele tá mauzão, terminou com o namorado porque descobriu que ele estava sendo traído – mandei a indireta olhando pra ele, que pela cara parece não ter gostado nada

- Nossa que chato, vai lá então, mas promete que vai sair com a gente de novo?

- Claro, te mando msg depois

- Tá bom, Tchal Matheus - ela me deu um abraço

- Tchal linda

- Até Matheus – Bruno me fala

- Até Bruno – sai do bar e fui pra fora, minha internet estava ruim então estava demorando pra chamar o uber , do nada escuto uma voz

- Matheus – era o Bruno

- Que foi

- Podemos conversar?

- Até meu uber chegar sim

- Vai contar pro Caio

- O que tu acha?

- Não faz isso Matheus

- Mano tu tá sendo filho da puta, ele não merece isso

- Olha quem fala, até onde eu sei da última vez que tu terminou com o Gustavo, não foi de forma amigável

- Pode ser mas pelo menos eu não ficava desfilando por aí com meu amante

- Não tô te pedindo pra não conta, tô pedindo pra deixar eu contar pra ele

- Fala sério né Bruno

- Tô falando

- E como vai ser essa conversa, “oi Caio tudo bem, então estou te traindo com uma amiga do Matheus”, para neh

- Então vai lá, conta, mas imagina como ele vai ficar mal quando souber

- Tu não presta, e pensar que até esses dias eu dizia pra ele que tu era um santo de aguentar as neuras dele

- Olha Matheus, não é da tua conta, e outra, porque não deixar do jeito que está, todo mundo sai feliz, eu, o Caio, e a Veronica .

- Tu eh muito cachorro, mas enfim, não prometo nada, o Caio não é burro, ele vai descobrir mais cedo ou mais tarde, e quando isso acontecer, Deus te ajude

- Então estamos de boas?

- Tchal Bruno meu uber chegou! – fui pra casa, passei noite todo pensando no que faria, descobrir que o namorado do teu melhor amigo tá traindo ele, e guarda esse segredo é foda. No outro dia acordo com umas ligações do André, passou o dia mandando msg, e eu ignorando, até que cansei e atendi o celular

- O que tu quer ?

-Saber como você está

- Tá bom, até parece

- Se tu sabe o que eu quero porque pergunta?

- André esquece, o nosso tempo já passou

- Matheus, não passou, se tivesse passado tu não me atenderia

- Convencido

- Sempre, tá livre hoje?

- Não pra você

- Qual é, eu sei que você quer

- Tu não sabe

- Ah eu sei, vou te espera no mesmo lugar no mesmo horário e mais uma coisa

-O que

- Traz o pudim da tua mãe

- Vai te fuder garoto

- Até mais Matheus

Passei o dia pensando, pensando mas não teve jeito, lá estava eu parado na esquina esperando ele chegar, tenho certeza que estou fazendo a burrada do século, traindo o Guga por nada, eu realmente não presto, o carro parou eu entrei

- Oi lindo

- Oi

- Cadê o pudim ?

- Já quer demais querido

- Vem aqui meu pudinzinho – e me beijo. No outro dia ante, em casa estava me sentindo muito mal pelo o que tinha feito na noite anterior, era sexta feira, viajaria com o Gustavo a noite, mandei uma msg pro Caio vir aqui em casa pela tarde pra contar sobre o Bruno, nesse meio tempo a Veronica me manda msg

- Tá onde nego

- Em casa

- Blz, tô indo aí, preciso falar com você urgente

- ok –, minutos depois ela chega, nos cumprimentamos, ela senta do lado do sofa e eu no outro, ela servida de uma fatia de pudim

- Mas o que era de tão urgente

- Tem alguém em casa?

- Só a gente, pode falar

- Tá bom, Matheus eu sei

- Sabe o que?

- Que você é amigo do namorado do Bruno – ela me falou bem plena

- Mas...

- Não nega

- Como?

- No bar quando tu saiu, ele saiu atrás de você em seguida, vi vocês discutindo lá fora, também teve a forma que voce agiu quando viu ele, me perguntei se tu era o namorado dele, fiquei com isso na mente e tive que pergunta pra ele, ele me respondeu

- É verdade, eu sou, você nunca tinha visto o namorado do Bruno?

- Até aquela noite não, nunca quis ver ele nem por foto, o Bruno me disse apenas o nome, Caio, nome esse que julgava ser fantasia

- Está correto, é Caio

- Agora eu sei que sim

- Porque vai aqui ? Você não veio aqui só pra confirmar o nome do Caio

- Vim pra te pedir pra não contar nada pra ele

- O que?

- Isso aí

- Mas porque?

- Porque sim Matheus, olha não me importo de ser “a outra”, por mim tudo bem do jeito que está, além do mais, se depois eu não quiser mais o Bruno, eles vão terminar por nada

- Deixa eu ver se entendi, tu está preocupada com o bem está do Caio

- Por aí

- Não acredito, isso seria muito filho da puta com ele

- Bom, até você não saber sobre eu e o Bruno, estava tudo bem, agora que ficou sabendo está nessa complicação toda

- Não te julgo Veronica, nunca julguei e não estou fazendo isso agora, até porque nem posso, a questão é que agora sei que é um amigo meu que está nessa situação, é o mínimo de consideração seria contar pra ele

- Também sou tua amiga, e a mais tempo que ele, tô te pedindo de coração, não conta pra ele

- Não entendi isso

- Matheus, só não quero causar problemas que podem ser evitados, além de que vai que esse guri seja meio doido e fique me perseguindo

- Conhecendo o Caio isso é provável

- Então vai contar? - dei aquela respirada

- Vou pensar

- Já é alguma coisa, tem pudim?

- Não, você comeu tudo

- Droga , a tia faz pouco pudim

- Ela faz muito mas toda vez que alguém vem aqui em casa assalta a geladeira -ela foi no banheiro enquanto isso escuto me chamar la fora, vou na porta pra ver quem é, era o Caio, caralho, esqueci que tinha pedido pra ele vir aqui

- Qual é Matheus, vai me deixar torrando no sol, abre logo o portão

- Calma, tô indo – fui pegar a chave do cadeado. Já dentro de casa

- Que cara é essa Matheus?

- Nada

- Matheus eu vi um bolo na geladeira, posso pegar? -vinha a Veronica da cozinha, minha respiração parou

- Não tá sozinho? – Caio pergunta

- Não - respondo

- Tem bolo? – Caio pergunta pra ela

- Tem sim, de cenoura com chocolate

- Delícia, e pudim tu viu se tem?

- Acabei de comer o resto que tinha

- Pelo menos tem o bolo, posso fazer as honras?

- Claro, você primeiro – e lá foram os dois pra cozinha, enquanto eu fiquei na sala me perguntando como isso foi acontecer de um dia pro outro

- Ei, não disse que vocês podiam comer – gritei, na cozinha os dois super conversaram altos papos, pareciam que se conheciam a séculos

- Homens são homens, a gente se estressar, xinga e as vezes pragueja mas não tem como viver sem eles, o negócio é bom demais – ela fala

- Nem me diga, tenho uma briga constante com o meu namorado, desgraçado, mas não reclamo muito porque as vezes ele me faz subir pelas paredes

- Assim que é bom, qual o teu insta? – ela perguntou – Que indelicadeza da minha parte, nem sei o teu nome

- Normal, relaxa

- Prazer, eu Veronica

- Prazer, Caio- quando ele se apresentou ela ficou imóvel por alguns instantes, foi perceptível- que foi?

- Nada, é que Caio é o nome do meu melhor amigo

- Pera, pensei que eu fosse seu melhor amigo – digo

- Sem drama Matheus, sabe que eu te amo

- Eu o que sempre digo pra ele

- Bom meninos o bolo estava ótimo mas, tenho que ir

- Vai onde ? -pergunto

-Na casa do outro Caio

- Essa aí foi boa, gostei dela Matheus

- Também gosto de mim

- Narcisista, amo

- Elogios de um narcisista pro outro não vale

- Vale quando o elogio é carregado de ironia e pretenção -o Caio responde

- Você é bom

- O melhor

- Acima da média

- De todas as médias – ok, é isso mesmo, eles estão se dando bem, tipo super bem, mano, isso tá virando uma coisa muito fora do contexto. E eu no canto sem falar nada

- Tchal, realmente tenho que ir

- Beijos?

-Beijinho Caio, ate mais – ela me dá um beijo e da aquela olhada dizendo “Caralho”

- Tchal, me liga depois

- Pode deixar -e foi embora

- Legal ela, como se conheceram?

- Antes de fazer direito cursava engenharia mecânica, ela é do curso

- Como eu não cruzei com ela ainda pelo Campos

- Porque eu fazia em outra instituição

- Tendi, mudando de assunto porque tu me chamou aqui

- Como?

- Tu me chamou aqui dizendo que queria conversa

-A tá, esqueci total – a hora é agora, dei aquela respirada de leve – tô nervoso com a viagem – a primeira desculpa que veio a mente

- Tu só vai conhecer a família de teu boy

- Há há e tu fala isso com essa facilidade

- Ah Matheus, eu passei por isso e sobrevivi, tu também vai,

- Quero so ver – O Caio foi embora no final da tarde, nisso o Guga me liga

- Amor

- Fala Gostoso

- Não vou consegui chegar hoje a tempo de pegar o voo

-Serio

- Sim, vou demorar mais do que tinha imaginado, mas a gente vai amanhã, já comprei as passagens

- Que horas?

- 10 da manhã, problema?

- Nenhum

- Se tu quiser me esperar lá em casa seria melhor, porque daí amanhã a gente já sai junto

- Pode ser

- Beijo então?

- Beijo

Tinha uma mensagem da Veronica que dizia “ele é lindo, agora eu sei porque o Bruno chama ele de príncipe"

Fui arrumar minhas coisas, mala e tals, celular aptou, era o Andre um “oi", maldição, eu sei o que ele quer com esse oi, nem abri a mensagem, voltei a arrumar a mala, mas fiquei pensando naquele oi, ia na cozinha, no banheiro, mas o oi não saia da minha cabeça, e eu lá tentado não responder, maldição, passei perto do celular e não teve jeito, respondi, com outro oi, ele respondeu na hora

- Bem?

- Tô sim

- Fazendo o que de bom ?

- As malas

- É hoje a tua viagem com o Guga neh?

- Era, agora só amanhã de manhã

- Hummm quer dizer está com a noite livre?

- Não disse isso

-Mas foi o que entendi

- Problema teu

- Ta malcriado, gosto disso

- Se tu diz

- Então Matheus, vamos ou tu vai ficar me enrolando a noite inteira – vi essa mensagem e demorei pra responder, rodei a casa inteira , fui comer, dei voltas no quarto, dizendo pra mim mesmo “Não vai Matheus, de novo não”, “Tu vai fazer burrada”, “ele so quer te usar”, meu corpo começou a formigar, cada segundo que passava o peito ia dilatando, a respiração ia ficando descompassado de tanta ansiedade, fui pro banheiro, bati uma pra me aliviar, tomei aquele banho de agua gelada, quando entrei no quarto , o celular ascende em cima da cama, dou as costas indo pro outro lado, ele apita, respiro fundo

- Eu não Vou, não vou, ah demônio – viro de volta, e me jogo na cama desesperado em busca do aparelho, pra desbloquear o celular errei 4 vezes, na conversar ele tinha adicionado alguns nuds do pau babando, respondi

- Beleza, mas vem me busca em casa

- Já tô indo – me arrumei, fechei a mala, ia pro app do Gustavo depois do Andre,

- Tchal mãe tô indo

- Boa viagem meu filho

- Brigado

- Manda um abraço pro Gustavo

- Pode deixar, vou dar um beijo nele pela senhora

- Da um beijo na tua sogra também

- De sogra pra sogra?

- Sim, e trate muito bem ela filho, o Gustavo é um ótimo rapaz e sempre me foi muito gentil, trate a mãe dele igual

- Falou bonito agora

- Não tô brincando Matheus

- Tá bom mãe, pode deixar – sai de casa, o André não demorou, entrei no carro já beijando ele

- A gente se viu ontem e já tá nessa saudade

- Vamo, para de graça

Resumo, transei com ele, por volta das 12 da noite o Guga me liga

- Oi amor – digo ao atender a chamada

- Fala vida

- Que foi?

- Ligando pra saber como você está

- Tô bem

- Tá em casa?

- Tô, cheguei cedo – menti - porque?

- Da comida pro rato do Evandro (um amigo dele deixou um rato com o Guga pra ser cuidado enquanto viajava)

- Pode deixar, vai chegar que horas?

- La pelas 8, vamos direto pro aeroporto, agora tenho que ir, quando eu chegar a gente fala

- Vai lá cheiro – desliguei

- Quem era? - Andre pergunta ao entrar no quarto me oferecendo uma xícara de chocolate quente

- Ninguém – Aceito a xícara

- Porque essa cara, tá muito quente

- Não, é só que, a gente vai ter que parar com isso André

- Com o que – ele pega na minha mão

- Com isso

- Porque se tu gosta e eu também

- É mas a gente não passa disso

- Matheus, há passamos dessa faz, sim eu fui um filho da puta contigo e fiz muita merda, mas no final eu tô aqui, não tô

- Não tô falando disso André, é só sexo, e bom, eu gosto assim, sem complicações, curto muito e você sabe disso, é só que tenho que dá um rumo na vida, não contigo porque já caiu a ficha que eu e voce não passa de sexo, mas preciso seguir em frente com outra pessoa

- Aquela ligação era o Gustavo, não erra – acabei com a cabeça positivamente – te entendo, isso não vai durar pra sempre, um dia nos vamos dizer adeus, tchal, foi bom enquanto durou, mas ate la, não custa nada continuamos curtindo

- Não sei se te ódio ou te amo

- Pra mim tanto faz, contando que essa boquinha continue chupando gostoso

- Como tu é safado

- Tem que ser né, falando nisso tenho que te falar uma coisa

- Conta

- Eu tô namorando

- Com quem

- Uma guria aí, problema

- Não, também estou namorando

- Então tá tudo certo – por isso nos damos bem, um não presta e o outro na vale nada

Fiquei o resto da noite pensando a respeito, julgava o Bruno pelo o que tinha feito mas agora estou aqui, fazendo o mesmo, droga, eu não presto, André, minha perdição, na verdade minha falta de vergonha na cara que é a minha perdição. Deu umas 6 horas e fui pro apartamento do Guga, abro a porta, escuto um barulho na cozinha, vou ver o que é, era o Gustavo tomando vinho e fritando bacon com ovos, meu sangue gelou

- Oi lindo

- Oi, chegou que horas? – pergunto

- Já tem um tempo, tô fazendo ovo com bacon e queijo, o seu preferido

- Vou querer um pouco – ele estava sério, o clima na cozinha estava péssimo, sufocante, eu sabia que tinha alguma coisa errada, ele vem até meu e me beijou, o beijou foi diferente de todos, um beijo longo com ardor porém frio ele volta aos ovos, ficou de costa mexendo a frigideira

- Tu não se de nem o trabalho de tomar um banho – ele diz

- O Que, como assim? – pergunto , ele desliga o fogo E se vira pra mim

- Onde você estava Matheus?

- Na ca...

- Antes de responder é bom você saber de algumas coisas, ontem cheguei de viagem as 8 da noite, tentei te ligar pra saber se tu vinha pra cá mas tu não atendia, então eu liguei pra tua mãe, ela disse que tu tinha acabado de sair pra vim pra cá, beleza pedi uma pizza, fiquei te esperando e nada, deu 10, deu 11, liguei pro Caio, antes de pergunta se tu estava lá ele perguntou por você, você não estava lá, até aí tudo bem, mas quando te liguei e você disse que estava aqui, foi ai que vi, tinha alguma coisa errada – ele tomou um gole de vinho

- Gustavo

- Foi com o André, não foi

- O que, tu não sabe o que está dizendo

- Eu sei Matheus, e sabe como, tu não sabe mas eu conheço uma amiga dele, chamei ela pra sair e discretamente pedi pra ela chamar ele, ela disse que ele não podia, já tinha compromisso, é agora tu me aparece aqui com o pescoço marcado de leve, admita pelo menos uma vez na vida as merdas que voce faz – rolou uma lágrima no meu rosto

- Guga, não foi por mal

- Ah não, tadinho

- Tu não tem ideia do esforço que fiz pra não ir

- Mas ainda foi

- Fui mas não importa, com ele e só sexo nada mais, você é diferente, é o único homem que eu gostei de verdade

- Se tu faz isso comigo gostando imagine se não gostasse, tu não entende,

- Ontem fiquei pensando, voce é o homem certo pra mim, que me entende, eu te adoro, é com você que quero ficar

- Eu ia te apresentar pra minha família, eu queria uma coisa séria contigo, me pegava a noite imaginando como seria a nossa vida daqui uns 10 anos, eu você um cachorro, talvez eu seja o homem da tua vida mas não posso te dividir com alguém

- Eu te amo Guga – eu estava errado, nem argumentei, não queria, a única coisa que podia fazer – Não faz isso comigo, com a gente – me joguei e abracei ele forte chorando

- Foi você que fez – falou segurando meu rosto, olhos tristes e vermelhos porém secos

- Me perdoa

- Talvez um dia, mas não agora

- Pensa bem Gustavo

- Eu já pensei, se eu continuar contigo vou acabar como você, escravo da própria vontade, assim como o André te chama e tu responde, vai ser assim comigo, sempre te esperando, sempre com esperança, não vou ser você Matheus, por isso te digo, agora é pra valer, sem volta, sem retorno

- Então é isso, acabou? – ele respondeu com um aceno, me deu um beijo na testa – mas eu não quero isso, não aceito

- Não tem que aceitar, apenas me deixa ir Matheus

- Obrigado por tudo Guga – soltei ele, sem olhar pra trás peguei minha mala e desci , chamei o uber, fui chorando o caminho inteiro, cheguei em casa todos estavam na mesa tomando café

-Matheus que olhos são esses?

- Você não tinha que está no Rio agora? – escutei esses comentários antes de me trancar no quarto, chorei até não pode mais, acabei dormindo. Acordei no fim da tarde, tomei um banho, quando voltei pro quarto minha mãe me esperava lá, ela me abraçou e perguntou o que tinha acontecido,

- Eu e o Gustavo terminamos

- Mas porque, vocês estavam tão bem – Eu engasguei, como contar pra ela que eu fui o culpado, o único culpado

- Mae, não quero falar disso agora pode ser

- Claro querido, vem aqui – ela pôs minha cabeça no seu – Eu sei como doi largar alguém que você goste, mas vai passar meu príncipe.

No outro eu ligo pro Caio, pergunto se ele pode vir aqui em casa , ele diz que sim mas só a noite. Quando ele chegou primeira coisa que disse foi

- Tá de brincadeira comigo neh

- Caio

- Matheus

- Aconteceu

- Inacreditável

- Não me julga

- Julgo sim, porra segunda vez, detalhe, na véspera que o cara ia te leva pra conhecer a família

- Todo mundo ta enfatizando essa parte

- Talvez porque seja a mais importante

- Jura

- Tu não entendeu

- O que

- Nada, esquece

- Tu viu ele?

- Sim

- Como ele está?

- Aparentemente bem

- Sério?

- Sim, ontem fomos no shopping almoçar, a tarde demos uma volta na cidade, a noite um barzinho, no fim ele dormiu lá em casa, hoje ele saiu com o Marcos e com o Ítalo

- Por essa eu não esperava, mas pelo o que tu conversou com ele, tu acha que ainda tem volta?

- Pelo o que conheço do Guga, não

- Não fala isso

- Da outra vez quando vocês terminaram, ele estava com raiva, ódio, ficou mal, irritado, agora não, tá bem de boas, um pouco abatido é claro, mas no geral tá bem

- Perdi ele de vez

- Pelo jeito, sim, umas das grandes verdades que já escutei foi que o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença

- Tá me fazendo me sentir pior do que já estava

- Que bom, vamos e venhamos tu merece

- Nossa, que apoio moral, obrigado

- Quem manda não valer nada

Se passou duas semanas desde o ocorrido, continuei saindo com o André, afinal estava solteiro mesmo, o Guga não vi mas a não ser pelas redes sociais, a Veronica e o Bruno continuam na mesma. Dia desse em uma tarde fui passa o tempo na casa do Caio, estamos no seu quarto, notei ele meio distante, distraído, peguei ele olhando pela janela de vidro, o sol da tarde iluminava seu rosto, que não parecia muito contente

- Caio – falo ao me aproximar, ficando de lado a lado na janela

- Que foi

- Eu que pergunto o que foi, desde que cheguei você está disperso, quieto, não falou nada

- O Bruno – ele suspira forte

- O que tem ele? – pergunto focando o olhar no seu rosto que refletia no vidro

- Ele está me traindo

Esse foi a capítulo de hoje, fortes emoções, no próximo tem mais. Não esqueçam de comentar. Ate