Negócio Arriscado 2 – Morte Súbita

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1445 palavras
Data: 06/10/2019 16:27:11

O golpe do "Boa Noite, Cinderela" já deu errado algumas vezes: ou a vítima, por algum motivo não ingeriu a bebida com a droga, ou o cidadão não tinha grana e só fazia pose aparentando ter, uma vez que a diária do hotel era pago pela empresa em que trabalhava. Os tipos viviam de aparências ostentando Rolex e joias mais falsos que nota de trinta dólares.

Além de administrar alguns contratempos financeiros, certa vez a garota foi pega no flagra no instante em que colocava a droga na bebida de um homem atento e impiedoso. Nessa ocasião ela agia sozinha, foi agredida com extrema brutalidade e só não ficou toda arrebentada e ainda seria presa, caso não conseguisse fugir do quarto correndo pelada pelos corredores do hotel. Foi barrada por um segurança próximo à área da piscina.

— Hey, que pasa! — não pode nadar desnuda — falou, Alexander, o venezuelano.

A profissional teve que usar seus dotes teatrais e poder de sedução para convencer o fortão a ajudá-la. Fingindo choro e falso tremores, abraçou o grandalhão pelo tórax e implorou:

— Salva a minha vida, pelo amor de Deus, moço! — a mulher do deputado me flagrou na cama com ele, tive sorte em sair do quarto ainda com vida — por favor, me ajuda!

O homem achou estranha aquela história, mas deduziu que era melhor não se envolver em assuntos conjugais. Além do mais o seu tesão foi às alturas com o contato daquele corpinho nu aninhado ao dele. Não pensou muito e a levou para o seu quartinho.

A garota soube como agradecer a ajuda usando seu corpo como moeda de troca.

Depois de proporcionar um quarto de hora de prazer sexual ao segurança, ela vestiu um uniforme de camareira que ele furtou e saiu em segurança do prédio.

Acontecia assim, a estratégia não era perfeita e nem sempre era possível a participação de garçons e barmans de hotéis e casas noturnas nos truques aplicados. Vez ou outra ficava a cargo dela adicionar o coquetel de drogas na bebida, com isso, aumentava o risco do cara perceber o golpe.

No entanto, a maioria era concluído com sucesso e a garota desaparecia sem deixar rastros. Quando a vítima acordava e percebia a falta dos seus pertences, era raro procurar a polícia para registrar queixa, pois a droga causava amnésia em muitas delas impedindo-as de recordar ou ter a certeza de todo o ocorrido. Ademais, são personagens ligados à política, igrejas, indústrias e outros. Seus nomes e imagens circulam diariamente pelas mídias sociais. Além de serem pessoas casadas em sua maioria. Expor suas privacidades revelando que saíram com prostitutas não é algo que queiram que seu cônjuge saiba, e principalmente o grande público.

Natasha era só um dos muitos pseudônimo que ela usava em seus golpes, e que fazia não só pelo dinheiro. A garota ardilosa curtia o ilegal e quebrar regras. "A emoção dos momentos de tensão são melhores que orgasmos", dizia ela.

Embora o perigo fosse constante, os problemas e contratempos não eram frequentes. E os lucros obtidos compensavam os riscos e alguns possíveis fracassos.

O concierge de um hotel renomado, e que solicitava os meus serviços vez ou outra, ligou para o meu celular e ofereceu um trabalho irrecusável para aquele dia; eu ficaria com todo o lucro obtido do golpe, só precisava conseguir dois itens específicos para ele.

A cumplicidade com um parceiro bem relacionado, tanto no comércio formal quanto no alternativo, facilitava para que encontrasse os possíveis alvos, ou seja, homens com dinheiro à procura de diversão sexual e que fossem aparentemente inofensivos.

Teria ainda algumas horas para preparar um novo disfarce após ter recebido as informações sobre o próximo trabalho. A variedade dos lugares escolhidos para a trama e o tempo gasto na criação de um rosto diferente a cada dia, era fundamental para que eu não fosse reconhecida. A transformação começava com uma maquiagem ousada e super carregada, uma peruca, ou até mesmo tintura nos cabelos, cílios postiços e lentes de contato com cores diversas. A cada dia eu tinha um outro rosto e uma identidade nova. Minhas roupas eram propositalmente provocantes com a intenção de chamar a atenção para as outras partes do seu corpo e, não, para o seu rosto.

Mais tarde, no hotel onde aplicaríamos o golpe, participei de uma reunião rápida com o concierge e um conhecido dele, ao qual fui apresentada naquele instante.

Meu trabalho era divertir sexualmente, drogar, pegar a grana e demais pertences de um privilegiado financeiramente, como sempre fazia. Dessa vez também teria que retirar da vítima o ticket de entrada de um estacionamento, a chave de um carro junto com o controle remoto do alarme. Os dois itens eram os mais importantes, só se obtivesse sucesso é que ficaria com os outros valores conquistados no roubo.

Os comparsas não informaram para Julinha — era o nome que ela usaria naquele golpe — que aquele serviço era algo grande e fora dos padrões em que ela estava acostumada a atuar, envolvia pessoas graúdas e de poder, além de risco de perder a vida. Até onde ela sabia, seria um golpe normal que renderia alguns poucos milhares de reais.

Fui orientada pelos caras para interpretar o papel de uma estudante de doze anos, já que o empresário era um pedófilo que só se satisfazia com menininhas. Até um uniforme escolar com minissaia xadrez e camisa branca eu trouxe e vesti na hora. Fiz um penteado tipo Maria Chiquinha e fui à luta.

Toquei a campainha do quarto, o homem abriu de imediato e examinou-me de cima a baixo.

— Você parece muito novinha, tem mesmo 18 anos? — A expressão do seu rosto era de quem esperava por uma confirmação. Acenei com a cabeça dando a entender que sim, e mostrei uma carteirinha escolar, falsa, claro. Já havia sido informada que o safado era alvo de uma investigação sobre pedofilia e precisava controlar seus instintos e não envolver-se com menores.

O cara fechou a porta e começou com o joguinho de fantasia.

— Fala a verdade, quantos aninhos o anjinho tem?

— Doze, tio.

— Safadinha, sabia que estava mentindo — vem aqui no meu colo, você merece umas palmadas.

Ele me deitou em suas pernas, de bunda para cima, levantou minha saia e me deu umas palmadas. Nada exagerado, eu até curti. Depois ele puxou a minha calcinha e continuou puxando até passá-las pelos meus pés. Alisou carinhosamente a minha bunda, deu alguns beijinhos, mas depois sua atitude ficou agressiva, deu-me uns tapas doídos enquanto falava palavrões me chamando de putinha vadia. Jogou-me com brutalidade na cama e começou a remover o cinto das suas calças. Achei que ele iria me agredir, pensei logo em pegar algo para acertar a cara daquele imbecil, foda-se o dinheiro e o trabalho.

Ouvi o som da campainha, um, dois, três toques seguidos, ele largou o cinto e com cara de contrariado atendeu a porta. Era o concierge, trouxe uma bandeja com duas margaritas e frios aperitivo, disse que era cortesia da casa. O homem não liberou a entrada, pegou a bandeja, agradeceu mal humorado e fechou a porta. Depois de colocar sobre uma mesa, ele me ofereceu uma das bebidas. Falei que tinha um problema no fígado e não podia ingerir álcool de jeito nenhum. Ele entornou uma das margaritas com um só gole. Depois judiou de mim em um anal sem fim com seu pênis estupidamente grosso que me fez chorar, e ainda socava seus dedos em minha boceta. Durante a transa animalesca o pedófilo se vangloriava confessando que transava com meninas muito mais novas, nem os seios tinham ainda, mas elas não choravam tanto quanto eu (na verdade, o pervertido estuprava crianças). O safado exigia que eu falasse imitando uma menininha e, enquanto cumpria o meu papel, notava que ele começava a demonstrar o efeito da droga ingerida. De maneira despretensiosa comecei a arrancar as informações de que precisava.

O homem parecia animado, mal havia recuperado o fôlego do primeiro tempo, virou o segundo drink garganta a dentro e veio pra cima de mim em um papai e mamãe… Que não durou muito. O cara apagou em cima de mim depois de dar algumas bombadas e um gemido longo. Mas ele nem chegou ao orgasmo, seu negócio ainda estava duro e enterrado em minhas entranhas. Lutei um round inteiro com o corpo inerte do coroa, foi dureza sair debaixo daquele traste. Só então obtive a certeza da minha suspeita...

— PQP! O BOFE MORREU — gritei pulando da cama.

"Fodeu! Vai dar merda essa porra". Pensei. Precisava avisar os parceiros e sair fora rapidão. Enquanto vestia minhas roupas fiquei pensando: "fui eu ou a segunda margarita com drogas que foi demais para o coração dele?".

Continua...

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 107Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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