Ela Existe...

Um conto erótico de Lu Gross
Categoria: Heterossexual
Contém 741 palavras
Data: 20/08/2019 09:33:43

O trânsito... o horário esticado... a ansiedade do primeiro encontro, a insegurança normal de um homem na meia idade, que iria se encontrar com o sonho de consumo de qualquer homem. A insegurança pelo desempenho, se algo realmente fosse acontecer, pelo contraste de beleza e de idade, a dúvida pela escolha do vinho, a incerteza da primeira impressão.

No caminho o filme das imagens trocadas e vistas, o som da voz nas mensagens de áudio, o perfil das conversas, as amenas e as quentes, tudo vinha a cabeça e causava um turbilhão de pensamentos...deixe fluir...aproveite o momento era o que dizia seu interior.

A loira era de beleza exuberante, mas o que mexia com o sexappeal era o perfil daquela mulher inteligente e sensível, que articulava muito bem as palavras com o devaneio dos fetiches. Os vários encontros frustrados, pelas mais diversas situações, também o deixavam com um pé atrás. Sempre que degustava as imagens dela se questionava sobre o que faria uma mulher como ela se perder entre gemidos e urros de prazer.

Enfim o sorriso das imagens, tanto apreciadas, se materializou pelo vidro do carro. O perfume dela adentrou o carro e as entranhas daquele homem cheio de desejos. O rush do final da tarde não permitia que ele pudesse ver todos os detalhes, mas procurava devorar cada palavra trocada. De certa forma ela ainda era uma incógnita, porém deliciosamente misteriosa.

A taça de vinho no console logo foi percebida por ela e o saborear do vinho fez a fusão do real com a fantasia. o percurso ao motel ora era longo, ora demasiado curto, era gostoso desfrutar daquela companhia e protelar aquele momento também era devorar ela aos vagarosamente. E era isso tudo que ele queria, comer ela aos poucos, sentindo o sabor de cada pedaço de pele misturado com o brilho dos olhos dela.

Dentre todos os detalhes planejados na fantasia a, suíte do motel se completava com a rosa que ele queria que desabrochasse na superfície do corpo dela. O lenço que serviria de venda na fantasia foi delicadamente jogado sobre a face, pois ele não quis usar da amarra para conter a visão dela. O brilho dos olhos dela era algo que ele cobiçava, mas estava decidido a devorá-la por pequenos pedaços cheios de tesão...

O passear da flor sobre a pele trazia agora toda a verdade daquela mulher, se confundiam fome e sede, delicadeza e intensidade. O desejo do beijo mais demorado... a ânsia de apertar o corpo dela contra o seu... a loucura de provar do gosto dela...

Ele queria ver todas as nuances daquela loira, queria ela puta, vadia e devassa...queria a mulher cheia de vida...queria ver a delicadeza da princesa...queria o furor da amante...queria a mulher...ela...toda...completa...sem definições...sem pudores...

O mar de desejos foi tomando conta da cama, a delicadeza se invertia com a intensidade, as palavras tocavam a alma assim com o pau penetrava a buceta encharcada...As palavras tinham a mesma intensidade da penetração, tudo que se falava buscava o prazer, buscava sair dos limites, ultrapassar todos os extremos...

Ela sabia onde estava, lia nos olhos dele todo o tesão contido por todo aquele tempo...Ela lia a alma dele, sabia das fantasias, dos desejos...

Talvez não soubesse dos mais insanos, mas enquanto sentia a penetração forte e perguntou :..."Vc quer me bater ?...Está com vontade de me bater ? fez daquele homem o refém dos seus próprios desejos. Os olhos falavam entre sí num ritmo mais acelerado do que os corpos em junção. O tapa veio leve, não marcou o rosto, mas a intenção era marcar a alma daquela mulher.

Talvez dois ou três...os tapas desferidos queriam a essência daquela mulher, desejavam a devassa, almejavam a puta gozando. Mas cada tapa também era uma carícia, naquela mulher que ele sentia ser dele naquele momento. Ele media a intensidade da mão e se descuidava da intensidade do momento. Gozou muitas vezes com ela, saciou os desejos insanos em cada detalhe daquela loira, se perdeu no orgasmo mais profundo do querer sempre.

A fome e a intensidade deliciosa de judiar daquela mulher dava agora lugar ao tesão de cuidar, ao desejo de sentir o calor da pele em todo seu corpo. Queria poder abraçá-la por completo, ter ela dentro dele.

Desde então a fome e a sede continuam sendo ansiedade e também, agora, a certeza de que aquela mulher existe...

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Comentários

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Comedor de esposa, vc não tem contos publicados . . .

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Muito bom!

só gostaria que tivesse mais detalhes da transa.

Excelente estréia

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