Tarde com um amigo

Um conto erótico de Liv Onemore
Categoria: Heterossexual
Contém 753 palavras
Data: 11/07/2019 22:56:34

Naquela manhã, quando saí de casa, não imaginava o que aconteceria; não imaginava que quem eu pensava conhecer me surpreenderia. De um jeito positivo, algo estava prestes a acontecer e mudaria quem eu pensava ser.

Já fazia uns dias que Pedro falava comigo quase que diariamente. Por ser sua única amiga mulher, fora a esposa, eu era sua conselheira; confidente. Quando ele me pediu uma conversa pessoalmente, um café, na verdade, logo imaginei que o casamento não andava bem. Sempre soube do ciúme dela, mas nunca levei a sério. Que homem não pode ter amigas?

Ele, moreno, alto, sexy, estilo badboy. Eu, loira, baixinha, com curvas e boa moça. Quem iria imaginar?

Combinamos um café na faculdade, ele se perdeu e me ligou “Liv, não sei onde eu to! Me ajuda!” Juro que tentei não rir, mas era cômico! Como alguém pode não saber onde estacionou? Lá fui eu ao resgate... Depois de longos 15 minutos, eu o avistei... Nossa, não me lembrava de ele ser tão sexy! Não sei ao certo de onde saíram os pensamentos, mas eu logo os sufoquei. O foco ali era ouvir. Ele precisava dos meus conselhos, mas mais ainda, precisava que alguém o ouvisse sem julgar.

Sentamos na cafeteria, pedi meu café e ele um suco de laranja. Ele parecia distante, como se quisesse adiar o assunto... Confesso que nunca fui paciente, não gosto de mistérios! Fui logo ao ponto: “Vamos lá! Desembucha!” Ele riu do meu jeito e coçou a barba. “Liv, meu casamento não anda bem. Ela me sufoca, me afasta e diz que me ama! Não sei lidar”. Conversamos longos 30 minutos sobre as dificuldades do casamento... não quis me meter muito, mas escutei tudo que ele precisava desabafar. No final, meu café já estava gelado e ele confessou “Sei que não agi certo, mas eu traí a Paula.”

Dessa vez, fui pega de surpresa. Cara, eu fui madrinha de casamento deles! Como reagir a algo assim?

Ele levantou, meio abalado e disse que tava na hora de ir. Falei que ia com ele até o carro. Fomos andando, lado a lado. Falamos amenidades pra aliviar o clima. Não nego que fiquei surpresa, mas quem sou eu pra julgar alguém?

Chegando ao carro dele, ele se senta sobre o capô e fica me encarando. Eu, sem jeito, tento evitar o olho no olho. O que está acontecendo? Naquele momento, eu senti que ele precisava de mim. Louco pensar nisso, mas eu também precisava dele naquela hora. Fui andando na direção dele, preciso de um abraço. Ele me puxou para si e eu me encaixei no corpo dele.

Não precisamos que nada fosse dito.

Ele me beijou. Eu o beijei. Não sei se importa muito. Boca na boca. Pele na pele. Ele respira e eu respiro.

Eu separei nossas bocas e olhei pra ele. Como isso é possível? “Não pensa, Liv” e eu obedeci.

Pedro me puxou pra dentro do carro e ali eu consigo um pouco de distância pra olhar pra ele. Nunca fiz algo assim. É loucura. Estava prestes a sair de dentro daquele carro, quando ele me puxou novamente. Dessa vez, pro colo dele. Montada sobre ele, percebo que estou perdida. Não consigo mais resistir.

Ficamos longos minutos nos agarrando. - ou teriam sido horas? - e eu o senti pressionando sob mim. Sei que ele me quer e eu o quero.

Eu desmonto, sento no banco do passageiro e abro o cinto, depois o zíper, lentamente. Preciso provar o gosto. Pego o pau, bombeio com a mão - pra cima e pra baixo - e olho nos olhos dele pra saber que estou fazendo certo. Bem assim.

Então, não consigo mais esperar, coloco na boca. Passando a língua sobre o comprimento, rodando, testando e provocando. Até, enfim, colocar todo na boca. Chupo com força e ele se descontrola. Segura minha cabeça e meus cabelos, me encorajando a continuar. Mantenho o ritmo e ele me avisa “Se continuar assim, vou gozar na tua boca”. E assim acontece. Sinto o jato quente no fundo da garganta e engulo tudo. Limpo os lábios, ajeito a roupa. Sei que estou com cara de quem acabou de foder. Acho que gosto desse visual.

Pedro fica me olhando por alguns minutos, ainda se recuperando. Mas eu não dou tempo pra isso. Sinto meu celular vibrar e digo: “Preciso ir. Estão me esperando pra almoçar”. Me aproximo e beijo o rosto dele. Abro a porta e saio do carro. Não olhei pra trás. Comigo, trouxe apenas o cheiro dele. Minha melhor lembrança.

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