FAMÍLIA KEMAL – O FALSO ROUBO - PARTE 12

Um conto erótico de lubebutt
Categoria: Homossexual
Contém 1064 palavras
Data: 30/12/2018 17:36:55
Última revisão: 30/12/2018 18:32:13

Obviamente Henriqueta, não perdoou o motorista, estava com sua vingança todo arquitetada e tão logo entrou no carro, já começou a coloca-la em prática.

- Bom dia, senhora Kemal! Dormiu bem?

- Na verdade, desde ontem não me sinto bem, comigo mesma, mas espero ficar bem em breve. Sem dúvida nenhuma lhe devo desculpas, pelo meu comportamento destemperado, junto ao senhor. Mas tenho um motivo muito forte pra ter ficado tão descontrolada emocionalmente. Doença séria na minha casa. O irmão do meu marido. Meu estimado cunhado, acabou de descobrir que está gravemente doente e que seus dias estão contados. Não estou tentando justificar meus erros pela minha dor, mas como estou devastada certamente, só o que acalentará um pouco meu coração será seu perdão. Também gostaria muito que esquecêssemos o dia de ontem e que recomeçássemos tudo de novo a partir desse momento.

- Que tragédia, meu Deus. Sinto muito, Sra. Kemal!

- Obrigada, rapaz. Todos em casa estão inconsoláveis.

- Posso imaginar, mas agora que me contou o que está se passando, não só entendo-a como acho que quem deve desculpas aqui, sou eu. Mil perdões! E como “ vamos nos conhecer agora”, deixe-me apresentar. Muito prazer, senhora Kemal! Inácio, a seu dispor.

- O prazer é todo meu. Que nome lindo o seu, rapaz. Me perdõe por voltar a falar de ontem, mas sobre o dinheiro....

- MEU DEUS...!!! Que cabeça, essa minha. Claro dona Henriqueta. Aqui está ele. Pode pegar.

- É justamente sobre isso que quero falar. Seria pedir muito, guardá-lo contigo durante a viagem, e só me entregá-lo depois que chegarmos na casa da Dulcinha e na frente dela. Se eu recebê-lo antes vai ficar parecendo que sou interesseira e pra ser sincera com o senhor, se não fosse para dar mais conforto ao meu cunhado em seus últimos dias, jamais aceitaria tal valor. E também com certeza se o mesmo estiver em seu poder, estará em segurança.

- Se assim o deseja, farei o que me pede com o maior prazer. Vejo que me enganei muito ao julgar seu caráter. Sinto-me muito envergonhado por isso. Acaba de demonstrar a pessoa maravilhosa, honesta, caridosa e honrada, que é.

“Como imaginei, o imbecil mordeu mesmo a isca e não perde por esperar. Vai aprender direitinho que com Henriqueta Kemal, não se brinca”. Pensava a vil senhora enquanto respondia:

- Bondade sua, Inácio. Não passo de uma simples mulher, fazendo o mínimo para ajudar seus entes queridos. Mas agora chega de tristeza. Me fale um pouco de sua vida na casa da Dulcinha. Mora na mansão?

- Sim. Desde que fui contratado, que a Sra. Dulce me ofereceu uma casinha bem confortável, nas dependências de sua propriedade.

- Que maravilha. Minha irmã além de ser uma verdadeira dama, sempre foi muito generosa.

- Falou quase tudo, só esqueceu o que mais admiro nela, seu senso de justiça. Dona Dulce odeia injustiças.

- Sim. É verdade. Mas voltando a sua casinha, aposto que além de muito simpática é deverás organizada. Ficaria mais que honrada, se você me convidasse para conhecê-la e para tomar um cafezinho feito por você.

- Imagine, Dona Henriqueta! Está me deixando sem graça. Minha casa é bem simples! Mas se não se incomodar com isso, sinta-se mais que convidada. A honra será toda minha, ao receber uma pessoa tão distinta, quanto a senhora e modéstia a parte, sou expert em cafezinhos.

Falsidade pra lá. Ingenuidade pra cá, seguiram conversando até chegarem na mansão dos Arandes, onde a Sra. Dulce já os aguardava.

A Senhora Dulce Maria Olerinda Murtinho de Sá e Arandes, era o inverso da irmã. Muito bonita, loira, alta, esbelta, elegante, fina, séria, simpática, generosa, caridosa, discreta, simples, honesta, fiel e como Inácio disse muito justa.

- Henriqueeetaaaa, a quanto tempo? Seja muito bem vinda, minha irmã! Fez boa viagem?

- Dulciiinhaaaaa...!!! Que saudaaadeeee, maninhaaaa ...!!! Fizemos uma óóóótiiimaaaa viagem. Não é mesmo, rapaz?

- E você? Meu bom, Inácio? Como vai?

- Estou muito bem, Senhora Dulce. Obrigado por perguntar. Espero que esteja tudo em paz, por aqui.

- A não ser pela sua ausência, está tudo em ordem. A propósito, tire o resto do dia de folga para descansar.

- Mas isso não se faz necessário, Senhor...

- Não tem mas, nem meio mas. Isso é uma ordem! Apenas faça a gentileza de levar a bagagem da Senhora Kemal, para um dos quartos de hóspedes e vá pra casa se refazer da viagem. E quanto a nós, Henriqueta, vamos acompanhar o Inácio até a sala de star para tomarmos um refresco, antes de conhecer seus aposentos. Venha, minha querida! E meu bondoso cunhado Omar? Omareto, Henriomar, Omero? Como estão todos? Está se lembrando que como Omareto atingiu a maioridade este ano, exatamente como Henriomar já pode usar o dinheiro que depositei em seu nome para pagar a faculdade. Ele já sabe o que vai cursar? Será que vai seguir os passos de Henriomar e escolher o direito? Se não me engano, ele se forma este ano, não é mesmo?

“Depósito? Dinheiro? Poupança? Faculdade? Direito? Essa idiota nem imagina que passei toda a pequena fortuna que ela depositou pros sobrinhos fazerem essa “bobajada” de faculdade pro meu nome. Eles nem sonham e se depender de mim, jamais saberão disso. Tenho outros planos pra esse dinheiro. Minha independência. Mas por enquanto, preciso continuar mentindo pra sonsa da minha irmã”. Pensava a ordinária, enquanto respondia e destilava seu veneno na irmã.

- Nãããooooo! Está certíssiiiimaaaa! No final do ano Henriomar será Dr. Henriomar, “Adevogado”. Já nosso caçulinha, Omareto optou pela medicina. Em breve também será Dr. Omareto, “Obstreta”. E tudo graças ao maridão de minha maniiinhaaaa. O senhor Olério Duarte Boneto Murtinho de Sá e Arandes. Estou enganada, espertinha?

- Vejo que não mudou nada, mana. Não perde uma oportunidade sequer pra insinuar que me casei com Olério por dinheiro, não é mesmo?

- Quuuêêê iiissoooo, Dulciiinhaaaaa! Fico até ofendid....

Nesse momento, o inocente Inácio as interrompe para cumprir o prometido. Entregar o dinheiro pra Henriqueta, diante da irmã.

- Com licença, senhoras! Desculpe interrompê-las, mas preciso entregar-lhe seu dinheiro, Senhora Kemal.

- Entre Inácio, por favor e fique a vontade, rapaz. Aceita um suco de Pitomba?

- Agradecido, patroa e serei breve. Passo agora ás suas mãos, o valor que a Senhora Dulce lhe enviou, minha cara amiga e conforme combinado, aguardo-a daqui a duas horas, para nosso cafezinho, certo? Uma boa tarde! Com licença.

“ Amiga? Combinado? Cafezinho? Se bem conheço minha irmã, preciso ficar atenta. Aí tem coisa! ÔHH se tem!” . Divagava Sra. Dulc...

CONTINUA ...

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