iniciação - primórdio

Um conto erótico de jopinhe
Categoria: Homossexual
Contém 3626 palavras
Data: 13/09/2018 11:06:22

Eu era apenas um molecote, ainda na fase de descobertas, e ele já era praticamente homem feito, com quase vinte anos, embora aparentasse bem menos que isso. Juntos, parecíamos ter a mesma idade.

Nessa época eu já havia tido a experiência com um parente mais velho, que me fizera conhecer a delícia de chupar a sua rola, o que eu fazia com deleite, tão caprichada havia sido a sua sedução. Mas ficara somente nisso e eu nem me dei ao trabalho de pensar no motivo que o impediu de seguir adiante e me comer por primeiro.

Esse colega – Pedro era o seu nome – digamos assim, também me seduziu, mas de uma forma diferente. Num primeiro momento eu o enxergava como alguém petulante e de quem, no princípio, procurei me afastar.

Sempre que estava próximo de mim me tratava com certo desprezo, evidenciado por seu vocabulário. Quando me encontrava sozinho costumava dizer que "um dia como essa bundinha", ou "não te como agora porque minha pomba está cansada".

Como a experiência com o meu parente não chegara à consumação – somente chegando a ejacular em minha boca, me fazendo provar de seu leite um tanto azedo, mas gostoso –, embora soubesse o que era "pomba", não conseguia imaginar como Pedro poderia usá-la para "comer" a minha bunda.

Esse comportamento dele gerava em mim duas atitudes: primeira, de medo, pois ele era maior do que eu e poderia usar de violência para obter o que desejava. Por outro lado havia a expectativa que me mantinha atento a ele quando se aproximava e, depois, sozinho, ficava a imaginar como seria se aquilo que ele ameaçava veladamente se concretizasse – 'comer a minha bunda'...

Eu, graças à minha inocência, não conseguia apreender o sentido de "comer a minha bunda". Pois eu lembrava de que o meu parente a acariciava enquanto tinha o pau chupado por mim e, em algumas vezes, chegara até o meu botãozinho, massageando em redor, mas sem o penetrar. Então guardava uma vontade inaudita de saber como seria esse 'ser comido'.

Houve uma oportunidade que serviu como divisor de águas em nosso precário relacionamento. Eu havia recebido um jogo de presente e não sabia como operar o brinquedo; nenhum dos colegas próximos conseguiu fazê-lo funcionar e ele, que se aproximara de modo sorrateiro, logrou ativá-lo e me mostrou como funcionava.

Não de imediato, mas isso acabou nos aproximando e, com o passar do tempo, ele deixou de me tratar de forma agressiva, embora não procurasse ser agradável. Mas deixara de fazer alusões à minha bunda ou a querer me comer. Pensei até que havia desistido, mas no final descobri que tudo fora uma estratégia dele para conseguir o que tanto desejava de mim.

Levou algum tempo e, durante o processo de sedução, ele foi como que me educando. Não abertamente, mas de modo sutil, bastante sutil.

Por ter-se mostrado gentil ao me ensinar a mexer no brinquedo novo passei a me dirigir a ele pedindo ajuda com outras coisas em que tinha dificuldades. E como ele se mostrava atencioso, do seu jeito, isso me fazia ficar mais próximo dele, como se esquecido do medo que ele me inspirava até então.

Nossa proximidade fez voltar à lembrança os tempos em que eu 'visitava' a rede do meu parente, de madrugada, para me deliciar com sua rola, que me encantava ao vê-la crescer em minhas mãos e entre meus lábios. Lembrava também do sabor meio azedo do seu gozo, mas que, por ser diferente, me atraía. Esses pensamentos sempre me ocorriam quando Pedro fazia um gesto que já era um costume seu, de apertar o pênis por cima do calção ou bermuda que usava, algumas vezes deixando perceber o volume que ele formava sob o tecido.

Eu trazia comigo o desejo de segurar seu membro, mas me faltava coragem. Temia a rejeição, ser ridicularizado junto aos demais colegas da rua. Então guardava comigo essa vontade, que sentia crescer a cada dia, a ponto de povoar vários de meus sonhos à noite.

Passei então a adotar um comportamento ainda mais recatado, julgando na minha inocência que isso não era percebido por ele. Não me passara pela cabeça a ideia de que ele se expunha exatamente para me atiçar a libido, para que eu o desejasse como ele me desejava. O fato é que fui conduzido pelo caminho que ele traçara e caminhava para uma entrega total a ele.

Certo dia ele me perguntou se eu guardava algum segredo. Algo que ninguém mais conhecia; um desejo secreto que jamais tivera como realizar.

Para me incentivar contou-me um dele: que havia escondido a bola de um colega da rua, o Antonio, o Toninho, e que só a devolvera depois que o menino foi 'comido' por ele.

Diante de meu espanto ele então me perguntou se eu sabia como ele fizera. Respondi que não, apenas com um aceno de cabeça e então ele descreveu a cena, que, segundo ele, ocorrera no quintal da casa do menino, escondidos no meio das árvores e que o menino teria gostado, a ponto de pedir que a 'comida' tivesse repetição, em outras vezes.

Falava e mexia na sua 'mala', e eu notava que ela ia crescendo ao manuseio, causando em mim um impacto que me fazia fixar os olhos nessa região. Ele, claro, percebeu e continuou falando, consciente do que provocava em mim.

Quando ele me perguntou qual seria o segredo que eu revelaria, me senti constrangido, pois eu estava tentando imaginar como seria aquela rola entrando no buraquinho do Antonio, que é menor do que eu, mais novo também; como teria aguentado ser penetrado e, além do mais, ter gostado?

Gaguejei alguma coisa sem sentido e saí correndo em direção de minha casa, pois não conseguia absorver as informações que tinha recebido. Minha cabeça estava a mil, eu realmente não esperava uma revelação como aquela.

Chegando em casa corri para o banheiro, liguei o chuveiro e sentei, recebendo a água no corpo todo, enquanto recordava a cena descrita há pouco. O menino debruçado sobre um tronco de árvore, o short arriado e o outro se colocando atrás dele, fazendo desaparecer dentro do cuzinho do garoto a rola dura, que me parecia descomunal.

Lembrei que ele falara de ter usado um hidratante para lubrificar a entrada do buraquinho e também a 'pomba', mas fiquei intrigado em como era possível fazer entrar o pênis no ânus do Toninho... E como podia o Toninho ter gostado de ser tratado assim?

Com esse pensamento me levantei, percorri a bancada de xampus e sabonetes e descobri um tubo de condicionador. Enchi a palma da mão com o conteúdo e passei no meu buraquinho, experimentando colocar um dedo para dentro e me surpreendendo com a facilidade da penetração. Voltei a sentar e comecei a tentar usar dois dedos. Havia um incômodo inicial, mas logo os dedos iam e vinham dentro do ânus.

Concluí então que era, sim, possível a façanha que me fora relatada. Não que garantisse a total veracidade, mas agora eu sabia que poderia ter sido, sim, como ele dissera.

Terminei o banho e fui para o meu quarto. Deitei-me de bruços sobre a cama e fechei os olhos. A cena que me vinha era a do menino sendo enrabado, recebendo no seu buraquinho a rola dura do garoto que dizia que um dia ia 'comer a minha bunda'. Aí me dei conta de que era isso o que ele queria fazer comigo, meter a pomba no meu cuzinho; então, isso é que era, afinal, "comer a minha bunda", o que ele ameaçava fazer comigo.

Senti meu pintinho ficar duro e levei a mão por dentro do short para acariciar meu botãozinho. Com um dedo eu ia do saco ao buraquinho e gostava da sensação que aquilo me causava. E ficava imaginando se doeria ser penetrado, se eu aguentaria receber aquela rola dentro de mim...

Voltei para a rua somente ao final da tarde, depois de concluir os deveres da escola. O garoto não estava por perto. Fui até o ponto de encontro da turma, mas ninguém estava lá, ainda. Pouco depois chegaram dois meninos e ficamos conversando bobagens. Mais tarde se aproximou o Toninho, o menino que fora a 'vítima' do 'meu garoto'.

Disfarcei e, num momento em que os outros estavam ocupados com outra conversa me aproximei dele. Aguardei um pouco e, olhando para o chão, fiz-lhe a pergunta que me interessava. Indaguei se era muito dolorido 'dar a bunda'. Ele arregalou os olhos, mas eu o acalmei, dizendo que aquilo era somente entre nós dois, que ninguém mais sabia.

Disse ainda que eu não estava querendo "comer" ele também, mas que precisava saber como era, principalmente se doía e como podia ser gostoso aquilo.

Toninho olhou em volta e, pegando-me pela mão, me levou até perto da esquina, olhando em volta para garantir que estávamos sós. E revelou então que acontecera com ele, que estava 'dando' para o Pedro. Revelou ainda que havia doído um pouco da primeira vez, mas que depois fora ficando gostoso e que ele acabou se viciando, querendo repetir. Mas que tinha medo, assim como eu, de que isso caísse na boca do povo e ele ficasse marcado como sendo o viado da turma.

Tranquilizei-o, contando as circunstâncias em que eu ficara sabendo, e ele me perguntou se eu iria também dar para o Pedro. Penso que devo ter ficado com o rosto vermelho, mas, tendo obtido a resposta que procurava, respondi apenas que não sabia ainda. Toninho então me recomendou que, se fosse essa a minha vontade, que eu deveria relaxar na hora e procurar usar algum tipo de lubrificante. Confirmou o que Pedro me dissera, que usara um hidratante e que, na falta, um condicionador de cabelos também serviria – fato que eu já comprovara mais cedo.

Por ele fiquei sabendo que boa parte dos meninos da rua já tinham sido comidos pelo Pedro, mas que ele não sabia dizer os nomes.

Procurei saber mais, sobretudo como podia ser gostoso aquilo e ele me respondeu dizendo que só experimentando. Que o Pedro lhe dissera que tem meninos que não gostam, mas que não fora o caso dele, que acabou repetindo a experiência.

Perguntei se ele chegara a chupar a rola de Pedro, mas ele respondeu que não, mas que talvez fizesse essa experiência um dia, pois não havia ainda pensado nisso.

Quando mais tarde Pedro apareceu, aproveitou um momento apropriado e me perguntou por que eu havia fugido dele mais cedo. Voltei a gaguejar, dizendo que haviam me chamado de casa, mas ele duvidou. Perguntou se o segredo que ele havia revelado tinha algo a ver com a minha atitude e, por notar minha relutância em responder, percebeu que isso tinha influenciado o meu comportamento fugidio.

Na tentativa de me acalmar procurou explicar que não tinha sido Toninho o primeiro menino que ele comera, mas que não gostava de ficar contando esse tipo de vantagem, porque poderia causar algum tipo de problema para os seus eventuais parceiros. Que só me havia revelado para que eu soubesse que podia contar com ele. E se eu não quisesse revelar nenhum de meus segredos, por ele estava tudo bem.

Respirei fundo, contente em ver a sua sinceridade, e disse a ele que eu iria contar, mas não agora. Que sabia poder confiar nele, mas que me faltava coragem para revelar-lhe. Pedi que tivesse um pouco mais de paciência comigo.

Ele esticou o braço, tocou meu ombro, apertando sem machucar e abriu um sorriso, murmurando um "fica tranquilo" que me deixou realmente mais calmo. Respirei fundo outra vez e, ao expirar, sentia-me aliviado.

Pedro não dissera, mas pude perceber que, mesmo sendo um 'comedor' inveterado estava gastando tempo comigo, sinal de que eu despertava algum interesse nele. A revelação de que ele havia comido o Toninho e a minha experiência introduzindo os dedos no cuzinho com a ajuda do condicionador sem sentir mais do que um leve incômodo rodavam como um filme nos meus pensamentos. Isso e mais a conversa com Toninho me deixavam estimulado a confiar a Pedro o segredo que eu trazia desde mais novo. E que eu queria repetir, agora com ele.

Naquela noite quase não consegui dormir. Sentia um calor sufocante, embora o clima não estivesse tão ruim assim. Demorei a pegar no sono e quando enfim adormeci tive um sonho erótico, em que eu estava na rede com meu parente, me deliciando com sua rola, quando sentia duas mãos em minha bunda, abrindo as bandas e chegando até o cuzinho. Sentia o calor de um hálito e, ao me virar, deparava-me com Pedro, nu, com o pau duro apontando pro céu e beijando meu buraquinho. De repente surgia também Toninho, trazendo nas mãos o tubo de condicionador, entregando-o a Pedro, que o espalhava na abertura e ia introduzindo até dois dedos pelo meu botãozinho. Quando ele aproximou o pênis do meu ânus contraí os músculos e justo nessa hora despertei. Suava muito e, mesmo no escuro do quarto, pareceu-me ver um vulto saindo pela janela.

Toquei-me e percebi que estava todo melado. Havia gozado com o sonho, com a perspectiva de ser enrabado pelo Pedro. Olhei para o relógio na cabeceira. Eram ainda quatro e meia da madrugada, faltava muito para amanhecer.

Mas não consegui mais dormir, fiquei rolando na cama, inquieto por causa do sonho, até que o despertador tocou, às seis e meia. Levantei-me devagar, limpei o que pude da sujeira sobre o colchão e me preparei para ir à escola.

Aquele dia custaria muito a terminar...

Depois das aulas, quando voltava para casa, encontrei Pedro no ponto de encontro da turma. Seguiu a meu lado e uma das perguntas que me fez foi se eu estava melhor, ainda em vista de como eu saíra correndo depois que ele revelou que tinha comido o Toninho.

Dei um sorriso amarelo, e apenas acenei com a cabeça. Não me sentia à vontade para contar do sonho que tivera a noite passada. Ele disse que queria falar comigo mais tarde, mas disse que teria que fazer um trabalho para a escola e talvez só aparecesse no início da noite.

Foi o que aconteceu. Quando cheguei ao local de encontro Pedro não estava, nem Toninho. Na hora me veio o pensamento de que talvez estivessem juntos, mas não me incomodei, ficando em conversa com os outros meninos até a hora de voltar para casa. Não saí à noite, permanecendo em meu quarto até adormecer.

O dia seguinte era um sábado, não haveria aula. Demorei em me levantar e sair do quarto. Não tivera outro sonho erótico, mas sentia a ansiedade por rever o menino/homem que era o meu "sonho de consumo" naquela ocasião.

Não me apressei, porque sabia que não haveria nenhum dos meninos no nosso ponto de encontro. Fui para lá por volta das nove e meia, e fiquei sozinho por mais de meia hora.

Quem chegou primeiro foi o Toninho. Passado um tempo criei coragem e perguntei se ele estava com Pedro à tarde passada, mas ele negou. Disse que tinha ido acompanhar a tia numa visita a sua avó que morava num bairro afastado e que voltaram apenas quando já havia anoitecido.

Comentou que bem gostaria de ter estado com o Pedro, o que me provocou um ligeiro mal-estar, possivelmente ciúme, mas em seguida revelou que não transava há mais de um mês, pois não tinha coragem ainda de ter outro parceiro. E que, mesmo se insinuando, Pedro não voltara a comê-lo.

Quis saber por que eu perguntara, mas eu desconversei.

Demorou pouco e Pedro juntou-se a nós, sentando-se mais próximo da ponta do banco. Toninho percebeu que estava de mais e logo se despediu, deixando-nos a sós no local.

Não parecia estar bem, mas tentava disfarçar. Colocando a mão direita sobre a 'mala' perguntou novamente o motivo de eu ter fugido dele depois que ele revelou ter comido o Toninho.

Agachei-me diante dele, apoiei as mãos em seus joelhos e olhei bem nos seus olhos com um sorriso. Disse-lhe então um "Fica tranquilo".

Sentei ao seu lado no banco e falei que estava criando coragem para revelar um segredo meu, como ele havia me revelado um seu. Que eu não era tão seguro quanto ele, por isso estava sendo difícil me deixar conhecer.

Aparentando uma segurança que estava longe de sentir perguntei-lhe se ainda estava interessado em conhecer, já sabendo que ele estava morrendo de curiosidade.

"Se você quiser contar...", disse ele, num disfarçado desdém.

Comecei então a contar-lhe o que trazia comigo desde muito tempo, a iniciação recebida de meu parente, mas sem revelar quem era exatamente. Disse apenas que fora alguém que já não fazia parte da minha história. Falei das peripécias vividas com esse personagem, de que ninguém, afora ele, agora, tinha conhecimento.

Pedro me ouvia atentamente e, percebendo que ele não manifestava qualquer reprovação ou julgamento, senti-me à vontade para ir além.

Revelei que ele, Pedro, me metia medo quando me ameaçava com seu jeito peculiar, suas atitudes até recentemente. Mas que era um medo diferente, excitante, que dava vontade de experimentar; mas que era freado pelo receio de qual seria a reação dele se eu me expusesse, pois eram coisas que eu desconhecia e, pela inocência que trazia, não conseguia processar em meus pensamentos.

Eu falava quase em disparada, sentindo o coração acelerado, pois pensava que, se não o fizesse assim, não teria coragem de me expor dessa forma.

Finalizei dizendo que tinha medo de ser machucado por ele, ser tratado como brinquedo, sendo usado e depois descartado.

Pedro me encarou e disse que eu não tivesse medo, que jamais iria me machucar. Falou isso colocando a mão em meu joelho e apertando um pouco. Tentei falar alguma coisa, mas ele me disse que não precisava falar nada. E, virando-se em minha direção, prosseguiu dizendo que sim, no início, ele me provocava com intenção de me sacanear; mas depois que passou a me conhecer melhor viu que eu não era o petulante que ele julgara que fosse, que era o meu jeito mesmo e ele passou a ter simpatia por mim.

Concluiu dizendo que, se fosse naquele tempo, ele teria mesmo abusado de mim, me usado e depois descartado. Mas que não agora; agora continuava me desejando, mas já não como simples objeto, que eu era importante para ele. Que eu podia confiar nele.

Foi então que eu perguntei se ele, ainda agora, queria 'comer a minha bunda' como falava antes. Perguntei seriamente, mas ele sorriu ante a pergunta, e confirmou respondendo que sempre quis. Perguntei então se seria como ele fizera com Toninho e os outros antes de mim.

Pedro ficou sério e, voltando a colocar a mão em meu joelho, afirmou que eu era diferente. E ele iria me provar isso. Então brinquei, dizendo que eu também queria provar dele. Ele se mostrou espantado, perguntou um "como?" que fez brotar em meu rosto um sorriso.

Lembrei-lhe então que o meu parente me tinha deixado com fixação em pênis, que eu fantasiava com outros, inclusive com o dele. E agora eu queria ter a oportunidade de experimentar de verdade. Falei que eu nunca tivera uma experiência com outro homem, não completa; que desejava fazê-lo com ele, Pedro. Mas não queria que fosse somente 'ser comido', queria desfrutar dele do modo como havia fantasiado. Ele concordou, claro.

Ficamos acertando então como o faríamos, agora que ambos estávamos de acordo com o que queríamos. Eu sentia uma palpitação de ansiedade, por mim faria tudo ali mesmo, mas Pedro, mais sensato, disse que era melhor planejarmos bem para que tudo desse certo. E usou como argumento o fato de que nós dois estávamos ansiosos e isso era ruim, pois a gente poderia acabar deixando de aproveitar o que seria o nosso primeiro grande momento.

Não pude objetar diante disso e então, analisando as possibilidades, acertamos de nos encontrar no final daquele mesmo sábado, no quintal da minha casa. A nossa ansiedade era indisfarçável. Acredito que eu o queria tanto quanto ele a mim. E não víamos a hora de consumar o que nosso desejo nos impelia a realizar. Esperar mais era bobagem, agora que sabíamos o que queríamos um do outro.

Acertamos então que ele viria pelos fundos, pela vila que passa por trás do nosso terreno, cabendo a mim preparar o lugar onde teríamos nossa primeira vez.

Eu sabia que o depósito que meu avô mantinha no quintal estaria deserto ao final da tarde. Era lá que de vez em quando eu ia para estudar. Não havia cama, mas além de mesa e cadeiras havia um sofá-cama e também um pequeno banheiro que era usado quando brincávamos na área, para não entrarmos sujos em casa.

Depois do almoço, enquanto os demais faziam a sesta, providenciei toalha, sabonete, xampu e condicionador e levei para o depósito; levei também um short limpo e cueca, para trocar. Voltei então para casa e fui me deitar um pouco, tentando controlar a ansiedade, sentindo o corpo tremer ao pensar que logo mais eu iria finalmente experimentar de verdade um macho para apagar o meu fogo, um fogo que já se transformava num incêndio.

Acordei no domingo me sentindo dono do mundo, cheio de felicidade.

Saí do quarto quase cantarolando, as pessoas da casa até fizeram uma pequena gozação, dizendo que eu estava "adivinhando passarinho verde", expressão que significava estar alegre sem motivo lógico, aparente.

Mas o que eu sentia era que estava no paraíso.

Afinal, no dia anterior – no fim de tarde do sábado, para ser mais exato – tinha vivido a minha primeira experiência sexual completa e me sentia inteiramente satisfeito. Certo que sentia um pequeno incômodo no ânus, mas esse era, para mim, apenas um sinal de que a experiência havia sido de verdade, não um sonho.

Conto detalhes a seguir...

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EXCELENTE CONTO PELO QUE ME PARECE. MUITO BEM ESCRITO E NARRADO PELOS PERSONAGENS. MUITO SAFADO E ESPERTO O PEDRO. MUITO INGÊNUO VC. MAS CREIO QUE TUDO PODE DAR CERTO. VAMOS DAR O VOTO DE CONFIANÇA AOS DOIS. QUEM ESTÁRIA PERDENDO NISSO TUDO ERA O ANTÔNIO.

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