OS DOZE CAVALEIROS - BOORS O INTRÉPIDO

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 3095 palavras
Data: 04/08/2018 23:37:42

De todos os cavaleiros, Boors de Benoic era, sem dúvida, o mais corajoso, o mais leal e o mais digno de todos …, dizem que era primo de Lancelot, e era conhecido como Boors, o jovem. Ainda ordenando-se cavaleiro, Boors fizera voto de castidade, que tornara-se seu maior suplício, principalmente, quando passou a desfrutar da companhia de Arthur, que todos sabiam ser um mulherengo sem medidas.

Todavia, ciente de sua responsabilidade e também do voto que fizera, Boors permanecera casto, até onde sua natureza assim permitia. Várias foram as tentações, muitas delas provocadas, segundo ele próprio, pelo demônio disfarçado em belas jovens virgens, desejando entregar-se a ele. Sabedor de que o destino lhe reservava uma das mais nobres missões, a busca pelo Santo Graal (O Cálice usado por Cristo na última ceia), Boors não arredava pé de sua castidade, mesmo ante todas as tentações que se lhe apresentavam sem trégua.

Certa feita, cansado após uma dura batalha contra os bárbaros do continente, Boors retornava para Benoic, sua terra natal, quando viu-se surpreendido por uma cena impressionante; montada sobre um cavalo Shire de Batalha, uma mulher trajando uma armadura de couro, digladiava-se com dois homens também a cavalo que pareciam ser salteadores de estrada; o cavaleiro ficou impressionado com a destreza da amazona, que além conduzir sua montaria com o requinte de um guerreiro, também demonstrava enorme aptidão no uso da sua espada curta de combate.

O Bretão cavalgou em direção ao grupo, observando o combate e a vantagem que a jovem mulher sobrepunha sobre seus oponentes; repentinamente, um dos homens aplicou um golpe longo valendo-se de um machado martelado, forçando a guerreira a inclinar-se para o lado, livrando-se do golpe, mas, ao mesmo tempo, perdendo seu equilíbrio, indo ao chão.

Sem perda de tempo, o outro indivíduo, saltou de sua montaria, preparando-se para golpear a mulher lançada ao chão; não teve tempo de concretizar seu objetivo, pois a montaria da cavaleira, avançou sobre ele com as patas dianteiras no ar, investindo ameaçadoramente em sua direção; isso possibilitou que a guerreira se levantasse, oferecendo resistência ao outro oponente, que sofreu um golpe lateral de sua espada, desequilibrando-se e também indo ao chão.

Em solo, a mulher guerreira digladiava-se com o oponente, cortando, fintando e golpeando com sua espada, ao mesmo tempo que seu cavalo cuidava para manter distante o outro atacante; Boors aproximou-se deste segundo, e sacando a espada, desferiu-lhe um golpe sobre as costas, usando a parte plana de sua arma; tal foi a intensidade do golpe que o homem, imediatamente, veio ao chão, abatido pelo golpe.

No mesmo momento, a guerreira ladeou o seu oponente com um golpe longo de sua espada, atingindo-o em cheio; o sangue verteu de pronto pela anca do homem que urrou de dor, caindo de joelhos com sua espada abandonada sobre o solo. Com os oponentes derrotados, a jovem guerreira voltou-se para Boors, que caminhava em sua direção, embainhando sua espada; em um misto de surpresa e reverência, a mulher ajoelhou-se enquanto o saudava de cabeça baixa.

-Sabes que sou, nobre guerreira? – quis saber o Arturiano com inegável curiosidade.

-És Boors, irmão de Ban, rei de Benoic e membro da Távola Redonda! – ela respondeu em tom respeitoso – E eu o saúdo, nobre valente!

-Levante-se, valorosa! – exigiu ele em tom solene – Ninguém com tamanha coragem e desprendimento se ajoelha perante um igual!

Ambos ficaram frente a frente, e assim, Boors pode observar melhor aquela mulher valente.

Era uma linda mulher, com longos cabelos cor de fogo, enrolados em tranças que se cruzavam na nuca, facilitando os movimentos e impedindo que eles lhe oferecessem perigo; o rosto alvo era ornado por lindos olhos azuis cristalinos e lábios finos e desenhados; o corpo, uma nota a parte, era musculoso e também anguloso; ela trajava um peitoral de couro reforçado, amarrado às costas e cingido na altura do busto que estava devidamente acondicionado em seu interior; além de longas cotoveleiras e luvas de couro, a mulher ainda tinha botas de cano longo, e uma espécie de saia de tecido grosso que estava amarrada entre as pernas. Enfim, ela se vestia de modo prático a uma guerreira que precisava de liberdade de movimentos.

Todavia, algo mais atraía a atenção do cavaleiro; algo que ele não compreendia; o sorriso largo e sincero da mulher causava-lhe uma deliciosa sensação que ele não sabia explicar. Quebrando o silêncio que se fizera entre eles, ela se apresentou.

Disse que seu nome era Selena, guerreira celta que unira-se ao exército de Benoic para servir junto à guarda pessoal da Rainha Elaine, esposa de Ban; viera de uma tribo ancestral que lutava ao lado dos Bretões contra a invasão bárbara do continente e liderava um grupo de mulheres arqueiras, cuja habilidade já fora testada em batalhas sangrentas, inclusive ao lado do próprio General Arthur.

Boors ouvia Selena discorrer sobre sua vida, mas seus olhos não conseguiam conter-se de tanto contentamento com a visão exuberante de uma linda mulher guerreira; tentando desviar sua atenção, o cavaleiro sugeriu que fossem juntos para Benoic. No caminho foram conhecendo-se melhor, e quanto mais Boors sabia a respeito de Selena, mais ele se sentia atraído por ela.

Era como se o universo houvesse conspirado ao concebê-la como a mais contundente expressão de beleza e bravura em uma mulher, e pela primeira vez em toda a sua vida, Boors sentia-se atraído por uma mulher. Já dentro dos domínios de Benoic, Boors foi ter com seu irmão, mas não se conteve em convidar Selena para que partilhassem uma refeição juntos ainda naquela noite.

Um pouco hesitante, Selena tentou resistir, mas viu-se vencida pela mesma atração que tomara conta do corpo e do espírito do Arturiano, aceitando o convite. Boors ficou exultante e despediu-se dela para seguir até o grande salão de Ban. Encontrou o irmão que se reunia com seus generais, tecendo estratégias de defesa contra eventuais ataques vindos do continente.

Mais à noite, Boors confidenciou ao irmão da missão que o próprio Artur incumbira a ele, Percival e Tristan de sair em busca do Graal; Ban irritou-se com aquela decisão, afirmando que o afastamento de três guerreiros da Távola seria um enorme desfalque nas fileiras. Boors, embora, veladamente, concordasse com o irmão, manteve-se distante da discussão, já que além de compreender sua missão, seus pensamentos estavam em Selena.

Reunidos para a refeição, Boors ficou extasiado com a beleza da jovem celta, que apresentara-se com um vestido de lã verde, cujo generoso decote enaltecia a opulência indiscreta de seu busto, como realçava ainda mais as curvas de seu corpo anguloso. Comeram, beberam, riram e trocaram muitos comentários sobre batalhas …, era como se ambos já se conhecessem há muito tempo …, como se eles tivessem sido concebidos um para o outro.

Avançando madrugada adentro, o casal perdera-se em longas conversas, as vezes animadas, as vezes contidas por uma deliciosa hesitação, não percebendo que, silenciosamente, o salão havia se esvaziado. E quando deram por si, viram Ban e Elaine recolhendo-se para seus aposentos. Selena achou por bem despedir-se do guerreiro, e, hesitantes, ambos não sabiam como fazê-lo. Selena seguiu seu instinto e abraçou Boors, um gesto comum entre os celtas. Naquele momento, ele ficou inebriado com o delicioso calor que emanava do corpo de sua nova conviva, ao mesmo tempo em que sentia seu hálito quente soprar em seu pescoço …, foi algo inspirador.

O cavaleiro não conseguiu dormir naquela noite, pois a imagem de Selena rondava sua mente, seu corpo e também seu espírito; e um desejo frenético e incontrolável inundava seu ser, denunciando que Selena lhe impusera uma nova espécie de provação …, a provação do desejo carnal nascido de um amor quase idílico. Incapaz de compreender e controlar seus atos, Boors achou por bem procurar pelo monge eremita que vivia em uma floresta próxima.

E foi o que fez, assim que acordou na manhã do dia seguinte, após uma noite mal dormida. Selou sua égua de batalha e rumou em direção à floresta perdida, lar do monge eremita; o monge vivia na cavidade de uma enorme e frondosa árvore secular. Ao chegar ao seu destino, Boors encontrou o eremita sentado em uma pedra, cozinhando algo em um pequeno caldeirão. Ele apeou de sua montaria e foi ter com ele.

Impaciente, contou o acontecido com Selena, fazendo-o de uma só vez, sem mesmo respirar, e, ao final, aguardou pela manifestação do religioso; por um breve intervalo de tempo, o eremita quedou-se concentrado em sua tarefa de cozimento, e depois de levar a colher de madeira à boca e sorver seu conteúdo, sorriu e deu-se por satisfeito.

Em seguida, ele olhou para o guerreiro, e com voz grave, sentenciou: “É mais uma tentação a ser evitada! Você é um idiota! Lembre-se: sem pureza no coração, jamais encontrarás o Santo Graal!”. A entonação da voz do eremita deu ao cavaleiro a plena consciência da gravidade daquela afirmação. Ele, Percival e Tristan receberam a incumbência diretamente do General Arthur, asseverada pela importância do feito dita pelo mago Merlin. Aquilo fora, portanto, um balde de água fria em sua ansiedade em relação à Selena.

Triste e desorientado, Boors montou sua égua de batalha e cavalgou de volta ao reinado de Benoic. Perdido em seus pensamentos e com a imagem de Selena rondando sua mente e também seu corpo, o guerreiro vagou a esmo por campos, vales e florestas, desejando perder-se de si mesmo e do desejo que ardia em suas entranhas. Em dado momento, Boors percebeu que havia se desviado de seu caminho, encontrando-se em um lugar que ele desconhecia.

Era uma floresta localizada em um vale, em cujo centro repousava um lago de águas cristalinas que pareciam dançar ao sabor do vento. Cansado, ele saltou de sua égua e caminhou ao redor do lago, vindo a sentar-se em uma pedra quadrangular, absorto em seus pensamentos …, e foi nesse clima que algo mágico aconteceu …, repentinamente, as águas do lago, levantando-se em pequenas ondas, começaram uma estranha dança …, e no momento em que elas reuniram-se em círculo, uma dama emergiu.

Era uma linda mulher de pele branca, cabelos platinados e olhos azuis cintilantes que pareciam brilhar intensamente; estava nua, mas sua nudez era pura e casta; ela flutuava no ar e ao voltar seu olhar na direção de Boors, sorriu para ele. “Não temas, Cavaleiro …, vim até ti por uma nobre causa!”, a voz da dama ecoava dentro da mente do guerreiro, que, inicialmente, assustou-se, mas, logo, aceitou aquele evento insólito.

“O que o Monge Eremita lhe disse é a mais pura verdade!”, retomou ela, com um tom suave. “O que ele não compreende é que tua busca não se confunde com a tua alma. A pureza não está em teu corpo, mas em teu espírito …, e amar, e desejar não é pecado …, desde que eivado de pureza, também contribui para o aprimoramento humano ...”

-E o que devo eu fazer, então? – perguntou Boors, confuso com as palavras da dama.

“Segue teu instinto, Cavaleiro, não se distancie do teu objetivo …, seja nobre, mas também seja verdadeiro! Essa é minha mensagem para ti, Boors, filho de Boors, o velho …, assim disse a Dama do Lago!”.

Proferindo essas palavras, a Dama Prateada curvou-se e deixou que as ondas a levassem de volta para seu reduto, deixando ali um homem transtornado pelo desejo. Montou novamente, e rumou de volta para Benoic. Anoitecia quando ele, finalmente, chegou ao seu destino. Todavia, não rumou para o grande salão; ao invés disso, avançou em direção aos alojamentos militares. Esgueirou-se entre as sombras que se formavam, até atingir seu objetivo: a pequena residência da chefe da guarda da Rainha.

Ansiosamente, ele esperou …, e esperou …, e esperou …, e somente quando suas esperanças tornavam-se cinzas, uma visão veio em seu alento; Selena caminhava em direção à sua residência, ladeada por duas arqueiras, conversando animadamente; tinha soltos os longos cabelos cor de fogo, e o sorriso estampado em sua face a deixava mais suave e tranquila.

Despediu-se das companheiras na porta de seus aposentos, entrando logo em seguida. Boors sentiu seu coração pulsar forte dentro do peito; ele respirou fundo e seguiu em sua investida. Ele socou a porta por duas vezes, e esperou …

Quando a porta se abriu, ele teve a visão do paraíso sobre a terra; frente a ele, Selena surgira com toda a exuberância de sua nudez. Ele engoliu em seco, sentindo-se hipnotizado por aquela visão; por alguns minutos, nada foi dito …, aliás, não havia o que ser dito …, apenas uma frase foi o suficiente: “Eu estava a tua espera, meu Cavaleiro!”, disse Selena com um sorriso iluminando seu rosto.

Boors entrou, com a ajuda da mão quente e firme da arqueira, que o conduziu para o interior de sua morada. Deixando-se levar pelo momento, ou supondo-se vítima de algum encantamento, Boors não resistiu quando Selena começou a despi-lo; ela se ajoelhou perante ele, ajudando-o com suas botas; levantou-se em seguida, e desafrouxou as amarras do peitoral de couro, que, imediatamente, veio ao chão. Em poucos minutos, Selena livrou o guerreiro das peças de algodão, revelando seu corpo.

As mãos quentes da celta percorreram o peito largo do cavaleiro, eriçando a pelagem que o cobria e fazendo Boors gemer, enquanto um arrepio percorria todo o seu corpo. Incapaz de resistir aos apelos de seu corpo e também de sua alma, o cavaleiro buscou os lábios da linda celta, e eles encerraram um longo e beijo onde, finalmente, homem e mulher pertenceram-se um ao outro.

E enquanto eles deixavam que os beijos se sucedessem em uma espiral crescente, mãos ávidas percorriam os corpos, sentindo cada detalhe, acariciando cada pequena parte da pele arrepiada que fremia suavemente, trepidada pelo toque. Boors, impaciente, tocou as mamas oferecidas de Selena, sentindo sua firmeza e consistência, detendo-se em cada um dos mamilos intumescidos, apertando-os suavemente …, a depois da carícia manual, ele viu seu rosto conduzido pelas mãos da celta em direção a eles, até que seus lábios sentissem o doce sabor daquelas pequenas frutinhas incólumes e arrepiadas.

Assim, sugando os mamilos de Selena, Boors viu-se perdidamente envolvido no desejo de possuí-la; para sua surpresa o seu desejo também era o de Selena, pois, sem aviso, ela tocou seu membro rijo, sentindo sua dimensão e sua pujança. “Venha, Boors, meu cavaleiro!”, ela disse com voz embargada. “Venha ter-me como mulher …, quero ser amada por ti!”, ela insistiu, enquanto recuava em direção à sua cama, trazendo o cavaleiro consigo.

Ela se deitou, e esperou …, Boors, inquieto, deixou-se levar pelo instinto primal, e deitou-se sobre ela. Acariciando a belas mamas da guerreira, ele sentiu seu membro procurando avidamente pela pequena gruta de prazer que a mulher traz entre as pernas; e sem que houvesse necessidade de qualquer espécie de manipulação, os movimentos corporais agiram por si, permitindo que o Bretão penetrasse sua fêmea, escorregando sem membro para dentro dela.

Selena gemeu em êxtase, contorcendo-se sob o corpo musculoso e quente de seu parceiro, que, imediatamente após a penetração profunda, iniciou movimentos pélvicos, golpeando o baixo-ventre de sua amada projetando-se para dentro e para fora dela; cada movimento impactava a Celta que gemia ante o prazer que lhe trespassava o corpo como uma deliciosa seta do amor e do êxtase, provocando sensações intensas que não tardaram em desaguar em uma caudalosa onda de gozo desmedido, como uma explosão redundando em gemidos e suspiros.

Boors, por sua vez, deliciava-se com aquela experiência única e inesquecível; para um homem que sempre preservara a castidade como voto de honra, deixar-se levar por usufruir, junto com uma linda mulher, um momento tão profundo e repleto de sentimentos e sensações, era algo que o marcaria pelo resto de sua vida, mesmo que jamais voltasse a ter experiência similar.

Seguiu-se, então, uma sucessão de gozos proporcionados a Selena, cujo corpo contorcia-se docemente, revivendo cada momento como se fosse o último; Boors saboreou os mamilos intumescidos que clamavam pelo gosto de sua boca quente fazendo deles uma ode ao prazer; o casal, envolto pelo manto da concupiscência, tornou ainda mais intensos os movimentos corporais.

Em dado momento, Selena girou seu corpo por sobre o de Boors, passando a cavalgá-lo como sua mais doce e exótica montaria, subindo e descendo ao sabor da virilidade excepcional do cavaleiro; deixou-se acariciar pelas mãos fortes de seu parceiro que exploravam a exuberância de suas mamas, e a curvatura perfeita de suas nádegas.

Por fim, após horas de encantamento e satisfação carnal sem limites, o guerreiro Bretão deu-se por vencido; com gemidos roucos e profundos, ele despejou sua carga quente e caudalosa nas entranhas da amada Celta, fazendo com que ela experimentasse a mais incrível sensação de prazer e satisfação, como se aquela onda quente a transformasse em uma parte de seu amado.

Suado e exausto, Boors desabou sobre o leito de sua amada, e na quietude da alcova, o casal adormeceu pesadamente. E ao acordar pela manhã, Selena viu-se só em seu leito; Boors havia partido em silêncio na calada da madrugada. Uma rosa vermelha repousava sobre o leito, e ela soube, então, que não fora um sonho e muito menos uma aventura passageira. Daquela noite em diante, Selena pertenceria eternamente ao Arturiano.

Meses depois, chamado ao salão de Arthur, Boors apresentou-se, acompanhado de Percival e Tristan; eles sabiam o teor da convocação: a incumbência seria a busca incessante do Santo Graal. De joelhos em frente ao seu líder, eles juraram fidelidade e compromisso com sua missão, e retiraram-se para iniciar a maior jornada de suas vidas.

Saindo dos portões de madeira da terceira trincheira do castelo, Boors viu uma inesquecível figura aproximar-se dele; montada em seu cavalo de batalha, Selena veio em sua direção, estancando o trote em parelha com a montaria. Eles se olharam e sorriram. “Jamais te esquecerei, meu Cavaleiro!”. Boors sorriu para ela, e da bolsa de couro que trazia na cintura, retirou um anel que estendeu para ela. “Selo aqui meu compromisso contigo, minha Dama. Se jamais tornarmos a nos ver, saiba que és a dona perpétua do meu coração e do meu ser!”.

Sem esperar por resposta, ele chutou a barriga de sua égua arrancando em direção aos demais cavaleiros. Não olhou para trás, sentindo uma lágrima teimar em escorrer. E a voz da Dama do Lago encheu sua mente mais uma vez. “Segue teu destino, Boors, sem medo ou temor. Saiba que o amor é mais forte que qualquer voto, que qualquer jura. Tua nobreza persiste em teu coração e em tua alma, e teu corpo está repleto de satisfação …, segue, pois, teu destino, Arturiano!”.

E assim, Boors seguiu seu caminho …, não se sabe se retornou de seu périplo, como não se sabe se reencontrou a sua Selena, mas certo é que nela, sua semente ele depositou!

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