PHROYBIDO - Parte II - GANHANDO A LOIRA NUM JOGO DE CARTAS

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2340 palavras
Data: 05/05/2018 01:15:58
Última revisão: 13/05/2018 08:27:19
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

PHROYBIDO – Parte II

Na terça-feira, de manhã, depois de saírem do motel, os dois ficaram de se encontrar à noite. Por volta das 20:00h, estavam de volta ao shopping Tacaruna. Ela o esperava na frente. Estava vestida do mesmo jeito de quando se encontraram, na noite anterior. Até parecia que ela nem havia passado em casa, ainda.

Beijaram-se rapidamente e se dirigiram de ônibus ao bairro de Casa Amarela, na zona norte do Recife. Subiram o Morro da Conceição, até encontrar o terreiro de Umbanda da Mãe Nanã. Era uma casa enorme, e tinha um casal de auxiliares à porta de entrada, orientando o público que chegava ao templo naquele dia. Algumas pessoas olhavam para Maria Quitéria meio atravessado, mas ela não dava a mínima importância. O negrão Max, no entanto, percebeu. Perguntou:

- Por que as pessoas nos olham como se estivessem chateadas conosco?

- Eles olham para mim. Eu não deveria ter vindo para cá vestindo preto. Mas não queria perder tempo passando em casa, pois estive o dia todo resolvendo um monte de coisas.

- Por favor, tirem os sapatos e o depositem no cômodo à esquerda -, disse a mulher que cuidava de dar as boas-vindas aos visitantes - depois, sigam para a assistência e se acomodem em um dos bancos. Logo, Mãe Nanã estará conosco.

Naquela noite, o público não era tão grande. Havia cerca de vinte pessoas, se contassem com o casal. Ambos tiraram os sapatos, em respeito ao congá, o solo sagrado, e se acomodaram no lado esquerdo na plateia. A área da assistência, com bancos de madeira, onde se sentaram, à esquerda de quem entrava, tinha piso de cimento. Mas o congá, onde ficava o altar ao fundo, e oito banquinhos de madeira dispostos em duas fileiras, uma de frente para a outra, era de chão de terra. Nele, alguns médiuns e auxiliares se banhavam com ervas, para entrar em sintonia com o mundo espiritual. Próximas a cada vértice do quadrado de terra, havia uma vela acesa. Um senhor negro defumava a área, preparando o ambiente. Sem pressa, os médiuns se sentaram cada um num banquinho, todos tendo um auxiliar postado de pé às suas costas. No canto direito do altar, repleto de símbolos e imagens de barro ou gesso, representando os Orixás do Candomblé, um trio estava atento, junto aos seus tambores e atabaques. Defronte ao altar, um banquinho de madeira estava vazio.

Max nunca havia estado num terreiro de Umbanda. Instintivamente, quis pegar na mão de Quitéria, que estava sentada ao seu lado. Ela negou-lhe a mão e apontou discretamente uma das assistentes. Esta fazia um gesto de desaprovação, balançando de forma negativa o dedo em riste. A mulata disse:

- Não é permitido o gesto afetuoso dos casais, aqui dentro. Também não cruze as pernas nem os braços.

- Ok. – Disse ele, soltando a sua mão.

Um médium fez um pedido de proteção aos deuses africanos (orixás protetores do terreiro) em voz alta. Um outro defumou o ambiente do altar (peji), os médiuns e o público.

Então, fez-se um silêncio repentino no salão. Uma senhora robusta, de cerca de uns setenta anos, entrou majestosa, vestida de branco, anil e lilás. Os auxiliares se levantaram todos ao mesmo tempo e a saudaram:

- Saluba Nanã! Nós nos refugiamos em Nanã, Salve a senhora do poço e da lama.

- Salve Nanã! – Repetiu o público e os auxiliares.

Ela sentou-se com graça, apesar da idade e do peso. Fez um gesto com a mão e todos voltaram a se sentar, inclusive o público. Começaram o toque dos atabaques. A velha senhora foi a primeira a incorporar. Depois, os médiuns o fizeram. Um negro forte e elegante, entre os médiuns, todo vestido de branco e com um lenço vermelho amarrado no pescoço, olhou para Max e o chamou para perto de si. Este se levantou e foi até o médium incorporado, ficando de pé diante dele. A velha senhora falou:

- Salve Seu Zé Pilintra! Salve os Malandros. Salve a malandragem.

O público repetiu, em coro, suas palavras. A robusta senhora disse, dirigindo-se a Max:

- Ajoelhe-se diante do Mensageiro de Luz da nossa Santa Umbanda.

Quando o negrão fez o que lhe era pedido, a velha senhora voltou-se para Quitéria e disse energicamente:

- E você, retire-se deste ambiente. Sabe muito bem que Seu Zé não gosta da cor preta. E não fique rondando o terreiro. Vá-se embora, e logo!

Njila - ou Maria Quitéria, como gostava de ser chamada -, pediu desculpas, fez uma reverência e saiu andando de frente para o altar, seguindo a regra de não dar as costas ao que é sagrado. Pegou seu sapato na salinha e logo desapareceu das vistas de todos.

O negro disse com voz alegre e rouca:

- Então, o que é que manda, rapaz? O que te aflige?

Max tinha a forte impressão de que podia se abrir com a entidade. Não era preconceituoso com religião, apesar de ter sido educado na Católica Apostólica Romana. Disse:

- Primeiramente, estou com dificuldades financeiras. Depois, estou com um problema de saúde sério: não estou conseguindo “dar no couro”. Por último, queria encontrar um grande amor.

- Moço, se a vida tá te batendo tanto, é porque tu aguenta, é porque tu é forte. Mas vamos por etapa: o que tu quer primeiro, mesmo?

- Grana, pois ela anda curta nos meus bolsos. E, se tenho ela, posso ter mulher e saúde.

- Grande sabedoria, preto. – E, virando-se para um dos auxiliares que estava por perto, pediu em voz alta: - Me traz aí uma amarelinha bem gelada!

Quando lhe trouxeram a cerveja, o negro que incorporava a entidade tomou um único gole e depois ofereceu a garrafa a Max. Disse:

- Toma. Bebe até o fim. Depois, vamos comigo atrás de uns tostões.

O negrão fez o que lhe foi pedido. Logo no terceiro gole, sentiu-se leve. Depois, a cabeça girou. Mas bebeu o líquido até o fim. Em seguida, caiu de costas no chão. As vistas lhes escureceram.

********************

Não sabe quanto tempo passou “apagado”. Quando percebeu que estava jogado no chão, fez um esforço para se erguer. Viu o negro vestido com um terno branco e de chapéu panamá na cabeça, adornado por uma fita vermelha. Este lhe disse:

- Pronto, já te demorasse demais. Agora, é tempo de ir atrás da grana. Levanta-te, negro frouxo. E vamos à luta.

Max seguiu o preto elegante, mas sentia o corpo ainda bem leve, como se estivesse dopado. Perguntou:

- Para onde vamos?

O preto não respondeu. Estavam num local totalmente diferente do terreiro. Parecia a antiga zona de baixo meretrício do Recife. Entraram num bar poluído de fumaça de cigarro e cheiro de mofo. O negro tinha um cigarro no bico. Olhou em volta e avistou uma mesa onde três pessoas mal-encaradas iam começar um jogo de cartas. Disse a Max:

- Pegue duas cervejas bem geladas e traga uma para mim.

- Mas... eu não tenho dinheiro.

- Meta a mão em teu bolso esquerdo e irá encontrar umas notas.

Quando o negrão o fez, tirou um montão de cédulas de cem reais, enroladas, dali. Exclamou, espantado:

- Uau, como isso veio parar aqui?

- Não vem ao caso. Vamos jogar com aqueles cavalheiros.

- Mas, com toda essa grana, não preciso ganhar mais. Tudo isso me basta.

- Tem que conquistar esses cobres, negro insensato. Eles ainda não são teus. Terás que jogar, para ganhá-los.

- Eu não sei jogar cartas.

- Senta lá que eu te ajudo.

O negrão se aproximou da mesa de jogo e perguntou se podia se sentar. O mais mal-encarado dos sujeitos disse:

- Mostra tua grana. Vou logo avisando que aqui jogamos alto.

O negrão tornou a meter a mão no mesmo bolso. Estranhou encontrar lá um rolo menor de dinheiro. Mesmo assim, mostrou-o aos sujeitos. Eles acenaram com a cabeça, permitindo que se sentasse. Um deles perguntou:

- Sabe as regras do jogo?

- Como assim?

- Não pode falar, enquanto estivermos jogando. A não ser no final de cada partida, antes do embaralhar das cartas. E se ficar liso, sai do jogo, entendido?

- Entendido.

Enquanto Max jogava, o preto elegante ficava às costas dos outros jogadores, observando o jogo deles. Fazia sinais, indicando qual carta o negrão deveria jogar. Max apenas acenava, balançando a cabeça. Estranhava os outros jogadores não perceberem a presença do cara de chapéu panamá. Mas ia jogando conforme este lhe indicava. Ao fim de algumas partidas, todas ganhas por ele, um a um dos sujeitos iam abandonando a mesa. Outros lhes assumiam o lugar, mas isso não mudava a situação: só quem ganhava era ele. Logo, tinha um monte de cédulas sobre a mesa.

Juntou-se várias pessoas em torno dos jogadores. Um dos expectadores disse:

- O negrão não está roubando. Estive de olho nele. Tem é uma sorte danada.

Por fim, ninguém mais quis jogar. O negro elegante e cheio de ginga disse:

- Recolhe os cobres e vamos embora. Estou com fome. Tô doido pra comê umas comidinhas bem nordestinas: farofa de linguiça, linguiça frita, sardinhas fritas (de preferência no óleo de dendê), jerimum com carne seca, queijo coalho, jiló, coco e rapadura.

Pouco depois, estavam numa birosca, na zona portuária. Uma senhora muito simpática os serviu e ficou abismada com o apetite do negrão elegante. Max comeu apenas um prato de feijão com charque, alegando o adiantado das horas. Tinha os bolsos entupidos de dinheiro. Quando terminaram a refeição, Max perguntou:

- E agora?

O preto elegante alisou a barriga e disse:

- Agora, vamos jogar num cassino de grã-finos, ganhar mais grana e foder umas negas.

Encontraram um cassino clandestino, numa ruela escura da zona portuária, e entraram. O prédio parecia abandonado, com tralhas espalhadas em tudo quanto era lugar. Mas aí, o preto elegante encontrou um controle remoto em cima de uns caixotes e apertou um botão. Uma parede inteira movimentou-se, afundando-se no piso. Descobriu-se um amplo e luxuoso salão onde muitas pessoas jogavam todo tipo de jogo: roleta, baralho, dominó e o escambau. Todas vestidas de forma elegante. Faziam parte de uma classe abastada de pessoas. Apostavam alto e eram muito concentrados. Havia várias mulheres bem-vestidas, no salão, mas Max ficou de olho em uma loira que jogava cartas.

Dessa vez, foi o preto elegante quem sentou-se à mesa. Max ficou só assistindo ao jogo. Havia dado algum dinheiro ao outro, de forma que este pudesse jogar. Não demorou muito e o preto repetiu sua façanha: só ele ganhava na mesa.

Ao fim de algumas partidas, a loira perguntou a Max:

- Tem algum dinheiro para me emprestar? Se perder, te pago.

O negrão botou de novo a mão no bolso e deu um tufo de cédulas de cem reais a ela, sem contar. A loira contou a grana e devolveu uma parte a ele. Mas logo havia perdido todo o dinheiro. Disse ao negrão:

- Vamos embora. Hoje não é um bom dia para o jogo, para mim. Passemos num caixa eletrônico e eu te devolvo o que te pedi.

Quando Max falou ao preto elegante que ia sair, este disse:

- Vou com vocês.

- Mas você está ganhando. Por que não fica?

- É necessário que eu vá com vocês. Vamos embora.

Foram. Porém, a loira não deu a mínima atenção ao negro elegante. Parecia que nem percebia que ele estava por perto. Chegaram a um estacionamento, perto do local, e ela perguntou:

- Você está de carro?

- Não tenho.

- Por quê?

Ele quis dizer que não tinha grana para comprar um, mas desistiu. Preferiu dizer que saíra de casa com intenção de beber, por isso viera de táxi.

- Eu vim de carro. Mas detesto dirigir. Me leva até um caixa eletrônico, para eu te devolver a grana.

- Não é preciso. Pode ficar com o dinheiro. Não necessito dele.

O negro elegante riu. Gargalhou, até. Max ficou empulhado, mas a loira pareceu não ter ouvido o sujeito.

- Faço questão de pagar. Não gosto de ficar devendo a ninguém. - Disse ela.

Ela morava num canto nobre do Recife. Em Boa Viagem, o bairro mais caro da cidade. O negrão entrou no condomínio de luxo, onde ela morava, e estacionou onde ela pediu. Subiram, os três, até o apartamento dela. Ela falou:

- Espere aqui. Vou pegar o dinheiro. Sente-se um pouco. Quer alguma bebida?

O preto elegante olhou para Max. Ele entendeu. Pediu uma cerveja gelada. Ela, no entanto, disse não ter cerveja no freezer. Ofereceu-lhe uma dose de uísque dos mais caros. Ele recusou. Ela entrou num dos aposentos e demorou um pouco. Quando voltou, estava totalmente nua, exibindo um corpo perfeito. Veio com um envelope numa mão e um copo contendo uísque em outra.

- Aqui está teu dinheiro.

Depositou o copo com a dose em uma mesa de centro e agachou-se entre as pernas dele. Imediatamente, o pau do negro ficou duro como uma pedra, excedendo-lhe as expectativas. Ela pegou seu cacete com uma das mãos e o levou à boca. Mamou-o com uma leveza excitante. Massageou-lhe os bagos, enquanto lhe chupava o pênis. Ele teve que se prender, para não gozar logo. Olhou para o lado onde o negro elegante estava sentado, pensando em perguntar-lhe se ele iria ficar ali, olhando. Sentia-se pouco à vontade. Mas o preto não estava mais dentro do apartamento. Havia sumido. Então, Max relaxou.

Ela era uma profissional da felação. Lambia o pau com gula e com leveza, ao mesmo tempo. Estando sem gozar já fazia algum tempo, logo a vontade de ejacular aflorou-lhe o âmago. Ele disse:

- Não vou conseguir me segurar por muito tempo...

- Se conseguir se prender mais um pouco, ganha um bônus. – Prometeu ela.

Puxou-o do luxuoso sofá e deitou-o no tapete da sala. Subiu sobre ele e se enfiou no seu pau. Sua vulva era quentíssima, e o negrão teve que se prender, mais uma vez, para não esporrar. Ele fechou os olhos, para se distrair da foda. Ela começou a gemer alto e a rebolar em seu cacete. Urrou:

- Ai, como você é gostoso. Sinto-te como se estivesse me fodendo na frente e atrás ao mesmo tempo.

Max abriu os olhos ao ouvir aquelas palavras. Então, viu o negro elegante, totalmente nu, fodendo o cu da loira.

FIM DA SEGUNDA PARTE

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Comentários

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Magnífico! Que bom um autor que oferece muito mais do que contar como foi a última trepada. Mais uma série interessante, agora com fatores religiosos embasando o enredo

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