A PRIMEIRA VEZ A GENTE JAMAIS ESQUECE - TERCEIRA PARTE

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 3315 palavras
Data: 30/05/2018 23:15:49

Essa foi a primeira vez que Dirce foi usada por um homem …, e não seria a última …, se bem que, essa ainda não é a primeira vez que nos interessa …

Nas semanas seguintes, José passou a frequentar a casa de Dirce; e sempre lhe trazia algum mimo: chocolates, rosas e dinheiro! No início, ela sentiu-se mal, como sendo usada por dois homens, sendo um pagante e outro não …, percebeu também que João ficava excitado sabendo que ela transava com José; chegava em casa bem tarde, como se esperasse seu parceiro terminar sua “sessão” para somente depois, aproximar-se dela, curioso pelos detalhes.

Com o tempo, Dirce acostumou-se com aquela tara de seu parceiro, e aprimorava a narrativa, explicando como fazia para deixar a rola de José bem dura antes de enterrá-la em suas entranhas; e também sobre as chupadas que ela aplicava na rola para deixá-la pronta para um novo embate; João ouvia tudo atentamente, para, em seguida, tomar Dirce nos braços, carregá-la para a cama e fodê-la como louco. Ela não reclamava, pois, afinal, tinha dois machos a seu serviço …, era fodida por um e depois pelo outro, sendo que um deles pagava por isso.

Todavia, o curso mudou mais uma vez; além de João e de José, Dirce passou a ter que lidar com outros homens …, outros amigos de seu companheiro que foram surgindo, um após o outro, trazidos, é claro, sempre por João. Não foi difícil para que Dirce percebesse que João a estava usando como “moeda de troca”, já que, tirante José, os demais não davam nada para ela, e João sempre estava com dinheiro no bolso. Houve um momento de hesitação, onde a jovem sentiu-se um pedaço de carne servindo ao prazer libidinoso de homens e para o sustento de seu companheiro, o que a reduzia a um trapo humano!

Mas, com o tempo, Dirce admitira um pensamento pragmático, já que obtinha prazer a partir de seu sustento; ao mesmo tempo em que aproveitava homens mais viris e dispostos que João, cujo desempenho, algumas vezes, deixava a desejar …, e foi José que a alertou para o perigo que a rondava; “Seu homem tem outra!”, disse José numa tarde que viera ter com ela. Descreveu a situação com minúcias; ela se chamava Madalena, era viúva e herdara os negócios do falecido, entre eles a empresa de transporte onde José trabalhava.

-Não demora, e ele te larga, Dircinha – disse José, incapaz de esconder sua revolta com aquela situação – Se você quiser posso te sustentar …

-Mas, você é casado! – interrompeu ela, com uma expressão de indignação no rosto.

-Sim, sou – ele respondeu, desviando o olhar – Mas, e daí! Você continua morando aqui, eu banco as despesas, e você dá um pé na bunda daquele safado!

Dirce deu uma sonora gargalhada, deixando José atônito com sua reação; “Me livro de um safado, para cair nas garras de outro!”, ela disse em alto e bom som. José, desorientado com a reação de Dirce, deu meia volta e foi embora …, e ela ficou lá, em seu quarto pensando no que fazer de sua vida …

A solução veio rapidamente; dois dias depois, Dirce arrumou suas coisas em uma mala velha que ela adquirira em um brechó, juntou suas economias (sim, ela as tinha, já que jamais mostrou para João, o dinheiro que José lhe dava), e durante a tarde embarcou em um ônibus rumo à capital. Não tinha a menor ideia do que a esperava na cidade grande, mas esperava sobreviver e refazer sua vida …, de uma forma, ou de outra.

Infelizmente, sua sorte não foi das melhores …, o dinheiro durou por algum tempo, porém, não tempo suficiente para que ela conseguisse um bom emprego e um lugar para morar melhor do que o pardieiro em que estava residindo. Logo, o desespero bateu à sua porta, com o dinheiro minguando e a dona do imóvel cobrando alugueres atrasados. Dirce desesperou-se; sem saber o que fazer, pensou em prostituir-se, já que seu corpo era a única ferramenta de trabalho que conhecia, e acabou fazendo “roteiro” em algumas avenidas da cidade. Sofreu nas mãos da concorrência, que além de agressiva era vingativa; assim que desceu do carro do seu primeiro cliente (um boquete rápido), foi abordada por duas outras mulheres que bateram nela e tomaram o dinheiro que acabara de receber.

Machucada, com as roupas rasgadas e sem dinheiro, Dirce voltou para casa a pé, desabando sobre a cama, sem pensar em mais nada. Pela manhã, ouviu alguém batendo na porta de seu quarto; abriu a porta; era a dona do imóvel trazendo um convite irrecusável; era uma oferta de emprego. Ela contou que tinha uma amiga rica que morava em um condomínio fechado na região mais nobre da cidade e que estava a procura de uma doméstica para cuidar da casa; ainda segundo a senhoria, essa sua amiga pagava bem e tinha comida e abrigo enquanto lá trabalhasse.

Sem muitas opções naquele momento, Dirce aceitou a proposta e depois de telefonar para a tal mulher, ela arrumou suas coisas na velha mala e partiu rumo ao novo desconhecido; ficou estupefata ao ver o local onde trabalharia; era um enorme condomínio horizontal, localizado em uma das melhores regiões da cidade, com casas amplas e de fachadas sofisticadas. Meio zonza ante tanta exuberância, Dirce caminhou a esmo até bater à porta do número que lhe fora dado anteriormente. A porta se abriu e Suzana, sua nova patroa atendeu com um sorriso largo.

Suzana era uma mulher de aproximadamente, cinquenta anos, todavia, parecer ter menos; morena de estatura média, rosto sem marcas, com lábios carnudos e grandes olhos castanhos que pareciam ver além da pessoa, tinha um corpo insinuante, daqueles que os homens viram-se para observar melhor, com formas voluptosas e repletas de intenções inconfessáveis. Vestindo jeans e camiseta, ela comemorou a chegada de Dirce, pedindo que ela entrasse. Conversaram tranquilamente na cozinha, enquanto sorviam um café que fora a própria Dirce que preparara.

-Hum delícia de café – elogiou Suzana – Acho que vamos nos dar muito bem, menina! Venha, vou lhe mostrar seu quarto e o resto da casa.

Depois de embrenharem-se pela enorme moradia, Dirce viu seu quarto e ficou boquiaberta; parecia um quarto de hotel sofisticado, e ela, imediatamente, agradeceu a Suzana pelo emprego e também pela moradia. “Não me agradeça ainda, meu bem!”, respondeu Suzana com um tom enigmático. E quando Dirce perguntou o que tinha que fazer, a resposta foi avassaladora.

-Você vai atender aos meus convidados …, que são muitos! – Suzana respondeu – Todos os dias recebo pessoas …, você vai servi-las …, jamais deixe faltar bebida nos copos e canapés nas bandejas, entendeu?

-Sim Senhora, entendi – respondeu Dirce um tanto hesitante – Mas, eu pensei que a Senhora precisasse de uma doméstica …

-Ah! Não, minha querida! – Suzana antecipou-se em responder a dúvida de Dirce – Para isso tenho outras serviçais que fazem isso …, você será uma espécie de garçonete …, talvez até mesmo uma camareira, mas jamais uma doméstica …, apenas lembre-se do que eu disse …, mantenha os copos cheios e as bandejas também …, o resto você vai aprender com o tempo …

E naquela mesma noite, Dirce descobriu que a residência de Suzana era mais que uma residência …, era um refinadíssimo prostíbulo! Assim que a noite caiu, homens chegaram; não eram muitos, mas o suficiente para dar vida à casa; todos estavam muito bem vestidos e exibiam uma certo refinamento …, pouco tempo depois chegaram mulheres …, de todas as idades e de todos os tipos: haviam loiras naturais, negras, orientais; as idades também variavam …, mas, a grande maioria era composta por garotas na faixa entre dezoito e vinte e poucos anos.

Suzana a anfitriã, surgiu quando o ambiente estava repleto, com copos cheios de vinho, champanhe e uísque, tudo da melhor qualidade, e canapés servidos por Dirce que usava uma roupa preta, bastante sóbria e decente; mesmo assim, ela não passava despercebida pelos convivas, com olhares oblíquos vindos em sua direção e comentários sussurrados que ela não conseguia ouvir.

A pequena recepção avançou noite adentro …, as garotas, aos poucos, foram enturmando-se com os convidados, tornando o clima mais intimista, com uma música suave tomando conta do ambiente; mesmo atarefada em manter os copos cheios, Dirce conseguia perceber que os pares formavam-se sutilmente …, carícias cada vez mais ousadas e beijos dados entre sombras, denotavam que aquele encontro estava para redundar em alguma coisa mais promíscua …

A madrugada ia alta quando os casais começaram a retirar-se do ambiente …, alguns dirigiam-se para a escadaria que dava acesso aos andares superiores, enquanto outros caminhavam em direção ao jardim interno, procurando a enorme edícula que ficava nos fundos …, logo, nada mais restou que copos vazios, risos histéricos e, finalmente, um silêncio carregado de murmúrios.

Dirce recolheu copos e demais pertences, levando-os para a copa, onde deu início ao trabalho de lavá-los …, todavia, uma voz calma, mas firme, interrompeu sua tarefa.

-Nada disso, Dona Dirce! – ouviu-se a voz grave de Suzana – Deixe tudo isso aí mesmo! Amanhã cuidarão disso …, agora, vá dormir …

Dirce bem que tentou argumentar que ela poderia dar conta daquela louça, mas o olhar incisivo de Suzana deixou bem claro que aquela era sua vontade. Dirce recolheu-se ao seu quarto e dormiu quase que imediatamente. Acordou bem cedo, e quando saiu de seu quarto notou que, novamente, a casa estava vazia. Na cozinha, duas domésticas cuidavam de lavar e limpar, assim como também o faziam com a área de recepção e outros ambientes.

-Bom dia, Dirce – ouviu-se a voz de Suzana surgindo no recinto – Dormiu bem? Espero que sim …, agora suba aos quartos e cuide para que eles estejam em ordem …, mas, preste atenção, nada de limpar ou trocar, compreendeu? Sua tarefa é deixar o ambiente sem sinais de que tenha sido ocupado na noite passada …, as demais cuidarão do resto …, Ah! E faça o mesmo nos fundos.

Não demorou para que Dirce compreendesse o que significava “deixar os quartos em ordem”; colher preservativos usados, chicotes, algemas e demais “utensílios” que foram objetos de diversão na noite anterior, correspondia à exigência de Suzana. Quando terminou seus afazeres, Dirce se apresentou para sua patroa, afirmando que tudo estava em ordem.

-É, até que você sabe dar conta do recado – comentou a patroa com um sorriso entre os lábios – Além do que é bem bonitinha …, meus clientes gostaram de você …, ótimo! Continue assim e se dará muito bem comigo.

As semanas escoaram-se e Dirce sentiu-se feliz em estar ali, com Suzana; independentemente da “atividade” que acontecia na casa, ela tinha uma estabilidade que, até então, não experimentara; podia comer e beber o que quisesse, e mesmo quando ajudava as demais empregadas lavando louça ou arrumando camas, sabia que tudo aquilo valia a pena …, Suzana a repreendia quando ajudava nas demais tarefas, mas passados alguns dias, viu-se obrigada a aquiescer com o ímpeto de Dirce em colaborar.

Exceto por algumas “mãos bobas”, olhares insinuantes e gracejos sussurrados, Dirce acostumara-se com a rotina da casa …, sua única curiosidade residia no fato de que sua patroa, Suzana, jamais deitava-se com algum homem que frequentava a casa …, passava as noites conversando com os convidados, servindo-os, mas, jamais envolvera-se com algum deles de modo mais íntimo. Aquilo, realmente, incitava a jovem que não conseguia compreender como uma mulher tão bonita e sensual não tinha um homem para chamar de seu.

Aliás, a área da casa onde ficava o quarto de Suzana era restrito, e ninguém podia entrar, exceto se ela própria autorizasse …, Dirce morria de curiosidade de conhecer o reduto de sua patroa, porém, nunca ousou pedi-lo …, até que, em um certo domingo …, Dirce estava em seu quarto quando o interfone tocou …

-Dirce, meu amor – dizia Suzana, do outro lado da linha – Me faz uma gentileza …, traz um jogo de toalhas para mim …, alguma das imbecis esqueceu de repô-las.

Imediatamente, Dirce correu até a rouparia e pegou um jogo de toalhas novinhas; com o coração pulando dentro do peito, ela subiu as escadas, avançando pelo corredor na direção do reservado de sua patroa; timidamente, Dirce bateu à porta com dois toques …, “pode entrar …, está aberta!”, ela ouviu enquanto girava a maçaneta. Assim que entrou, a jovem interiorana ficou estupefata com o que viu: era um quarto extremamente requintado e com uma mobília muito diferente do resto da casa …, os móveis eram de madeira maciça, especialmente, a cama que era ornada por um lindo dossel …, tudo ali era muito lindo e requintado, e ia ao encontro do sonho que a jovem sempre nutrira de ter algo muito parecido com aquilo.

-Dirce …, você está aí? – ela ouviu a voz que vinha do banheiro integrado ao quarto.

Ela não respondeu de imediato, aproximando-se da porta que estava entreaberta para informar que trouxera as toalhas pedidas por sua patroa. “Então, traga-as aqui, menina! Não vê que preciso delas!”, resmungou Suzana, demonstrando certa irritação. Com as pernas trêmulas, Dirce entrou no banheiro …, Suzana estava em uma enorme banheira cuja hidromassagem acabara de ser desligada. Com certa displicência e naturalidade incomuns, Suzana levantou-se da banheira, exibindo sua nudez para Dirce. Por um momento, a jovem ficou sem ação …, apenas olhava para sua patroa desnuda, apreciando a beleza de suas formas exuberantes.

-Hum, parece que você gostou do que viu, menina, não foi? – quis saber a patroa, em tom provocativo e um sorriso safado no rosto.

-A senhora é muito bonita – foi a frase que saiu da boca de Dirce, que mal conseguiu compreender como teve coragem para proferi-la.

-Você acha mesmo? – quis saber Suzana, após uma sonora gargalhada.

-Acho sim, Senhora – Dirce respondeu com uma pontinha de coragem que ainda lhe restava – A senhora é muito bonita …, muito …

-Venha aqui, menina – ordenou Suzana com tom autoritário – Enxugue minhas costas …

Enquanto Suzana ficava de costas, Dirce, com as mãos trêmulas, estendia e toalha e se aproximava de sua patroa; deslizou, suavemente, o tecido felpudo pelas costas de Suzana, olhando hipnotizada o frescor da sua pele coberta por um bronzeado sutil. Inexplicavelmente, Dirce sentiu um calor fervilhar em suas entranhas, ao mesmo tempo em que percebia que sua calcinha estava umedecida …, ela estava sentindo um enorme tesão por Suzana!

Foi neste clima que Suzana voltou-se para ela, encarando-a com um olhar cheio de intenções; sem palavras, elas se abraçaram, e imediatamente, seus lábios se encontraram em um beijo quente e profundo. Dirce, ainda tomada de certa hesitação, passeou suas mãos pelas costas desnudas de sua patroa, e um arrepio percorreu-lhe a espinha, deixando-a ainda mais excitada.

Em um rompante, Suzana arrancou as roupas de sua empregada, mirando seu corpo, incapaz de esconder o desejo que aquele corpo jovem lhe despertava. Ela saiu da banheira, trazendo Dirce pelas mãos avançando em direção à sua cama. Com uma gentileza medida, Suzana colocou Dirce sobre os lençóis de cetim, subindo sobre ela e esfregando seu corpo ao dela, sentindo o desejo que explodia em ambas.

Beijos foram trocados, cada vez mais impetuosos, seguidos por mãos exploradoras, buscando detalhes que os olhos não eram capazes de perceber; ávida, Suzana buscou pelos mamilos de sua parceira, sugando-os com sofreguidão, e deixando-os ainda mais intumescidos; Dirce acariciou os cabelos de sua parceira, gemendo de tesão ao sentir-se saboreada com tanto desejo e carinho.

Colando-se ao corpo de Dirce, Suzana deslizou uma das mãos até o baixo-ventre, esmiuçando com impaciência a região destituída de pelos, até encontrar o que procurava; começou a dedilhar a vagina de sua parceira, detendo-se no clítoris, cujo inchaço denunciava o enorme estado de excitação de Dirce, estimulando a chegada de uma deliciosa onda de orgasmos que se sucediam em volume e intensidade. Sucumbindo ante as carícias de sua patroa, Dirce gemia e se contorcia como se seu corpo fosse um instrumento musical, cujos acordes eram extraídos pela habilidade de Suzana em conduzi-la pelos deliciosos labirintos do prazer.

Desconhecendo o poder que as ondas de prazer proporcionavam em seu corpo, Dirce via-se dominada pelo desejo de sua parceira, que crescia em uma espiral sem fim, saboreando cada momento como se fosse o primeiro. E em dado momento, Suzana esgueirou-se pela cama, abrindo suas pernas e oferecendo sua vagina para o deleite de sua companheira; Dirce, imediatamente, posicionou-se, enquanto sua boca e língua encontravam o regaço quente e úmido, clamando por uma carícia essencial. Foi a vez de Suzana ser tomada de assalto por orgasmos que pareciam não ter mais fim …

Os momentos tornaram-se mais intensos, com as fêmeas em um delicioso “sessenta e nove”, saboreando-se mutuamente; era um crescente de orgasmos que mal podiam ser comemorados, já que eram seguidos por outros ainda mais vigorosos. Dirce, que jamais tivera uma experiência parecida, estava em pleno êxtase, tendo o corpo daquela mulher linda sob o domínio de suas mãos; ela acariciou, beijou e sugou os mamilos de Suzana, fazendo com que ela gemesse de tanto prazer.

Em dado momento, Dirce sentou-se sobre a cama, sendo envolvida pelo corpo de sua parceira, que estava atrás dela; sentiu o toque insinuante dos peitos de Suzana roçando suas costas, enquanto mãos e pernas a envolviam como deliciosos tentáculos; Suzana começou a mordiscar o pescoço de Dirce, lambendo sua orelha, fazendo-a delirar de tesão; suas mãos hábeis, logo, procuraram pela vagina da garota, aplicando-lhe um dedilhado extremamente dedicado, detendo-se, vez por outra no clítoris, arrancando mais um gozo inesperado.

Com extrema habilidade, as mãos de Suzana passearam pelo corpo de sua parceira, beliscando os mamilos intumescidos, retornando à vagina alagada por tanto gozo, fazendo Dirce deliciar-se de uma forma que ela jamais concebera. Depois de saborearem-se mutuamente até que seus corpos não retivessem mais nenhuma energia vital, Dirce e Suzana adormeceram abraçadas, vencidas pelo cansaço e pelo enorme prazer que haviam proporcionado uma à outra.

Já era noite de domingo, quando ambas acordaram abraçadas. Suzana beijou Dirce e sorriu para ela com um olhar carinhoso. “Agora, garota, você descobriu meu segredo!”, exclamou Suzana incapaz de esconder a felicidade estampada em seu rosto. Dirce sorriu de volta e procurou os lábios de Suzana, selando mais um prolongado beijo. Juntas foram banhar-se, aproveitando a água morna para bolinarem-se mais um pouco, experimentando mais orgasmos.

-O que é isso, meu bem – perguntou Suzana, enquanto enxugava o corpo da parceira, apontando para a cicatriz em forma de meia lua na lateral esquerda de seu baixo-ventre.

-É uma cicatriz de nascença – respondeu Dirce, passando a mão sobre a marca – Minha mãe me dizia que meu pai …, que eu nunca conheci …, tinha uma …, igualzinha …

Repentinamente, uma lágrima escorreu pelo rosto da moça, que abaixou o rosto, tentando esconder sua tristeza; Suzana segurou seu queixo fazendo com que ela a encarasse; a mulher sorriu para a jovem, e depois de beijar-lhe os lábios tentou consolá-la:

-Acho que fui infeliz no comentário …, mas, azar desse homem que não conheceu a filha linda e gostosa que ele gerou …

Ambas sorriram e terminaram de se secar; almoçaram juntas e passaram a tarde vendo televisão; Suzana quis saber mais sobre a vida de Dirce; a garota acabou lhe contando tudo: sobre João, José e tudo mais. Contou-lhe ainda que sentia saudades da mãe, Ernestina, mas que sequer sabia se ela ainda estava viva e com saúde. Naquele mesmo dia, Suzana presenteou Dirce com dinheiro suficiente para que fosse visitar a mãe; sua única exigência é que ela voltasse em breve.

-Acho que é a primeira vez em muito tempo que digo que vou sentir saudades de alguém – ela comentou, com voz disfarçada, escondendo sua tristeza.

-Não se preocupe, meu amor – consolou Dirce, enquanto beijava os lábios de Suzana – Vou voltar sim, eu te asseguro.

E foi assim a primeira vez em que Dirce descobriu o amor de gênero, como também sentiu-se amada e desejada de verdade …, mas, como sempre, essa não é a primeira vez que nos interessa …, a primeira vez que nos interessa mesmo é a que virá a seguir …, e isso aconteceu algum tempo depois de Dirce retornar de sua viagem, feliz em saber que a mãe estava bem. Ernestina vivia com um companheiro, que além de gentil era também muito carinhoso, e isso deixou Dirce muito feliz e satisfeita.

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