Conflito de Gênero - Menino? Não, Menina! Parte 13

Um conto erótico de Bruna
Categoria: Homossexual
Contém 1258 palavras
Data: 18/04/2018 19:24:56

Os 12 meses seguintes foram uma eterna lua de mel. Viajamos sozinhos para vários lugares no Brasil e até no exterior. Nas praias eu fazia o possível para manter minha pele branca com meus protetores FPS 90 mas foi impossível mesmo com a ajuda dele que se prontificar a passar o protetor por todo o meu corpo. Ele adorava fazer isso e uma vez fizemos sexo comigo toda lambuzada e foi complicado e gostoso pois escorregávamos para todo lado. A contragosto meu, uma marquinha de biquíni surgiu e ele se deliciou com ela gozando várias vezes a admirando. E para ficar olhando para ela as posições que mais lhe agradavam era de bruços ou de quatro.

Não fazíamos mais sexo anal, mais por opção minha que dele e mais porque eu sentia que o sexo vaginal me deixava mais mulher do que o sexo anal. Com toda essa vida sexual intensa minha vagina se dilatou um pouco mais e ficou dois centímetros mais profunda. O cirurgião havia me falado que isso poderia acontecer. Mas para a felicidade de meu namorado não dilatou no diâmetro. O pau dele continuava a entrar muito apertado em minha buceta a cada vez que ele me penetrava.

Nesse período evolui no trabalho e já tinha projetos só meus. Eu estava adorando criar lugares para as pessoas viverem, principalmente famílias, pois eu sonhava de um dia ter uma casa daquelas com uma família só minha. E adorei o contato com os clientes sendo uma mulher. Era uma situação bem diferente pois eu me sentia mais poderosa. Apesar se ser um escritório descolado eu me vestia para parecer mulher a adorava. Eu jamais queria vestir roupas novamente que escondessem quem eu era pois eu já tinha feito isso demais. Como sempre nada exagerado, apenas feminino.

Durante esse período em que vivi quase uma lua de mel, a amizade com minha “ex” continuou firme com ela sendo minha melhor amiga. Mas não podia lhe contar detalhes de minhas aventuras com meu namorado pois ela ficava de mal humor. Ela também arrumou um trabalho exatamente como ela queria. E quando não estava comigo ou no trabalho ela estava na academia malhando. Com os exercícios ela tinha modelado ainda mais seu corpo que estava perfeito e sarado. E ela não perdia a oportunidade de me mostrar. Quando dormíamos juntas em sua casa, ou na minha, ela frequentemente ficava de lingerie parecendo que queria se mostrar. Muitas vezes me pediu para sentir sua barriga ou sua bunda para mostrar que estavam durinhos. E ela realmente estava com um corpo maravilhoso e mais bonito de quando havíamos sido casadas. Até me peguei pensando em sentir aquele corpo novamente, esfregando seios com seios. Deveria ser muito gostoso eu pensava. Mas como estava em lua de mel com meu namorado isso só ficava no pensamento. O que ela tentou por um bom tempo foi me levar para a academia também, mas eu recusava. Tinha acabado de me transformar em mulher e não queria nenhum musculo que pudesse masculinizar meu corpo. Na realidade eu nem precisava, foi mesmo sem fazer muito exercícios sempre fui magra e torneada. A exceção fora a natação no colégio, essa sim, ajudou a tornear ainda mais meu corpo juvenil, principalmente minhas coxas.

Já havia se passado um ano e meio desde a cirurgia no final desse um ano de “lua de mel”. Externamente, fora uma cicatriz muito fina e quase transparente, ninguém conseguiria identificar que aquela vagina não era de nascença. Os lábios vaginais tinham ficado bem fechadinhos e quando eu não estava com a perna mais aberta ela não mostrava o interior. Parecia uma bucetinha de menina. Por mim não precisava ter ficado assim tão fechada, mas era melhor do que muito aberta e exposta que era um padrão que eu não gostava. Os biquínis eu já usava com gosto e mesmo sem gostar de sol, ia a praia com meu namorado em nossas viagens. Como nas lingeries, eu preferia os biquínis mais larguinhos na lateral. A diferença é com os biquínis eu aceitava cores mais fortes e vibrantes. Se bem que o preto fazia um contraste lindo com minha pele super branca.

Todavia essa convivência e sexo intenso com meu namorado teve seu preço. Depois desses 12 meses de “lua de mel” nossa relação começou a esfriar. Talvez porque havia perdido a novidade, mais para mim do que para ele. Ele percebendo algo, começou a insistir em relações anais que eu não queria mais e isso só piorou a situação. Eu estava triste pois eu havia feito tanto para ser mulher e um de meus maiores sonhos era ter uma família, um marido, ser esposa e estava vendo que com meu namorado não haveria futuro. Eu gostava muito dele e de fazer amor com ele, mas não o amava. Tentei manter a relação até porque estava com remorso de deixa-lo. Ele tinha sido perfeito comigo quando me conheceu e foi paciente e carinhoso durante toda minha fase de transformação e eu dava muito valor a isso. Porém, uma relação que eu queria que fosse para toda a vida não poderia se basear em gratidão. Só duraria se fosse por amor.

A tristeza que comecei a demonstrar nesse período fez com que minha “ex” se aproximasse mais e mais e de um modo ou outro sempre me aconselhava a deixa-lo. Na verdade eu não precisava desse conselho, pois eu já havia decidido e por esse motivo estava triste. Eu já tinha vivido a maior parte de minha vida com algum tipo de remorso e não queria mais aquele sentimento. Eu tinha que ser forte e resolver aquilo da melhor maneira possível, ou menos pior. Porém eu sabia que iria magoa-lo. E após alguns anos juntos eu terminei nossa relação. Diferente do fim de meu casamento com minha “ex”, ele não quis manter contato comigo. Ele ficou muito magoado. Disse algumas coisas desagradáveis, mas não fez nenhum tipo de escândalo. Suas palavras não foram nenhum tipo de agressões preconceituosas. Foram mesmo palavras infelizes que imagino que aconteçam ao final de toda relação que não termina bem. Eu também fiquei muito mal com tudo aquilo. Nos últimos anos, tinha acontecido tanta coisa boa em minha vida que fazia parte do roteiro da vida que eu imaginava quando ainda era menino, todavia aquele rompimento estava fora de meus planos. Quem não gostou nada dessa minha decisão foi minha mãe que me disse que eu estava jogando fora um ótimo futuro com uma pessoa que gostava de mim e que sempre fora muito gentil e educado. Dei razão a ela apenas acrescentei meio zangada: -Mas eu não o amo e seria infeliz toda avida. É isso que você quer? E ela nada me respondeu.

Mesmo não concordando comigo me deu o apoio moral que eu precisava. E também me apoiaram minhas maravilhosas primas e minha “ex”. Com a energia que ganhava na academia ela estava sempre com o astral alto e fazia o possível para levantar meu astral também. Com o trabalho, ela as vezes sacrificava alguns momentos de sua academia para estar comigo em algumas noites da semana. Porém nos finais de semana estávamos todo o tempo juntas. Eu lhe cobrava porque ela não tinha namorado e ela sempre respondia que tinha outras prioridades naquele momento como por exemplo, se estabelecer na profissão e manter o corpo são. Eu também estava decidida. Por um bom tempo não ia querer namorar. Eu precisava de um tempo só para mim. Mas as coisas nem sempre acontecem como nos sonhos e como planejamos.

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