Susan (O início)

Um conto erótico de Susan
Categoria: Heterossexual
Contém 1291 palavras
Data: 16/04/2018 21:43:09

Sempre amei muito meu esposo e sempre o amarei. Mas algo que, há muito havia adormecido dentro de mim, despertou com a intensidade de um vulcão. Eu não saberia precisar exatamente o que fez esses sentimentos despertarem, mas sei que está sendo incontrolável.

Pedirei licença para abrir parênteses para contar dois episódios que ocorreram na minha vida. Devo informar ao leitor(a) que esse conto é cheio de detalhes e por isso ficou mais longo, o estilo também é diferente pois é narrado por uma mulher o que o torna mais rico e mais próximo da realidade, mas é igualmente excitante.

O primeiro caso foi há muito tempo quando eu ainda era uma adolescente. Não direi a minha idade para não assustar os leitores. Mas sou uma mulher balzaquiana. E naquela época eu era bastante jovem, tímida e ingênua.

Meu apartamento era bem próximo do apartamento do vizinho, não sei se por erro de projeto ou o quê, mas da área de serviços do apartamento em frente, podia-se ver completamente o meu quarto. Naquela época eu dormia no quarto que seria da empregada porque era suíte e meus irmãos dividiam o outro que era maior, mas não tinha banheiro.

O fato é que eu já era uma moça alta e bonita, com um corpo já bem desenvolvido com belas pernas, sempre achei que as minhas pernas eram meu ponto forte, pois eram compridas e bem lisinhas, naturalmente sem pelos, mas embora com um corpão bem desenvolvido, eu ainda era uma moça virgem.

Naquele dia eu estava de toalha no meu quarto em frente ao espelho. Abri a toalha completamente de costas para janela. No espelho admirava a minha imagem, sempre fui bonita e vaidosa, mas nessa época eu estava no meu ápice e me sentia muito bem com o que via. Quando tirei a toalha totalmente para me vestir, notei um vulto atrás de mim. Olhei assustada e vi o meu vizinho me olhando completamente nua do apartamento dele.

Me cobri com a toalha e corri para fechar a janela e a cortina. Encarei o voyeur que pareceu distante, com o olhar nos meus seios firmes. Fechei tudo e senti vontade de chorar. Mas me vesti esqueci tudo e fui almoçar pra ir para o colégio. Para mim, tinha sido apenas um acidente provocado pelo meu descuido.

Na saída do prédio, no estacionamento, encontrei meu vizinho levando os filhos para o colégio, eu já tinha pego carona com ele algumas vezes mas naquele dia achei muito inapropriado.

Ele parou o carro ao meu lado e chamou. Os dois filhos dele me olharam inocentes. Pensei um pouco e disse que ia passar na casa de uma amiga então não ia ser bom.

— Susan, precisamos conversar — ele disse.

Os garotos olharam para o pai e para mim sem entender bem do que ele falava.

Entrei no carro. Os meninos iam sempre no banco de trás, tinham sete e nove anos e nunca andavam no banco da frente.

O assunto foi trivial até deixarmos os meninos no colégio deles que era a duas quadras do meu. Na verdade era o mesmo colégio mas em prédios diferentes.

Quando o carro parou em frente ao colégio, fiz menção de descer, mas meu vizinho me tocou no braço pedindo pra eu esperar um segundo.

— Olha, Seu Paulo, não precisa se importar com o que aconteceu, eu fui descuidada. Você não teve culpa.

— Mesmo assim eu quero me desculpar, você ainda é bem jovem e bonita… quero dizer, eu sou um homem maduro e casado e prometo que não vai se repetir. Foi apenas um descuido.

— Claro — eu disse, mas os olhos daquele homem não eram olhos de alguém arrependido ou inocente. Ele havia gostado do que viu. Tenho certeza.

Saí do carro e agradeci a carona, segui para aula. Para mim, o assunto estava encerrado entretanto…

Comentei o caso com Luciana, minha melhor amiga, eu estava envergonhada, mas ela gostou da história e parecia empolgada.

— Ele é bonito?

— É — respondi — mas nunca pensei sobre isso, ele tem idade de ser meu pai.

— Eu sempre quis perder minha virgindade com um homem mais velho — Ela riu.

— Você é uma idiota. — Rimos e depois voltamos a estudar, não tocamos nesse assunto naquele dia.

Uma semana depois, eu estava em frente ao espelho com a cortina fechada, olhei meu corpo. Jamais tinha namorado, apenas beijado Leo na festa de aniversário da Aninha e o Tomás na semana de jogos do colégio. Mas não passou de beijos inocentes.

Passei a mão na minha boceta peluda, eu não me depilava toda, apenas o contorno do biquíni quando ia a praia e aparava o resto dos pelos com a tesoura, mas naquele dia estava bem cheia, lembrei que no dia em que meu vizinho me viu também estava cheia. Uma vergonha enorme tomou conta de mim. Não queria que ninguém me visse daquele jeito. Que chato.

Estava esperando o elevador quando ele veio com os filhos para o hall.

— Boa tarde, Susan — ele disse.

— Boa tarde, boa tarde, Susan — os meninos.

Sorri.

— Boa tarde — respondi.

Os dois meninos eram loiros com cabelos lisos, olhos verdes, umas fofuras. Puxaram o cabelo loiro da mãe que é uma mulher linda também embora tivesse naquela época dez anos a mais do que tenho hoje.

— Quer ir conosco? — Ele perguntou.

Balancei a cabeça concordando.

Os meninos sentaram no banco de trás ligando os minigames o que era moda na época.

— Não sei o que o senhor viu naquele dia…

— Não combinamos que esse assunto tinha morrido?

Os meninos pareciam bem concentrados nos jogos, não sabiam do que falávamos.

— É que fiquei muito constrangida com uma coisa.

Ele não respondeu, olhou no retrovisor para se certificar de que os meninos estavam alheios ao assunto. Continuamos o caminho inteiro calados.

Ele estacionou e os dois desceram. O carro não se moveu.

— O que quer que eu tenha visto, não importa, Susan, não se preocupe. Eu não tive a intenção, olhei sim, depois que vi você, foi difícil controlar confesso, mas foi só isso. E você está me deixando constrangido assim.

— Me desculpe, seu Paulo, é que…

— Então vamos fazer assim, falamos tudo sobre isso hj pra não ficar mais dúvidas e prometemos não tocar mais nesse assunto ok?

— Certo. — Concordei — o senhor viu tudo?

— Vi, não pude evitar, quando você tirou a toalha eu vi tudo que dava pra ver.

— É que eu estava… o senhor sabe… cheia embaixo.

— Sim, eu vi isso também. Mas não se preocupe eu já vi muitas coisas na minha vida. Então…

— Eu sei que o senhor não liga, mas é que eu…

— Olha só, Susan, eu te conheço desde que você era uma criança, você cresceu e se tornou uma mulher linda. Mas aquela imagem de menina inocente ainda está na minha mente. Eu jamais teria uma atitude daquelas outra vez. Mas aconteceu — ele parecia procurar as palavras. —Olha só, se você esquecer isso, tudo vai morrer, mas se você ficar relembrando, você não vai conseguir deixar essa história no passado. Não se preocupe com a sua imagem mais do que com a sua reputação, tá certo? Até porque eu já saí com mulheres com pelos, é normal, até prefiro.

— Mas aposto que a da sua mulher é sempre bem depilada.

Assim que falei isso me arrependi, era entrar demais na intimidade dele. Minhas olheiras esquentaram porque fiquei bastante nervosa.

Ele apenas sorriu sem respostas. Claro que não ia responder. Ligou o carro saímos, paramos em frente ao meu colégio, abri a porta e ele me segurou pelo braço.

— Promete que não toca mais nesse assunto?

— Prometo.

Desci e ele se foi.

Meu coração estava acelerado, que conversa mais estapafúrdia. Meu Deus, só eu sei o quanto eu estava envergonhada com tudo isso

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Comentários

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este coroa está muito certinho. Ou então está se fazendo de morto para comer o coveiro

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Muito bom! Gostei da introdução! Muito bem desenvolvido!

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