Entre Amigos

Um conto erótico de Alph Carvalho
Categoria: Homossexual
Contém 1639 palavras
Data: 04/03/2018 17:23:52

O André é meu melhor amigo, nos conhecemos no último ano do ensino fundamental quando tive que mudar de cidade e de escola, e agora aqui me pego lembrando do passado. Quando cheguei bem tímido e por não conhecer ninguém ficava mais no meu canto. Já ele era bem popular na escola, vivia rodeado de amigos e sorrindo ao vento. Nos primeiros dias de aula eu ficava na sala durante o intervalo devido a minha timidez, saia somente quando tinha fome para comprar um lanche ou iria ao banheiro e beber água nos cinco minutos finais. Durante a aula eu me concentrava ao máximo, sempre tive sede de conhecimento, no entanto as vezes me sentia observado o que me deixava um pouco incomodado, visto que era o aluno novato os professores sempre me faziam perguntas as quais sempre respondia de forma correta e logo já estava sendo taxado como o nerd da sala, na verdade isso até me ajudou porque não sei se por interesse ou o que o pessoal da sala começou a se aproximar de mim inclusive os amigos mais próximos dele.

No entanto por alguns momentos trocávamos olhares mais nada falávamos um com o outro, no máximo nos cumprimentávamos com um olhar, acho que ele até tinha um pouco de raiva por pensar que eu estava roubando os amigos dele, principalmente as meninas que não me largavam mais, afinal eu não era de se jogar fora, pele parda bronzeada pelo sol, olhos cor de meu e cabelos castanhos claros ondulados e um corpo normal apesar de me achar um pouco gordinho, o que logo me rendeu um apelido de gordinho gostoso, logo eu estava bem popular na sala, mais meu comportamento era o mesmo, apesar de um pouco mais soltinho ainda era bem tímido.

Por comprovar que praticava outra atividade física eu era dispensado das aulas de educação física, no entanto eu teria que ficar na quadra na hora da aula e realizar as avaliações teóricas, em especial naquela aula acabei prestando atenção em André, em sua desenvoltura com a bola, o quanto ele ficava lindo matando a bola no peito, e o quanto era competitivo, o que dava para ver em seus gritos quando fazia uma jogada errada, ultimamente percebi que reparava demais em André e isso me assustava, apesar de ter a consciência de ser bissexual, ainda me assustava muito o medo de ser descoberto, e mais ainda de sentir algo por aquele moreno de pele clara, corpo de adolescente na puberdade no início de formação de músculos , corpo suado, aqueles olhos castanhos escuros tão penetrantes e aquele topete negro que conferia um charme a cada feição sua.

O sinal havia tocado e eu absorto em meus pensamentos me levanto e nem percebo a bola vir em minha direção, no entanto já era tarde demais e quando percebo já estou no chão.

A bola havia vindo de Cesar, um aluno de uma turma a frente da nossa que ria da situação com seu grupinho, estava um pouco zonzo mais me levanto ainda a ponto de perceber um aglomerado se formar e quando recobro bem meu campo de visão percebo André e Cesar em um princípio de discussão que não foi mais para frente pelo fato de outros alunos estarem tentando acalmar os ânimos de ambos, a briga é encerrada quando o professor manda todos para fora da quadra encerrando de fato a aula, eu estava lá sentado no chão feito um bocó que alguém esticava a mão para mim.

- Você está bem?

Aquela era a primeira vez que ele dirigia a palavra diretamente a mim e a única coisa que eu conseguia era encarar aqueles olhos negros que pareciam querer me ler, até o fundo da alma.

Apertei sua mão e o mesmo me ajudou a levantar, no entanto parecia que estávamos em transe só percebi que ainda segurávamos a mão um do outro quando as meninas chegaram até mim preocupadas pois tinha visto tudo de longe da pista de dança onde faziam aula, fazendo com que timidamente voltássemos a si.

César: ôh casalzinho, o professor está pedindo as bolas.

Falou o idiota sendo acompanhado pela risada das hienas que o seguiam, ao percebe que André iria partir para cima segurei em seu braço o fazendo surpreso parar, fui até a bola e ao me aproximei devagar de Cesar com um sorrisinho cínico no rosto e um olhar inocente no rosto o que o fez mudar de expressão de sorriso cínico para cara de mau, ao me aproximar um pouco mais joguei a bola nele e acho que exagerei na força pois a mesma pegou em sua barriga e pela expressão de dor que ele fez acho que incomodou bastante.

César: tá maluco veadinho?

Percebi que ele vinha me atacar e para o azar dele que não sabia com quem estava se metendo, acabei o interceptando o derrubando no chão, coloquei meu pé sobre suas costas e torci seu braço o fazendo contorcer de dor pedindo arrego, eu realmente sou tímido e muito calmo, mas dentre as muitas coisas que não sabem sobre mim é que sou um excelente lutador, sempre pratiquei auto defesa, e quando me sinto ameaçado entro no automático que as vezes nem percebo.

- O veadinho, se chama Aphonso, e se eu fosse você, tomava bastante cuidado pra não me irritar de novo, estamos entendido?

Ele apenas confirmou com a cabeça e pude ver o pavor em seus olhos verdes encarando agora minha expressão séria e bem ameaçadora, quando perco a paciência fico meio assustador, fruto de um excelente treinamento de meu irmão que é lutador e professor de defesa pessoal da polícia federal, calmamente o soltei e ainda um pouco irritado sai dali, não sem antes perceber que todos que presenciaram o momento estavam de boca aberta surpresos, principalmente André que estava com a maior cara de bobão observando de longe.

Droga, eu detestava chamar atenção, e agora com certeza logo aquilo viraria conversa, normalmente eu era calmo, mais aquele garoto parece que mexeu um pouco com meus sentimentos, depois que a calma voltou e as meninas se aproximaram de mim fazendo milhares de perguntas que eu preferi não entender senti o meu braço arder e percebi que estava ralado e sangrando um pouco então escoltado pelas meninas fui até a enfermaria fazer um curativoNarrado por André

Eu sempre tive um espirito protetor com meus amigos, sempre fui bem extrovertido e brincalhão, sempre me dei bem com todo mundo, mais o aluno novo, parece que ele tinha uma barreira que me impedia de aproximar dele.

Sempre muito retraído, não deixava transparecer mais sempre me pegava observando ele, cada movimento e poxa o cara era um nerd, muito inteligente o que me fazia admirar mais ainda ele, não que eu fosse um mau aluno, mais aquele garoto era admirável, e cada dia mais eu tinha vontade de me aproximar dele, no entanto não sabia como fazer e era a primeira vez que aquilo acontecia comigo.

Ele costumava passar os intervalos na classe, e certa vez com uma desculpa de está copiando o quadro esperei todos saírem e não foi diferente ele permaneceu lá, quando eu criei coragem para ir falar com ele, o indivíduo levantou e saiu da sala, amaldiçoei todos os seres da terra naquele momento.

Era aula de educação física e ele sempre ficava no banco e logo hoje jogaríamos com o time daquele infeliz do Paulo César, não gostava de ter intriga com ninguém, mais éramos inimigos declarados, o que era bem evidente principalmente nas partidas de futebol que por sinal aquela estava bem tensa.

Quando aquele imbecil acertou a bolado em Felipe, sim eu sabia seu nome por ele ser o queridinho dos professores era sempre usado como exemplo em sala, o que era perceptível que o deixava desconfortável, não entendi mais me fez querer voar naquele imbecil, mais como todos já sabiam que tudo virava motivo de briga para nos dois e devido o meu espirito protetor creio que não estranharam o motivo de eu ter tomado as dores do garoto e mais uma vez meus amigos e os do idiota separaram a briga.

Aula encerrada aquela a deixa e meio que automaticamente meu corpo de moveu até ele prestando solidariedade, e em uma troca de olhares parece que estávamos conectados uma mistura de emoções tomaram conta do meu corpo e parece que perdi a noção de tempo, voltei a mim somente quando ele largou minha mão e elegante mente foi até aquele imbecil e lhe deu uma bela lição, confesso que cairia na gargalhada se conseguisse controlar minha expressão de surpresa ao ver a força e desenvoltura daquele garoto que aparentava ser frágil e inocente.

Quando recobrei meu sentido percebi que ali havia uma mochila e logo constatei que seria dele, recolhi junto com meu material e no meio de suas coisas havia um caderno amarelo. Ao pega-lo algumas folhas caíram e ao recolhe-las logo percebi que tratavam-se de desenhos, e muito bonitos por sinal, o garoto era talentoso, mais um me chamou atenção em particular, era a silhueta e lembrava traços de um rosto, aquele rosto me parecia familiar, mas ao mesmo tempo não consegui lembrar devido ao desenho está incompleto, guardei tudo e me retirei dali.

De longe eu observava ele segui adentrando o prédio principal da escola acompanhado pelas meninas de nossa sala que pareciam mimar ele com carinhos no cabelo ou paparicando-o por um certo momento sentir raiva dele, mais não conseguia entender raiva de que, de repente me pego olhando suas costas marcadas pelo uniforme e vou descendo o olhar até sua bundinha empinada, estava tão concentrado que sinto algo doer em minhas calças e ao descer lentamente o olhar vejo que meu amiguinho estava animado, aquilo me deixou sem jeito e envergonhado, que porra que estava acontecendo comigo.

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Comentários

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Adorei a temática, continua logo 👏🏼🙌🏼

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Gostei muito. É Felipe aphonso ou aphonso Felipe? Continua viu.

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Quem é Aphonso e quem é Felipe? São a mesma pessoa? Parece q vai ser bom. Vou acompanhar.

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Maravilhoso conto,só peço a vc para prestar um pouco mais de atenção quando for mudar de narrador de mais espaço no texto pois na narração do André ficou colada na do Aphonso, tenha um cuidado maior nisso e em passagens de tempo e trocas de cenário(ambiente).

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Gostei muita do conto muito bem escrito. Tomara que continue estou ansioso aqui!

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SUPER INTERESSANTE. NEM TODO GAY TEM QUE VIVER APANHANDO. TEM QUE SABER SE DEFENDER SEMPRE.

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