Angel and the Devil parte 20

Um conto erótico de Halloween
Categoria: Homossexual
Contém 2070 palavras
Data: 26/02/2018 15:11:03

PARTE 20 (VERSÃO DANIEL)

Eu sei que não mereço perdão pelo que fiz ao Rafael, fui um covarde, não tive a coragem de contar para minha família, quando fui contar eu travei, eu o pior, a mãe dele que é muito amiga de minha mãe contou que o Rafael tinha se assumido. Minha mãe ficou histérica, começou a me perguntar se ele passava a mão em mim, dizia que deveria me afastar daquela aberração, pois, se andasse com ele as pessoas iriam pensar que também era um “viadinho”.

Eu estava completamente assustado com tudo aquilo, minha mãe me olhava com desconfiança e ao mesmo tempo com desprezo e nojo, eu estava me tremendo todo, sendo sabatinado por vários perguntadas dela, “se eu era gay”, “se eu estava me prostituindo”, “se eu era também desviado como o Rafael”,

Até que a nossa campainha tocou. Meu Deus era o meu amor, minha mãe foi logo atender como uma louca, nada poderia fazer para salva-lo naquele momento, ela começou atacá-lo com palavras horríveis, minha mãe olhova para trás querendo ver minha reação, no calor do momento eu concordava com a atitude com a cabeça, no desespero fiz algo imperdoável.

Fui em direção ao Rafael, Meu Deus, como me arrependo do que fiz, eu o xinguei, o humilhei, o empurrei, o derrubei, o chutei, não me perdôo até hoje, como pude fazer aquilo com a pessoa que um dia jurei cuidar e proteger? Vivo me lembrando desse dia a cada momento, a cada segundo, tenho pesadelos daquele dia até hoje, o que eu tinha feito? Agredi a pessoa mais importante da minha vida.

Os olhos dele de incredulidade passou para decepção, seus olhos verdes foram perdendo o brilho, ficando opaco, sem cor alguma, sabia que eu estava matando ele por dentro, cada palavra lançada era como se fosse uma facada em meu peito, eu sei, não tem justificativas do que fiz, doeu em mim, mas com toda certeza doeu mais nele!

Ele foi embora aos chutes, me segurei para não ir atrás dele quando virou a esquina, meu coração estava despedaçado, eu estava quebrado, o olhar satisfeito de minha mãe não me valeu de nada, morri para o mundo naquele dia!

Meu mundo caiu quando fui atrás dele no dia seguinte, queria me desculpar pelo o que tinha feito e sua irmã Rebeca me disse que ele tinha ido embora e não tinha notícias dele, tanto ela quanto eu estávamos preocupados com ele, Rebeca era a única que sabia de minha preocupação, ela foi a única que sentia o mesmo que eu, mas nem ela sabia dos meus sentimentos pelo Rafael.

Esse sentimento eu guardava a sete chaves, a cada dia que se passava, minha preocupação com ele só aumentava, aquela angústia me consumia, será que está passando fome? Frio? Sede? O que eu tinha feito? Poderíamos ser nós dois, mesmo com dificuldades, estaríamos juntos!

Ele sempre foi a minha luz, meu norte, simplesmente o apaguei e me perdi pelo caminho, minha consequência? Viver na escuridão e sem rumo! Eu estava a deriva, estava quebrado, triste e deprimido, chegando a pensar em tirar minha vida para tentar diminuir a dor que só aumentava cada vez mais em meu peito. Só não tirei minha vida, pois não queria que o Rafael se sentisse ainda culpado, ele não merecia sofrer mais por minha causa. Eu estava destruído, mas não podia demonstrar isso para ninguém, tive que sofrer tudo sozinho, na verdade eu não merecia ajuda, na verdade tudo o que eu estava passando, era merecido, eu escolhi aquilo para minha vida.

Me afastei dos meus amigos, não conseguiria ficar no mesmo lugar onde falavam mau do Rafael, me afastei da igreja, não queria ficar perto de pessoas que apoiavam o que tínhamos feito com o Rafael, não me importei mais com os estudos, afinal, era o Rafael que me cobrava para eu passar de ano, quando estava no primeiro ano do ensino médio eu parei de estudar, já tinha reprovado três vezes, minha mãe e meu pai, já tinham desistido de me ver formar, acho que a única coisa que eles sentem falta do Rafael era que ele me cobrava dos estudos, mas eles me preferem sem estudos do que conviver com uma pessoa como ele!

Viver uma vida falsa era muito difícil, estava colhendo o que eu tinha plantado, eu beijava algumas meninas para que não desconfiassem de minha sexualidade, tinha nojo de mim mesmo, não sentia nenhuma reação ao beijar essas meninas, não que elas fossem feias, mas minha mente sempre comparava seus beijos com o do Rafael.

A diferença era gigantesca, nunca passava dos beijos, eu ainda tinha esperança ainda de reencontrá-lo. Permaneci virgem, só me entregaria por completo para ele, nunca existiu outra pessoa em minha vida, afinal, ele era, é e sempre será a minha vida.

Como me arrependo...

Os anos foram passando, eu não me importava mais com minha aparência, meus cabelos estavam meio grandes e tudo bagunçados, a barba sempre por fazer, com roupas largas e rasgadas, cheguei a experimentar drogas, remédios de tarja preta para depressão e comecei a me alcoolizar, por fim cheguei ao fundo do poço.

Não me orgulho do que tinha me tornado, mas foi o único jeito que eu encontrei de esquecer momentaneamente o que tinha feito, aquela culpa, Deus, como queria que essa culpa fosse embora, sentia saudades do seu abraço, do seu carinho, do seu beijo! Queria saber como ele está, se está bem, se está com alguém, será que tinha alguém ocupando o meu lugar ao lado do meu amor? Nossa, nem queria pensar nessa possibilidade, não saberia como eu iria reagir se eu visse com outra pessoa.

Todo dia procurava seu nome nas redes sociais, jogava seu nome e nada, era como se não existisse, sempre que eu via algum conhecido do passado, sempre perguntava se alguém tinha visto o Rafael, sempre falavam que não, será que ele estava bem? A culpa é o remorso me corroia por dentro!

Quando tinha 19 anos, eu estava no auge da depressão, não suportava mais viver com aquela angústia, eu me sentia sufocado, e para variar eu fiz outra burrada, minha vida parecia um pesadelo sem fim, já estava no meu limite e por causa do meu vício aconteceu algo que me prenderia ainda mais na escuridão e me afastaria ainda mais da possibilidade de ficar com meu amado.

Eu estava bêbado, na frente de minha casa, olhando para o nada, imaginado o Rafael em meus braços, a saudade era imensa, quando vejo descendo a rua Raquel, irmã do Rafael andando em direção à sua casa.

Na hora, não pensei direito, foi muito rápido, na minha cabeça era o Rafael, eu a peguei de surpresa e sem muito esforço eu a beijei, ela correspondeu, a arrastei para dentro de minha casa, tive relação, com ela na garagem de minha casa, eu perdi minha virgindade com ela, e adivinha? Ficou grávida, nossas famílias ficaram chocadas, queriam que eu me casasse com ela, mas não a amava, só amei uma pessoa em minha vida, esse amor seria eterno.

Eu estava decidido chegar à casa dela e falar com sua família, obviamente, sem o aval da minha, falaria apenas a verdade, que eu não tinha interesse em me casar com Raquel, mas assumiria a responsabilidade de ser pai! Posso estar na merda, mas não sou tapado, logicamente que irei solicitar o exame de paternidade, afinal, quando eu transei com ela, já estava toda “larguinha”, não era só eu que tinha entrado ali!

Quando cheguei na frente de sua casa e tomei um susto. Tinha um carro do ano estacionado na frente de sua casa era lindo, deveria custar uma fortuna, será que eles tinham visitas? Deveriam ser pessoas com bastante grana, só pelo carro daria para comprar uns cinco carros populares. Nem me importei com quem poderia estar lá dentro daquela casa, eu já estava decidido a entrar lá e acabar com essa palhaçada de casamento! Não queria viver uma vida de mentiras, não mais!

Quando eu entrei pela sala, senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo, eu o reconheceria de longe, ele estava completamente mudado, mas seus olhos eram os mesmos, sua boca era a mesma!

Me veio uma mistura de felicidade, euforia, saudade, culpa, remorso, tudo ao mesmo tempo! Não estava acreditando que ele esta lá, na minha frente, de novo, senti meus olhos queimarem e um sorriso formar em meu rosto, não o deixaria escapar novamente, ele seria meu, dessa vez eu iria ficar com ele e seria para sempre.

Daniel: Rafael é você? – falei isso só para começar a conversa, sabia que era ele, desde o instante que nossos olhos se cruzaram.

Não pude notar que tinha uma parede de músculos, ao lado do meu Rafael, para piorar, o desgraçado era lindo, e estava ao lado do meu amor, quem era ele? Percebi, seus músculos se inflarem, seu peito estufar e seu olhar de ódio em minha direção, parecia que ele queria me quebrar a cara, mas estava se controlando.

Mesmo com aquele Pitbull bufando ao lado Rafael, fui em direção ao meu amado, nada me impediria de falar com ele, vi que Marli se levantou com a cara de espanto, e seus olhos me passaram desespero, Raquel também tinha se levantado, só que com um sorriso na cara, era uma iludida..

Marli: Daniel! – falou ela assustada – o que você faz aqui? – percebi seu desespero, ela estava se tremendo toda, não entendia o por que do nervosismo.

Raquel: Que isso mãe, não fala assim com ele, oi Dani, você veio me ver?

Nem lhe respondi e dei mais um passo em direção ao Rafael.

Felipe: Se você der mais um passo em direção do MEU RAFA! Eu não respondo por mim! – parei quando ele disse “meu Rafa”, senti uma pontada no meu peito.

Daniel: seu Rafa? – olhei para o pitbull e depois para o Rafael – isso é verdade?

Rafael: Você esperava o que depois de tudo que você me fez passar? Que eu voltaria com o rabo entre as pernas fingindo que nada aconteceu? – falou ele sem demonstrar nenhum tipo de emoção ou sentimento, nem raiva ou ódio, falou com indiferença.

Raquel: Dani, não liga, não vale a pena, ele não veio aqui para reatar nenhum laço com a gente, somente com a Rebeca. – falou ela em tom de desprezo.

Daniel: Não aceito – falei alterando a voz e com os olhos lacrimejados – precisamos conversar. – falei em um tom de súplica.

Felipe: Você vai é conversar é com minha mão direita e esquerda.

E assim ocorreu, quando vi o pitbull estava enraivecido em cima de mim, me dando vários socos na minha cara, eu tentava me defender, mas ele um cão indomável, montou em cima de mim, pensei que meu fim tinha chegado.

Carlos e Regis, tentaram segurar a fera, mas mesmo agarrados cada um em um braço, não tinham nada o que fazer, ele está indomável, ele iria me matar.

Rafael: AMOR PARA! – Neste instante, o pitbull parou, eu já nem sentia mais o meu rosto, deveria estar todo machucado, devido ao estado que estava a mão daquele cara, cheio de sangue, meu sangue.

Felipe: Desculpe amor, não aceitaria que ele te tocasse novamente. – amor? Então eles estão juntos pensei comigo mesmo, não tinha mais forças para falar, eu só comecei a chorar.

Raquel: Monstro, olha o que você fez ao pai do meu filho! – não Raquel, não fala isso na frente do Rafael, preciso falar com ele antes, tenho que me explicar, pensei comigo, não conseguia falar nada.

Regis: Alguém pode me explicar porque esse brutamontes falou que não aceitaria que o Daniel tocasse novamente no Rafael?

Rebeca: Agora eu entendo tudo – ela olhou para mim com cara de raiva e decepção, sim eu mereço esse olhar.

Marli: Rebeca não! – ela também sabia? Pensei comigo mesmo.

Carlos: Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Eu queria falar, eu precisava falar.

Rafael: melhor não, já tivemos muitos acontecimentos hoje e já estamos de saída. – ele estava indo embora? Não podia deixar, Raquel estava me dando colo, me desgrudei dela, respirei fundo, puxei as últimas forças que me restava e gritei.

Daniel: RAFAEL, EU TE AMO! SEMPRE TE AMEI! ME PERDOA!!! – todos olaram para mim, pronto! Finalmente falei.

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Olá pessoas, tudo bem com vocês? Está entregue mais uma parte de Angel and the Devil espero que vocês gostem!!!

Até a próxima

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Comentários

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Tarde , muito tarde, mas como o autor falou tudo pode acontecer até o final.

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TARDE DEMAIS. REALMENTE VC FOI COVARDE, BABACA. SE DEIXOU LEVAR PELAS ATITUDES HOMOFÓBICAS DE SUA MÃE E MERECE TODO DESPREZO POR ISSO. QUE SE DANE. RAFAEL TEM O DIREITO DE SER FELIZ.

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Pelo sangue do todo poderoso, continua o mas rápido possível. Kkkkkkkk

Não dei muita importância, de primeiro, mas agora estou amando.

Continua pleaces

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