Não Divido Mulher

Um conto erótico de Marido Manso
Categoria: Heterossexual
Contém 633 palavras
Data: 19/02/2018 05:07:56

Não Divido Mulher

Tudo começou quando assistíamos, juntos, filmes de sacanagem. Aos poucos nossas preferências foram ficando claras: preferíamos os que tratavam de menage. E menage masculino. Aos poucos foi se consolidando a ideia de outra pessoa em nossa cama. Não havia nenhuma dúvida de que, se acontecesse, essa pessoa seria um homem.

Sem compromissos maiores, fizemos um perfil em um site de encontros sexuais. Não havia meias palavras, a começar pelo nome: Sex Log. Muitas propostas, muita maluquice. Muita, muita grosseria, em volume que competia com o das deslavadas mentiras...

Desanimador...

Aqui e ali, porém, um texto bem escrito. Uma proposta minimamente sensata.

Em nosso perfil de casal estava claramente dito que desejávamos menage masculino; que estaríamos abertos a uma versão light do cuckold: a dominação psicológica de um macho alfa sobre o casal.

Duas mensagens correspondiam exatamente ao que desejávamos. Um morava longe; o outro, um local. Com este, marcamos um encontro na praia. Lugar mais público, impossível. Mais revelador, idem.

Quando ele chegou, já estávamos. Não se distingue pela beleza; mas tem presença. Inteligente, culto; sabe conversar. Cinquentão muito bem conservado; meio maratonista, preparando-se para a primeira maratona.

Eu e Ana trocamos as palavras previamente combinadas que significavam “vamos em frente”.

Peguei o filtro solar e entreguei a ele, “ajuda a passar?”

- Passo sozinho, ele respondeu. Não divido mulher, continuou; se prosseguirmos temos duas possibilidades: ou eu sento e assisto uma transa de vocês, bato uma e vou embora; ou você senta e assiste. Falou já espalhando filtro solar nas costas de Ana. Aproveite e veja se realmente gosta de assistir.

Foi uma tensão gostosa assistir ele meio que tomar o controle da situação. E de minha esposa, dali em diante, mulher dele. Pelo menos naquele dia.

Fomos a um motel não muito distante.

Em lá chegando, dei um longo beijo (de despedida?) em Ana; soltei a parte de cima do biquíni, mas nem me atrevi a lhe tocar os seios; estavam reservados a Carlos. Virei-a de costas para mim, ainda abraçado, me encaminhei em direção a ele, que a acolheu. Beijo-a primeiro nos lábios, depois nos seios. Quando se ergueu, ela já se apoiava nos ombros dele, que estava com a mão dentro do biquíni. Eu sabia a umidade que ele procurava. E vi no rosto dela, quando ele a encontrou. Vi na expressão dela o toque no clitóris.

Vi quando ele pressionou o ombro dela, induzindo-a a se ajoelhar e acolher o pau. Primeiro na boca. Primeiro.

A cama reclamava a presença do casal, que para ela se dirigiu.

Dedos e bocas, nas mucosas, na pele. Ela gozou na boca, nos dedos; muitas vezes. Quando a sós, costumávamos dizer que o difícil era a primeira viagem. As demais eram facílimas. Nunca viajou tanto. Nem com tanta facilidade.

Ele tudo controlava. Não tomava conhecimento de que eu existia, mesmo quando pegou a camisinha que estava a meu lado, abriu e perguntou a ela, “saber pôr?”.

Protegido, ele a convocou, “quero que você suba e encaixe; para depois não poder dizer que não estava certa se queria”.

Não era um pau esplêndido, desses que aparecem nos filmes. Mas bastou para que ela gemesse. Gemesse muito. Gozou de novo, agora com pau dentro.

Ele a pôs de quatro, avisando, “hoje não vou pôr em sua bunda”; meteu fundo. Já não era no prazer dela que ele pensava. Mas ela gostou.

“Deite. Quero gozar no papai-mamãe.” Um papai egoísta e quase violento. Ela adorou.

Quando, enfim, gozou, ele tirou de dentro. Livrou-se da camisinha e perguntou, “prefere limpar com a boca ou ir pegar uma toalha?”

Até hoje, mais de uma semana, ainda é forte a presença dele em nossa cama

Ela acaba de ler e me falou. Depois coloco minhas percepções. Só adianto que tenho batido muita siririca na intenção dele.

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