Um novo recomeço

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Homossexual
Contém 9120 palavras
Data: 07/02/2018 15:36:54

Um novo recomeço*

Despedi-me do Jordan quase implorando para que ele, pessoalmente, entrasse em contato comigo caso o Tom voltasse à Cotê D’Azur. Ele me prometeu que entraria em contato com o Lorenzo para que, no caso de ele ter qualquer notícia do Tom, também se comunicasse comigo. Percebi que ele tinha a exata dimensão do meu amor pelo Tom e, não tive dúvidas de que cumpriria sua promessa se isso estivesse ao seu alcance.

Quando estava me dirigindo ao aeroporto Charles de Gaulle, de onde partiria meu voo para São Paulo, Paris estava imersa num raro dia ensolarado de céu muito azul. Mesmo com a alma e o coração em frangalhos, tomei aquilo como um bom auspício. Eu havia morado alguns anos nessa cidade quase sempre mergulhada em dias cinzentos. Vê-la tão resplandecente como naquele dia me pareceu um sinal de que aquela dor a me consumir o peito seria algo passageiro. Mesmo assim, não consegui conter as lágrimas quando o avião alçou voo e a cidade foi diminuindo lentamente até desaparecer completamente abaixo das nuvens muito brancas iluminadas por aquele sol inabitual.

- Mamãe, aquele homem está chorando! Será que ele também vai ficar com saudades da vovó? – perguntou a garotinha que estava sentada ao lado da mãe na fileira oposta do corredor, me encarando com uma expressão solidária.

- Fique quietinha Sabine! Não o perturbe! Ele deve estar triste, só isso. – repreendeu a mãe, dirigindo-me um olhar como a se desculpar pela indiscrição da filha.

O que eu não conseguia entender, e essa era a razão das minhas lágrimas, como duas pessoas que se amam não conseguem ficar juntas. Eu tinha a certeza de que o Tom me amava tanto quanto eu o amava. Por que então, ele não ficava ao meu lado para vivermos essa paixão? Todos os argumentos que ele havia exposto não me convenceram. Eu estava disposto a encarar qualquer coisa, contanto que estivesse ao seu lado. Por que ele me deixou pela segunda vez? Isso não só doía muito, como também não me entrava na cabeça.

Ao assumir meu posto no escritório brasileiro, meu avô fez um discurso enaltecendo minhas qualidades e meu desempenho no escritório de Paris. Todos já sabiam disso, mas ele tinha essa mania de formalizar tudo. Eu o agradeci pela confiança depositada em mim e o abracei diante de todos os funcionários do escritório, seguindo o protocolo, como eu bem o sabia o deixaria muito satisfeito. Naquela mesma noite, minha avó fez um jantar para toda a família, não só comemorando meu retorno, mas também a entrada como sócio do Muniz & Partners. No seio da família, eu deixava de ser o advogado jovem e bem posto, para voltar a ser seu neto preferido, coisa que ele nunca escondeu de ninguém.

- Sei que você vai dar uma cara nova ao escritório Duduzinho. Faça tudo que tiver vontade. Se precisar de um conselho ou qualquer outra coisa, não hesite em me procurar. Vou apoiar todas as suas decisões. – garantiu.

- Não vá enchendo a bola do garoto papai! Ele ainda tem muito a aprender, antes de se aventurar nas grandes decisões. – disse meu pai, tentando frear a impulsividade do meu avô.

- Esse garoto já teve em suas costas mais responsabilidades do que você e seus irmãos com a mesma idade. Eu sei quando estou diante de um profissional brilhante! Não queira ensinar o vigário a rezar o Pai Nosso. – meu avô ainda tinha energia de sobra para impor suas vontades.

- Eu sei disso, pai! Eu me orgulho muito dele. Só não quero que seus elogios subam à cabeça dele. – afirmou meu pai.

- Ele é maduro demais para deixar se influenciar por minhas palavras melosas. – revidou meu avô. – Eu só gostaria de ver mais sorrisos nesse rosto jovem. De uns tempos para cá, tenho a impressão de que você anda sempre triste. Você está vivendo seus melhores anos, Dudu. Não deixe que eles passem em branco, ou enfurnado exclusivamente no trabalho, a vida é curta demais para ser desperdiçada. Arrume uma namorada, saia com ela, divirta-se! – aconselhou, abraçando-se a mim.

- Não estou triste não vovô! Estou muito feliz por estarmos juntos novamente. – respondi.

- Quisera eu que isso fosse verdade! – balbuciou meu avô, do alto de sua experiência de vida.

Com a minha chegada, foi preciso contratar mais pessoal para o escritório. Antes de contratar mais um advogado, pedi que me selecionassem inicialmente um estagiário. Como de agora em diante eu também participava do planejamento estratégico no escritório, minha ideia era ampliar nosso leque de atuação. Eu ainda não havia definido nada, mas a vinda de uma estagiária que logo passou a me encher de sugestões, fez com que eu propusesse à diretoria, atuarmos na crescente demanda de empresários e políticos envolvidos em corrupção. Enquanto estive fora, não consegui ter a exata dimensão dos estragos, da bandalheira e falcatruas do governo corrupto que se instalou no país. A ascensão do sindicalista fanfarrão e incompetente ao mais alto posto da nação, trouxe não apenas a enorme enxurrada de contratos desastrosos feitos pelas empresas estatais, como difundiu a corrupção em todos os escalões como a única fonte de recursos para partidos e políticos. Num nível sem precedentes, empresários inescrupulosos sentiram-se livres para abordar qualquer servidor público ou político para obter vantagens e contratos estratosféricos. Quando parte da podridão escondida nos palácios de Brasília ou dos Estados da Federação, nos gabinetes da Câmara e do Senado começou vir à baila, a tênue ação da Justiça começou a fazer réus por toda a parte. A Muniz & Partners até então só atuava com grandes aquisições ou fusões empresariais, consultoria de contratos com multinacionais e, todas as nuances do direito empresarial. Nunca havíamos atuado na área criminal que, diante desse governo de esquerda radical e parva, começou a se mostrar um campo promissor do direito. Havia tantos empresários e políticos tentando se safar das grades que acabei me interessando pela sugestão da estagiária.

- É bem verdade que o dinheiro que vamos auferir com esses políticos não passa de recursos públicos suprimidos da educação, da saúde, da infraestrutura nacional e das estatais, enfim, dinheiro nosso. Não me sinto confortável sabendo disso. Por outro lado, dentro da profissão que escolhemos, sabemos que não se pode negar o direito à justiça a quem quer que seja. E, para garantir que isso seja feito, nossa atuação é fundamental. – argumentei com a estagiária, assim que ela me apresentou sua sugestão.

Raquel estava cursando o último ano da faculdade quando nos procurou. Ela devia ter uns vinte e dois ou vinte e três anos, era uma garota extremamente bonita e, muito extrovertida que sabia expor seus pontos de vista e se fazer ouvir com grande facilidade, tinha o perfil ideal para se tornar uma boa advogada. Embora estivesse muito tensa e insegura durante a entrevista, especialmente quando me viu entrar na sala onde meu pai e meu tio a entrevistavam, tratou de disfarçar seu nervosismo.

- É com o doutor Eduardo que você vai trabalhar, caso seja escolhida. – disse meu pai, apresentando-me a garota. Percebi que, ao pousar seu olhar esperto sobre mim, seu desejo de conseguir a vaga tinha se tornado imperioso. Não duvido que em sua mente tenha passado a ideia de eu não me tornar apenas seu chefe, mas também seu namorado ou quiçá futuro marido. Tal era a impressão que lhe causei.

Foi uma escolha acertada, pois logo percebi que seríamos bons amigos. Ela é que precisaria de mais algum tempo até descobrir que daquele mato não seria nenhum coelho e, que da fruta que ela também gostava eu já tinha chupado até o caroço. Como não havia nenhum advogado com experiência na área criminal no escritório, tivemos que contratar um. Macedo era um homem que adentrara aos quarenta há pouco, tinha um currículo invejável e atuara com muito sucesso em alguns casos polêmicos. Simpatizei-me com ele de cara. Percebi que formaríamos uma boa dupla e, em pouco tempo um trio, quando a Raquel estivesse formada. O fato de ele ser um mulherengo não me incomodou, pois definitivamente ele não fazia o meu tipo, embora fosse um homem bastante atraente. Com a Raquel ele não teria grandes chances enquanto ela estivesse interessada nas minhas qualidades. Quem sabe ao descobrir minhas preferências, ela não viesse a se tornar uma tremenda dor de cabeça para a esposa do Macedo. O desenrolar dessa história ainda tinha muito chão pela frente, mas não deixava de ser instigante e curioso.

Já no primeiro ano após a implantação da sugestão da Raquel, que recebeu algumas alterações durante seu desenvolvimento, o número de clientes atendidos pelo escritório tinha superado nossas expectativas e cobria folgadamente os investimentos feitos com o novo pessoal. Eu ia me inteirando aos poucos da área que o Macedo dominava com habilidade, como seu supervisor direto. Apesar dos nossos pontos de vista muito diferentes no campo pessoal, ele como heterossexual convicto e garanhão irrestrito, eu como homossexual discreto e solitário, conseguimos estabelecer uma relação profissional fecunda e uma relação pessoal afetiva e amistosa. Eu confiava em seus julgamentos e condutas nos casos que defendíamos, pois eles sempre acabavam sendo favoráveis aos nossos clientes, se não completamente, ao menos obtínhamos sanções menores diante dos incontestáveis crimes cometidos por eles. Muito embora, minhas convicções éticas desejassem que eles pagassem pesadamente por seus delitos, particularmente no que tangia aos políticos, eu não podia negar a competência do Macedo considerando-se apenas a questão do direito. Sua habilidade em se valer das inúmeras brechas da legislação brasileira, sem ferir princípios éticos, acabava por fazer com que fossem punidos com muito menos rigor. A fama dessas conquistas rapidamente se espalhou e, o escritório viu esse ramo de atuação crescer em ritmo espetacular.

O primeiro conflito entre o Macedo e eu aconteceu num caso recente de um empresário que se viu sob a mira da polícia federal acusado de contratos fraudulentos intermediados por um governador e um senador de um daqueles partidos inescrupulosos que, se valiam de seus cargos para desviar dinheiro público. Nem posso classificar de conflito o embate no qual nos envolvemos, quando muito diria que enxergávamos a realidade por prismas diferentes.

- Em primeiro lugar, Leonardo, é preciso que você entenda que, como seu advogado, eu saiba de toda a verdade. Não posso construir sua defesa pautado em omissões e meias verdades. Se, durante o processo, formos surpreendidos por fatos irrefutáveis, toda nossa teoria cai por terra e o Ministério Público não vai fazer concessões, exigirá a pena máxima. – disse o Macedo ao cliente numa de nossas primeiras reuniões no escritório, onde eu também estava presente.

- A verdade absoluta é a que lhes expus! Não tenho nada haver com as questões das quais me acusam. Houve sim uma armação envolvendo minhas empresas e meu nome, não sei por parte de quem e nem qual a razão, mas o que posso garantir é que sou inocente. – respondeu o Leonardo, com firmeza e convicção.

- Impressionante! Todos alegam inocência, mesmo diante das evidências. Esse é mais um que não foge à regra. Vamos ver como embasar uma defesa sobre a contundência das provas. – disse o Macedo, finda a reunião, enquanto ele e eu almoçávamos num restaurante descolado próximo ao escritório.

- Algo me diz que desta vez você não vai defender um culpado, como das outras vezes. Temos que investigar muito bem essas provas que apontam contra ele. Podem ter sido forjadas propositalmente. Não se esqueça de que, nos bastidores de nossas casas legislativas, não faltam seres abomináveis capazes de qualquer coisa para ver seus adversários políticos em apuros com a justiça. Minha intuição me diz que o Leonardo é realmente inocente. Portanto, Macedo, cuide desse caso com atenção redobrada! – retruquei, em defesa do cliente que o Macedo sabia havia deixado em mim uma impressão marcante, para não dizer emocional, muito embora ele nada mencionasse a esse respeito.

Eu havia chegado um pouco atrasado naquela manhã ao escritório por conta de um incidente doméstico e do caos do trânsito paulistano. Estava tremendamente aborrecido com esse atraso, ainda mais sabendo que teríamos aquela reunião logo cedo. Como o Leonardo havia chegado pontualmente no horário combinado, autorizei a Raquel a deixar o Macedo iniciar o encontro antes da minha chegada. Ao entrar na sala, todo atabalhoado devido ao meu atraso e, por ter acabado de deixar cair umas gotas do café, que minha secretária me serviu às pressas a caminho da reunião, na camisa branca e na gravata, deparei-me com um homem impecavelmente vestido num terno caro que mal dava conta de camuflar seu corpanzil musculoso e sereno. Ele se levantou quando me aproximei de sua cadeira para cumprimenta-lo, com um sorriso aberto cuja razão eu não sabia se se devia ao jeito trapalhão como adentrei a sala ou, se motivado por uma cordialidade profissional. Ele era quase uma cabeça mais alto do que eu, que já me considerava um homem alto em meus um metro e oitenta e oito centímetros e, seus ombros largos, me deixaram ainda mais desconcertado. Minha mão praticamente desapareceu dentro da dele quando nos cumprimentamos e, eu percebi que todo aquele corpão reagiu ao toque com a minha pele. Sem mencionar que eu senti aquela eletricidade subindo pelo meu braço e acelerando minha respiração como só havia sentido uma única vez na vida. E, isso aconteceu quando o Tom e eu nos tocamos pela primeira vez naquela adolescência perdida no passado. Quando percebi que seu olhar havia se fixado na minha camisa e gravata manchados, tentei articular uma explicação que acabou reforçando o jeito desastrado com o qual eu estava lidando naquela manhã. Eu devolvi um sorriso tímido e procurei apertar sua mão com firmeza tentando resgatar um pouco de dignidade diante daquele homem sedutor e perfeitamente ciente de seu autocontrole. Mas, foi durante o desenrolar da reunião, onde meu olhar não conseguia se desviar daquele rosto hirsuto e másculo, em cuja expressão os olhos castanho-claros mostravam uma transparência genuína e cativante, que eu percebi que ele falava a verdade. Enquanto ele fazia sua explanação, contando os pormenores que o haviam envolvido nesse imbróglio, eu tive uma sensação de dèjá vu que me deu a certeza de haver julgado o Leonardo corretamente.

- Conto com sua ajuda para resolver essa questão que está atormentando toda a minha vida. Sou um homem vivido, mas essas acusações mexeram muito comigo. Espero ver-me livre delas o quanto antes para tocar os meus negócios com a serenidade que sempre tive. Para isso preciso de você como nunca precisei de alguém até agora. – disse o Leonardo ao se despedir de mim, envolvendo minha mão trêmula entre as suas. Por uns instantes fiquei tão abalado com esse contato que vi meu passado ressurgindo como um fantasma do fundo da minha memória.

- Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para provar sua inocência Leonardo. É tudo que posso te prometer e fazer por hora. – respondi, notando que meu olhar e minhas palavras trouxeram uma esperança para aquela alma assolada. Minhas pernas bambearam quando ele voltou a me abrir seu sorriso viril.

Fiquei pensando no Leonardo pelo restante daquele dia, especialmente depois de haver almoçado com o Macedo. Teria eu deixado me levar pela carência, pela impressão que aquele homem me causou ou, simplesmente, pelo tesão que senti ao tocar naquelas mãos vigorosas? Revirando-me na cama durante quase a noite toda, eu experimentei vários episódios de uma excitação incontrolada, na qual aquele homem se apoderava de mim com a mesma intensidade com a qual o Tom me possuíra inúmeras vezes. E eu que achava que se podia enfiar o passado nalgum cantinho da alma donde ele jamais voltaria a nos atormentar.

- Não há o que contestar! As provas do Ministério Público são irrefutáveis! – garantiu o Macedo, após alguns meses trabalhando no caso do Leonardo.

- Vamos fazer nós mesmos as nossas investigações para ver se estas provas têm fundamento. – afirmei, na certeza que me invadira desde que o olhar sincero do Leonardo me cativara.

- É uma missão quase impossível! Teríamos que contar com mais gente e, teríamos que contar com a ajuda de funcionários das instituições envolvidas. Você tem ideia do que está me pedindo Eduardo? – contestou o Macedo, para quem a culpa do Leonardo era questão fechada.

- Não me importa! Vamos fundo neste caso! Use todos os meios para comprovar a inocência dele. – asseverei.

- Isso se é que ele não tem culpa! – retorquiu o Macedo.

- Ele não tem, Macedo! Enfie isso na sua cabeça! Ele é inocente! – minha voz assumiu um tom autoritário ao qual nenhum dos meus subordinados estava acostumado.

Era certo que, àquelas alturas, o Macedo achava que eu apregoava a inocência do Leonardo mais por uma questão de foro sexual do que propriamente por estar convencido disso. Ele só não tinha coragem de afirmar na minha cara que eu estava interessado naquele macho. Coisa que eu, até aquele momento, também não imaginava.

- Há algumas questões que precisamos discutir com você. Precisamos agendar uma reunião para esclarecer alguns detalhes. – disse o Macedo ao telefone, quando o Leonardo estava na academia fazendo seus exercícios regulares.

- Esta semana estou com a agenda muito apertada! Tenho uma viagem e assuntos que exigem minha intervenção direta. Não podemos deixar para a próxima semana? – questionou o Leonardo, diante da insistência do Macedo.

- Receio de que não dispomos desse tempo. Temos que entrar com um pedido de habeas corpus preventivo o mais brevemente possível. Sua prisão será decretada dentro em breve. – retrucou o Macedo.

- Não quero parecer presunçoso, mesmo por que o grande interessado nesta questão sou eu, mas seria possível você me acompanhar nessa curta viagem? Eu dividiria meu tempo com você para resolvermos essas pendências. – propôs o Leonardo.

- Lamento! Esta semana tenho algumas audiências agendadas no fórum e não tenho como me ausentar. – respondeu Macedo. – Talvez o Eduardo possa acompanha-lo, vou me informar com ele e dou uma resposta. – emendou.

Não estava nos meus planos passar um segundo sequer com o Leonardo a sós, muito menos fora do escritório e durante uma viagem. Mas, diante da única opção que havia restado, precisei abrir mão das minhas prerrogativas.

Às seis da manhã eu estava na área executiva do aeroporto de Congonhas, pronto para tomar o jato que a empresa do Leonardo havia reservado para conduzi-lo até Recife onde teria uma agenda apertada. O Leonardo apareceu pouco depois de mim, estava acompanhado de uma secretária de meia idade com ares de intelectual atrás de seus óculos de aro escuro e um olhar perspicaz.

- Bom dia Eduardo! Lamento ter que lhe impor este transtorno. Mas, foi a única maneira que encontrei de não adiarmos essa questão. – desculpou-se, apertando-me num abraço que fez estalar todos os meus ossos.

- Bom dia! Às vezes temos que os adaptar às contingências. – devolvi, pouco entusiasmado com aquela interrupção no meu trabalho que me custaria horas extras de dedicação.

- Espero que não tenha medo de voar! – exclamou, deixando-me irritado com essa observação. Como se eu nunca tivesse estado num avião antes.

- É evidente que não! – respondi, ao que a secretária dele me encarou como se eu tivesse ultrajado seu patrão.

Introduzi os assuntos a tratar com ele assim que a aeronave taxiou na pista, afinal eu estava ali para tratar de negócios e, não para fazer uma excursão recreativa. Percebi que ele não se sentiu à vontade em tratar de uma questão tão delicada diante da secretária. Ele me interrompeu algumas vezes atendendo chamadas telefônicas no celular que não passavam pelo crivo da secretária. Em meia hora eu já estava me arrependendo de ter aceitado esse arranjo. Ele tinha um jeito de impor suas vontades que me deixou contrariado. Tratamos de assuntos banais como as condições do tempo, o momento atual pelo qual o país estava passando, a maneira peculiar como ficou conhecendo o trabalho do nosso escritório e, até uma interpelação sobre meus hobbies surgiu na conversa durante o percurso de pouco mais de dois mil e cem quilômetros e cerca de duas horas e quarenta e cinco minutos entre as duas capitais.

- Jantamos juntos no hotel esta noite para tratar do nosso assunto! – disse ao me indicar um dos carros que nos esperava próximo à pista do aeroporto dos Guararapes. – Tenha um bom dia, e aproveite essas horas para dar uma volta pela orla, tenho certeza de que vai lhe fazer muito bem. – emendou, fechando a porta do carro no qual eu havia entrado.

Petulante! Pensei comigo mesmo. Deixo todos os meus afazeres para trás para resolver os problemas que só dizem respeito a ele próprio e me sinto como um garoto a quem os pais impõem as vontades. A suíte que me fora reservada ficava no último andar do Sheraton Reserva do Paiva com vista para a praia e parte do cabo de Santo Agostinho, em meio a uma natureza espetacular. Não eram nem onze horas e eu teria que ficar à disposição do Leonardo com uma série de compromissos pendentes em São Paulo. Que maçada! Isso haveria de custar caro e esse sujeito, pensei com meus botões.

- Gostou das suas acomodações? – perguntou ele, com uma voz festiva, assim que atendi meu celular.

- Estão perfeitas! Obrigado! – respondi, furioso comigo mesmo por ter dito a palavra obrigado. Quem devia estar me agradecendo era ele. – Você faz ideia de quando podemos tratar do nosso assunto? – outra vez fiquei me culpando por trata-lo com tanta gentileza, pois o assunto que me trouxera até ali era dele e, não meu.

- Volto a fazer contato. Não sei a que horas estarei livre, mas certamente teremos tempo para um drinque antes do jantar. – respondeu. Cretino! Eu lá estou interessado em drinques e jantares? Preferia estar na minha cama e no sossego da minha casa ao invés de esperar pela sua boa vontade de homem de negócios tão atribulado, resmunguei comigo mesmo.

Comi um almoço descompromissado no terraço do restaurante grill do hotel. Havia poucos hóspedes e a atenção dos funcionários não deixou a desejar como costuma ser uma regra no nordeste brasileiro. O dia no Recife estava ligeiramente nublado, mas nada que me impedisse de dar uma caminhada pelos arredores, em particular a praia, que havia um bom tempo eu não frequentava. Tomei a decisão de enfrentar a caminhada pouco depois das quinze horas. As nuvens estavam menos carregadas e, vez ou outra, abriam-se no céu nesgas de um azul intenso com breves raios de sol que teimavam em transpassar aquele adensamento de nuvens. Ao colocar os pés na areia fina e branca, me deparei com alguns casais que deviam estar em lua-de-mel, uma família com três crianças pequenas e dois andarilhos solitários como eu. Por algum motivo, que eu desconhecia, a imagem do Tom se despedindo de mim em Antibes surgiu diante dos meus olhos. Logo eles estavam vertendo lágrimas e meu coração se comprimia em meu peito. Nunca mais tive notícia alguma dele. Há pouco mais de um mês eu havia feito contato com o Jordan para ver se ele não havia se esquecido da promessa que me fizera.

- Lamento Eduardo, não tive mais notícias daquele cabeça dura. – afirmou ele, em seu francês ainda carregado de sotaque. Precisei de três dias para digerir aquela verdade, tristonho e cabisbaixo a ponto de todos repararem no meu estado de espírito no escritório.

- Chego em cerca de quarenta e cinco minutos! Passo no seu apartamento. – disse o Leonardo ao celular, enquanto eu já me embrenhava no caminho de volta para o hotel. Nem havia reparado que começava a anoitecer perdido nas frustrações do meu passado.

Eu tinha me distanciado do hotel muito mais do que imaginava. Só cheguei ao lobby do hotel quase duas horas depois, exausto e todo suado, apesar da pouca roupa que trajava. O Leonardo me aguardava num dos sofás do saguão junto à recepção do hotel. Ele estava mexendo no celular com uma expressão contrariada no rosto, quando me viu adentrando as portas de vidro.

- Por onde esteve? Passei em seu apartamento e depois desci para saber do seu paradeiro. – eu estava enganado ou aquilo me pareceu uma reprimenda. Fiquei tão bravo com aquele tom de voz que tive que me conter para não ser grosseiro.

- Por aí! Não pensei que precisaria ficar esperando tanto tempo para tratarmos do seu assunto. – retruquei. Ele se tocou de que tinha conseguido mexer com meus brios.

- Perdão! Meus compromissos se estenderam além do que eu havia planejado. – aquele par de olhos me encarando, e sua voz morna, conseguiram meu perdão de imediato. Sou mesmo um babaca sentimentalóide, pensei. Basta essa cara de vítima para eu me derreter todo. Patife!

- Ok! Sei bem como ficamos atrelados aos compromissos. – revidei brando, abrindo até um sorrisinho acanhado para ele. Seu rosto se iluminou.

- Aproveitou sua tarde? Esses trajes lhe caem melhor do que os ternos. – retorquiu ele, me examinando atentamente.

- Fiz uma caminhada sem me ater que estava indo longe demais. Estou todo suado e preciso subir antes de conversarmos. – respondi, caminhando até a recepção para pegar meu cartão do apartamento.

- Eu o acompanho, assim não perdemos mais tempo. – exclamou ele, acompanhando-me sem ser convidado. Eu não consegui encontrar uma justificativa para mantê-lo onde estava.

Deixei o Leonardo admirando a vista que se descortinava dos janelões do apartamento e, mesmo aborrecido com aquela invasão de privacidade, coloquei-me debaixo da ducha forte e reconfortante da minha suíte. Eu estava massageando os cabelos para retirar o xampu quando senti meu tronco sendo envolvido por um par de braços peludos e uma discreta compressão nos meus glúteos. Instintivamente, abri os olhos e, num movimento abrupto, tentei me virar para entender o significado daquilo.

- Ssshhhh! Calma! Minha intenção não foi assustá-lo. – disse a voz grave do Leonardo rente ao meu cangote.

- O que significa isso? O que você pensa que está fazendo? – questionei, engasgando-me com a água que entrou na minha boca e apressando-me a esfregar os olhos ardentes por conta do xampu.

- Eu estava com ganas de fazer isso desde aquela manhã em que coloquei os olhos sobre você, todo atrapalhado e com manchas de café nas roupas. – disse ele, sem arredar o pé de sua posição às minhas costas.

- Saia imediatamente daqui! Eu não lhe dei ... – antes de conseguir terminar a minha reprimenda, ele virou meu rosto em sua direção e colou sua boca na minha, num beijo, tão ou mais, molhado que os nossos corpos debaixo da ducha.

- Tem certeza que eu me vá? – perguntou com uma sensualidade que já começava a lhe provocar uma ereção indiscreta.

- Por certo que ... – outro beijo interrompeu minha resposta, enquanto meu corpo era invadido por um tesão do qual eu não queria me libertar. Encostei minhas costas no peito peludo dele e deixei a cabeça cair para trás, entregando-me à revelia do que seria prudente e sensato. Naquele instante, apenas o tesão ditou as regras.

Ao sentir que eu havia capitulado, ele me abraçou com mais força, intensificou a pressão de seus lábios sobre os meus, enfiou a língua na minha boca e deixou que a jeba completasse sua ereção resvalando descaradamente no meu reguinho apertado e polpudo. Havia tanto tempo que eu não experimentava uma sensação como aquela que me deixei levar pelo prazer.

- Você é uma delícia! Desde nosso primeiro aperto de mãos, venho sonhando com essa pele morna e sensual. – sussurrou ele, lambendo minha orelha.

- Não faça isso, Leonardo. – balbuciei, desejando exatamente o contrário. Ele não me obedeceu.

Ele fechou o registro da ducha, colocou-se à minha frente e tomou meu rosto em suas mãos. Encarou-me por uns minutos, procurou minha boca com a sua com movimentos suaves e devassos instigando meu beijo que o aceitou impudicamente. Molhamos todo o chão no caminho até a cama e a colcha que a cobria com nossos corpos encharcados. Água gotejava de seus cabelos sobre o meu rosto quando ele se deitou sobre mim, nossos olhares se fixaram um no outro, minha pelve foi tomada por uma quentura abrasadora, minhas pernas começaram a deslizar ao lado do corpo dele até que meus joelhos alcançassem seus ombros, ele abriu um sorriso, a pica do Leonardo se alojou no meu rego e ele a movia saboreando o prazer que o roçar dela nas minhas nádegas lhe causava, sua cabeçorra sensível detectou minhas preguinhas piscando de desejo, ele a forçou contra a minúscula fenda anal, eu gemi, ele arfou, um movimento brusco a fez penetrar em mim, eu gani, ele gemeu, o caralhão entrava em mim só parando quando o sacão se comprimiu contra meu reguinho. Os beijos se sucederam indefinidamente. O universo parecia se resumir ao calor que ia, lentamente, secando nossos corpos, envolvidos numa dança lasciva e prazerosa. Enquanto aquela dor difusa ia se espalhando pelo meu baixo ventre, minhas mãos deslizavam pelas costas dele, detendo-se de quando em vez, cravando as pontas dos dedos em sua pele. As salivas se mesclavam em nossas bocas que não se desgrudavam, mesmo quando ele urrou e eu gani, sentindo sua virilidade fluindo como as águas de um rio para as profundezas das minhas entranhas. Pela pele do meu ventre se espalhava meu gozo cremoso a cada movimento que o corpo pesado dele fazia sobre o meu. Espasmos involuntários contraíam minhas entranhas tornando a presença daquele cacetão latejando mais perceptível e prazerosa, enquanto meu cuzinho esfolado continuava chupitando aquela bronha que não queria amolecer. Uma comoção lânguida se apossou de nossos corpos extenuados, que permaneciam conectados, quando a brisa fresca do mar adentrou suavemente pelas portas de vidro da varanda, fazendo com que o cortinado de voil se movesse como numa dança. O crepúsculo ia mergulhando o apartamento lentamente na escuridão. Ambos desejamos que aquele momento se eternizasse, por isso não nos largamos; como se, ao nos afastarmos, o encanto se quebrasse. Depois de anos, eu estava experimentando a felicidade outra vez.

- Eu sabia que trazer você para cá, longe dos ternos sisudos e de nossos compromissos profissionais, seria a única maneira de conseguir o que eu queria, você! – exclamou ele, quando sua respiração retornara ao ritmo normal.

- Mas, isso foi um mero acaso. Eu só vim por que o Macedo terá uma semana agitada. Ou você ... – seu semblante ia ganhando uma expressão matreira. – Vai me dizer que você armou tudo isso? – questionei.

- Só me vali da informação que o Macedo me deu. Se ele não podia vir, minha chance de que você viria no lugar dele me pareceu única, eu apenas resolvi não desperdiça-la. – sua voz tinha um tom festivo. – Fiz mal?

- Quer dizer que fui vítima de um golpe? – retorqui complacente.

- Eu diria que só dei uma ajudinha no destino que conspirava a nosso favor! – exclamou ele, tocando mais uma vez seus lábios nos meus.

- Preciso rever meus conceitos a seu respeito depois dessa ardileza! – devolvi, junto com o beijo que retribuí com todo o carinho.

- Você foi o único que acreditou na minha inocência desde a primeira vez que nos vimos. Jamais vou me esquecer de como você acolheu minhas palavras com seu olhar compreensivo e carinhoso. Foi ali que descobri toda sua sensibilidade e me comovi. – seus olhos adquiriram um brilho especial. – Perdi meu parceiro há cerca de dois anos quando começaram os rumores do meu envolvimento em falcatruas. Ele me deixou por não acreditar em mim. Você não faz ideia de como é dolorido quando a pessoa que se ama deixa de acreditar na sua sinceridade. – confessou, deixando transparecer a dor que essa ruptura lhe causou.

- Faço uma ideia! – exclamei. Eu tinha visto aquela expressão desolada no rosto do Tom quando sua própria mãe não acreditou nele no episódio do colégio e o expulsou de casa. Desde então, adquiri a capacidade de ler a verdade não nas palavras, mas no olhar. E, como daquela vez com o Tom, eu sabia que o Leonardo era inocente daquilo que o acusavam.

Éramos praticamente os últimos hóspedes a jantar no terraço do restaurante do hotel no qual eu havia almoçado. Por um longo período ficamos em silêncio apreciando o suculento arroz de açafrão e camarões que o garçom nos havia sugerido. A brisa marítima soprava morna em nossa direção e, ao passar pelas fileiras de coqueiros, agitava suas longas folhas num farfalhar monótono. O Leonardo estava me encarando há mais ou menos uns dez minutos, o que fazia a umidade que ele havia despejado no meu cuzinho se fazer sentir mais presente.

- O que foi? Por que está me olhando dessa maneira? – questionei, um pouco encabulado com o olhar dele fixo em mim há tanto tempo.

- Só de pensar que você está aí, todo molhadinho entre as pernas com a minha porra, me deixa louco! Estou fazendo um esforço danado para não pular por cima dessa mesa direto em cima de você. – respondeu, com a safadeza estampada na fisionomia.

- Seria pouco prudente se envolver em mais um escândalo a essa altura dos acontecimentos. Ainda mais, num dessa natureza. Fique comportadinho como um bom menino! – exclamei, dando uma piscadinha que colocou um lindo sorriso na cara dele.

- Não pense que o que vou dizer seja uma cantada barata e, nem que estou afirmando isso só porque você está diante de mim. Mas, você me fez imensamente feliz, agora a pouco, lá em cima. Não me recordo de ter ficado tão satisfeito, como hoje, depois de uma foda. – afirmou, sem rodeios, com um sorriso exultante.

- Apesar da maneira intempestiva e inesperada, eu também fiquei muito feliz. – retribuí, sentindo-me um pouco intimidado diante dele pela primeira vez.

- Isso significa que vou ter outras oportunidades para te deixar feliz. Hoje ainda, se você continuar a me olhar com esses olhos azuis e promissores. – explicitou atrevido.

- Pensei que tínhamos assuntos profissionais a tratar! – devolvi, lambendo sensualmente o garfo depois de ingerir seu conteúdo.

- Temos! No entanto, isso não impede de nos conhecermos melhor, não acha? – revidou ele, levando a mão para debaixo da mesa onde certamente estava ajeitando a ereção dentro da bermuda.

- Certamente que não! – exclamei, me divertindo com seu jeito de lidar com o tesão que o consumia.

- Sempre saí de nossas reuniões com a impressão de ter mexido com seus sentimentos. Estou sendo muito convencido, ou acertei o alvo? – questionou.

- Acertou o alvo! Mais profundamente do que pode imaginar. – respondi sincero.

- Fico lisonjeado em saber disso! Confesso que fiquei um pouco apreensivo quanto às suas preferências, mas no momento em que você abriu as pernas e me mostrou o que queria, eu me senti radiante e recompensado, pois não consigo desempenhar outro papel numa relação que não esse. – confessou abertamente.

- Nem eu posso ser diferente do que fui há pouco. Uma vez que estamos fazendo confissões, quero dizer que adorei seu desempenho. – embora meu rosto estampasse um recato prudente, meus lábios tinham um risinho voluptuoso e indecoroso.

- Você está me torturando, sabia? – sentenciou, movimentando-se na poltrona de palha fazendo-a ranger.

- Nem desconfio como. Garanto que não é intencional! – devolvi, ciente de que ele já não controlava os impulsos da rola entre suas coxas, com um sorriso travesso.

Ele assinou a nota que o garçom nos trouxe ao final do jantar e tentou inutilmente esconder sua excitação enquanto nos dirigíamos até os elevadores. Todos com quem cruzamos repararam em seu estado priápico, uma vez que camuflar aquele equipamento do qual fora dotado não era tarefa fácil, especialmente no estado em que estava. Tão logo as portas do elevador se fecharam ele me puxou para junto de si e me beijou, apoderando-se de minhas nádegas com suas mãos sedentas. Entramos no apartamento dele, uma vez que a porta ficava poucos passos antes da minha e, a urgência que nos acometia seria penosa demais se ainda precisássemos percorrer aqueles poucos metros. Na pressa de tirar minha camisa, ele arrancou os dois primeiros botões que, no entanto, foram suficientes para expor minhas tetas ligeiramente protuberantes. A boca do Leonardo se fechou ao redor de uma delas e eu senti seus dentes apertando minha carne, soltei um gemido. Ele continuou desabotoando minha camisa enquanto mastigava dolorosamente minha teta. Eu enfiei meus dedos na cabeleira dele e o acariciei. Puxei a camiseta polo dele até conseguir tirá-la pela cabeça. Ele ergueu o tronco peludo como um pavão enfunado. Beijei seus mamilos e afaguei aqueles redemoinhos de pelos grossos que revestiam seu tórax. Ele pegou uma das minhas mãos, beijou-a e a levou até abaixo do umbigo, onde uma trilha de pelos penetrava o cós da bermuda. Puxei o zíper da braguilha para baixo e enfiei sorrateiramente minha mão dentro dela, vasculhando e tateando sobre a pica pulsante até conseguir tirá-la para fora. Minha mão ficou toda lambuzada com o pré-gozo dele. Ajoelhei-me diante de suas pernas ligeiramente abertas e coloquei aquela cabeçorra arroxeada e suculenta na boca, enquanto ele terminava de baixar a bermuda e a cueca. Eu chupava e lambia cada milímetro daquela rola imensa e reta, aonde o traçado sinuoso de calibrosas veias ia se tornando cada vez mais evidente. Ele grunhia com a impetuosidade de um touro. Segurava minha cabeça entre as mãos e a enfiava na sua virilha pentelhuda. A rola penetrava minha garganta distendendo-a excruciantemente, mas o aroma viril que ela emanava parecia anestesiar minha agonia. Ao erguer meu rosto na direção dele, a devoção contida no meu olhar fez com que ele começasse a ejacular. Os jatos de porra enchiam minha boca mais rápido do que eu os podia engolir. Ele bufava feito uma fera, animalesca e primitivamente, sentindo seu gozo ser chupado pelos meus lábios aveludados e úmidos.

- Você vai acabar me matando de tanto tesão! – grunhiu, enquanto minha língua terminava de limpar a porra que estava em volta de sua jeba.

- Ainda bem que você me avisou. Assim sei que não devo mais fazer isso. – brinquei, caçoando dele.

- Nem se atreva! Quero essa boquinha ocupada o tempo todo com a minha pica. – rosnou ele, pincelando o cacetão flácido no meu rosto, enquanto eu abria um sorriso em sua direção.

Livrei-me da minha bermuda e tomando sua mão conduzi-o até a cama. Meu cuzinho clamava por ele. Beijei-o diversas vezes provocando seu tesão. Ele me abraçou e me fez enroscar as pernas ao redor de sua cintura. Ao erguer todo meu peso, seus músculos se retesaram e todo vigor daquele macho me fez deseja-lo mais do que tudo.

- Quero você! – murmurei entre os beijos que espalhava por seu peito, pescoço e boca.

Ele enfiou um dedo no meu cu e o movimentou avassaladoramente em círculos me fazendo gemer e implorar por sua rola. Eu sentia as contrações da musculatura anal, cada vez mais urgentes e desejosas. Assim que ele me deitou na cama, coloquei-me de joelhos e empinei a bunda. Ele enfiou a cara entre as minhas nádegas e começou a lamber minhas preguinhas. Comecei a chorar enquanto gemia. A necessidade que eu tinha de aquele macho me possuir havia superado todas as minhas forças. A língua áspera dele roçando predadoramente minhas pregas me fazia ganir de tesão. Ao se posicionar atrás de mim, envolvendo meu corpo em seus braços e forçando a virilha de encontro a minha bunda, ele sussurrou que ia me foder até eu pedir arrego.

- Faça comigo o que quiser, quero ser seu. – gemi.

Ele espalmou uma das mãos nas minhas costas e abaixou meu tronco até minha cabeça se afundar nos travesseiros. O cuzinho empinado se abriu e ele enfiou o caralhão naquele buraquinho que piscava alucinadamente. Tudo parecia estar se rasgando dentro de mim à medida que a pica era atolada no meu cu.

- Aaaiii Leonardo! Aaaiii .... aaiii! – gani, suprimindo a dor e deixando que o prazer de acalentar aquela jeba se transformasse na mais sublime e carinhosa forma de demonstrar o quanto eu o desejava.

- Ah Dudu! Meu Dudu! Como eu preciso desse seu carinho. – grunhiu ele, arfando no meu ouvido, enquanto imprimia uma cadência lenta ao vaivém do caralho se comprimindo entre meus esfíncteres.

De tempos em tempos ele erguia meu tronco, passava os braços musculosos e peludos ao redor dele e procurava pelos meus beijos, sem interromper as estocadas que atingiam minha próstata como socos dolorosos. Ele bramia feito um touro, chupando, lambendo e mordiscando meu pescoço e a pele dos meus ombros. Eu me deixava cair exaurido sobre a cama, sentindo o peso dele despencando sobre mim, sem que aquela rola saísse do meu cu. Nessa posição ele me fodia sem parar, até tornar a me erguer e continuar metendo o cacetão em mim. Minha pica lançou os jatos de porra por toda a cama, enquanto minhas lágrimas de prazer e felicidade rolavam pelo meu rosto afogueado. Quando ele finalmente gozou, meu cuzinho machucado ardia como se uma tocha estivesse entalada nele. A porra densa e pegajosa que ele ia ejaculando em mim abrandava a ardência da minha mucosa anal, inundando todo meu ser com seu calor másculo. Cobri-o de beijos quando ele sacou o cacetão já amolecido do meu rabo e, deixou-se cair de costas sobre o lençol, abrindo braços e pernas, como que relaxando a musculatura que até então estava retesada de tesão. Eu não cabia em mim de felicidade. Jamais imaginei que um dia voltaria a me entregar a um homem como outrora tinha me entregue ao Tom. O Leonardo era o meu presente, era tudo do que eu sentia falta, era o homem pelo qual eu estava me apaixonando. Essa paixão era tudo o que eu precisava para deixar meu passado na memória, e tornar a me sentir vivo.

- Sou capaz de me apaixonar por você se continuar fazendo isso comigo! – balbuciei baixinho sem interromper os beijos que distribuía em seu rosto.

- É tudo o que eu quero e preciso! – exclamou ele, entregando-se aos meus carinhos, como um gato safado querendo afagos.

O Leonardo fez questão da minha presença durante um jantar promovido pelo governo do estado para anunciar e celebrar um contrato entre uma de suas empresas e a municipalidade do Recife, numa obra de impacto na infraestrutura urbana da cidade. Ponderei com ele o fato de achar inoportuno aparecer ao lado dele num evento público dessa magnitude, considerando os processos que moviam contra ele na justiça. Nada o demoveu do seu convite. Pouco depois de se despedir de mim com um beijo sensual e apertar minha nádega ainda nua, após outra noite compartilhando a cama comigo, a secretária dele bateu na porta do apartamento para entregar a credencial que me daria acesso ao evento naquela noite. Até pouco depois do almoço eu ainda cogitava em comparecer. Tinha pesado todos os prós e contras durante toda a manhã, mas não havia chegado a uma conclusão satisfatória. No meio da tarde resolvi ir até o centro do Recife para comprar um terno, pois não havia incluído nenhuma roupa formal nas minhas malas.

Assim que cheguei ao evento, a secretária do Leonardo veio ao meu encontro querendo me levar até ele. Recusei alegando que não queria ser visto ao lado dele, que deveríamos manter a discrição. Ela voltou até a rodinha na qual ele conversava e sussurrou minha resposta quase no ouvido dele. Ele virou-se em minha direção e deu sorriso discreto. Além do governador, prefeito e, outras autoridades locais notei que boa parte da sociedade recifense se encontrava lá. Um prato cheio para os paparazzi de plantão que a todo instante faziam pipocar os flashes de suas câmeras. Entre eles, um buchicho ora aqui ora lá procurava descobrir quem eu era, uma vez que minha figura era desconhecida de todos. Mesmo assim, muito discretamente, alguns acabaram me enquadrando em suas fotografias, apesar das minhas escapadas constantes.

- Estou feliz por ter vindo! Estava me sentindo culpado por deixa-lo sozinho no hotel por tanto tempo. – disse o Leonardo, quando eu saia do banheiro num corredor próximo ao saguão de onde o evento acontecia. – Você está lindo! – emendou.

- Tenha cuidado com o que fala Leonardo. – devolvi secamente, pois eu acabava de ser seguido por um paparazzi que havia vindo atrás de mim até o banheiro.

- O senhor é amigo do Sr. Leonardo? – questionou a voz às minhas costas, mal eu tinha repreendido o Leonardo. – Posso clica-los um instante? – acrescentou, ofuscando meus olhos com sua câmera.

- Não seja inconveniente! – protestou o Leonardo, avançando na direção do sujeito. Precisei retê-lo pelo braço para que não cometesse um desatino e chamasse a atenção de toda a imprensa sobre nós.

Não gostei da cara do sujeito depois de nos fazer um pedido de desculpas falso. Até o término do jantar me empenhei em descobrir o nome do sujeito e para quem trabalhava, colocando a secretária do Leonardo nessa missão. Não sei como ela fez, mas fiquei satisfeito quando me retornou dizendo que se tratava de um freelancer que vendia suas fotografias e informações para diversos meios de comunicação. Até o endereço dele ela conseguiu obter. Não admira que o Leonardo a tinha como sua própria sombra.

O Leonardo havia deixado o último dia de nossa estadia no Recife exclusivamente para nós dois. Sem compromissos, ele ficou aninhado em mim até tarde, roçando o cacetão, que já acordou duro, na minha bunda de forma provocante e insistente. Ele era tão gostoso quando acordava pela manhã que, meu tesão me levou a cobri-lo de beijos ao longo do corpão nu e me demorar num boquete que só terminou quando a gala dele inundou minha boca sedenta. Resolvemos apenas caminhar pela praia próxima do Resort após o café, pois nosso regresso para São Paulo estava programado para o meio da tarde. Ao passar pelo lobby do hotel a caminho do passeio, vi minha imagem numa fotografia na primeira página de um dos jornais distribuídos pelas mesas. Ao ler a reportagem sobre o evento da noite anterior, todas as minhas preocupações se concretizaram. Além de mencionar os processos nos quais o Leonardo estava envolvido, a reportagem levantava suspeitas quanto a eu ser algo mais do que apenas um dos sócios do escritório de advocacia que cuidava dos interesses escusos do empresário paulista.

- Você está dando importância demais a essa notícia! Eu já me acostumei a ler notícias me envolvendo em falcatruas das quais nem ouvi falar. A imprensa é sórdida e ávida em fazer julgamentos precipitados. – disse o Leonardo quando me viu abatido com a reportagem.

- Não é bem assim! Isso pode ter repercussões sérias, tanto para você quanto para mim, ou melhor, para a Muniz & Partners. Preciso levar isso em consideração. – retruquei aborrecido.

Ao pousarmos em Congonhas no início da noite, meu celular tocou exibindo o rosto do meu pai na tela do aparelho. O estrago estava feito. O primeiro telejornal da noite repercutia a reportagem do Recife e fazia conjecturas a respeito da atuação da Muniz & Partners. Deixei o Leonardo, que queria que eu fosse passar a noite na casa dele, para dar explicações ao meu pai e meu avô. Eles também procuraram me acalmar, mas notei que estavam tão preocupados quanto eu.

Enquanto minha relação com o Leonardo seguia seu rumo e nós estávamos cada dia mais envolvidos e apaixonados um pelo outro, as investigações que pedi que o Macedo e a Raquel fizessem rendiam frutos. Conseguimos descobrir que havia um diretor nas empresas do Leonardo falsificando adendos contratuais e, com a ajuda de políticos, agentes públicos e alguns outros funcionários das empresas do Leonardo, desviando verbas, a título de propinas e vantagens financeiras para contas no exterior que, supostamente, pertenceriam a laranjas, mas beneficiavam esses envolvidos. Mesmo animado com esses resultados, eu não conseguia tirar da cabeça as preocupações que me atormentavam. Por diversas vezes tive a impressão de estar sendo seguido quando ia me encontrar com o Leonardo. Pedi a ele que déssemos um tempo, ao que ele se recusou sem pestanejar.

Semanas depois, a Muniz & Partners amanheceu com um esquadrão da polícia federal vasculhando salas, computadores e documentos. O mesmo aconteceu no meu apartamento. Eu estava desolado.

- Eu os reuni aqui por que tenho um comunicado a fazer. – comecei dizendo, quando meu avô, meu pai e meus tios estavam reunidos para ouvir minhas explicações.

Contei que tinha me apaixonado pelo Leonardo, que estávamos nos encontrando regularmente fora dos compromissos profissionais, que não estávamos fazendo nada de ilícito, que as descobertas das investigações haviam derrubado os argumentos do Ministério Público e, que tínhamos provas suficientes e irrefutáveis da inocência do Leonardo em todas as acusações e, finalmente, que estava deixando o escritório e pedindo desculpas por ter colocado anos de trabalho honesto do meu avô em xeque. Um longo silêncio se seguiu à minha explanação, até que meu avô começou a falar.

- Estou surpreso com sua revelação. Não me refiro a nenhum aspecto profissional. Sua competência e caráter nesse campo são irrepreensíveis. Por que você se deixou envolver por esse homem? – ele me encarava não com raiva ou presunção de culpa, mas com frustração.

- Não sei dizer, vovô. Aconteceu sem que eu ou ele procurássemos isso intencionalmente. Sei que isso pode ser péssimo para a minha carreira e, principalmente para todos vocês, mas é o que estou sentindo e, isso é mais forte do que qualquer outra coisa. – confessei. Eu estava sentado ao lado do meu pai e ele pegou na minha mão. As primeiras lágrimas rolaram pelo meu rosto.

- Embora eu esteja tão surpreso quanto todos nesta sala, eu suponho, pois você nunca demonstrou nenhuma inclinação homossexual e, sempre se portou dignamente, eu estou mais preocupado com a sua felicidade do que com sua vida profissional. – disse meu pai, me abraçando.

- Obrigado, pai! Mas, minha vida pessoal pode afetar o escritório e eu não quero isso. Não acho justo com o vovô que sempre se orgulhou de sua obra. – retruquei.

- Sua coragem em vir aqui, diante de todos, e abrir o jogo tão honestamente, é que define quem você é, não o que você sente ou faz na sua vida pessoal. Aliás, também nela, creio que ninguém aqui tem do que reclamar. Estou certo? – inquiriu meu avô, encarando cada um dos filhos.

Mesmo estarrecidos, nenhum deles se mostrou incomodado com a notícia bombástica. Ali mesmo, ficou estabelecido que eu não deixaria a sociedade. E que, talvez fosse melhor outra pessoa assumir a defesa do Leonardo para que os ânimos se acalmassem e a mídia se desse conta da transparência e lisura dos atos da Muniz & Partners. O Macedo assumiria o caso integralmente com a supervisão direta do meu avô. O nome dele tinha peso em todas as esferas do judiciário e ninguém colocaria sua atuação em xeque.

- Me desculpe vovô, por fazê-lo passar por isso. – retrai-me, depois que todos haviam saído da sala e, vi o semblante carregado do meu avô.

- Não estou preocupado com isso. Já passei muitas coisas nessa vida para deixar-me abalar por qualquer besteira. Eu estou preocupado com você. Tem certeza de que esse homem não vai fazer de sua vida um inferno? Posso conviver com as modernidades de sua geração, mas jamais conseguiria conviver com o seu sofrimento. – sentenciou ele, abraçando-me.

- Eu te amo, vô! Não sei como será meu futuro ao lado do Leonardo. Eu apenas sei o que sinto por ele. Também sei o que ele sente por mim. – respondi.

- Ele terá muito a explicar se eu souber que te magoou. Leve-o para almoçar lá em casa no domingo, vou preparar o espírito da sua avó. – completou, dando uma risadinha.

Levou quase um ano até que o Leonardo fosse absolvido de todas as acusações. Alguns questionamentos do Ministério Público sequer foram analisados, dada a imaterialidade das provas e, o evidente envolvimento de outras pessoas tentando fazer a culpa cair nas costas dele.

O Leonardo conseguiu conquistar minha família. Fazia parte de qualquer comemoração como outro membro qualquer, sem constrangimentos nem ressalvas. Meu caminho junto à família dele não foi tão tranquilo. A mãe dele me adotou de imediato. Como o Leonardo era o único filho homem, ela se realizou tendo mais alguém para encher de mimos. O pai foi um pouco mais reticente, demorou alguns meses para se sentir confortável ao meu lado. Por fim, acabou se tornando tão atencioso e zeloso quanto meu avô. As duas irmãs se mostraram indiferentes aos desejos do irmão e, como fiquei sabendo com o tempo, também não deram a mínima importância para o relacionamento anterior dele. No entanto, os dois cunhados nos evitavam como se fossemos dois leprosos. Procuravam evitar o contato dos sobrinhos conosco e, nalgumas situações chegaram a afastar as crianças de nós como se fossemos deturpar suas mentes. O Leonardo tinha uma péssima relação com eles, até pelos antecedentes. Eu não me dignei a fazer o mínimo esforço para conquistar a simpatia deles. Cumprimentava-os secamente e não dirigia a palavra a eles durante os encontros familiares. Aos poucos, fui percebendo que eles começaram a se mobilizar para estabelecer algum contato, embora eu continuasse a manter a mesma distância respeitosa de sempre. Eram dois sujeitos com os quais eu não tinha nenhum tipo de afinidade ou interesse.

- Quando é que você vai aceitar meu pedido e vir morar comigo? Será que terei que esperar até ficar velhinho e isso aqui não funcionar mais como agora? – questionou o Leonardo, durante uma viagem que fizemos à Itália para comemorar sua isenção de culpa, enquanto me esperava sair do banho e alisava sua rola sentado na cama com as pernas bem abertas.

- É mesmo, está na hora de eu tomar uma decisão, não é? Seria uma pena desperdiçar o potencial desse brinquedinho. – caçoei, mostrando meu polegar e o indicador ligeiramente afastados um do outro cerca de uns três ou quatro centímetros.

- Você está me enrolando! Primeiro era por que havia as acusações sobre mim e você era meu advogado, não podia se envolver. Depois, era para eu esperar tudo se resolver e a poeira baixar. Outra desculpa era que precisava falar com seus pais. E agora, qual será o argumento? – inquiriu.

- Preciso pensar em algum! – respondi zombeteiro.

- Depois não reclame se outro aceitar antes de você! E, quanto a fazer graça, chamando isso de brinquedinho, vem cá que eu te mostro o que esse brinquedinho vai fazer com o seu cuzinho. – revidou, arrancando a toalha que estava enrolada na minha cintura e me jogando na cama.

- Quer dizer que tenho concorrentes? – brinquei, provocando-o com um mamilo sobre o qual eu deslizava a ponta dos dedos.

- Pelo menos uma centena! Mas, o que é que eu posso fazer se ele só quer saber de você? – disse, esfregando a pica que ia se enrijecendo nas minhas coxas.

- Será que é por que eu sou o único que te ama de verdade? – questionei, abrindo lentamente as pernas para que ele se encaixasse entre elas e, levantando os quadris para franquear o acesso daquele caralhão babando ao meu reguinho.

- Tem certeza que me ama? – perguntou, fixando seu olhar desejoso no meu.

- Com todas as minhas forças! – balbuciei, rebolando para que a cabeçorra que deslizava úmida pelo rego encontrasse meu cuzinho faminto.

- Eu também te amo! Quero ser seu macho! Você me deixa maluco quando me afagava desse jeito, sua putinha gostosa. – grunhiu, metendo a pica nas minhas preguinhas e me fazendo ganir. Beijamo-nos ardentemente enquanto ele me penetrava com suas estocadas vigorosas.

*Nota do autor: Esta estória é a continuação do conto Dor e solidão depois da foda.

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Comentários

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Kherr... O que falar desse conto que não elogios que já nem sei mais quais usar??? Estou lendo ao lado de uma pessoa muito especial para mim. Apresentei o kherrverso para ele 🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭. Vc ganhou mais um fã. Qd começamos a ler, tivemos com a impressão de que a história teria começado do meio para o final. Depois que lemos sua observação no fim do conto foi que entendemos e eu falei aqui que esse conto inicial eu tinha pulado por causa do título e eu não queria saber de tristeza. Pra ser sincero, demoramos a terminar de ler pq paramos algumas vezes😈😈😈😈😈😈

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Olá Indo_por_aí! Grato por apresentar meus contos a mais um leitor, espero que ele também curta o que escrevo. Sou péssimo na escolha dos títulos tenho que admitir, acho que muita gente deixa de ler por conta da falta de atrativos nos títulos. Abração para os dois e, tomara que encontrem muita inspiração nos meus contos para os seus encontros!! 😘😈😈

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Eu amei

O que sera que aconteceu com o tom

Senti q ele foi embora por nao se achar digno do dudu

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Querido Kherr vc é incrível! Obrigado por tantas boas estórias!💙

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Muito bom mesmo! O amor mais uma vez vencendo as barreiras... Espetacular!!

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Obrigado Victor Gabriel por ler os meus contos. Fico contente que tenha gostado dos que escrevi, espero que aprecie os que virão. Grande e forte abraço.

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Cara, acho que nunca comentei num conto seu. Não lembro direito. Eu fico cada vez mais embasbacado com a riqueza de detalhes de cada sua história, nos prende do começo ao fim. Fiquei muito contente e lisonjeado por você ter, digamos, "gravado" uma parte dessa história no meu estado maravilhoso, que é Pernambuco, ainda mais em uma das mais belas praias do estado. Queria mais histórias passadas aqui em Pernambuco ahahaha. Beijos!

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Muito obrigado! Em comentários anteriores solicitei a continuação do referido conto. Tua escrita dispensa comentários. Um abraço carinhoso para ti.

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"Um novo recomeço" me parece redundante. Mas, não incomoda só quis fazer uma observação. O conto é maravilhoso, e dá pra ler de boa sem precisar ler os outros, ainda assim, com tantos contos ótimos tenho o meu preferido que é "As aventuras de Romildo". Nossa eu me divertia horrores lendo aquele conto, muito bom mesmo! Bye! Bye!

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Gosto do seu jeito, sua forma de escrever. Como me parecia que seus contos eram histórias fechadas me surpreendi em saber que este é uma "continuação" de um anterior. E lerei o mesmo.

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EXCELENTE. ÚNICO DETALHE É A EXTENSÃO DO CAPÍTULO. MUITO LONGO TORNA-SE CANSATIVO. REPENSE NISSO. APESAR DE EXCELENTE. CONTINUE... EXCELENTE TB FORAM AS ATITUDES DAS FAMÍLIAS ENVOLVIDAS. DERAM UM BANHO DE DIGNIDADE E RESPEITO. SE TODAS FOSSEM ASSIM.

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Mas que surpresa agradável, jurava que o outro capitulo do conto nao teria continuação. E lembro que terminou de uma forma tão triste.

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