Laços Do Destino - Capítulo 18: Dores

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1719 palavras
Data: 24/01/2018 01:40:14

Ele tinha parado em uma casa, não, melhor era uma grande casa na fazenda. Ela era amarela com suas janelas brancas. Logo eu fui acertado por lembranças que nunca foram esquecidas, eu lutei contra a vontade de chorar.

— Ei,essa é a fazenda dos nossos pais não é?

— Sim. — Ele falou sorrindo. — É aqui que eu me escondo quando quero ficar sozinho. Você se lembra dela?

— Pouco, eu acho que esqueci de varias coisas, mas estou me lembrando. Era aqui que você estava?

— Sim, venha vamos entrar. — Ele entrou na casa e eu o acompanhei.

Tudo estava do jeito que eu lembrava a dez anos atrás, claro só que agora tinha cortinas cobrindo todas as janelas de vidros da sala, a escada ainda estava lá, a mesa de vidro que usávamos para fazer as refeições também estava lá, só que agora ela parecia maior.

Era estranho lembrar que já morei aqui com Pablo e meus tios e meus pais. Essa casa é enorme dez quartos, três deles são suítes, sete banheiros, duas cozinhas (uma moderna e a outra era aquelas com fogão a lenha).

Meu avô falou que só deixaria essa fazenda se os filhos vivessem todos juntos nela e nunca a vendessem. E isso tinha que passar para os filhos, então eu e Pablo também somos donos dela!

O fato de ela estar maior era a única diferença que eu achava na casa!

— Eu pedi pra derrubaram algumas paredes, para o lugar ficar um pouco maior, o que você achou? — Perguntou Pablo, parece que ele estava ouvindo meus pensamentos.

— Eu achei que ficou grande. Ele sorriu!

Subimos para o andar de cima da casa, lá no corredor havia muitos quadros decorando a parede, mas oque me chamou a atenção foi que eram fotos minha e de Pablo quando éramos pequenos. Era uma chuva de lembranças!

— Viu, éramos muitos unidos quando crianças!

— É, sim muito. — Eu toquei em um quadro onde tinha uma foto minha e dele, estávamos na piscina eu em seu ombro, estávamos rindo.

Eu sorri.

— Por que não vai descansar um pouco Vitor? Você parece cansado.

E eu estava de verdade muito cansado, não precisei dizer nada, ela só me levou pra um grande quarto com uma grande cama toda azul e eu me deitei.

Ele também se deitou, e me puxou para perto dele, e assim eu dormi, em seus braços me sentindo protegido!

Acordei no dia seguinte, eu havia dormindo umas 18 horas, não sei, eu estava muito cansado, só me lembro que quando tinha ido pra cama ainda era de dia.

E eu estava com uma fome enorme poderia comer um cavalo inteiro. Me levantei e Pablo não estava lá no quarto!

— Hm, bem ele deve estar lá em baixo! — Fui até o banheiro e tomei um banho, achei na pia uma escova de dentes com meu nome!

— Que atencioso! — Eu ri.

Quinze minutos depois eu já estava nos degraus da escada só com um roupão verde e descalço! Era bom sentir o cheiro da fazenda, a paz a tranquilidade, os pássaros cantando. Eu me acostumaria fácil fácil com tudo isso.

Encontrei quem estava procurando na cozinha, tão lindo Pablo estava ali fazendo comida, sem dúvida as duas coisas que eu amo, Pablo e comida .*Risos*.

Abracei ele por trás, senti seu cheiro. Seu perfume era de lavanda, eu mesmo tinha comprado esse perfume para ele, minha flores favoritas, e fiquei feliz por ele não ter deixado de usar, até porque custou uma nota.

— O que você está fazendo? — Perguntei.

— Estou fazendo o café da manhã para o meu príncipe adormecido! — Ele me deu um delicado beijo e eu me sentei a mesa. — Então, posso anotar seu pedido senhor?

— Seu bobo, traga-me um boi! — Eu ri.

— Nossa, Vítor você come, come e come e não ganha peso! — Ele estava muito certo.

— Querido, isso é pra quem pode e não pra quem quer, e agora me sirva. — Nós dois rimos!

Ele colocou tudo na mesa, estava abarrotada de comida!

— Isso é pra nós dois, ou você chamou um exército pra comer conosco?

— Não seja palhaço e coma. — Eu comecei pegando uma fatia de pão. Estava tão feliz que tinha esquecido de todos os outros problemas. Mas minha consciência me traiu e me trouxe a lembrança de todas as coisas.

— O que foi Vitor?

— Você não terminou de falar o que houve com a Katarina. — Ele fechou a cara.

— Você quer estragar tudo isso aqui Vitor? Estamos tão felizes!

— É, mas eu não devia estar aqui, você é noivo agora, eu não vou ser o amante nessa sua história, e essa felicidade nem é minha.

— Você não é meu amante, por favor, você quer falar de tudo agora mesmo?

Eu não queria estragar tudo, era um sonho eu estar aqui com o Pablo o homem da minha vida, mas existe assuntos mais importantes.

— Sim eu quero. O que vocês fizeram depois de sair do bar?

— Você quer saber se fomos pra cama? — Perguntou Pablo sério.

— Sim, eu quero saber.

— Ok, nós fomos pra cama sim, mas eu estava muito bêbado e esse talvez foi meu pior erro!

Não era a resposta que eu esperava, na verdade era sim, mas eu estava lutando para não ser verdade!

— E depois? — Perguntei mordiscando o pão!

— No outro dia ela se arrependeu, e disse que estava bêbada!

Sei, Katarina era tudo menos burra, se tem alguém desprezível que eu conheci foi Katarina, Pablo é muito ingênuo de achar que ela estava bêbada!

— Mas, vocês não ficaram juntos não é?

— Sim, mas nos separamos.

FLASHBACK.

Estava Katarina e eu na casa dela.

— Hey Pablo o que você acha de fazer uma viagem comigo?

— Pra onde?

— Slá você é meu namorado vamos pra qualquer lugar! — Ela sentou no meu colo, eu estava apaixonado por Katarina, e ia pedir ela em casamento.

— Eu não quero, não gosto de viagens!

Ela se levantou irritada!

— Como você se atreve a me contrariar? Nós vamos fazer essa viagem sim!

Ela era sim muito caprichosa e ia me deixava louco de raiva!

— Não, eu não vou, seu pai precisa de mim aqui. — Disse eu tranqüilo.

— Você me deve tudo isso Pablo Daniel, graças a mim você tem uma posição e...

— Não, graças a mim eu tenho uma posição, agora você está indo longe demais, eu nunca precisei de ninguém e muito menos de uma riquinha mimada como você! — Ela fechou a cara a me deu um tapa tão forte fazendo meu rosto virar, eu me desequilibrei. Eu voltei e devolvi o tapa a ela. Acho que ela não esperava que eu agisse dessa forma!

— Nunca, nunca mais você vai tocar em mim! — E sai batendo a porta.

FIM DO FLASHBACK.

— Eu nunca mais vi ela, até o dia da festa.

Maldita festa que passei dias planejando, se tem algo que me arrependo é dessa festa!

— Você bateu nela!

— Eu sei Vitor foi errad...

— Errado nada, eu teria feito o mesmo ou até pior. — Falei. Ele apenas riu e disse:

— Não importa, ela é mulher e eu nunca devia ter tocado em nenhuma mulher nem em ninguém!

— Pablo como você ficou rico? — A pergunta tinha pegado ele de surpresa.

— Bom, o pai da Katarina não confiava nela o suficiente pra deixar a fortuna dele pra ela! Então ele deixou tudo pra mim, como eu era o advogado e amigo dele! — Ele pegou uma fatia de bolo e comeu!

Eu não conseguia entender isso, então todo o dinheiro dele é na verdade da Katarina. Então e se de alguma forma ela tenha voltado para pegar o que é dela de direito? E não estou falando de Pablo.

Eu me levantei da cadeira, tinha perdido a fome.

— O que aconteceu? — Perguntou Pablo levantando também!

— É tudo isso. Por que você não me disse toda sua história? Eu nunca te escondi nada. E agora você vai se casar com uma mulher que me ligava me ameaçando. Essa mulher é louca! — Eu falei segurando a cadeira.

— Vítor, a Katarina tem um filho! — Ele disse!

A claro eu tinha esquecido essa criança, o motivo dele se casar com ela só pode ser isso!

— Eu sei! — Ele ficou incrédulo.

— Como?

— Eu fui na sua casa, aquela casa que nós vivemos os melhores momentos das nossas vidas, e lá estava Katarina e sua filha. Me diz você sabia que tinha uma filha desde quando?

— Soube no dia da festa. Meu pai me tirou da festa pra me contar que katarina tinha voltado, e estava com uma criança que ela alegava ser minha!

— E como você tem tanta certeza?

— Porque ela tem três anos. O mesmo tempo que eu terminei com Katarina!

— Isso não prova nada. Ela pode ter dado pra qualquer um nesse tempo. Falei irritado. — E isso não significa nada, filho não segura casamento, você não precisa se casar com ela.

— Você não entende.

— Você que não entende, você está acabando comigo, se se fosse o contrário e se eu tivesse escolhido me casar com Carlos?

— É diferente. — Ele disse irritado.

— Não, não é.

Eu estava segurando as lagrimas, minhas mãos estavam apertadas na cadeira e já estavam doendo!

— Você ainda a ama?

— Vitor por favor!

— Me resposta Pablo Daniel, você ainda ama aquela mulher? — Eu levantei minha voz até fiquei espantado pela minha coragem!

— Amo. — Isso doeu, eu preferia que ele tivesse me dado um tiro!

Não disse nada, só sai correndo da cozinha, eu precisava ficar sozinho e chorar! Subi as escadas correndo mas ele era mais rápido, ele pegou meu braço!

— Me solta Pablo agora! — As lágrimas começaram a cair descontroladamente!

— Vamos conversar. — Pediu ele desesperado.

Mas eu não queria conversar com ele. Estávamos no topo da escada, eu puxei minha mão e como resultado eu me desequilibrei e cai rolando os degraus, só escutei ele gritando meu nome!

Eu sentia uma dor insuportável no meu braço!droga ele estava quebrado!

— Você está bem? — Perguntou ele desesperado!

— Sim, mas eu acho que meu braço está quebrado, está doendo muito! — Eu falei choramingando.

— Calma eu vou te levar pro quarto! — Ele me pegou no colo como se eu não pesasse nada.

Estávamos no quarto ele me colocou na cama.

— Eu vou ligar para um médico.

E saiu correndo do quarto. Me deixando ali com a pior dor do mundo. E não era por causa do braço, mas a dor da alma!

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Comentários

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Coitado do vitor, ele merece alguém melhor que o pablo

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MEU DEUS. PARANDO AQUI DE LER ISSO. NÃO DÁ MAIS. É O MEU LIMITE. LAMENTÁVEL.

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