Laços Do Destino - Capítulo 8: [ESPECIAL) Narrado por Pablo

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1557 palavras
Data: 22/01/2018 01:37:14

A claridade do meu quarto queimou meus olhos, eu me levantei ainda desorientado e fechei as cortinas do quarto. Cai na cama de novo, foi quando o despertador começou a tocar, hoje ia ser um dia daqueles. Fui direto para o banheiro, meu humor estava pior, bem pior que outro dia. Mas eu pensei na única pessoa que conseguia fazer tudo mudar, do negro para o colorido pra mim, da pessoa que girava meu mundo do lado contrário, as vezes. Vítor.

Me chamo Pablo, isso não é novidade. Eu tenho 20 anos, mas eu sempre aparentei ter mais que isso, Vítor sempre diz que eu sou velho demais, mesmo não sendo. Sou muito alto 1,80, e alguns centimetros a mais. Minha pele é clara, um pouco bronzeada, mas bem pouca coisa, cabelo louro e olhos verdes, eu gosto dos meus olhos, eu posso ser considerado um cara bonito, galã, mas eu ainda acho que o que salva em mim são meus olhos, eles tem um tom de verde bem intenso, o mais estranho é que nem meu pai, nem minha mãe tem olhos verdes, acho que herdei de um parente mais distante.

Eu tenho covinhas e aquele furinho no queixo, isso também não é de família, minha mãe constuma dizer que essa minha beleza eu puxei da parte da família dela, mas eu sei que ela gosta de irritar meu pai. Eu malhava muito, era bem abusivo com a academia, era uma forma de manter as lembranças afastadas cuidando do meu corpo.

Desde que éramos pequenos eu e Vítor sempre fomos bem apegados um ao outro, a primeira vez que nos vimos ele era bem pequeno mesmo, e tinha uma vergonha danada, e como eu era sempre o mais "sem vergonha" levei ele para brincar comigo na minha casa, ele era um anjinho, e eu sempre gostava de ficar com ele, mesmo crianças, não sabendo de nada da vida, nem o que sentiamos. O tempo passou e sua família veio viver na fazenda do meu pai, quer dizer, do meu pai e da mãe de Vítor. Desde então vivemos mais ligados ainda, já que moravamos na mesma grande casa da fazenda.

Vítor tinha uma personalidade forte, e já tinha perdido a vergonha dele. Crescemos juntos, iamos pra escola juntos, lá eu protegia ele dos valentões da quarta série. Eu tinha dez anos quando ele foi embora. Eu com a minha pouca idade já era maduro demais, e sofri demais, por varios fatores, tínhamos uma promessa de sangue de nunca deixar um ao outro, e então tudo acabou.

Desde então eu me fechei pro mundo, eu não fazia nada mais além de odiar Vítor profundamente por ele ter me deixado, e meus tios também por terem me tirado ele.

Eu estava com treze anos quando eu tentei me matar, eu tinha ficado três anos sem saber dele. Mas como sabem, Beto me salvou. Ele era um cara legal, e devo dizer, foi com ele que eu tive minhas primeiras experiências sexuais. Beto foi uma anestesia. Mas que também acabou. E com quinze anos eu deixei a fazenda e meus pais e fui estudar fora. Passei boa parte dos anos fora. Quando voltei tudo tinha mudado de novo, meu pai havia construído a loja de artigos esportivos. E eu fui morar com ele. Eu era agora um homem de dezenove anos e muito bonito digamos.

Fui pra minha surpresa que eu me encontrei com Vítor lá de novo, ele estava tão diferente, tinha mudado tudo, estava forte e muito, mais muito lindo. Ele também ficou estático quando me viu, mas eu tinha uma coisa maior que a felicidade em ver ele, o ódio. Odiei rever ele, me lembrei que foi culpa dele eu ter jogado anos da minha vida em uma depressão, sei é egoísta já que ele não tinha nenhuma culpa. E desde então vivemos em guerra.

Eu fiz muita coisa ruim enquanto eu estava fora do país, uma delas me deixa muito arrependido. Mas eu gosto de deixar o passado no passado.

Eu terminei de me arrumar, coloquei uma roupa bem leve, e que deixava meus braços a mostra, Vítor passava a maior parte do tempo olhando para eles. Fui buscar ele na escola. Eu não sei muito dessa coisa de ser o namorado perfeito, mas eu amo Vítor, e eu li alguma coisa na internet de como ser um bom namorado. Risos.

Ele estava saindo da escola quando eu fui até ele, que arregalou os olhos, as expressões de surpresa dele eram as minhas preferidas.

— O que você veio fazer aqui? Aconteceu alguma coisa com minha mãe? Meu pai? Tia clara… — Eu o beijei para fazer ele se calar, isso deixou ele muito nervoso, eu senti ele estremecer nos meus braços, claro, estávamos na frente da escola com adolescentes nos olhando. Eu sorri e o soltei.

— Eu só vim pegar você!

— Ah. — Ele estava recuperando o ar. — Que lindo. — Ele me abraçou e fomos para meu carro. Ele estava cercado por adolescente curiosos, como se estivessem vendo algo mágico. Eu também já fui assim.

— Você sabe que poderiamos ter nos dado mal por aquele beijo, não sabe?

— Por que? Eu não achei nada demais, e vai por mim, é muito excitante para esses jovens ver dos caras extremamentes gatos se pegando. — Eu ri alto. Vítor também.

— Diz isso por você, que é como um Deus grego. — Revirei os olhos.

— Não sou.

— É sim, você é muito perfeito, eu fico imaginando cada parte do seu corpo. — Ele então se ajeitou no banco desconfortável, como se tivesse falado demais.

— Cada parte é? — Eu mordi meu lábio. — Até aquela parte? — Vi ele ficar vermelho e se encolher. Sabia que ele não ia responder. — Eu posso te mostrar pra você não ficar mais imaginando.

— Ah não, me deixe com meus pensamentos. — Ele enfim riu.

Mal sabe ele que me deixa louco com o corpo dele, eu tenho um extinto predatório que acorda sempre que ele me toca, eu tenho vontade de ter ele a todo momento. Então descobri mais uma coisa, quando você se apaixona, você vira um animal selvagem. Já bati varias punhetas pensando nele. Risos.

Chegamos na minha casa, ele desceu saltitante, eu senti que ele gostava daqui. Vi em seu dedo o anel de namoro que eu dei pra ele. Tinha uma pedra verde. Ele dizia que eram meus olhos.

— Eu estou pensando, vou te apresentar pra minha mãe como meu namorado!

— QUE? — O grito dele ecoou a casa toda.

— Calma, eu quero fazer as coisas certas, não é assim que acontece?

— Mas,meu Deus, sua mãe nem sabe que você é gay.

— Então eu mato dois coelhos com um tiro só. — Ele me olhou desesperado e me puxou para o sofá.

— Lindo, estamos indo rápido demais não acha?

— Não Vítor, eu esperei esse dia a muito tempo. Me deixa fazer tudo certo.

— Tudo bem, mas vamos com calma tá! — Ele me abraçou. Eu sei que ele ia tentar me fazer desistir, eu não entendo muito a cabeça do Vítor.

Ele beijou meu pescoço então, me fazendo esquecer tudo, se sentou no meu colo e puxou me cabelo. — Você é tão lindo. — Ele beijou meu nariz, depois minha buchecha, e enfim meus lábios, e como sempre meus sentidos acordaram todos, e eu fiquei exitado e esqueci do combinado que tínhamos, nada de forçar as coisas um com outro. Mas ele tinha acabado de quebrar a parte dele do acordo.

Minha mão foi parar na barriga dele, eu acabei rasgando a camisa dele, isso vai deixar ele uma fera. Pra minha surpresa ele não tentou me impedir. Mas então a minha mão foi pra uma parte muito delicada de seu corpo, ele se afastou.

— Ok, olha só a minha roupa Pablo Daniel Lemos! — ele viu então o estrago.

— Me desculpe! — Falei rindo, ele estava com os lábios vermelhos. — Eu te compro outra.

— Uma bem cara, de seda. — Ele se levantou e eu vi a ereção dele, seu zíper da calça estava aberto, sua cueca era branca, eu sorri com a visão.

— Gosta do que vê? — Provocou ele.

— Muito! — Eu me levantei pra tocar ele de novo.

— Que pena! — Ele então fechou o zíper e se arrumou. — Tenho que ir embora, tenho um trabalho pra fazer.

— Tudo bem eu te levo. Não vou deixar você ir assim com a camisa rasgada. — Ele arqueou a sombrancelha mas não falou nada. — Aliás eu vou ficar e te ajudar com o trabalho e depois podemos ir no cinema.

— Que namorado mais lindo que eu tenho! — Ele me beijou. Mas agora eu me contive, com muito custo. Terei de arrumar uma forma pra me controlar a vontade de arrancar a roupa dele toda vez que ele me toca. Ele vai acabar me deixando louco.

O final do dia acabou no cinema, e como os pais dele não estavam em casa eu fiz ele dormir na minha casa. Era uma desculpa pra tirar uma casquinha do meu namorado. Risos.

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Oiis,então ai está o capítulo 8, eu quiser fazer um capítulo "especial" com a narração de outro personagem, eu acho assim, é sempre bom vermos a história na visão de outros personagem não acham? Eu tenho certeza que esse não vai ser o único capítulo "especial". Me digam se gostaram, se não gostaram também digam gosto de saber tudo oque vocês pensam.

Bjs.

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Comentários

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MUITO BOM. IDEAL SERIA OS PENSAMENTOS DOS DOIS NOMESMP CAPÍTULO E NÃO SEPARADOS.

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