DE VOLTA À PIZZARIA - Capítulo 2

Um conto erótico de Carlao
Categoria: Heterossexual
Contém 2623 palavras
Data: 21/01/2018 16:56:21
Última revisão: 02/04/2018 17:15:15

DE VOLTA À PIZZARIA

CAPÍTULO 2

ATENÇÃO

ATENDENDO AOS PEDIDOS, ESSE É O SEGUNDO CAPÍTULO DA FASE 2 DA SÉRIE “A PIZZARIA” . ANTES DE PROSSEGUIR COM A LEITURA, LEIA, NESTE MESMO SITE, A FASE 1 DA SÉRIE ORIGINAL (A PIZZARIA), DO MESMO AUTOR. OBRIGADO.

DE VOLTA À PIZZARIA

CAPÍTULO 2

Quando o Ford Focus do Leleco dobrou a esquina, Denise estava chorando. Inevitavelmente, a angústia também me abatera. Era triste imaginar que a Giovana e o marido nos deixavam.

Mais do que a partida do casal, ficaram as lembranças dos nossos bons momentos. Desanimador saber que a viola se calou, e a alegria se fora. Certamente, irresignadas, naquela noite, até as estrelas do céu optariam por esconder-se atrás das nuvens.

Percebendo a amargura da Denise e o meu inconformismo com a ida do casal, Dona Cida que, na hora da partida estava ao nosso lado, na calçada da sua casa, nos disse:

—Não fiquem tristes meus filhos.

—Nessa vida é assim mesmo: pessoas veem, e pessoas se vão.

—Podem ter certeza que eles não se esquecerão de vocês e, quem sabe, um dia, a alegria dos meus sobrinhos retorna à essa casa.

Olhei para a minha mulher que, tristonha, e concordando com a Dona Cida, falou-me:

—Não fique triste, amor.

—A Dona Cida está certa: um dia eles voltarão.

—Tomara! Pensei.

Dormi chorando com as boas recordações que os dois nos deixaram.

Infelizmente, a partida repentina do casal a São Paulo se dera porque a Gioconda, filha de ambos, ficara grávida aos vinte e três anos, e o namorado a abandonara dizendo que o filho seria de outro homem.

E, uma vez que a Gioconda trabalha como fisioterapeuta em um conceituado hospital da capital paulistana, Leleco e Giovana teriam que ficar por lá, para ajudá-la a cuidar da criança, nos seus primeiros meses de vida.

Passado esse inesperado episódio, no dia seguinte, Denise veio me cobrar a respeito de uma viagem, em benefício da sua irmã, Vera:

—E então, Edu?

—Quando iremos levar a Vera em Coxim?

Minha cunhada, Vera, esposa do falecido Celso, queria acertar a documentação de um terreno que possuíam na cidade de Coxim-MS, e que o finado havia recebido por herança dos seus pais, que eram daquele município.

Vera desejava acertar o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis, e coloca-lo à venda em alguma imobiliária, pois, com o dinheiro arrecadado intencionava comprar uma casa na cidade onde morávamos, porque pretendia deixar Belo Horizonte para aqui viver, em companhia da Ticiane.

Ela é bancária e trabalha há vários anos no Banco do Brasil. Apenas aguarda a autorização da diretoria da instituição acerca da permuta de cargos com outro funcionário do banco, que é lotado em nossa cidade, mas que pretende residir na capital, por oferecer melhor condições de estudo e trabalho aos seus filhos adolescentes.

Eu trazia comigo boas lembranças do pantanal mato-grossense, especialmente da cidade de Corumbá onde eu conhecera a bela Joicy. Certamente ela não me esquecera, porque chegamos a falar algumas vezes pelo telefone, sendo que, no nosso último contato, a loira me dissera que estaria de mudança para a cidade de Coxim, não muito longe de Corumbá, pois, em Coxim, pretendia abrir uma boutique de roupas finas.

Infelizmente, após a sua mudança, e devido à troca dos números de telefones Brasil afora, perdemos o contato e nunca mais falei com a minha bela loira pantaneira.

Então, para descontrair nossa conversa, perguntei à minha mulher:

—Será que esse terreno do Celso tem algum valor, Denise?

—Claro que sim, Edu.

—O Celso sempre falava que esse terreno é valorizado, pois fica numa das principais avenidas da cidade.

Depois, pediu-me:

—Vamos ajudar a minha irmã a resolver isso, Edu.

Eu concordei:

—Tudo bem, Denise: vamos ao Mato Grosso decidir esse assunto.

Passadas algumas semanas, viajamos os três e após pernoitarmos no meio do caminha para descanso, chegamos à cidade de Coxim no entardecer. Para economizarmos com a estadia, decidimos nos hospedar em apartamento triplo, no Hotel Coxim, localizado na BR 163, na mesma estrada em que chegamos.

No dia seguinte, após tomarmos o café da manhã no salão do hotel, eu e a Vera pegamos um taxi que nos levou até o Cartório de Registro de Imóveis, na avenida Filinto Muller, para acertarmos o registro da escritura do bem em seu nome, e nos das duas filhas.

Optamos pelo taxi, porque o calor era intenso, e também, porque nada conhecíamos daquela cidade.

Vera queixou-se de ter escolhido uma apertada calça jeans para vestir, ao invés de um vestido leve, mais apropriado para o clima do lugar. Observando-a melhor achei-a uma coroa linda com aquela apertada calça, que destacava o seu enorme traseiro. E a blusa branca lhe parecia pequena, devido ao gratificante tamanho dos seios.

Daí eu lhe falei:

—Mas você ficou bem assim, cunhada.

—Obrigada, Edu. Agradeceu-me

—E também no interior do cartório ficaremos no ar condicionado. Completei.

—Sim. É verdade, querido. Respondeu-me.

Porém, quando estávamos adentrando no Cartório, do outro lado da avenida, avistei uma placa publicitária que me chamou a atenção:

“JOICY MODAS & BOUTIQUE”

Então, após pegarmos a senha do atendimento, deixei minha cunhada sentada esperando a sua vez, e voltei à rua para averiguar se, por um percalço do destino, Joicy não seria aquela loirinha encantadora que eu conhecera no passado, em Corumbá.

Atravessei a rua e fui até a loja, que tinha sua fachada em vidros escuros e a porta fechada, devido ao ar condicionado. Um cartaz escrito ABERTO, e colado na porta de vidro, indicava estar funcionando.

Quando entrei, uma morena de meia idade veio atender-me, com a costumeira frase :

—Pois não. O que o senhor deseja?

Para tirar minha dúvida inicial, reperguntei lhe:

—Você é a Joicy?

Sorrindo, ela me disse:

—Não, não. A patroa saiu.

—E eu não sou loira né?

—Ah tá. Disfarcei, e perguntei de novo:

—Então a Joicy é loira?

—É sim. Olha a foto dela.

Respondeu-me apontando para o balcão da loja, onde perto da máquina registradora havia foto de uma loira, no meio de duas crianças pequenas. Talvez seus filhos. Pensei.

Quando cheguei perto do balcão para espiar melhor o retrato, tomei um susto: era ela!

Identifiquei-a fácil, devido a uma pequena pinta do lado esquerdo da sua linda boca. Intrigada, a vendedora me perguntou:

—O senhor conhece a Joicy?

Dissimulando, respondi-lhe:

—Não, não.

—Só a achei meio parecida com a minha cunhada, que também é clarinha.

Mudando de assunto, eu lhe disse:

—Estou hospedado num hotel, e mais tarde pretendo trazer minha esposa aqui pra comprarmos alguma coisa.

—Que horas vocês fecham?

—Vixi....Fechamos tarde moço! Exclamou.

—Por volta das 20:00hrs. Completou.

Agradeci a atenção da vendedora com a promessa de retornar mais tarde ao que ela me disse:

—Venham depois das 17:00hrs que a Joicy vai “tá” aqui, e daí ela dá bons descontos pra sua mulher.

—Ok. Viremos sim.

—Obrigado. Tchau.

—Por nada. Finalizou a vendedora.

Voltei para o Cartório ao encontro da Vera.

Acertada a documentação, e por recomendação do escrevente cartorário que nos indicara uma conceituada imobiliária local, para intermediar a venda do terreno, saímos dali, pegamos outro taxi, e fomos direto até um prédio de dois andares, conversar com o corretor.

De propósito, deixei a cunhada subir as escadas na minha frente e a segui atrás, apreciando disfarçadamente seu avantajado bumbum redondo, parecido com a da minha mulher.

Um estranho desejo surgiu em mim, pois a coroa, além de gostosa, ainda estava enxuta e sem rugas. Pena que os degraus logo se acabaram e, em poucos minutos fomos recebidos por um jovem corretor da empresa.

Deixamos a imobiliária com tudo acertado e meus pensamentos agora se voltaram às lembranças da Joicy. Meu relacionamento aberto com a Denise permitia-me dizer-lhe muitas coisas e nossa cumplicidade fazia-nos sempre expormos um ao outro nossos desejos e vontades, sem traumas, e sem censuras.

Era uma chance em mil, mas, desde que a Giovana e o Lélis se foram, eu sabia que a minha mulher estava carente de uma buceta, pois eu sempre a percebia fissurada quando via uma mulher atraente.

Então, muito tempo após o almoço, e por volta das 16:30hrs, Vera decidiu não tomar o café da tarde e subiu até o nosso apartamento, para descansar e talvez dormir um pouco à tarde, no frescor do ar refrigerado do hotel, pois, ainda estávamos todos cansados da longa viagem.

Quando ela se foi, eu e Denise ficamos sozinhos no saguão, vendo notícias no canal a cabo da televisão. Então, resolvi abrir o jogo para a minha mulher:

—Denise, você nem acredita!

—O que foi, Edu?

Daí, contei lhe sobre o cartório, a imobiliária e a boutique e, lógico, sobre a Joicy. Ela perguntou-me:

—E será que a moça é ela mesma, Edu?

—É sim. Reconheci “ela” pela pintinha no rosto.

—Mas você já “comeu ela”, Edu?

—Sim. Respondi-lhe.

E para provocá-la ainda mais, fui lhe dizendo:

—Ela tem uma bucetinha linda, amor....

—Rosadinha, pequena...seios bicudos...

—Uma boca linda e sensual...

—Gosta de chupar até o fim...

—Aiii Edu.

—Não me atiça, não. Estou carente! Respondeu-me.

—Se eu pego uma mulher dessas, nem sei o que eu faço, de tanto desejo que estou. Completou.

Eu lhe falei:

—Depois das 17:00hrs ela estará na boutique, Denise.

—Quem sabe ela não ajuda você a experimentar alguma roupa lá hein, amor. Argumentei.

—Mas ela ficará cismada sabendo que eu sou sua esposa, Edu.

—Vamos abrir o jogo pra ela, pois ela é muito tesuda, Denise.

—Certa vez ela me falou que esteve quase nos finalmente com uma amiga chamada Rosi. Expliquei-lhe.

Talvez, fingindo-se de desentendida, Denise perguntou-me:

—Esteve quase o que, Edu?

E sorrindo, ainda brincou:

— Outra Rose, Edu?

Eu lhe respondi:

—Não, Denise...essa é Rosi (com i).

—Ela esteve prestes a transar com a Rosi.

—Mas não aconteceu.

E concluí:

—E eu sei que você sabe conquistar outra mulher, amor.

—Nossa, Edu.

—Já tô molhada só de pensar!

Depois, questionou-me:

—Mas e a Vera?

—Será que ela não vai desconfiar?

—Claro que não, Denise.

—A Vera não sabe que eu entrei na boutique, e também não conhece nada daqui.

—Mas, vamos pedir à recepcionista para avisá-la quando acordar, que eu e você fomos visitar um antigo amigo meu, que agora está morando aqui, em Coxim.

—E se demorarmos, dizemos a ela que eu e você fomos ao motel “namorar”, pois aqui perto, nessa mesma BR, tem um.

—Humm.....Então vamos conhecê-la logo, Edu.

Fomos.

Descemos do taxi de mãos dadas e ao atravessarmos a rua, em direção à loja, o meu coração parecia querer saltar do peito.

Combinei com a minha mulher que entraria sozinho na boutique, e enquanto isso ela poderia aguardar por uns vinte minutos no cartório onde eu estivera com a sua irmã, para esperar-me no conforto do ar condicionado do lugar.

Quando Denise se dirigiu ao cartório, eu entrei na loja. Vi a loirinha de costas, mostrando uma arara de roupas para uma senhora bem vestida. Após eu dizer o seu nome, talvez se lembrando da minha voz, ela virou-se.

Ao ver-me, assustada, reconheceu-me de imediato, pois falou-me:

—Não acredito!

—Meu moreno lindo!

—Quanto tempo!

—Se esqueceu da sua loira, foi?

Trocamos beijinhos nos rostos. Talvez, não gostando das roupas, a cliente se afastou, e após longas conversas, soube que ela, Joicy, estava no segundo casamento e que tinha dois filhos. Continuamos conversando até que o assunto chegou naquela sua amiga, Rosi e, por fim, ela me disse que, infelizmente, nada acontecera entre elas.

Então, eu lhe falei da minha esposa e que ela, Denise, tivera experiência com duas mulheres.

Assustada, Joicy me perguntou:

—Sério lindo?

—Sua mulher transou com as duas de uma vez, foi?

—Não, Joicy.

—Foi com uma de cada vez, até porque as duas são irmãs, e uma não sabe que a outra fez isso com a minha mulher.

—Nossa! Que loucura tudo isso meu lindo! Exclamou.

Atrevida, talvez se lembrando do nosso passado, Joicy me disse algo perturbador:

—Sabe o que eu imaginei no momento que eu o reconheci?

—Não, Joicy.

—É outro assunto. Nada a ver com mulheres. Explicou-me.

—Mas o que foi? Perguntei.

—Aquilo que eu lhe falei da ultima vez que nós conversamos pelo telefone, meu lindo.

—Infelizmente, não me recordo mais, querida.

— Mas diga o que você me falou naquela ocasião, princesa. Insisti.

Então, ela respondeu-me:

—Imaginei você aqui, mordendo o lóbulo da minha orelha; me deixando arrepiada ao toque da sua boca no meu pescoço; me deixando louca pra relembrar o sabor da sua boca; imaginei te olhando nos olhos e vendo o tamanho do seu desejo por mim; me dizendo que sou a melhor parte da sua vida; imaginei minha boca passeando pelo seu corpo e te deixando como eu à flor da pele; imaginei suas mãos entre meus cabelos e o seu membro grosso e rígido encostando na minha bunda, igual você amava fazer.

Minha vontade era beijá-la naquele momento, mas, infelizmente, isso era impossível porque a qualquer momento poderia entrar outra cliente. Então, dirigindo-se novamente a mim, Joicy perguntou-me:

—Meu lindo, você me disse que a sua mulher também veio com você na viagem, onde ela está agora?

—Está do outro lado da rua, no cartório, querida.

—Nossa.....Jura?

—Você quer conhecê-la? Perguntei-lhe.

—Sei lá. Você me disse que ela já sabe sobre nós né, lindo?

—Sim, Joicy. Eu e a minha mulher não temos segredo sobre esses assuntos.

Aproveitei que havia acabado de entrar outra cliente, e saí da loja para ir até o outro lado da avenida chamar a Denise, até porque o cartório já estaria por encerrar o expediente.

Quando cheguei, Denise já estava aflita e reclamou comigo:

—Nossa. Porque você demorou tanto assim, Edu?

—Ora, tivemos que conversar um pouco, Denise.

—Lembrar do nosso passado, por a conversa em dia, etc. Expliquei-lhe.

—Humm. Mas você falou com ela sobre mim, amor?

—Claro, querida. Por isso eu vim até aqui chamá-la.

—Vamos logo até ela. Sugeri.

Atravessamos a rua, e fomos. Segurando a mão da Denise, percebi que ela suava.

Ao entrarmos na boutique, aquela última cliente que havia chegado, já não estava. A primeira também já havia saído, e a vendedora morena, que me atendera pela primeira vez, também se fora. Com certeza, Joicy a teria dispensado mais cedo naquela tarde.

Lá dentro, assim que avistou a loira, os olhos da Denise pareciam brilhar. Após as costumeiras apresentações, Joicy tratou--a com simpatia e atenção. E eu notei que a minha mulher parecia anestesiada ao ver aquela linda loirinha voluptuosa de coxas roliças à mostra numa saia curta, com destaque para seu bumbum avantajado, e seios ainda durinhos.

Agora, os cabelos longos e cacheados de outrora, estavam lisos e esvoaçavam-se ao fraco vento da saída do ar condicionado.

Para quebrar o clima do nosso recente encontro, eu disse à loirinha:

—Joicy, a minha mulher quer comprar um bom soutien, dentre outras coisas.

—Você veria isso pra ela? Perguntei-lhe.

Ela respondeu-me:

—Vejo sim, meu lindo.

—Chegou uma coleção nova da Du Loren, que ela irá amar.

—Mas, pra atender vocês com calma, vou fechar a loja.

—Por hoje tá bom. Já dispensei a Sônia (vendedora morena).

Em seguida Joicy, foi até a porta, retirou a tarja ABERTO do vidro, e a substituiu por outra com os dizeres FECHADO, trancou a porta a chave, e cerrou as cortinas.

—Agora, podemos ficar tranquilos aqui, para a sua esposa escolher o que quiser de melhor, meu lindo.

Depois, foi até um cômodo atrás do balcão, e voltou com algumas caixas de papelão com o timbre “Du Loren”, trazendo vários modelos de soutien.

Apontando para uma cabine provadora de roupas, disse à Denise:

—Vamos até ali, minha linda!

E as duas entraram no provador.

Continua no próximo conto...

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Comentários

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O Almafer que me indicou este conto. Obrigado, estou gostando bastante. 3 estrelas.

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Opa, mais uma vez coube a mim o privilégio de ser o primeiro a postar meu elogio a esta bela narrativa. Ja sou fã deste escriba e deixo mina nota 10. Aguardo a sequencia . . .

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