Laços Do Destino - Capítulo 4: Confessa!

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1936 palavras
Data: 21/01/2018 02:44:29

Acordei no outro dia com a claridade do quarto. Minha cabeça estava martelando, eu não conseguia nem abrir os olhos, estava com uma ressaca desgraçada. Mas não lembro de porquê eu estar de ressaca, bom, lembro que eu ia sair com o Pablo e não lembro de mais nada. Procurei meu celular pela cama mas achei outra coisa.

— Pablo! — Falei. — Meu Deus o que eu fiz?

Olhei em volta e não reconheci o lugar onde eu estava, as paredes beges não eram do meu quarto, nem as cortinas azuis.

Pablo estava dormindo do meu lado sem camisa e tão calmo, ele fica tão lindo quando está dormindo. Mas eu estava confuso quanto a estar aqui.

— Pablo acorda.

— O que foi?

— O que eu tô fazendo aqui? — Pablo esfregou os olhos com as costas da mão.

— Você bebeu demais ontem, eu não podia levar você naquele estado pra sua casa, então trouxe você pro meu apartamento. — Falou ele me explicando, eu fiquei mais calmo. — E não se preocupe, não fizemos nada. — Eu sorri com vergonha.

— Cara eu to com uma dor de cabeça que está me matando!

— Claro o tanto que você bebeu ontem é normal você estar assim hoje!

— Ah, eu dei vexame?

— Um pouco! — Ele sorriu.

— Que vergonha! — Cobri meu rosto com as minhas mãos.

— Vou te fazer um café bem forte!

Ele levantou da cama e estava de cueca, minha boca abriu, ele estava muito gostoso, ele é meu primo, mas é um gostoso, o corpo dele todo malhado sem pelos e o volume na cueca vermelha era grande.

Depois de alguns minutos ele voltou com uma garrafa de café e me deu.

— Esse café está horrível Pablo, cadê o açúcar?

— Não, pra ficar mais forte sem açúcar mesmo. — Ele falou e colocou a mão no meu rosto eu me afastei dele. — Desculpe! — Ele se levantou e foi se vestir. — Vou te levar pra sua casa, seus pais vão pirar.

— É eles vão. — Falei meio desanimado, eu não queria me afastar de Pablo, não estava pronto.

— Você pode se arrumar, o banheiro é ali.

— Obrigado!

Enquanto eu tomava banho eu pensava na noite de ontem, me lembrei de tudo, não foi tão ruim quanto eu pensei que tinha sido, Pablo me contou muitas coisas, como ele ser gay, e isso era estranho vindo dele.

Em alguns minutos eu já estava sentado no carro dele calado, Pablo também não falava nada.

— O que foi com você? Nunca esteve tão calado! — Comentou Pablo sorrindo.

— Não sei, acho que não tenho nada pra falar!

— Nenhuma pergunta pra mim?

— Em hora não, mas obrigado por ter salvo a minha pele.

— Tudo bem, você não precisa dizer que bebeu para seus pais, eu dou uma desculpa, afinal não era sempre assim? Eu sempre salvei você!

— Isso é verdade. — Sorri.

— Me sinto cada vez mais ligado a você como quando éramos crianças.

— Eu sinto o mesmo!

Pablo ligou o radio, Never Let Me Go, da Florence estava tocando, essa música sempre me faz chorar.

"E está acabado

E eu estou afundando

Mas não estou desistindo

Apenas estou me entregando" (Never Let Me Go)

— Você está chorando?

— Não, claro que não. — Olhei pra fora do carro, os carros passavam como borrões. — Estamos indo rápido demais não acha?

— Não, claro que não!

Olhei no velocimetro e estávamos a 120 Km/h.

— Oh meu Deus Pablo.

— O que foi? Eu sempre dirijo assim!

— Mas você está indo muito rápido.

— Exagero.

Eu fiquei com medo, odiava altas velocidades, meu coração acelerava. Acho que Pablo viu minha cara de preocupado de desacelerou.

— Eu nunca bati. — Ele fez uma cara seria.

Chegamos na minha casa, eu já podia ouvir os gritos da minha mãe e tudo que ela ia me falar.

— Você entendeu né? Deixe tudo comigo. — Eu acenti com a cabeça.

— Ai está você! — Minha mãe disse da porta.

— Oi mãe!

— Você quer me matar é? A onde você estava? Eu já ia ligar pra polícia mas seu pai não deixou.

— Ainda bem né.

— Oi tia Taís,me desculpe,o Vítor estava comigo, ontem ficou tarde e eu achei que seria melhor ele dormir na minha casa. — A forma que Pablo falava me deixava encantado, como se ele tivesse algum feitiço que convencia todos.

— Tudo bem querido, que bom que meu filho tem amigos como você! — Minha mãe sorriu, era inacreditável, se Pablo não tivesse ali, ela ia me matar.

— Tenho que ir agora Vítor. — Falou Pablo, senti algo estranho, eu não queria que ele fosse.

— Ah tudo bem. — Sorri. E ele foi, me contive para não ir atrás dele e pedir pra que ele me levasse junto com ele pra qualquer lugar que ele fosse. Subi as escadas.

— E da próxima vez seu primo não vai te salvar! — Ameaçou minha mãe, eu ri e sai correndo.

Do meu quarto eu podia ver Pablo, ele é tão lindo, um cara tão adorável, alguém que eu gostaria de ter do lado, acho que acabei me apaixonando por meu primo. Me deitei na cama e sorri. Então lembrei do beijo que ele tinha me dado a alguns dias atrás. Eu me abracei e sorri.

Eu acabei pegando no sono pensando em Pablo.

Acordei com alguém entrando no meu quarto. Era minha mãe.

— Você vive dormindo não é? Já são sete horas!

— Que ? Eu dormi quase o dia todo?

— Isso que da ficar a noite acordado. E levante, seu pai quer falar com você. Eu bem... você vai saber do que se trata.

Ela me beijou e saiu do quarto. Fiquei curioso, meu pai não constumava falar muito comigo.

Tomei banho me arrumei e desci. Meu pai estava na sala vendo o jogo,então eu tive um frio na barriga como se algo ruim estivesse a ponto de acontecer.

— Pai? Mamãe falou que o senhor quer falar comigo.

— Sim, eu quero, se sente.

Me sentei no sofá e esperei. Minha cara devia estar horrível, eu parecia um gato assustado.

— Então, estou muito decepcionado, por que você nunca me disse?

— Dizer o que pai? — Meu coração estava na boca

— Por que você nunca me disse que era gay? — Eu senti uma onda de frio tão grande agora, como se tivessem me jogado um balde com gelo dentro de mim, eu ouvia as batidas do meu coração, ele parecia que ia sair da minha boca. — Sua mãe me falou filho! — Falou meu pai cruzando os braços.

Por que minha mãe fez isso comigo? Eu confiava nela e ela me traiu.

— Pai é qu... — Comecei a falar mas ele me interrompeu.

— Você me acha tão monstro pra não aceitar a sua orientação sexual? Mas você esta enganado porque eu te amo de qualquer jeito,você é meu filho!

— Pai eu não queria eu..pera, você disse que aceita?

— Sim meu filho. Eu nunca ia te discriminar, eu sei do seu coração, e isso não muda você. — Meu pai me abraçou.

— Obrigado pai, o senhor é o melhor pai do mundo. — Eu estava a ponto de chorar.

— Ah, assim eu fico com ciúmes. — Falou minha mãe, ela estava secando as mãos com uma toalha de prato.

— Eu também te amo minha traidora. — Falei rindo e fui abraçar ela.

— Eu não podia ficar calada, você parecia que nunca ia dizer! — Comentou ela.

Eu não estava mais magoado com ela,e sim feliz, feliz por ela ter tido a coragem que eu nunca tive.

— Obrigado mãe!

Minha mãe voltou pra cozinha e meu pai voltou a assistir o futebol e eu fiquei sentado na escada mexendo no celular.

EU: E eu acordei na cama dele.

Marta: Omg e vocês fizeram algo??

EU: Não,claro que não.

Marta: Que devagar.

EU: Miga meu deus kkkkkkkk

Marta: Mas você gosta dele? Vamos,abre o jogo e confessa que você está apaixonado pelo seu primo,CONFESSA.

EU: …

Marta: Seu chato.

— Filhoo você esta ai? — Perguntou meu pai.

— Ahn?

— Estou falando com você filho!

— Ah pai o que foi?

— Vem senta aqui! — Me sentei perto dele no sofá. — Bom, você não tem um namorado não é?

— Não pai, se eu tivesse você seria a primeira pessoa a saber!

— Então me avise vou polir o revólver!

— Pai. — Bati nele brincando

Meu pai era muito protetor, sempre foi, antes mesmo de saber que sou gay, acho que no fundo ele sempre soube.

— E o seu trabalho? Como vão as coisas?

— Vai bem pai, tudo na maior paz.

— Ah claro seu tio deu duro pra conseguir aquela loja, o filho dele é um bom rapaz, sabe trabalhador, educado, gente boa e ainda por cima é bonito, você não acha?

— O que é isso pai? Pegou a mania da mamãe e quer me jogar pra cima do Pablo?

— Ué vocês são jovens, eu não ia ser contra!

— Ha ha ha.

— Eu só quero o seu bem!

— Ah, mas não sei se Pablo é bem o melhor pra mim! — Meu pai ficou calado.

Nós vimos o jogo, mas eu não estava nem um pouco interessado no jogo, eu pensava em Pablo.

°°°

Estava deitado na minha cama ouvindo música.

DOG DAYS ARE OVER - FLORENCE + THE MACHINE

Meu celular vibra era uma mensagens do Carlos.

Carlos: Gostaria de ver você hoje, claro se você não tiver nada pra fazer.

É seria uma boa eu falar com o Carlos ele era um bom amigo. E toda a raiva que eu sentia por ele havia passado.

EU: Sim podemos nos ver agora na praça.

Não demorou nada pra ele responder.

Carlos: Já estou aqui,te espero.

Ótimo vamos lá. Fui me arrumar

SPECTRUN (SAY MY NAME) -FLORENCE + THE MACHINE.

Eu coloquei uma roupa toda azul,a camisa azul, a calça azul e os sapatos azul.

"E quando nós viermos para você

Estaremos vestidos de AZUL

Com o oceano em nossos braços

Beijaremos seus olhos e beijaremos suas palmas" SPECTRUN ( SAY MY NAME ).

— Isso que da ouvir Florence Vítor! — Falei pra mim mesmo me olhando pro espelho. Eu estava um gato.

— Uau! — Falou minha mãe quando me viu descer as escadas.

— Onde você vai? — Perguntou meu pai.

— Vou ver o Carlos,meu amigo, eu posso né?

— Claro mas não volte tarde, já é de noite.

— Obrigado mãe, eu não vou demorar! — Dei um beijo neles e sai.

20 MINUTOS DEPOIS

A praça estava deserta e lá estava Carlos. Ele estava vestido com uma camisa cinza,uma calça preta e um tênis azul (Ele não estava feio nessa combinação ficou perfeito nele).

— Por que tenho a impressão de que você estava escutando Florence? — Perguntei brincando.

— Say my name! — Respondeu ele cantando.

— Foi o que eu pensei.

— Fiquei com saudade de você! — Ele e me puxou nos braços dele e me beijou, beijo de língua mesmo, ele me apertava contra seu corpo. E então eu o empurrei.

— O que foi? Te machuquei? — Perguntou ele preocupado.

— Não volte a me beijar de novo. — Falei irritado.

— Mas por que Vítor?

— Por que? Porque você é um idiota.

— Você ainda está bravo comigo por aquele dia?

— Estou, você me chamou de filho da puta, e disse que eu sou qualquer um.

— Sim eu sei, desculpa! — Ele pegou minhas mãos. — Eu preciso falar uma coisa pra você V.

— Não sei oque você pode me falar.

— V, eu te amo.

— Eu sinto muito por isso, mas eu não sinto nada por você.

— Por que você está fazendo isso comigo? — Carlos estava com os olhos cheios de lágrimas, isso cortou meu coração.

— Eu não posso amar você.

— E POR QUE NÃO? — Ele segurou meu pulso.

— Porque eu amo o Pablo. — Gritei. Ele me soltou.

— Você ama ele? — Carlos estava horrorizado.

— Amo!

— Isso é verdade? — Perguntou alguém atrás de mim, eu congelei quando ouvi sua voz.

— Pablo!

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Comentários

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MARAVILHA. SÓ ASSIM PRO PABLO DESCOBRIR PORQUE CREIO QUE VITOR NÃO DIRIA NADA. INTERESSANTE ESSES PAIS.

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