Glass Roof - Capítulo 3

Um conto erótico de Rafa :)
Categoria: Homossexual
Contém 1065 palavras
Data: 20/01/2018 16:07:21

Glass Roof

Capítulo 3 - A Casa.

- Pois bem. - Disse Roberta. - Agora que estão devidamente apresentados, queria saber se algum de vocês tem conhecimento sobre suas habilidades

- Não! - Afirmei, convicto do que dizia.

- Sim! - Respondeu Vítor, prontamente

- Poderia me falar mais sobre seu dom, Senhor Vítor?

- Eu crio universos paralelos, onde alguém que eu permitir pode transitar livremente. Esse universo paralelo pode ou não criar laços com a realidade, e, por vezes, pode mostrar algo que está prestes a acontecer ou não.

- Extraordinário! - Respondeu Roberta, fascinada com tal dom. - Você poderia demonstrar isso pra nós? - Continuou.

- Posso sim. - Retrucou Vítor. - Mas tem que ser ele. - Completou, apontando para mim.

- Eu? - Indaguei. - Por que eu?

- Não sei. Simplesmente quero que seja você. - Disse Vítor.

- Tudo bem. - Respondi, com receio.

Nesse momento, Vítor me encarou de cima a baixo, e me fitou com seus olhos castanhos. Tudo que havia naquela sala começou a se retorcer e eu fiquei com um pouco de medo. De repente, eu estava em um salão grande, cheio de espelhos, mas que não me refletiam. Refletiam somente as paredes e o chão daquele lugar. Eu comecei a andar por ali, procurando alguma saída. Até que encontrei uma janela, a qual eu consegui abrir e pular para o lado de fora.

Estava em algum tipo de cidade, com ruas pequenas e repletas de muros pelas metades. Uma sensação de angústia tomou conta de mim, eu senti que precisava de sair daquele lugar. Era como se algo ruim tentasse me alcançar. E, por mais que eu fugisse, aquilo sempre me encontrava. Meu medo era tamanho, que simplesmente entrei em uma casa que vi ali.

Era uma casa espaçosa, que me parecia uma construção antiga. Lá, sentado em uma poltrona vermelha de frente para uma janela por onde a luz do sol entrava, havia um Velho, com um terno cinza e um chapéu branco que não me permitia ver seu rosto.

- Finalmente você chegou! - Disse o Velho. - Estava esperando por você!

- Quem é você? Onde eu estou? - Perguntei a ele.

- Venha comigo. Quero lhe mostrar uma coisa. - Respondeu-me, completamente alheio à minha pergunta. Andamos pelos cômodos da casa até que chegamos ao que eu entendi ser um quarto. Lá, havia um homem. Tinha uma feição familiar, mas eu não conseguia deduzir quem era, uma vez que minha visão estava bastante embaçada.

- Leve esses papéis até Marco mais tarde! - Exclamou o homem que eu não conseguia reconhecer a um terceiro homem que se encontrava ali. - Mas agora, precisamos falar sobre algo mais urgente.

- Sim senhor. - Respondeu o terceiro homem.

- Eu quero que você o desloque de dupla. Coloque- o com alguma menina ou com um dos mais velhos. Mas desfaça aquela dupla. Não quero mais os dois juntos. Após isso, leve o "fura olho" ao descarte. Direi aos outros que ele fugiu e não conseguimos captura-lo novamente. Conto com seu total sigilo, Miranda.

- Sim senhor. Farei isso agora mesmo. - Respondeu o cara que eu havia acabado de descobrir que se chamava Miranda homem. Nesse mesmo momento, ouvi barulhos de batidas na porta.

- Entre! - Exclamou o homem que havia dado às ordens. - Olá, meu amor. - Continuou, se referindo a pessoa que acabava de entrar à sala. - Miranda, pode nos dar licença, por gentileza?

- Claro, senhor. - Respondeu Miranda, solicito.

- Venha. - Disse o Velho que estava comigo, fechando a porta que me mostrava aquilo, tirando minha atenção daquela cena.

- Quem eram aquelas pessoas? - Perguntei a ele.

- No momento certo você vai entender. Agora me acompanhe.

Entramos em um segundo quarto, onde o homem me entregou uma caixa de madeira.

- Dentro dessa caixa existem cinco anéis. Cada anel vai te ajudar em algum ponto, mas você terá que merecê-los. O primeiro anel é um presente meu. É o anel da amizade. Saiba como usá-lo com sabedoria. - Disse- me o Velho. - É muito importante você entender que não poderá contar o que você viveu aqui a ninguém, somente a Vítor. Só ele vai poder te ajudar. Vocês sustentarão um grupo forte juntos. Agora você tem que partir. - Completou.

- O que? Eu não entendi. Por favor, me explique melhor. - Pedi a ele.

- Adeus, Rafael. - Respondeu-me ele, sem me dar atenção.

Antes que eu pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, estava de volta à companhia de Vítor, Roberta e agora, Joaquim estava lá também.

- O que você viu? - Perguntou-me Roberta.

- Uma rua. Eu fugia de alguma coisa o tempo todo. Depois ficou tudo claro e eu voltei. Quanto tempo fiquei lá?

- Por volta de 7 minutos. - Respondeu- me.

- Será que podemos descansar um pouco? Eu estou exausto. Sinto como se tivesse corrido por horas enquanto fugia naquele lugar. - Pedi.

- Claro! - Respondeu Joaquim, adentrando na conversa. Ele estipulou uma pausa de alguns minutos e foi até mim, me abraçando. - Como você está?

- Bem, obrigado. Só um pouco cansado. Foi muito intenso tudo aquilo.

- Eu preciso resolver algumas coisas. - Disse ele a mim. - Nos vemos mais tarde? - Perguntou Joaquim.

- Vai ser um prazer. - Respondi, sorrindo. Ele veio até mim e me beijou, sem se preocupar com quem estava ali, vendo aquela cena. Eu apenas retribui o beijo e ele saiu.

Vi que Vítor se sentou em um dos cantos da sala e fui até ele.

- Oi! - Disse, sem pretenção. - Posso me sentar aqui com você?

- Pode sim. - Respondeu, sorrindo amigavelmente. - Ele é seu namorado? - Perguntou-me.

- Não. A gente só tem… uma coisa… tipo… acho que… é como se estivéssemos ficando. - Respondi, meio sem jeito. Não esperava aquele tipo de pergunta.

- Que legal. Mas e então, por que você mentiu pra eles?

- Eu? - Indaguei, meio confuso.

- Sim. Não se faça de tonto. Eu sei que você viu alguma coisa. Ou fez alguma coisa.

- Eu me encontrei com um Velho. Ele me deu uma caixa com alguns anéis. Disse-me que eu teria que merecê-los é que eu só poderia contar a você o que houve. Você sabe quem era? O que ele queria dizer?

- Rafa, eu não consigo entrar nessa dimensão. Só mando as pessoas para lá. Não sei quem era esse homem. Mas acho melhor você não dizer nada a ninguém, pelo menos por algum tempo, até a gente descobrir o que queria dizer aquilo.

- Tudo bem. Pode guardar esse segredo?

- Sim, posso. - Respondeu Vítor, rindo pra mim. Ali, nesse momento, eu senti algo no meu bolso. Coloquei a mão ali dentro e tirei aquilo para fora. Para o meu espanto e de Vítor, era um anel***********

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Rafaa Oliveira a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários