Pra Sempre Você! Capítulo 5

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1618 palavras
Data: 14/01/2018 01:17:05

Acordei no dia seguinte confuso sobre a onde eu estava, as lembranças foram voltando rápidas,eu estava na casa de campo de Felipe. Estava deitado na cama,eu não sabia como eu tinha parado ali,e estava sem meus sapatos.

— Bom dia dorminhoco. — Felipe estava sentado no sofá mexendo no celular dele.

— Como eu vim parar aqui?

— Você estava dormindo tão mal nesse sofá que te coloquei na cama!

— Ah,obrigado! — Ele sorriu.

— Você fica muito lindo dormindo,parece um anjo,pena que acordado é o próprio diabo.

— Ei. — Joguei o travesseiro nele,ele começou a rir. Eu também sorri,isso estava começando a ser fácil,sorrir. Está ficando fácil ficar perto de Felipe.

— Você pode ir tomar banho se quiser.

— Que horas são?

-9:23.

— Nossa,eu dormi mesmo.

Felipe saiu e me deixou sozinho no quarto. Fui para o banheiro que ficava no quarto,era enorme e todo branco.

Ele voltou depois de alguns minutos me olhou de cima a baixo e sorriu. Tinha trocado de roupa.

— Vamos tomar café?

Eu estava morrendo de fome mesmo. Descemos até a varanda,era uma fazenda muito bem cuidade e linda,uma fazenda de lazer. Os pais dele estavam na mesa,oque me deixou desconfortável.

— Bom dia filho. — Falou o senhor Geraldo,o pai de Felipe,ele já era um homem de cabelos grisalhos e com um semblante cansado.

— Bom dia pai. — Os dois se abraçaram,era claro que os dois se davam bem. — Esse aqui é o Ewerton.

— Prazer rapaz. — Ele é um homem bastante educado se levantou da cadeira e veio me comprimentar. — Seja bem vindo.

— Obrigado senhor. — Disse sem jeito.

Brenda estava com uma cara fechada a mesa,parecia que a minha companhia não a agradava.

— Bom dia senhora. — Eu estava me esforçando para ser amavél. Brenda apenas me olhou e sorriu forçado.

— Se sinta a vontade,a casa é sua. — Falou Geraldo se sentando.

— E então Ewerton,Ewerton de que mesmo? — Perguntou Brenda.

— Ewerton Silva! — Ela me olhou com mais desprezo.

— Um Silva?

— Psé. — Geraldo lançava um olhar de reprovação para ela que não ligava.

— E seus pais trabalham de que? Já sei,sua mãe é advogada e seu pai deve ser um médico?

— Não, na verdade minha mãe é uma empregada doméstica e meu pai,bem,não sei quem é.

— Nossa. — Falou ela. Agora eu tinha certeza que ela estava com nojo de mim. — E por que disse que não sabe o que seu pai é?

— Já chega mãe eu sei o que a senhora está fazendo. — Felipe se levantou e me puxou com ele.

— Pra onde vai me levar?

— Pra sua casa. — Ele me levou até o carro. — Entra. — Falou autoritário. Eu não entendi nada.

Ficamos um bom tempo sem falar nada, foi ele quem quebrou o silêncio.

— Me desculpe pelo que minha mãe fez.

— Não se preocupe,ela só estava curiosa.

— Não,você não entende,você não percebeu que ela estava te julgando por ser pobre, ela sempre faz isso. — Felipe deu um soco no volante.

— Eu não ligo,eu não vou mentir ser uma coisa que eu não sou. — Eu não olhava para ele, mas sua cara estava amarrada.

— Ela não vai fazer isso,não com você.

— Eu realmente não sei porque você se importa. — Cruzei os braços.

— Você não consegue enxergar o que está na sua cara. — Ele gritou.

— E oque eu tenho de enxergar? — E derrepente estávamos gritando.

— Que eu... — Ele se calou — Já chegamos.

— Ótimo. — Tirei o cinto e sai do carro quase correndo.

— Espera. — Ele me virou me fazendo ficar bem próximo a ele.

— Você quer sair comigo essa noite?

— Pra que? Eu já passei tempo o suficiente com você.

— Mas dessa vez só nós dois,eu preciso te contar uma coisa.

— Tudo bem,eu vou estar pronto as 19:00. — Entrei na casa.

Me escorei na porta e fiquei sorrindo,o fato de voltar a ver ele me deixa trêmulo. A dias a imagem de Felipe mudou para mim,é como trasformar água em vinho,algo que eu nunca pensei que ia conseguir fazer. Gostava da forma que ele me fazia sentir, quando estava perto de mim, eu não sentia nenhuma dor,não tinha um coração quebrado.

Minha mãe não estava em casa,que bom que ela estava se divertindo. Eu ainda não tinha tirado Brenda Ramos Lakart da cabeça,ela era a mulher mais arrogante e insuportável que já tive o desprazer de conhecer,não esqueço da cara de despreso dela. Eu não gostava de ficar perto dela,toda aquela pose de mulher da alta sociedade com certeza é apenas uma fachada,todas aquelas joias que ela usava não significavam nada.

Fui para meu quarto,chequei minha caixa de mensagens varias vezes,eu tinha uma esperança de ser notato pelo garoto antissocial, ele havia desaparecido oque me deixou muito triste. Ele foi a única pessoa que contei todos os meus segredos. E era estranho como ele consegui em tão pouco tempo arrancar tantas informações sobre mim. cai na cama,e fitei o teto,o que Felipe queria falar comigo que não podia ter me dito mais cedo? Não gostei da forma seria que ele estava ao dizer "preciso de contar uma coisa".

Comecei a ficar exausto e acabei pegando no sono.

Eu tive um sonho estranho,eu estava correndo de Felipe, estávamos na praia e depois o cenário mudou,agora eu estava em um penhasco, Felipe se aproximava cada vez mais,ele estava com muito ódio e eu não sabia o porque,eu estava com medo e me joguei do penhasco me lançando ao vazio.

Acordei suado e gritando. Esse sonho me atordoou,como se Felipe fosse uma grande perigo para mim.

Fui tomar banho, já era 18:49 e eu tinha que correr se quisesse ficar pronto até as 19:00. Minha mãe não havia voltado ainda quando eu terminei de me arrumar,eu estava começando a me preocupar com ela,mas sem motivo porque ela voltaria cedo ou tarde,era sempre assim.

Fiquei mexendo no celular,esperando, acompanhei os minutos virarem,e eles viravam muito devagar. Me assustei ao ouvir do carro. Olhei pela janela e lá estava Felipe todo de preto,lindo e arrogante eu ainda tinha vontade de fazer ele comer os dentes.

— Você está lindo.

— Você também não está nada mal,mesmo usando essas roupas de grife cheias de frescura.

— Você não gosta de ricos não é? — Ele se encostou no carro dele e cruzou os braços.

— Não tenho nada contra eles,mas são pessoas tão caretas,eu mesmo se fosse rico ia ser um rico pobre bagunçeiro. — Ele riu. — E então a onde você vai me levar?

— Hmm que tal uma volta na praça? Tenho que te falar uma coisa!

— Tudo bem.

Felipe foi fazendo palhaçada o caminho todo,ele era um garoto de muito humor,as vezes eu me irritava e fechava a cara mas ele sempre me fazia rir.

— Nunca tinha vindo aqui a noite, é linda. — Eu me sentei no banco de pedra. — O que você quer me falar?

— Bom,como eu vou falar isso,digamos que se eu fosse uma pessoa bem próxima de você? Que você já me falou muito da sua vida. — Eu estava um pouco confuso.

— Somos próximos,mas eu nunca falei nada sobre a minha vida.

— Já sim,bem,não diretamente…tudo bem,eu sou o antissocial.

-Como?

— Eu queria chegar perto de você de alguma forma,então inventei tudo,você ia gostar de eu vesse o mundo do jeito que você vê e eu vejo.

— Não pode ser…eu te contei coisas que nunca contei para ninguém,nem pra minha melhor amiga,nem pra minha mesmo eu teria coragem de dizer aquelas coisas. — Eu andava de um lado para o outro nervoso.

— Eu sei e gostei disso.

— Você não vê o mundo como eu vejo,não pode saber o que eu sinto. Você é rico tem tudo,tem amigos,uma família,tudo.

— Mas eu trocaria tudo isso por uma coisa que você tem.

— E o que seria? — Falei de uma forma debochada.

— Sua mãe te aceita como você é Ewerton, meus pais nunca aceitariam um filho homossexual. — Sua voz era calma ao mesmo tempo baixa e triste.

Aquilo me acertou,eu me sentei me sentindo mal, e eu estava muito surpreso.

— Então você é gay? — Eu olhava nos seus olhos.

— Sim,eu sou,francamente achei que você fosse mais observador. — Ele sorriu para mim.

— Eu nunca ia imaginar,você é tão, hétero.

— É o que todos pensam,poucos sabem,eu não posso simplesmente ser eu mesmo.

— Claro que você pode,não é algo que você devesse se sentir culpado, não tivemos culpa,não escolhemos ser gays.

— Eu sei,mas é um pouco mais complicado. — Eu acenti com a cabeça, era muito complicado.

— E conte,por que você quis ficar perto de mim?

— Eu não sei,de um tempo pra cá eu senti um desejo tão grande de querer falar com você, ser seu amigo. — Ele veio cada vez mais perto de mim,nossos rostos estavam perigosamente perto. — Eu queria muito proteger você Ewerton,queria reparar meus erros com você, eu gosto muito de você. — Ele então me beijou,me pegando se surpresa,ele me puxou para mais perto. Fiquei sem reação e totalmente assustado,eu o empurrei e sai correndo. Eu escutei ele gritando meu nome.

Cheguei em casa e corri para o meu quarto,tranquei minha porta e me escorei nela,era uma sensação estranha,eu ainda sentia o gosto dos lábios dele,toquei meus labíos e sorri. Me deitei na cama me lembrando do que tinha acontecido,sentia sua mão me tocar. Eu sorria, não posso mais mentir pra mim mesmo,estou perdidamente apaixonado por Felipe Miguel Ramos.

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Comentários

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Felipe revoltadinho precisa sair do seu mundinho

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POXA VIDA O CONTO ESTÁ MUITO BOM, PORÉM, EXISTEM ERROS DEMAIS. REALMENTE O MUNDO GIRA, FELIPE GAY E GOSTANDO DE VC E VC PRESO NO SEU MUNDINHO ODIANDO OS RICOS, OS POBRES, OS NEGROS, OS GORDOS OS SEM TETO. ME POUPE. PRECISA CRESCER. O MUNDO NÃO GIRA EM TORNO DO SEU UMBIGO.

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