Pra Sempre Você! Capítulo 1

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 2197 palavras
Data: 14/01/2018 01:09:56

Uma hora,faltava apenas uma hora para o dia acabar, eu não tinha pregado os olhos, talvez pelo fato de ter acumulado tantas tarefas das últimas semanas,ou minha mente que não me deixava pregar os olhos, quando os fecho sou levado para lugares do meu passado que eu gostaria de nunca ter ido,uma história que eu não queria ter vivido.

As pessoas dizem que se apaixonar é muito bom,que quando você está apaixonado sua vida se trasforma em um conto de fadas. Isso é mito.

Quando eu me apaixonei esperei que flores azuis nasceriam do chão, que os pássaros pousassem no meu ombro e cantassem uma doce canção,mas na realidade eu colhi raios e lágrimas.

É muito difícil ser como eu,antissocial, nerd,bipolar,depressivo e gay. Não que esse último fato fosse o pior,ser gay não é tão difícil quando você passa o tempo todo tentando continuar vivo.

Olhei meu pequeno relógio na cômoda,o dia já havia virado,e em algumas horas o mundo seria inundado pela luz do sol,e eu vou viver outro dia na escola, com professores ameaçadores,e o pior,ficar com Felipe.

Odeio ele,Felipe não gosta de mim desde a primeira vez que colocou os olhos em mim,e eu não entendia muito bem o porque.

Ele é o típico playboy grosso e chato de toda a escola, se ele não fosse rico e tão bonito seria apenas mais um garoto chato da escola. Não vou mentir,Felipe Miguel é um dos rostos mais bonitos da escola,eu só não entendo o porque dele ser tão chato e pegar no meu pé,eu nunca fiz nada pra ele,talvez seja porque é sou uma ameaça para sua masculinidade. Como se socar alguém até sangrar fosse deixar ele mais hétero,só o deixaria mais idiota.

Mas meu problema agora é outro, o fato de ter brigado com ele na segunda passada,eu havia batido nele de soco,foi a primeira vez que eu consegui bater em alguém. E eu tinha assinado meu próprio atestado de óbito.

***

Acordei algumas horas depois, eu estava horrível. Toda manhã eu acordo e pego meu celular, eu tenho um blog,sempre começo o dia julgando a sociedade, qualquer adolescente normal faz isso,ou não.

"Sabe o que mais me irrita as pesssoas. Eu sei,é um mundo cruel,que ninguém respeita as diferenças de ninguém, sendo pardo,índios,os Homossexuais...enfim, existe uma coisa que comanda tudo isso,a velha sociedade, e a igreja. Eu não quero dizer que estou sendo contra a religião de ninguém, mas para o mundo religioso ser homossexual é um grande e imperdoável erro! Quem é que vai saber? Deus é misericordioso,não é? Ele vai perdoar aqueles que tem bom coração e não os que julgam." (BLOG)

— Desce logo ou você vai se atrasar. — Gritou minha mãe. É a mesma coisa todos os dias.

Minha mãe é o exemplo de mãe, ela nunca me discriminou pelo fato de eu ser "diferente",ser homossexual não é um crime. E sabe o que me deixa pensativo? É alguns não aceitarem o fato de serem gays,isso é um absurdo, o preconceito começa por nós.

Minha mãe estava de braços cruzados no meio da minha sala. Sua expressão denunciava que eu havia feito alguma coisa errada. E de fato,eu havia feito.

— Brenda veio até aqui. Ela disse que você bateu no filho dela.

— Eu bati mesmo, oque me espanta é aquela mulher vir reclamar do filho dela, o santo Felipe. — Revirei os olhos. — Ele consegue me irritar só pelo fato de respirar.

— Filho. — Minha mãe sentou no pequeno sofá comigo. — Você não pode estar sempre perdendo a calma. Eu leio o seu blog, você é incrívelmente revoltado com o mundo. Eu sei que você é assim por causa do…

— Não,não diga o nome dele. E não me impressiona a senhora cuidar da minha vida,mas sim eu sou um revoltado, e sim perco a calma rápido,e quer saber eu não vou mudar. — Levantei e sai.

Eu sei, fui muito grosso com ela mas se eu não dar um basta, ela vai falar o resto do dia. Eu não sou um exemplo de bom filho, mas também ela não pode reclamar de mim. Como se eu precisasse de alguém me dizendo "oh você tem um problema",eu sei disso,e se não vão me dar uma solução não deviam nem opinar.

A escola, lugar pacífico, calmo onde adolescentes vivem em harmonia. Tá essa escola deve existir, em alguma parte do planeta,mas não é o caso da Flesh. Esse lugar com um nome estranho é minha escola desde que eu comecei a estudar, a única escola da cidade. Uma verdadeira zona de guerra criada pelos nazistas dos meus colegas, comandada pelo Hitler Felipe.

— Ei Gabriella por que você não me esperou hoje?

— E pra que Ewerton? — Ela estava emburrada.

— Nossa que ótimo humor. — Ela me olhou e revirou os olhos.

— Eu li seu blog de ontem a noite,você realmente acha que amigos são todos falsos? — Eu tinha pegado um pouquinho pesado ontem,talvez . — Sério Ewerton "As pessoas são completamentes falsas, eu mesmo não tenho amigo nenhum que preste". — ela recitou um pedaço do que eu escrevi.

— Me desculpe, você sabe que eu só estava brincando,eu só escrevo oque as pessoas gostam de ler.

— Você não tem medo de alguém se revoltar com você? — Eu ri.

— Ninguém seria louco o suficiente para bater boca comigo. — Gabriela deu de ombros.

Os minutos foram se passando, e eu já estava ficando um pouco nervoso por estar aqui,sou catrosfóbico,não consigo ficar em lugares fechados por muito tempo, ainda mais com tantas pessoas, minha sala tem quarenta alunos, e ela parece uma caixa de fósforo. Eu estava distraído riscando meu caderno quando Felipe estrou pela porta,ele estava usando óculos escuro,eu sabia o motivo,eu dei um soco no olho dele, deve ter inchado,eu sorri silenciosamente. Ele passou pela minha carteira mas não me olhou. Seus amigos estavam com ele,bando de hienas.

— Você viu menino. — Gabi começou a rir. Me tirando a atenção do caderno.

— É,fui eu que fiz ele estar usando aquele óculos.

— Como? — Contei a ela oque aconteceu,ela estava rindo no final.

— Meu Deus Ton,você é um gay com um braço muito forte. — Eu mostrei a língua para ela.

A aula havia começado era Biologia,eu amava essa matéria. Mas não consegui me concentrar,o grupo de Felipe não calava a boca,me virei para eles,todos falavam menos um,ele estava cabisbaixo,Felipe nunca esteve tão calado em anos.

°°°

O comportamento dele foi diferente na educação física também, ele não me acertou no queimado,ele parecia um cachorro docíl,eu já estava querendo ir bater nele porque ele estava parecendo um idiota fracote,mas Gabriella me segurou.

— Você é louco né, vai caçar confusão só porque ele não está atacando você?

— É, isso é estranho eu devia estar feliz não é?

— Sim seu trouxão. — ela saiu correndo. Conseguiram me acertar no queimado,no queixo,foi doloroso. Eu fui para fora da quatra

Andei para atrás da escola, era um lugar sussegado pra pensar, o melhor lugar para fugir de valentões,já que ali tem um desconderijo entre as árvores, muitos usam para usar drogas. Isso explica muito o cheiro.

Eu estava distraído quando escuto passos vindo na minha direção.

— Oii. — Era uma voz que eu conhecia muito bem e que não me deixava nada contente.

— Está falando comigo?

— Você é o único aqui! — Ele sorriu,seus dentes era perfeitos e brancos. — E está fazendo o que aqui? É proibido para garotinhos como você.

— Por que você está aqui? Eu não gosto de você, você me causa enjoou.

— Bem,eu não sabia que eu era tão "querido" por você.

— E não é. — Falei sério e voltei minha atenção para o celular. Ele não Falou nada apenas se afastou rindo — Que irritante.

"" As pessoas não podem mudar da noite para o dia, ou podem?" (BLOG).

Quando as aulas acabaram,eu voltei andando,eram vinte minutos de pura chatice. Mas era um tédio suportável,voltar para casa é uma libertação divina. Mas hoje não era um bom dia,o tempo estava fechado e grandes nuvens negras e inchadas combriam o céu, logo, a chuva começou a descer de uma vez só.

— Isso é um jogo? — Gritei. E comecei a correr. Eu estava todo encharcado. Um carro parou do meu lado.

— Entra!

— Eu não vou entrar no seu carro,logo no seu carro. — E voltei a andar.

— Ewerton pare de fazer graça e entra.

Felipe abriu a porta do carro. Eu não queria entrar mas as circunstâncias não estavam ao meu favor.

— Só estou fazendo isso porque não tenho escolha,e aliás, estou todo molhado. — Falei adverdindo ele que eu ia molhar todo o carro.

— Depois eu dou um jeito.

Eu fiquei calado,não queria falar com ele,eu nem devia ter aceitado a carona,ser atingido por um raio era mais seguro. Ele permaneceu calado também,até que chegamos na frente da minha casa. Sem exitar eu desci do carro com pressa.

— De nada. —Gritou ele.

Eu me virei e o mostrei o dedo do meio,ele sorriu,um completo idiota.

Não gosto dele e ele não precisa me ajudar. Mas não sei porque ele estava me tratando assim era estranho.

Minha mãe não estava,ela é empregada na casa de uma família rica,eu odiava isso,minha mãe ser só uma empregada. Um dia eu vou dar a vida que ela merece. Não tenho vergonha dela ser apenas uma empregada,mas ela merecia muito mais do que só isso.

°°°

Eu estava no meu quarto pensando em algo para escrever no meu blog,por incrível que pareça eu tenho muitos seguidores e pessoas que gostam muito do que eu escrevo. Mas eu não conseguia pensar em nada,só pensava na mudança de Felipe. O que será que aconteceu com ele? Será que tomou vergonha na cara? Eu acho que é só um plano dele e quando ele voltar a ser o velho Felipe,eu vou me ferrar.

Eu estava lendo os comentários da minha publicação de mais cedo. Muitos comentários divergentes e engraçados. Mais um comentário chamou minha atenção ele dizia.

"Acredito que as pessoas podem mudar sim da noite para o dia,quando existe a oportunidade de provar essa mudança,ela vai fazer de tudo para mostrar que mudou,basta você dar uma chance" (Antissocial).

Fiquei pensando nesse comentário,era como se essa pessoa soubesse o que estava se passando comigo. Procurei o blog desse "Antissocial" e existia,ele é um garoto foi a primeira coisa que eu descobri. Sua ultima publicação dizia:

"As pessoas são rancorosas,o simples fato de dizer um obrigado pode matar alguma delas".

Isso parecia uma indireta. Ele tinha um perfil no Facebook. Eu não exitei e fui atrás dele,quem era ele? Parece que ele vivia no mesmo mundo que eu,na mesma sintonia.

E lá eu o achei. E pedi uma solicitação de amizade. Gostei do fato dele se achar um "Antissocial" assim como eu me descrevia.

Era 22:05 quando minha mãe chegou.

— Oi mamãe. — A abraçei,éramos muito amigos. Mesmo com todas as brigas.

— Como foi seu dia?

— Muito chato!

— Você devia se apaixonar isso sim. — Ela riu e subiu para seu quarto. — Desculpa. — Ela gritou bantendo a porta.

Eu não era um garoto que me imaginava em um relacionamento,não outra vez,eu odeio muito o mundo para quer amar alguém nele. Mas a verdade da minha vida é que eu tenho um coração quebrado,e raiva do amor,ele não foi nada justo comigo da primeira vez,eu prometi que nunca mais ia gostar de alguém na minha vida,não é drama,quando você perde a confiança,é muito difícil recuperar ela outra vez.

Minha mãe desceu depois de alguns minutos,como minha mãe chegava tarde eu era o encarregado de fazer o jantar,e cozinhava muito bem,minha paixão é a culinária.

— Eu só estava brincando sobre você se apaixonar outra vez,não quero que outro disgraçado brinque com os seus sentimentos,se eu pego eu mato…

— Tudo bem mãe.

— E então como vão as coisas na escola? — Perguntou ela prestando atenção no prato dela.

— Vão indo, hoje foi estranho.

— Como assim?

— Felipe,ele não me atacou hoje,pelo contrário ele até me deu uma carona quando estava chovendo.

— Nossa,será que ele cansou de caçar confusão?

— Eu não sei,mas isso é ótimo.

O resto da noite foi calmo. O tal "Antissocial" havia me aceitado mas não estava on-line,eu estava louco para falar com ele de uma vez,ele me chamou muita atenção. E eu não gostei nem um pouco disso.

As publicações dele eram todas frases feitas por ele,eram incríveis. Se eu não me conhecesse eu diria que eu estava me interessando por ele. Ri com essa hipótese,por sorte eu me conheço muito bem.

Acabei dormindo, foi um dia exaustivo pra mim,espero mesmo que Felipe esteja cansado de fazer confusão de uma vez. Ou eu estava com a corda no pescoço.

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Comentários

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A vida é boa, a revolta é uma muralha psicolocologiaca que serve para resistir e atacar. O engraçado da vida é quando alguem te pertuba e você bater nele, mesmo sendo contra brigas, essa pessoa começa a te respeitar. É certo que não gosto de brigas.

Caramba, o nome desse pessonagem principal é horrivel. Sendo ficticios ou verridicos os fatos, o nome parece bem "falso".

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UM EXCELENTE COMEÇO. MAS CARAMBA POR QUE ESSA REVOLTA TODA? SE TUDO É TÃO RUIM ASSIM SE MATA POW.

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