Laços Do Destino - Capítulo 39: Nova complicação

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1273 palavras
Data: 29/01/2018 00:34:06

Eu já estava perdendo as esperanças de que alguém pudesse me encontrar. Já não aguentava mais andar, minhas pernas doiam, meus pés furmigavam, minha cabeça parece que ia rachar de tanta dor.

Já tinha andando por mais de duas horas em linha reta na estrada de terra. Meu celular estava sem sinal oque me deixou mais desanimado. Mas isso era melhor do que ficar com Carlos. Ele teria me feito ir pra cama com ele, agora eu o odiava, me separou de Pablo mais uma vez. A escuridão não ajudava em nada, eu nem ao menos sabia a onde estava indo.

Enquanto eu estava naquela casa pude descobrir que, Carlos era a terceira pessoa que estava no escritório do meu tio, foi ele quem mandou matar Pablo da primeira vez. E ele matou uma pessoa, quem era o Carlos de verdade? Ele não é nada do que pensei que ele fosse.

Parei de andar, toquei meu rosto pra medir a temperatura, eu não conseguia mais andar, não tinha mais nenhuma força.

Foi ai que vi ao longe um carro prata, uma caminhonete, estava tonto, a pessoa daquele carro podia me ajudar a voltar para casa. Mas meu corpo me traiu e eu cai desmaiado no chão de terra.

°°°

Acordei e me assutei ao ver as paredes azuis, as cortinas bejes, os enfeites de parede. Eu estava no meu quarto. Isso me deixou feliz, não, muito mais que feliz, eu queria chorar pelo fato de ter conseguido voltar pra casa. Mas como consegui? Será que isso é um sonho? E quando eu acordar ainda vou estar amarrado no quarto escuro?

Mas oque me fez acreditar que não era um sonho foi ver ele ali na minha poltrona dormindo tão sereno e calmo, era Pablo. Ele abriu os olhos e ao me ver acordado um enorme sorriso brotou nos lábios dele.

— Enfim você acordou. — Ele se levantou calmante da poltrona.

— Sim, essas horas me deixaram bem!

— Horas? Você ficou dormindo por dois dias.

— Oh dois dias? — Eu estava chocado.

— Calma Vítor, chamamos um médico e ele disse que você estava muito esgotado,você machucou seu rosto, deve ter batido seu em alguma pedra. — Toquei minha testa e senti uma leve dor. — Você vai ficar bem. — Ele sorriu e pegou minha mão.

— Como você me achou?

— Eu estava indo atrás daquele filho da mãe, sabia que ele estava fora da cidade. Mas eu te encontrei na estrada caído, fiquei desesperado mas você estava respirando.

— Ah. — Ele passou a mão no meu rosto. Fechei os olhos.

— Eu fiquei desesperado.

— Você não achou que eu tinha ido embora com Carlos não é?

— Não, em nenhum momento!

— Que bom.

— O que ele fez com você? Vocês não...

— Claro que não, eu tive que fugir ou isso ia acontecer.

— E fugiu como?

Contei tudo para Pablo, ele escutava e as vezes sua expressão mudava, raiva e compaixão era o que seus olhos demonstravam.

— Podia ter dado errado Vítor você tem noção disso?

— Eu sei mas não foi assim, tive sorte.

— O importante é que você está bem.

Ele me beijou, seu beijo me trouxe a vida de novo. Passei minha mão sobre o pescoço dele e o puxei para mais perto. Ele se afastou lentamente.

— Durma você tem que descansar.

— Mas eu dormi por dois dias inteiros.

— Não seja teimoso e durma.

— Tá bem!

Ele começou a cantar. Não sabia que ele cantava, a voz dele era tão doce o mais belo som que já ouvi na vida. Fechei os olhos e escutei meu anjo cantar pra mim, peguei no sono.

Acordei no outro dia feliz, ninguém estava no meu quarto pedindo pra mim ficar na cama. Eu corri para meu banheiro e fui tomar banho. Me olhei no espelho e sorri, agora eu estava bem. Me vesti e desci. Na sala estava Pablo, Marta e Edy e meus pais. Marta estava chorando muito, sua maquiagem havia borrado toda. Eu já esperava o pior.

— O que foi Marta?

— Carlos, Vítor. — Ela segurou meus braços.

— O que tem ele? — Mas Marta não conseguia responder, ela só chorava.

Edy me levou para fora, Pablo ficou com Marta tentando a acalmar.

— Você sabe o que aconteceu?

— Vítor, Carlos está morto. — Eu não tive nenhuma reação, mesmo estando no fundo abalado.

— Como ele morreu?

— Ninguém sabe, ele foi encontrado morto na casa de campo dele.

Eu estava triste agora, Carlos não chegaria ao ponto de tirar o própria vida dele, ele pode ser louco, mas não a esse ponto. Pablo apareceu e me abraçou.

— Pablo!

— Eu sei amor, calma.

— É tudo minha culpa!

— Não, não é.

Fiquei ali nos braços dele por muito tempo mas Carlos estava na minha cabeça. Eu não deixava de pensar que alguém matou ele.

°°°

Eu não gostava de velórios, não me traziam coisas boas. No velório de Carlos encontrei varios colegas da minha sala, ele era amado por todos. Vi Rebecca, mãe do Carlos, perto do caixão, seu cabelo ruivo estava solto, ela usava um vestido longo e preto. Não ia até ela, não queria ser xingado. Pablo estava do meu lado e segurava minha mão, as pessoas olhavam para nós torto.

— Obrigado por estar comigo. — Falei para ele.

— Tudo bem, ele era importante pra você. — Ele estava de óculos escuro. — Mas eu vou te esperar no carro. — Ele beijou minha cabeça e saiu. Pra ele é muito difícil o fato de eu ter perdoado Carlos, apesar de tudo.

Tudo tinha acabado então, Carlos já estava enterrado. Fui o Primero a jogar uma rosa, sua família me olhava com ódio e piedade, me senti péssimo e fui o primeiro a deixar o cemitério.

— Quer ir para minha casa? — Perguntou Pablo.

— Sim por favor!

Quando chegamos a casa de Pablo ele me levou para o quarto, me deitei na cama, ele se deitou do meu lado e ficou abraçado comigo. Enfim eu estava seguro, e sabia que nada podia me separar de Pablo de novo apesar de tudo eu estava muito feliz como nunca estive antes.

Acordei no meio da noite com sede, desci a longa escada de Pablo, estava fazendo frio. O telefone começou a tocar me fazendo mudar minha rota.

— Alô.

— Ah Vítor, querido.

— Quem é? — Eu perguntei confuso.

— Katarina, já esqueceu da minha voz? — Eu estremeci.

— Como você se…

— Xiii, só me escute. Estou com o seu amigo, Robert. Se você quiser ver ele vivo, me encontre amanhã. Eu te mandarei as coordenadas.

— Não machucaque ele sua…

— Boa noite Vítor, se você conseguir ter. — E o telefone ficou mudo.

Como eu podia ter esquecido de Robert? Derrepente eu estava preocupado apenas com os meus pais, que esqueci dos meus amigos. Burro, claro ela ia pegar uma pessoa que é importante pra mim.

— Sua disgraçada. Será que essa onda de azar não vai acabar nunca? — Me sentei no sofá e me encolhi, pobre Robert, fiz de tudo pra ele ficar fora desses problemas, mas infelizmente ele foi pego. Mas tenho uma chance, e dessa vez Katarina não vai escapar de ter minhas mãos naquele pescoço dela.

— Vítor? O que foi agora? — Pablo se sentou do meu lado.

— Katarina sequestrou o Robert. — Pablo respirou fundo.

— Ótimo, vamos atrás dele. — Ele se levantou.

— Como? Você vai ajudar Robert?

— Vítor, Robert é meu melhor amigo, mesmo ele gostando de você. Isso não importa. Katarina é nosso problema, não dele, nem da Marta. Vamos salvar ele. Confie em mim. — Eu sorri.

— Você é tão bom. — Ele me abraçou.

Foi impossível dormir aquela noite, a única coisa que eu pensava era em Robert, e o que Katarina está fazendo com ele. Espero que ela não toque nele, ou eu vou acabar com ela.

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Comentários

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Não,foi os calmantes, acredito que a bruxa da Katalixo, que o matou

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MUITO ESTRANHO CARLOS TER MORRIDO COM CALMANTES. MAS... CLARO QUE KATARINA VAI APELAR PRA TUDO.

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