Laços Do Destino - Capítulo 34: Descoberta

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1524 palavras
Data: 28/01/2018 00:27:46

Quando acordei no outro dia eu estava no meu quarto, e usava a mesma roupa de ontem. Eu ri quando voltei a lembrar do que fiz, e ri mais ainda quando lembrei do rosto de Katarina quando eu a ataquei.

No café meus pais estavam calados, como se estivessem com medo de falar algo.

— Eu não me arrependo de nada! — Eu quebrei o silêncio.

— Entendemos você Vítor, mas você errou.

— Não, eu não errei. Na verdade sim, eu errei no dia que deixei Pablo me trocar por aquela mulher. — Eu mantive a calma.

— Amamos você filho, mas pense bem. — Falou minha mãe.

— Eu já pensei mãe, e eu vou embora dessa casa.

Meus pais se olharam surpresos. Eu tinha planejado tudo que eu ia fazer. Cada detalhe, era o plano perfeito. E eu o chamava "destruir a vida de Katarina".

— Você vai pra onde?

— Comprei uma casa ontem. — Tomei um gole de café.

— Como? — Meu pai ficou mais surpreso.

— Robert me ajudou com isso. — Eu ri.

— Louco Roger, esse garoto ficou louco.

— Eu vou sair, Robert me mandou as coordenadas da minha nova casa e eu tenho que assinar o contrato. — Levantei e beijei o rosto da minha mãe. — Eu volto só mais tarde.

Pedi um táxi, eu estava agindo meio que sem pensar, e quando eu voltasse a pensar no que estava fazendo eu ia me arrepender. Mas mesmo assim liguei ontem para Robert e pedi para ele me ajudar a comprar uma casa, e ele me fez entender que eu estava jogando dinheiro fora, mas depois de uma longa discussão ele cedeu, e com a ajuda dele ou sem a ajuda dele eu ia me mudar.

Quando cheguei na frente da casa, havia uma mulher na frente dela, uma mulher bem impaciente.

— Desculpa pela demora, eu vim de táxi. — Ela me olhou desconfiada.

— Você é jovem demais, me de um bom motivo para vender a casa pra você. — Ela cruzou os braços.

— Eu paguei quinhentos e trinta e oito milhões de reais por ela, isso é motivo suficiente não é? — Ela engoliu em seco.

— Você é o que? Um herdeiro maluco que gasta dinheiro assim do nada. — Ela riu.

— Não acho que estou jogando dinheiro fora.

— A última casa que eu vendi nesse bairro foi aquela ali do seu vizinho, ele pagou um pouco mais caro que você. — Eu ri silênciosamente. Era a casa de Pablo, eu seria seu novo vizinho.

— É uma casa muito estravagante.

— Sim é. — Estávamos nos dois observando a casa dele. — Vamos ver a sua? Eu tenho coisas pra te mostrar. — Falou a mulher já entrando na casa.

Lembro de ter pedido para Robert conseguir uma casa que ficasse perto da casa de Pablo. Mas nunca pensei que ele ia me fazer virar vizinho dele.

— A casa tem seis quartos, três são suítes. Quatro banheiros, duas cozinhas, uma biblioteca…

— Olha moça, eu não me importo com isso, eu sou sozinho, não preciso saber cada cômodo, só diga onde eu assino e pronto.

— Esses novos ricos. — Ela revirou os olhos. — E só assinar aqui. — Ela me deu um contrato, eu não o li, queria me livrar dela o mais rápido.

— Aliás, você pode me arrumar alguém para me ajudar na mobilha da casa? — Perguntei.

— Eu vou mandar alguém pra cá, você vai poder começar a usar a casa amanhã, vamos arrumar tudo pro senhor.

— Obrigado. — E ela saiu apressada.

Eu olhei pro enorme salão onde eu estava, defitivamente, eu passei um pouco da conta, eu tinha espaço demais. Me sentei no chão e ri. Agora sou o mais novo vizinho de Pablo Daniel Lemos.

°°°

Mamãe me olhava arrumar tudo com olhos furiosos, eu não entendo muito ela, qualquer outra mãe ficaria feliz de se livrar do filho.

— Eu não acredito que estou vendo você fazendo essas malas de novo.

— Mãe, por favor, eu não vou pra outro mundo. Eu vou estar bem perto. A senhora e o papai podem ir morar comigo se vocês quiserem. — Ela se sentou na cama.

— Então por que não fica aqui com a gente? Essa casa, você viveu todos seus anos aqui.

— Por isso, eu quero trocar os ares, quero ser independente.

— Você já é, eu vi o preço daquela casa, e eu quase tive um infarte. — Eu sorri.

— Mãe, eu tenho mais dinheiro do que eu preciso.

— Tudo bem, não consigo dobrar você mesmo, vou te ajudar.

— Obrigado mãe.

Eu não ia levar quase nada, eu comprei tudo pra nova casa, talvez eu doace minhas roupas para uma instituição de caridade, ou eu daria para os mendingos. Ou os dois. Afinal eu era o bom samaritano de Nova York.

O dia foi passando lentamente, eu estava olhando agora para o quarto quase vazio, e pensando se oque eu estava fazendo era certo. Um erro atrás de outro.

Primeiro comprar uma casa perto de Pablo só pra inferninzar ele, isso parecia idiotice. Segundo, eu podia deixar ele em paz e seguir a minha vida, minha vida com Robert, mas eu não podia fazer a cabeça dele pra ele ficar comigo. E terceiro, por mais que eu gostasse ou não de Pablo, eu não podia deixar que ele se casasse com Katarina, afinal ele é meu primo. Minha família, e não posso deixar uma cobra daquelas entrar pra essa família.

Robert me mandou uma mensagem mais cedo,ele estava eufórico com algo que descobriu, e ele queria me ver daqui uma hora, eu disse que ele podia vir até minha casa, não estou disposto a sair daqui hoje.

— Seu amigo chegou. — Minha mãe abriu a porta.

— Mande ele subir então. — Eu corri pra frente do espelho para checar se tudo estava bem com a minha cara. Tudo bem.

Ele apareceu sorrindo e me abraçou.

— Antes de tudo, feliz ano novo, eu queria falar isso pessoalmente. — Rimos. — E depois eu estou morrendo de saudade de você, foi difícil esse dia sem você.

— Vai se acostumando, você vai precisar se acostumar. — Ele olhou para meu rosto e sorriu.

— Mas eu vim aqui porque eu encontrei algo que pode nos ajudar a acabar com Katarina de uma vez por todas. — Ele ergueu uma pasta de couro. Eu sorri com esperança. — Primeiro isso pode salvar todos nós, e segundo, não estamos lidando com uma pessoa qualquer, podemos todos morrermos no final. — Ele falou sério. Eu engoli seco. Ele me passou a pasta. — Eu vou deixar isso aqui com você, mas por favor Vítor, não faça nada sem eu saber em. — Ele beijou minha testa e saiu.

Eu peguei a pasta e joguei todos os papeis que estavam nela na cama. Eram documentos, e jornais antigos.

"Quadrilha que roubava crianças é morta por policiais em perseguição" dizia em um jornal. O que isso tem a ver? Como isso pode me ajudar.

Eu pegui um documento. Era de uma mulher. Fabíola Santos, era o nome dela. E logo ao nome dele tinha outro nome escrito a mão "Katarina".

Tinha um artigo escrito a mão também, parecia um testemunho.

"Ela se passava por enfermeira de um hospital do interior e virava amiga das gestantes, depois que os filhos nasciam ela os sequestrava".

"Ela me disse que minha filha tinha morrido depois de ter nascido" parece que esse é um testemunho de uma mãe.

Eu deixei o papel de lado e procurei alguma coisa que provasse as minhas suspeitas.

"Fabíola Santos, nasceu em Goiânia com uma família pobre, sua família foi misteriosamente morta em um incêndio na pequena propriedade deles. Fabíola foi a única que sobreviveu, mas ninguém sabe o que aconteceu com ela"

Tinha uma folha solta. Escrita por Robert. Eu li em voz alta, estava excitado com tudo aqui.

— Fabíola veio pra são paulo onde adotou o nome de Katarina, ela se passou por filha de Peterson Valastros, um grande empresário rico. Eu acho que foi por isso que Peterson deixou todo o dinheiro dele para o Pablo. No fundo ele desconfíava que ela não era a verdadeira filha dele.

Agora tudo fazia sentindo. Era Katarina que estava na loja do meu tio naquele dia, ela estava planejando a morte de alguém. Pablo. Ela não voltou porque queria reatar com Pablo, ela voltou pra recuperar o dinheiro dela. E ela é uma bandida. Eu estava literalmente gritando no meu quarto.

— Bandida filha de uma…

Eu achei uma folha dobrada, tinha um número de celular e o nome de uma mulher.

E não tinha mais nada. Já era tarde da noite quando eu guardei tudo e peguei o celular, não tinha certeza o que ia perguntar para ela.

— Alô?

— Alô, quem fala?

— Dona Tereza?

— Sim sou eu, quem fala?

— Alguém que quer saber a verdade!

— Olha rapaz eu não tenho tempo pra brincadeiras, tchau.

— Espera, é sobre Fabíola!

A mulher parecia que tinha congelado do outro lado.

— Eu não vou falar nada pelo celular, se quiser eu estarei amanhã no café da cidade, esteja lá as sete da manhã nenhum minuto depois.

— Mas eu…

Ela desligou o celular.

E é isso,agora eu corro um sério risco de encontrar uma mulher que nem conheço, e se ela avisar para Katarina sobre eu estar procurando ela? Robert está certo, podemos sair mortos disso.

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Como ele disse no capítulo 23 quando voltou para o Brasil. Vítor trabalhou como modelo para uma grife em Paris. Ele ganhou muito dinheiro com isso, muitos zeros no cheque kkl trabalhou como diretor em um filme, e ganhou mais dinheiro. Ele ajudou um senhor a salvar a empresa dele da ruina, e o senhor que já é muito velho nomeou ele como vice-presidente. E ele ganha muito dinheiro com isso. Vítor é bem mais rico que Pablo. Ele tem uma pequena fortuna costituida por muitos zeros. E continua ganhando.

E eu queria ser amigo dele se interesse sabe KKKKKK nenhum interesse.

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ESTÁ FICANDO INTERESSANTE DE NOVO POIS O LANCE DE PABLO E VITOR TÁ MEIO CANSATIVO. MAS ME DIGA QUE CASA É ESSA DE 532 MILHÕES DE REAIS, É TODA DE OURO? RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS NÃO CREIO QUE EM APENAS 1 ANO FORA VITOR ACUMULOU TANTO DINHEIRO ASSIM. MEIO MAL EXPLICADO ISSO.

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