Laços Do Destino - Capítulo 29: Festa de natal (Parte 2)

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1603 palavras
Data: 27/01/2018 01:00:34

— Quero te apresentar o Vítor! — Quando vi quem era o amigo do Robert meu sorriso desapareceu na mesma hora.

— Pablo, Vitor, Vítor, Pablo! — Apresentou Robert educado. Tive que fingir não conhecer Pablo, sim ali estava Pablo Daniel na minha frente com um sorriso de cínico, ele é meu primo mas de qualquer jeito não quero que Robert descubra que Pablo já foi meu namorado, e por culpa dele eu fiquei tão mal.

— Prazer, seja bem vindo a minha casa. — Peguei a mão de Pablo,ele me abraçou. — Muita falta de caráter você aparecer aqui! — Ele só sorriu.

— Essa é a noiva dele, Katarina! — Continuou Robert.

— Prazer! — Falou ela com uma cara de nojo. Ela me olhava como se eu fosse algum tipo de ameaça.

— Olá! — (Mas o que eu queria dizer era, oi sua vagabunda)

— Vocês são amigos? — Perguntou Katarina.

Eu abracei Robert, vi no rosto de Pablo que ele não gostou nada dessa aproximação!

— Somos, como posso dizer, mais que isso. — Eu sorri debochado! Robert ria como um tolo do meu lado. — Venha Robert eu quero te apresentar para meus pais. Vocês não se importam não é? — Perguntei olhando pra Pablo e Katarina.

— Na verdade. — Começou Pablo. — Eu acho...

— Que bom, não vamos demorar. — E sai deixando Pablo falando sozinho.

Eu estava olhando para o chão pensando, acho que Robert não percebeu, mas eu estava errado.

— Eu já conheço seus pais.

— Eu sei. — Falei baixinho.

— O que aconteceu?

— Eu estou pensando no seu amigo. — Ele fez uma cara feia. — Digo, como vocês se conheceram? — Ele pensou um pouco, eu achei que ele não ia me responder.

— Bom, ele é um dos advogados do meu pai, viramos amigos, sabe até cheguei a gostar dele, mas nunca foi nada além disso! — Eu estava feliz por ele estar sendo sincero comigo. — Mas por que o interesse?

— Não, só achei ele legal! — Eu mentia muito mal. Por sorte encontrei minha mãe.

— Mãe, eu quero que você conheça alguém.

Quando minha mãe viu Robert ela ficou encantada.

— Eu já conheço você ,Robert não é?

— É sim. — Ele sorriu educado.

— Seu namorado é lindo filho!

Minha cara foi ao chão, fui do vermelho ao roxo!

— Mãe ele não é meu namorado, é meu amigo. — Robert não falava nada, ele apenas sorria. Peguei ele pelo braço e o levei para longe da minha mãe.

— Me desculpe pelo que minha mãe falou!

— Mas por que? Eu não achei nada demais, eu até gostei.

— Mas eu não, claro não por você é só que minha mãe vive se metendo na minha vida! — Marta apareceu nessa hora e me levou pra longe dele.

— Eu estava com o Robert! — Falei aborrecido.

— Tá depois vocês se comem, mas agora me diz que aquela lá não é Katarina!

— Infelizmente é ela mesma.

— Eu vou dar na cara dela!

— Não, você vai ficar aqui!

Não reparei que Katarina estava muito elegante, com um vestido longo vermelho, joias cintilantes, uma bolsa prateada e um salto alto. Seu cabelo loiro amarado no topo da cabeça, ela era de fato um mulher muito bela e interessante, os olhares iam todos para ela, tenho certeza que ela adorava isso, e Pablo do lado de Katarina ficava um casal perfeito, ele com um terno preto. algumas garotas tentavam chamar a atenção dele, mas ele não ligava, só ficava me fitando e eu sorri para ele!

— Olhe para eles parecem um casal americano ricos! — Uma voz famíliar falou comigo.

— Carlos minha nossa. — Eu o abraçei, ele me apertou me deixando sem ar. Ele não havia mudado nada, só estava um pouco mais maduro, seu cabelo agora negro.

— Feliz natal. — Ele me deu uma caixinha de veludo, dentro tinha uma fina corrente de ouro com um pequeno mas muito belo diamante.

— Meu Deus Carlor isso é caríssimo! — Eu devolvi.

— Nem tanto, eu gostei do diamante, achei que ia ficar linda em você, e também eu precisava de algo chique pra te dar de boas vindas, um presente meu e de Beto. — Ele se negou pegar a caixa de volta. — Estou magoado com você por não ter me procurado.

— Desculpa, Beto veio com você?

— Não, ele ficou em casa, mandou um abraço. Eu também não vou ficar.

Olhei para a corrente outra vez.

— Eu não gosto de joias tão caras!

— É mas aquela mulher lá adora. — Ele apontava para Katarina. — O que eles fazem aqui?

— Um amigo os trouxe!

— Aquele playboy lá? — Robert me olhava atentamente e curioso, e eu acabei encontrando os olhos de Pablo em cima de mim, sua expressão era de raiva, ódio, claro pelo fato de Carlos estar perto de mim!

— Acho que não posso ficar tão perto de você, ou seus amigos vão me matar. — Ele ria. Eu me preocupava com Carlos agora. — Mas eu já vou, venha até minha casa, temos muito que conversar. — Ele me abraçou e se foi.

Eu fui tomar qualquer coisa que eu achasse, acabei encontrando a minha turma afastada em um canto.

— Ei seus vacos!

— Vítor, desculpa não estar lá dentro mas essa festa está chata!— Falou Marta!

— Cala a boca Marta você já está bêbada, mas de fato está muito calmo lá dentro!

— Então que tal uma música? — Edy apareceu com uma caixa de som!

— Coloca Sia! — Eu gritei! E em poucos minutos já estava tocando The Greatest, melhor música. Metade da festa veio pra fora com a música e quase por mágica todos estavam entregues ao som!

Robert estava sentado na poltrona da sala mexendo no celular!

— Se você quer me acompanhar não pode ser tão parado! — Eu já estava alto pelas bebidas e sentei no colo dele.

— Você me deixou aqui então eu fiquei até que você me procurasse. — Nossos rostos estavam tão próximos, eu fiquei tentado a beijar ele.

Eu estava a ponto de fazer isso se Pablo não tivesse aparecido. Ele ficou espantado e surpreso por me ver naquela situação com Robert.

— Será que podemos conversar Vitor?

— O que eu teria que tratar com um desconhecido?

— Não seja tolo e venha! — Ele me puxou do colo de Robert e eu me desequilibrei.

— Qual é o seu problema Pablo? — Robert levantou furioso.

— Isso não é problema seu! — Robert encolheu na mesma hora.

Pablo me arrastou para meu quarto!

— Me solta! — Protestei. — Você está me machucando!

— Antes você vai me dizer qual é a sua! — Eu puxei me braço, ele estava vermelho onde Pablo apertou.

— Não sei do que você está falando!

— O que Carlos estava fazendo aqui? Não posso acreditar que você o perdoou!

— Isso é problema meu não seu! — Eu estava começando a me irritar!

Ele viu a corrente no meu pescoço, e a puxou e jogou no chão!

— VOCÊ FICOU LOUCO? — Bati no peito dele.

— Não vou deixar você usar essa corrente que aquele almofadinha te deu.

— E quem você pensa que é? — Eu estava bem perto dele.

— Eu sou seu homem. — Ele me puxou e me beijou, eu me entreguei ao momento e relaxei nos braços dele. A bebida ou o beijo dele me deixou mais tonto. — Viu só como você gosta de mim. — Ele me jogou na cama e subiu em cima de mim, ele chupava meu pescoço e o mordia. Eu estava pirando, então alguém bateu na porta.

— Filho? Você está bem? — Pablo me olhou calmamente mas eu estava desesperado. Sai correndo do quarto!

— Estou sim mãe, vim pegar meu celular! — Descemos juntos. Me encostei em uma parede para ordenar meus pensamentos, Pablo desceu as escadas sorrindo, fui para o lado de fora da casa.

Já era 02h25 meus pais não estava mais na festa, na verdade quase ninguém estava, apenas Marta, Edy, Karol, e os amigos deles que eu esqueci o nome assim que me falaram. Eram doze pessoas no total, mais quinze com Pablo, Robert e Katarina. Sim, eles estavam todos aqui. Eu não sei porque.

— Vítor, eu preciso ir! — Falou Robert. Ele parecia muito chateado.

— O que foi Robert?

— Nada só estou um pouco cansado!

Eu estava mega bêbado e o abracei na verdade pulei no colo dele e trancei as pernas em sua cintura.

— Você não passou muito tempo comigo! — Ele falou no meu ouvido.

— Me desculpe eu não percebi! — Alguém me puxou e eu quase cai no chão.

— Você nunca mais toca nele! — Gritava Pablo batendo no peito de Robert!

— Não me toca, qual o seu problema? — Robert estava irritado.

— Pablo seu idiota não grite com Robert.

— E você fica quieto Vítor, olha só pra você, parece um bêbado ridículo.

Robert deu o primeiro soco, e Pablo caiu no chão. Os amigos de Edy ajudaram ele a levantar.

— Não, eu não quero briga na minha casa! — Eu puxei Robert pra fora.

— Ele que começou! — Pablo nós seguiu e deu um soco na boca do Robert!

— Parem, vocês parecem dois animais! — Gritei. — Vem Robert, vamos sair daqui.

— Você não vai com ele! — Protestou Pablo!

— Por que você não pega a sua noivinha e desaparece da minha casa? — Eu entrei no carro de Robert e deixei que ele me levasse pra qualquer lugar sem rumo. Pablo havia acabado com o meu natal, foi o natal totalmente fracassado, o pior que eu já tive.

— Eu estou muito envergonhado.

— Pelo que Vítor?

— Por tudo, esse foi o pior natal de todos.

— Não se preocupe, foi divertido, tirando a parte que Pablo estragou tudo. Mas foi legal, porque eu estou com você. — Ele se inclinou para perto de mim e me beijou. Eu não me afastei dele. Eu queria esse beijo mais do que qualquer coisa. — Eu esqueci de te desejar feliz natal. — Ele disse sorrindo.

— Feliz natal Rob. — Nós rimos e eu encostei minha cabeça no banco do carro e peguei no sono.

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VITOR É RETARDADO. NÃO QUER CONTAR PRO ROBERT SOBRE PABLO. MAS NEM PRECISA, ROBERT NÃO É BESTA NEM NADA VAI DESCONFIAR. DAI VAI FICAR RUIM PRO VITOR COMO SEMPRE. MAS VITOR MERECE SER INFELIZ ETERNAMENTE. SEMPRE PROCURA POR ISSO. MAS ME INTRIGA COMO KATARINA NÃO PERCEBEU TUDO ISSO ACONTECENDO ?

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