Amolecendo o coração do bad boy. (Clichê) X

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3262 palavras
Data: 05/12/2017 14:51:37
Última revisão: 05/12/2017 16:38:55

- mas o nosso trabalho já ta quase pronto, só falta a gente colocar o motor pra funcionar. – falei pegando a maquete do chão.

- é nesse pronto que o Olavo entra. Ele fez um curso de elétrica, e manda muito bem no assunto.

- se você ta falando...

- qualé Eduardo? Não confia no meu taco? – perguntou Olavo.

- né isso não. Só achei estranho.

- o que tu achou estranho?

- não sabia que você tinha curso de elétrica.

- e outras ‘’cositas’’ mais. – disse ele rindo.

- então acho que nem carecia eu ter vindo.

- O Olavo não vai fazer o trabalho por nós não, Eduardo, ele vai só dar um auxílio.

- ah sim, entendi. E onde eu posso por a maquete?

- vamos colocar lá na sala. ‘’Cês’’ tão com fome? – perguntou Olavo.

- famintos. O que tu preparou ai pra gente comer? – perguntou Junior.

- minha pica! Tu quer?

- coloca aí essa porra pra fora.

Olavo riu.

Coloquei minha maquete sobre a mesinha da sala, e depois, timidamente, sentei no sofá.

- ‘’ce’’ vai ficar aí? – perguntou Junior.

- e pra onde a gente vai?

- ué, não quer cair na piscina não?

- eu nem trouxe roupa.

- e o que tem isso? Eu te empresto meu short.

- sei não cara, eu vou ficar todo molhado.

Junior riu.

- tu já viu o tamanho do sol que ta lá fora? Vai perder? – disse ele me agarrando e me levando pra fora da casa nos braços.

Por um momento, pensei que Junior fosse me jogar dentro da piscina, mas ele freou na borda e me colocou no chão.

Da água, Olavo sorria.

- que é isso? – perguntou ele, de dentro da piscina, com uma latinha de cerveja em mãos.

- acredita que o Edu ta com medo de entrar na piscina e sair molhado? – disse Junior.

Olavo gargalhou.

- acredito não Edu. Ta com medo da água cumpade?

- é que só to com essa roupa. – respondi.

- roupa aqui é o que não falta. Quer emprestada?

- o Junior vai me arrumar um short, mas valeu.

- beleza.

- e comida aqui nessa porra ninguém come não? – perguntou Junior tirando a farda e ficando apenas de sunga.

Não posso negar que salivei ao vê-lo quase despido. Junior reparou que eu o olhava e deu uma coçada, de leve, no saco só pra me provocar. Minha pica já estava dando sinal de vida.

- e o short, Junior? Onde pego?

- la dentro da minha mochila. – respondeu ele saltando dentro da água.

- onde ta?

- no sofá.

- beleza. – falei.

Troquei de roupa, e aproveitei para ligar em casa, e explicar pra minha mãe que eu ia atrasar um pouco.

Quando retornei à parte externa da casa, Olavo e Junior estavam sentados na borda da piscina, tomando cerveja e dividindo um cigarro. Molhei meu corpo em um chuveiro que tinha próximo, e depois também caí na água.

- Edu, vem aqui. – chamou Olavo.

- fala. – disse eu nadando ate ele.

- como é o nome daquele ‘’novatinho’’ lá da sala de vocês? – perguntou.

- o novato?

- isso.

- parece que é Rafael.

- isso, esse mesmo. – disse Junior.

- o que tem ele? – perguntei.

- só curiosidade. – falou Olavo.

- certeza?

- sim. – respondeu o garoto. – cerveja? – ele levantou a latinha me oferecendo.

- ahan. – falei pegando a cerveja de suas mãos e emborcando na garganta.

- vai devagar. – Junior sorriu. – isso daí né suco não.

- deixa o cara. – sorriu Olavo enquanto dava um ‘’tapinha’’ no ombro do amigo.

Voltei à agua e deixei os dois amigos conversando obscenidades. Ficamos ali por um bom período, ate Junior me chama no canto.

- ta com fome?

- ahan.

- eu vou ate a cidade comprar gelo, mais cerveja, e um arroz pra gente comer. Quer ir comigo?

- o Olavo também vai?

- não, ele vai ficar assando uma carne aí pra nós.

- então eu vou ficar por aqui mesmo. – falei.

- beleza, eu não demoro. – disse Junior entrando no carro apenas de sunga.

Procurei pelo Olavo, e ofereci ajuda.

- valeu Edu, mas ta tudo controlado por aqui... Alias, eu quero ajuda sim. Vê se ainda tem limão no refrigerador, se não tiver, liga pro Junior e pede pra ele trazer.

- ta bom.

- edu? – chamou quando eu já esta entrando na casa.

- o som parou, acho que foi a caixa que descarregou, dentro da minha mochila tem um cabo, pega ele e liga na caixa pra mim, por favor.

- onde ta tua mochila?

- no primeiro quarto à esquerda após a sala.

- beleza.

Fui ate o interior da casa, certifiquei-me que ainda havia limões, e depois coloquei a caixa de som para tocar.

Voltei pra parte de fora com duas latinhas em mãos.

- aceita? – ofereci uma cerveja ao Olavo.

- na hora. – disse ele limpando as mãos em uma pano de prato.

- ta cheirando pra ‘’carai’’. – falei puxando uma cadeira de plástico e sentando próximo à churrasqueira.

- modéstia à parte, eu tenho mão boa pra churrasco. – disse ele abrindo a latinha e dando uma golada. – aprendi com um peão lá da fazenda do meu pai, o cara sabe tostar uma carne como ninguém.

Olavo sentou em uma cadeira que estava vaga ao meu lado.

- não sabia que vocês tinham fazenda. – comentei enquanto tomava da cerveja.

- é do meu pai. – ele falou com certo pesar.

- impressão minha ou tu não se da muito bem com teu pai?

- bingo! Acertou na mosca.

- acho que a maioria da gente é assim né!? Ou tem problemas com o pai, ou com a mãe. – sorri e dei mais uma golada na bebida.

- mas com meu pai é diferente. Eu não tenho problemas com ele. Ele é quem tem problemas comigo. Acho que não sou perfeito como ele queria que eu fosse. – Olavo tinha a voz carregada. Mágoa, tristeza... Não sei ao certo.

Tentei mudar de assunto, mas ele queria desabafar.

- meu pai nunca me aceitou, Edu.

- por que diz isso?

- ele não me trata como filho.

- caralho velho. É phoda, mas vocês já conversaram? Já tentaram resolver as possíveis indiferenças que existe entre vocês?

Olavo negou com a cabeça.

- ...e nem quero. Se ele acha que sou um marginal, ele vai continuar achando. Eu não vou tentar mudar a opinião dele a meu respeito não.

- então o problema é esse? Ele te ver como um marginal?

Olavo confirmou com a cabeça, enquanto sugava a última gota da cerveja. O rapaz amaçou a lata e jogou próximo da churrasqueira.

- acertou outra vez. – falou me olhando fixamente.

- mano, eu acho que você é malandro pra caralho, mas marginal eu acho um pouco pesado.

Olavo riu.

- pior que eu já dei motivo, Edu. Eu já aprontei bastante. Por isso meu pai tem esse pensamento de mim.

- você já fez algo muito pesado? – perguntei um pouco curioso.

Olavo abaixou a cabeça, e quando a levantou, caiu uma gota dos olhos.

- esse papo ta meio sinistro né!? – sorri tentando disfarçar. – vou ver como ta a carne. – falei tentando me levantar.

- não Edu, espera um pouco. – disse Olavo me fazendo sentar de volta.

- Olavo, você não precisa falar não cara. Da pra ver que é um assunto bastante delicado. Tu ta pálido, vei.

- mas eu quero falar, Edu. Isso ta me sufocando brow.

Cheguei bem perto do Olavo, e acariciei suas costas.

- hey vei. Sejá la o que tiver acontecido no teu passado, você não precisa me contar. Se isso ta te sufocando tanto como tu disse, tenta tomar como aprendizado.

Olavo me encarou e se pôs a chorar. O cara chorava muito ao ponto de soluçar.

Olavo apoiou seu rosto em meu ombro, e me abraçou forte. Era nítido que o cara queria o afago de alguém. Seus olhinhos foram ficando pequenos e avermelhados.

- hey, chora não po. Eu vou buscar mais cervejas pra gente. Beleza?

Ele não disse que sim nem que não. Apenas me olhou com um olhar tristonho e afobado.

Deixei Olavo sentado e fui ao freezer buscar mais cervas. Quando retornei, não o encontrei no mesmo lugar.

- Olavooo? – gritei.

- aqui. – disse ele sentado na borda da piscina.

- porra velho. Tu me assustou cara. – falei me aproximando e lhe entregando uma latinha.

Olavo estava sentado na lateral da piscina com os pés dentro da água.

- ta melhor? – perguntei sentando ao seu lado, e passando as mãos em suas costas.

Ele confirmou com a cabeça.

- será que vai chover? – falei olhando para o céu.

- tempo ta mudando né!? – disse Olavo.

- né isso que to vendo mano.

- e o Junior ta demorando pra porra. – disse Olavo olhando no relógio do pulso.

- ele foi só comprar cerveja e gelo mesmo, ou ia a outro lugar?

- só comprar isso mesmo, e arroz pra gente comer com o churrasco... Meu Deus, esquecemos do churrasco. – disse Olavo dando um pulo, e caindo de pé no gramado.

Corremos ate a churrasqueira, e de fato, algumas carnes haviam ficado tostadas, mas no geral a maioria ficou no ponto.

- cara, num sei se vou esperar o Junior não. To morrendo de fome. – falei cortando um pedaço da carne.

- porra, na moral, eu também to brocado. – disse Olavo me acompanhando.

Mal começamos a comer da carne, Junior passou com o carro pela porteira.

- ó aí o mané, num morre nunca mais. – Olavo sorriu com um pedaço de carne na boca.

- só os falsos né!? – disse Junior chegando com algumas sacolas. – vocês num iam me esperar não pra comer?

- não tava pensando nisso não, mas já que tu insiste...

Olavo levantou, foi ate o Junior e o agarrou por trás, fazendo com que o mesmo derrubasse algumas sacolas.

- sai fila da puta. Vai me comer sem nem me cantar? – resmungou Junior.

- você vem sempre por aqui gatinho? – Olavo perguntou fazendo carinho no cabelo do Junior.

- essa foi foda, se tivesse vindo com uma cantada inédita, eu iria soltar meu rabinho pra ti. – Junior sorriu.

Ajudamos Junior a tirar as coisas do carro, e depois do almoço voltamos para a piscina. O tempo, realmente, estava fechando. Muitas nuvens estavam armadas, só esperando a hora certa de mandar água.

Começou um sereno leve com vento, juntamos nossas coisas, e fomos pra dentro da casa.

Sequei meu corpo em uma toalha que o Olavo me emprestou, e depois coloquei minha cueca box branca.

- Junior?

- fala Edu. – respondeu o rapaz.

Todos nos estávamos no quarto trocando de roupa.

- e a nossa maquete? Vamos finalizar agora?

- vamos deixar pra mais tarde. Tem bastante tempo ainda.

- se vocês vierem com porra de trabalho de aula pra cá, eu vou da na cara dos dois. – disse Olavo colocando um short.

- mas não foi essa a intenção de termos vindo aqui hoje?

Olavo se aproximou de mim, e apertou meu rosto com suas mãos geladas e enrugadas da piscina.

- foi sim ‘’nerdzinho’’. Viemos aqui para finalizar a maquete de vocês, mas vamos deixar um pouco a vida lá fora, e vamos aproveitar o que temos pra hoje.

- pela primeira vez eu concordo contigo.

Junior sorriu.

- oi? Edu? Você ta concordando com o Olavo?

- ahan. – falei sorrindo. Mas eu queria mesmo era aproveitar essa cama.

- porra. Você ta de sacanagem comigo né!? Com uma pá de coisas pra fazer, e você vem falar em dormir?

- mas o que vamos fazer na chuva, Olavo?

- muita coisa uai. Temos play, sinuca... Cara, Junior, acabei de ter uma ideia ‘’mucho’’ louca. – disse Olavo.

Junior sorriu.

- ai, ai, lá vem você com suas ideia loucas. O que ta se passando por esse teu cabeção?

- lembra quando a gente brincava do pique esconde na chuva?

- lembro sim, há dez mil anos atrás.

- eu topo. – falei.

- que? Cê ta bem Eduardo? Estava querendo dormir, e agora ta disposto a brincar da manja na chuva?

- já brinquei quando era criança, acho que vai ser divertido.

- então bora Junior, são dois contra um.

- hoje né nem quinta e vocês estão nessa de tbt?

- bora logo caralho, coloca a sunga, e vamos pro terreiro. – disse Olavo saindo do quarto todo animado.

Coloquei o short molhado e já ia saindo do quarto, também, quando Junior me chamou.

- fala Junior.

- vem cá. – chamou-me para mais próximo.

- o que foi?

- ‘’ce’’ não vai se distanciar de mim. Beleza?

- não entendi.

- to mandando você não ir pra longe.

- o que ta pegando vei? Por que isso agora?

- nada demais. Só to querendo te precaver.

- e aí, os pombinhos vêm ou não? – Olavo apareceu na porta do quarto todo molhado.

- já estamos indo. – respondi.

- ah bom. – disse ele.

Olavo saiu do quarto, e eu o acompanhei; Junior me deu uma ultima encarada, mas nada falou.

Na parte de trás da casa havia um campo a perder de vista. A mata era bem aparada, e cor de verde limão. A chuva forte deixava a terra molhada e escorregadia. Logo na descida, levei um tombo.

- machucou? – perguntou Olavo me ajudando a levantar do chão.

- não, ta de boa. – falei limpando a lama do short.

- e o Junior?

- ta vindo aí atrás.

- você gosta de açude, Edu? – perguntou Olavo.

- gosto sim.

- ta afim de dar um mergulho?

- aqui tem açude?

- aqui não, mas na fazenda do vizinho sim.

- mas não tem problema em a gente usar?

- la não mora ninguém. Os donos aparecem uma vez no mês.

- se você ta falando que não tem problemas, eu topo sim ir lá dar um mergulho.

- então bora.

- não vamos esperar pelo Junior?

- o Junior já conhece tudo por aqui, quando não nos encontrar, ele vai saber que estamos lá.

Olhei para trás, afim de ver se o Junior já vinha, mas isso não aconteceu.

- então bora. – falei timidamente.

- espera aqui, vou la dentro buscar uma coisa e já volto.

Olavo correu para o interior da residência, enquanto Junior vinha descendo para o quintal.

- o que deu nele? – perguntou Junior usando apenas uma sunga.

- disse que ia buscar algo lá dentro. – falei – Junior, o que tu ia dizer lá dentro na hora que o Olavo chegou?

- não era nada. – disse ele virando as costas, e saindo no meio da chuva. Segurei seu braço e o virei de volta em minha direção.

- fala pô. Por que ‘’cê’’ disse pra eu não me distanciar?

- não é nada. Já disse! – falou ele um pouco nervoso. – te trouxe pra ca e tenho que cuidar de você.

- não faz muito sentido isso. Por que você precisa cuidar de mim?

- e por que você faz tanta pergunta? – ele me olhou nos olhos.

- você pede pra eu não ficar longe, não me explica o motivo, e não quer que eu fique curioso? O que ta pegando afinal? O problema é o Olavo?

- faz o que você quiser. – disse ele mais uma vez me virando as costas.

- é isso mesmo que eu vou fazer. – gritei ao vê-lo se distanciar de mim.

Olavo retornou, e perguntou pelo Junior.

- ele foi pra lá. – falei apontando.

- ué. Não nos esperou por quê?

- acho que ele estava querendo ficar sozinho. – respondi.

- estranho né!? Mas de boa! Bora? – chamou.

- vamos. – respondi.

Acompanhei Olavo por uma longa estrada de mata. Caminhávamos e a lama salpicava em nossas vestes. Olavo levava um facão, provavelmente para abrir algum caminho de mato que pudesse haver no percurso.

Chegamos a uma grande cerca de arame farpado que dividia os dois sítios. Olavo foi o primeiro a passar por baixo do arame, em seguida, passou eu.

Olhei para trás, e não conseguia mais visualizar a casa, já estávamos bastante longes.

- vem. – Olavo chamou.

- bora. – respondi.

Caminhamos mais um pouco, até chegar ao tal açude.

- olha ai que belezura. – disse Olavo fincando o facão na terra.

- caralho Olavo, a água é bem limpinha.

- isso aqui é a oitava maravilha do mundo. – disse o amigo do Junior.

- e eu vou cair dentro. – falei correndo e saltando no açude.

- não ta com medo de os donos aparecerem?

- que se danem. – falei.

Olavo riu, e deu um ‘’peixinho’’ dentro da água, que estava bastante gelada.

- delicia. – disse o rapaz.

Passamos bastante tempo ali. Quando o sol já estava se escondendo, Junior deu as caras.

- e ai ‘’mofilho’’ tava aonde? – perguntou Olavo.

- achei que iriamos brincar da manja, e não tomar banho de açude. – respondeu Junior.

- mudança de planos. – disse Olavo ainda dentro d’água.

Fui o primeiro a sair do açude.

- já vai subir? – perguntou Junior ao meu lado.

- ahan.

- não vai me esperar?

- se tu quiser, eu espero.

- eu quero sim. Vou só dar um mergulho, e a gente sobe.

- beleza. – falei sentando em cima do gramado que ficava de frente para o açude.

Junior, apenas com uma sunga bastante suja de lama, deu uma facada dentro da água, e já caiu próximo ao amigo. Os dois nadaram por bastante tempo, e vez ou outra eu os flagrava olhando para mim. Estava com uma sensação estranha. Nada aterrorizante, mas apenas estranha.

A noite chegou, e finalmente os dois amigos deixaram a água. Ambos caminharam e cada um sentou ao meu lado.

- tem um cigarro aí Junior? – perguntou Olavo.

- tenho um charuto aqui dentro das calças! Como é que vou andar com cigarro debaixo desse dilúvio, animal? – ironizou o rapaz.

Olavo apenas sorriu.

A chuva, que havia começado durante a tarde, ia perdendo a força.

- bora subir? – chamei os dois.

- ta apressado? – perguntou Olavo.

- apressado não, mas to com bastante frio. – respondi.

- vou te aquecer. – ele brincou me apertando por trás.

- é melhor a gente ir subindo, Olavo. O Edu tem horas pra chegar ‘’em’’ casa. – disse Junior.

- ninguém vai voltar hoje pra cidade, vamos dormir aqui. A gente faz uma fogueira, termina de assar a carne, e acaba com as gelas.

- minha cota de cerveja já fechou por hoje. – falei.

- fraquinho assim? – perguntou Olavo.

- ahan. – sorri.

- e no que você não é fraquinho? – insistiu Olavo.

- não entendi.

- ah, entendeu sim. – ele fez um gesto de boquete com a mão e a boca.

Fiz menção a me levantar, mas Olavo me segurou pelo braço.

- hey, calminha aí. To só brincando. – disse Olavo.

- eu preciso voltar pra casa, minha mãe deve ta preocupada.

- liga pra ela e diz que vai dormir aqui.

- não da, eu preciso mesmo voltar.

- fica! Garanto que não vai se arrepender.

- qualé a tua meu irmão? – Junior falou enfurecido. – o Edu não pode passar a noite fora, pra que tu fica insistindo?

- e tu ta doidinho pra levar ele em casa, e comer ele de novo né!? – Olavo riu.

- como é que é? Repete seu filho de uma puta? – Junior levantou-se e partiu pra cima do amigo.

- ceninha pra cima de mim não Junior. Pra que isso agora? Estamos só entre amigos. – disse Olavo apontando o dedo na cara do Junior.

- Olavo? Por que tu disse que se ele me levar ele vai me comer?

- Porra Edu, eu sei de tudo que rolou entre vocês, irmão. Mas comigo vocês tão de boa, ta ligado? Pode confiar. O Junior falou pra mim, porque sabe que eu sei guardar segredo.

Senti a lágrima sendo fabricada, e a garganta se fechando naquele momento. Não era vergonha não, era frustração. Então o Junior estava me usando e me fazendo de chacota pros amigos dele?

- vamos curtir essa noite, Edu. Nós três. Bora? – falou o rapaz.

- velho, o que foi que te deu pra ta falando tanta merda assim? – disse Junior acertando um soco no amigo.

- eu topo. – falei sem medir as palavras que saiam de minha boca.

Junior me olhou com cara de espanto; Olavo sorriu.

- aqui mesmo ou la na casa? – perguntou Olavo.

- Edu? Tu não precisa fazer isso, mano.

- cala a boca Junior, vai querer mandar na vida do cara agora? Bora Edu. Deixa esse cuzão aí. – disse Olavo me puxando pelo braço.

Ali, parado, Junior me olhou serio e fez um sinal negativo com a cabeça.

Continua...

♫♫♫

Rapaz, é difícil demais gostar dessas muié bandida

Quanto mais ''nóis'' corre atrás mais ela pisa.

A minha terminou comigo por mensagem

Me largar desse jeito foi muita sacanagem.

♫♫♫

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Comentários

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Só falta postar mais, atualizo seu perfil quase todos os dias pra ver se tem alguma coisa pra ler.

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interessante, um cliché que vale a pena.

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Novo site galera! Visitem! contos e muita putaria https://kxcontos.blogspot.com.br/

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Essa raiva, recalque, vingança cai acabar em lágrimas.

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Muito legal! Ainda acho que nem tudo é o que parece. Obviamente o Edu gosta do Júnior, mas não duvido que seja recíproco. O Olavo está pela farra, parece. Mas, quero dizer que valeu a espera, Berg. Suas histórias são muito bem construídas. Por mais que eu torço para que aconteça isso ou aquilo, o que eu quero mesmo é continuar a ver como você desenvolve a arte. No aguardo da próxima!

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Eu adoro o conto ,mas não me apego pq demora muito a publicar kkkkk

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Eduardo é patético demais. Merece ser puta de marginal, não tem ideias próprias, faz tudo q os outros mandam.

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GRANDE BABACA O EDU, MAS MUITO MAIS BABACA O JUNIOR QUE TEM A BOCA GRANDE. DECEPCIONOU EDU. TEM QUE SE FERRAR. AGORA TÁ DANDO UMA DE PREOCUPADO COM ELE. VAI SE FERRAR.

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Caraca, o Junior querendo dá uma de gostosão se fudeo hein kkkk agora vai ter que dividir o pão. Melhor ainda se o Edu ficasse só com o Olavo pra ele se morder de ciúmes. Babaca. Cara vai demorar muito pra postar o próximo?

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E a oração RAINHA MARIA PADILHA que (DCAN. )nesse momento esteja pensando

em mim e querendo a todo custo estar ao meu lado, querendo me ver, me abraçar e me beijar, que sua boca sinta muita vontade de me beijar e que sua mente só tenha a minha presença. Que (DCAN. )me procure ainda hoje, AGORA me chamando para ficar ao seu lado e dizendo que me ama e que tomou a decisão certa e definitiva. Assim seja! Minha Rainha Pomba Gira Maria Mulambo, Rainha das sete encruzilhadas, peço assim: vá onde (DCAN.) esta e faça com que ela não descanse enquanto não falar comigo. Pelos poderes da terra, pela presença do fogo, pela inspiração do ar, pelas virtudes das águas, invoco as 13 almas Benditas. Pela força dos corações sagrados e das lágrimas derramadas por amor, para que se dirija onde (DCAN.) estiver me dê muito amor, carinho e queira ficar COMIGO PRA SEMPRE. Que (DCAN.) jamais deseje outra pessoa QUE NÃO SEJA EU, e que ele tenha olhos só para mim. Salve Pomba Gira Maria Mulambo, Rainha das sete Encruzilhadas, te peço assim: Gira, vai mulher gira, gira ao meu favor, gira ao meu favor e traga (DCAN.) pra mim. E pedindo assim: Ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e vai girando, e a roda vai girando, vai trazer para mim (DCAN) de volta o mais rápido possível, louco e muito apaixonado, que dessa vez ele volte definitivamente pros meus braços. Que (DCAN.) ame somente a mim e me faça muito feliz. Que seja carinhoso comigo, que não consiga olhar para nenhuma outra mulher que não seja eu. Que se sinta bem somente ao meu lado, que sinta minha falta e venha ao meu Encontro, e me peça para que eu nunca a abandone. Que (DCAN.) queira ficar comigo PRA SEMPRE. Assim seja, assim será, assim está feito. Salve Pomba Gira Maria Mulambo, Salve Sete Saias, Salve suas irmãs, Maria Padilha, Arrepiada e todas as outras da Falange. Salvem! Sete Saias, minha boa e gloriosa princesa, conheço a tua força e o teu poder, te peço atenda o meu pedido. Que (DCAN.) não durma e não descanse se não tiver a certeza que estamos juntos, que o corpo de (DCAN.) queime de desejo por mim. Que (DCAN.) fique cego para outras mulheres que ele não consiga ver ninguém como mulher, que outras mulheres nunca consigam chamar a atenção dele, somente eu terei esse poder. Que (DCAN.) não consiga nunca ter desejo e nem fazer sexo com NENHUMA outra mulher QUE NÃO SEJA EU. Que (DCAN.) me assuma de vez em seu coração. Faça Maria Padilha Mulambo, Rainha das sete Encruzilhadas com que (DCAN.) sinta-se bem só de ouvir minha voz E QUE ELE ME DESEJE PRA SEMPRE. Que (DCAN.) sinta por mim um desejo fora do normal como nunca sentiu por ninguém e nunca sentirá. Pelos Sete Exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que amarre (DCAN.) nos Sete nós de sua saia, e nos Sete guizos de sua roupa, somente para mim (FMAC.). Agradeço por estar trabalhando ao meu favor e vou divulgar seu nome em troca desse pedido minha gloriosa Pomba Gira. Maria Padilha traga (DCAN.)para mim hoje, agora e sempre fazendo com que ee se torne meu definitivamente. Ainda que (DCAN.) resista,que com o seu poder seu coração seja so meu. Confio no poder das Falanges da Maria Padilha, Rainha das Sete Encruzilhadas! sopre o meu nome (FMAC) no ouvido dele para que ele me procure hoje. Que (DCAN.) não consiga parar de pensar em mim, não consiga ficar longe de mim, pois terá medo de me perder. Que venha, feito uma cobra rastejante, humilde e mansO, que venha dizendo que me quer sempre ao seu lado, assim possamos ter um bom convívio. Assim seja e assim será! Eu profetizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que (DCAN.) vai vir correndo atrás de mim AGORA!, louco e apaixonado, o mais rápido possível pedindo para ficar comigo PRA SEMPRE, pois somente minha boca terás vontade e prazer de beijar, (DCAN.) você vai me assumir de vez em seu Pomba Gira, Rainha das Sete Encruzilhadas, cada vez que for lida essa oração, mais forte ela se fará, estarei publicando esta oração como oferenda, pedindo que me conceda o pedido de fazer com que (DCAN.) fique para sempre comigo. Sei que os Espíritos da Falange da Pomba Gira já estão soprando o meu nome no ouvido de (DCAN.) , e elle não conseguirá fazer MAIS nada ENQUANTO não VIER falar comigo. Confio no poder das Sete Encruzilhadas, e vou continuar divulgando essa oração poderosa por sete dias. Que assim seja assim será e assim está feito.

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