Acasos-02

Um conto erótico de Transeunte
Categoria: Homossexual
Contém 1591 palavras
Data: 26/11/2017 01:02:38

Obrigado pelo apoioLembranças...

Primeiro dia de aula, eu estava muito empolgado, escola nova, eu podia inventar um novo eu, minha empolgação foi tanta que nada aconteceu, um dia perdido, vendo as pessoas socializando, já com seus grupos de amigos, e eu apenas os olhando, nada tinha mudado, o personagem que criara de nada serviu, como já estava acostumado apenas me apresentei em todas as cinco aulas, ninguém me notara ou se importava, eu era oficialmente “mais um”, algumas semanas se passaram e tudo na mesma, falava apenas o necessário durante as aulas ou apenas prestava atenção, na minha escola todas as segundas nos obrigavam a cantar o hino nacional, organizado por salas em linha indiana uma ao lado da outra, eu era do 4ª a primeira fila da direita era a minha, como já estava habituado a rotina só entrei nela, o pátio já estava lotando, de repente sinto uma presença nova na minha fila, quando olho fico admirando aquele garoto, eu tinha pouco mais de nove anos, não sabia ainda da minha orientação, então fazia aquilo sem nenhuma maldade, era apenas curiosidade, acordo quando a diretora fala ao microfone sobre postura, e assim começa o hino, fico olhando sua nuca e seu cabelo curto levemente ondulado com vários redemoinhos, ele usava uma jaqueta em laranja e cinza grande para ele, uma calça jeans larga e um tênis cinza, o hino finalmente acaba e todos vão para suas salas, entro na sala e vejo que ele sentou na carteira atrás da que costumo sentar, vou andando e sento sem fazer muito barulho, e espero o professor chegar, fiquei sentindo seu olhar em minhas costas mas não viro, quando o professor entra e coloca as coisas sob a mesa logo fala olhando para trás de mim...

- Olha só, temos um aluno novo!- A sala fica um pouco silenciosa e ele contínua- Eu sou Marcos, sou novo nessa escola também, comecei a dar aula esse ano, e você? Quero que se levante e se apresente.

Nisso eu finalmente olho para trás e vejo seu rosto, seu rosto me dava uma sensação de paz e felicidade, parece que ele estava sorrindo por dentro, ele tinha longos cílios negros, sua pele era clara, mas com certeza pegava sol, lábios pequenos e olhos castanho escuro, eu não tirava meus olhos dele, ele se levanta corando e fala

- Oi, meu nome é Rafael, tenho dez anos e mudei de escola por essa ser mais perto,- e ai ele me encara, sua feição era de vergonha, misturada com carisma, ele logo passou os olhos pela sala com um meio sorriso, depois sentou, virei para frente rápido, estava nervoso, ele era lindo, o professor logo o agradece e começa a escrever no quadro, viro para pegar meu caderno na pasta e encontro seus olhos, ele abre um sorriso leve e fala

-Oi,... Eu queria te perguntar se você poderia me emprestar seu caderno depois para eu saber onde vocês estão para eu não me perder na matéria ...

-Claroo , eu empresto siim! Mas acho que você não vai entender muita coisa, minha letra é horrível, haha,

- Não tem problema, qualquer coisa eu te pergunto – nisso eu sorrio e volto para frente. Eu só queria continuar conversando com ele, foi tão bom, eu estava todo bobo, a aula se seguiu e eu só na vontade de virar para trás. Estava copiando do quadro quando sinto sua mão no meu ombro e sua respiração na nuca, e fala

-Desculpa, eu não perguntei seu nome... – Desculpa eu Haha, eu não falei, me chamo Neto,

-Prazer Neto, pode me emprestar a borracha? – respondo dizendo sim com a cabeça e lhe entrego a borracha, ele pega em minha mão encarando minha boca, nisso sinto um arrepio por de trás das orelhas até os ombros, ele sente meu tremor desvia o olhar pega a borracha e a usa, me entrega, viro devagar para frente para ainda dar tempo dele olhar para mim, um sorriso besta brota nos meus lábios e eu nem imaginava que aquilo foi o começo de um sentimento puro e verdadeiroEu estava imóvel, no chão de um posto, encharcado de café quente olhando para aquele par de olhos que a tempos não via, quando nosso olhar bateu vi o mesmo sentimento que estava sentindo nele, ficamos uns oito segundos nos olhando sem nenhuma palavra, corto o silêncio falando

-Rafael? – falo me levantando, ele estava maior que eu, tinha os seus 1,80, seu cabelo estava em um corte baixo nas laterais e um pouco mais longo no topo da cabeça, tinha uma leve barba moldando sua face, sua camisa social preta também estava manchada de café, e seus olhos nossa, aquele mesmo sentimento de felicidade e paz me preenchia completamente, em resposta a pergunta ele simplesmente chega um pouco mais perto e me surpreende com um abraço meio desesperado meio contido, eu Fechei meus olhos me entregando ao abraço sentido seu coração batendo forte, eu estava extasiado, atónito.

Ele depois de um tempo foi afastando o abraço vejo seus molhos marejados, um sorriso lindo brota em nós dois, ele fala

-E...Eu neem sei o que falo, me desculpa, meu deus, você tá aqui!, Como você está diferente!- eu tenho 1,74, pele negra, tenho cabelo curto verde escuro, uso um óculos estilo HARRY POTTER, estava vestindo uma jaqueta Jeans surrada, por baixo, uma camisa cavada de basquete e uma calça preta básica, ele esta balançado de mais os braços, estava nervoso, eu não sou muito de expressar, mas a algum tempo esse sorriso no meu rosto não brotava, - EU TAMBÉM NÃO, nossa, eu realmente não esperava por isso, eu estou até meio aéreo,

- Haha, me perdoa de verdade, e..eu tenho uma camisa extra no carro, vem comigo...- E sai me puxando pelo posto, chegamos no seu carro, não entendo nada de carros, mas achei o carro lindo, era um modelo antigo, ele abre a porta meio elétrico ainda mas já estava se acalmando, olha para o banco de trás e pega uma camiseta preta com o desenho de uma vaca e ao lado um H, olhei para a camisa e RI, ele também nos encaramos de novo, e falo cortando o silêncio

- Bem, eu já volto, eu v..vou trocar de roupa ... No banheiro...- vou me afastando olhando para ele, entro o banheiro e começo a me despir, coloco sua camisa que tem um cheiro suave de sabonete de ervas, e perfume de carro, fecho meus olhos sentindo seu cheiro mas logo saio do transe, pego minhas coisas e saio do banheiro, ele estava lá, em sua pacifica postura despreocupada e totalmente lindo, vou andando o encarando e ele rebate o olhar com aquele meio sorriso, a camisa ficou larga mas eu gostei, ele é sarado, sem exagero, mas notável, chego a seu encontro e falo,

-Obrigado pela camisa, ficou boa..., -ele me corta e diz, -Ficou mesmo...- ele para e pensa no que disse, e fica um pouco corado desviando o olhar, -Mas e então Neto, me fala de você, o e anda fazendo? Como vai a vida? – fala recostando-se no carro, faço o mesmo e começamos a conversar animadamente, descubro que está com 21 anos, está cursando letras na UFU, voltou para a cidade a pouco mais de dois anos (explicarei para vocês no decorrer da série), antes de nos “ esbarrarmos” ele disse, estava doido pelo café do posto, sempre toma próximo a essa hora, disse que nunca imaginaria me reencontrar, falo que estou com 20 anos, no momento estava desempregado, falo que tinha acabado de sair da casa de alguns amigos, (não entrei muito no assunto), falei sobre o roubo a pouco tempo... Conversamos um bom tempo até que pergunto que horas são, perdi totalmente a noção do tempo, quando ele fala, 03:37 quase tenho um Treco,

-Meu deus, eu preciso ir embora, falo apressadamente, olhando para o lugar que o taxi não se encontrara mais, ele segura meu ombro e fala calmamente- hey, calma, eu te levo, me passa o endereço?

-Olha, eu não vou recusar, tá meio tarde mesmo, mas quero colocar um pouco de gasolina para compensar, fala já chamado o frentista, - Fechado, só me espera um pouco, vou ao banheiro e já volto, -fala dando uma piscada, nisso pago o frentista a gasolina, e o espero, ele sai do banheiro, vem em direção ao carro e quando está próximo fala,

-Vamos?- ele diz sorrindo, respondo com o mesmo sorriso, - Vamos!

Passo o endereço e fomos conversando sobre o passado no decorrer do caminho quando chegamos ele fala

- Foi um prazer te rever Neto, melhorou minha noite imensamente,- ele fala com um largo sorriso fazendo seus olhos cerrarem, eu fico bobo de novo, - E mais uma vez me desculpe pelo café...!

-Fica tranquilo, acidentes acontecem, foi ótimo mesmo te ver de novo, - falo o encarando, meu batimento estava descompassado, - me passa seu facebook? Para marcamos deu não te devolver essa camisa Haha, -:rimos e dou-lhe um abraço de despedida, ele me passa o facebook, quando vou saindo do carro, sinto seu olhar enxergar minha alma, e digo

-Tchau Rafael,

-Tchau Neto

Saio do carro e vou até o portão de casa, o abro e olho para trás, ainda consigo sentir seus olhos em mim, dou um leve sorriso e entro, escuto ele ir embora e finalmente depois de quase dez anos algo em mim estava no lugar certoGostaria de agradecer pelo incentivo, continuem falando oq acham, desculpe se houver algum erro, bjsss

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Comentários

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Depois de tanta cacetada na vida, bem que o personagem merecia uma pouco de alegria. rs

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