O Menino da Casa Abandonada: Especial Eduardo Cap. 13

Um conto erótico de Menininho dos Contos
Categoria: Homossexual
Contém 1731 palavras
Data: 10/11/2017 04:03:13

O Menino da Casa Abandonada: Especial Eduardo Cap. 13

Desculpa a demora, “custos” está me matando, mesmo tudo estando pronto não consigo quase nem ligar meu not a n ser para fazer trabalho, desculpa, amo vocês, espero que gostem. Ah, já estou trabalhando em outro Ep de Como queria ser. Beijão

Narração, Falso Juliano/Eduardo:

Depois que me trouxeram para esse lugar, minha vida praticamente acabou. Mas por que? Qualquer menino da minha idade ou de qualquer outra adoraria ser filho de um Miller, e experimentar um pouquinho desta riqueza, mas as coisas não são bem assim daqui de dentro. O Sr. e a Sra. Miller são dois egocêntricos e sem humildade alguma. Cada dia nesse lugar é um inferno, sou obrigado a fazer coisas que não gosto, tenho aula de Etiqueta segunda, piano na terça, francês nas quartas e quintas, sexta tenho história da arte com um professor particular, todas essas aulas depois que chego da escola, que começa as oito horas da manhã e acaba as dezoito horas, ou seja, não tenho tempo para brincar, me divertir, apenas estudar e estudar.

Minha família é muito pobre, vivemos em péssimas condições, tem dias que não conseguimos nem comer, aqui eu tenho todas as refeições, e meu quarto é enorme, o mesmo que o Juliano verdadeiro usava, ele tem uma parede inteira de vidro que fica bem em frente a cama, de modo que ela ficava no meio do quarto. No lado esquerdo tinha um sofá e duas poltronas, e em frente uma televisão bem grande, no lado esquerdo, além de uma porta que dava para o closet tem duas estantes cheias de livros, uma escrivaninha grande que tinha espaço para um notebook e também para alguns cadernos. O que eu mais gostava no quarto era da janela de vidro, tinha uma vista linda para o jardim da casa, que por sua vez era enorme, cheio de flores e arvores lindas, algumas floridas e outras em um verde lindo.

No entanto, logo a noite, uma tempestade se aproximava, e o que era uma linda vista, se tornou um pesadelo para mim, os raios clareavam o quarto e os trovoes ecoavam em meus ouvidos, e em um estante o tempo tinha fechado completamente, a luz tinha faltado deixando o quarto totalmente escuro. Eu comecei a gritar e o medo tomou conta de mim, e tudo que havia acontecido comigo no passado, voltou em minha mente e em poucos segundos senti minhas pernas adormecerem, e logo desabei, mas fui agarrado, alguém ouviu meus gritos, contudo não conseguir ver quem era antes de mergulhar na escuridão.

Fui acordando lentamente ainda no chão, nos braços de alguém, mas como ainda não havia luz, não conseguia ver quem era que me abraçava daquele jeito, como quisesse me proteger. Meu coração ainda batia forte e assustado não pela aquela pessoa que me agarrava e sim pela tempestade e todo o medo que sentia, até que ouvi a sua voz, o que me fez reconhecer na hora.

-Calma, eu estou aqui, nada vai acontecer com você. –Falou me abraçando ainda mais forte-.

-Mateus?

-Sim, agora vem.

Ele me levantou em seu colo me levando até a cama e com cuidado me colocou deitado nela, e logo depois deitou junto comigo, colocando minha cabeça em seu peito e afagando os meus cabelos, enquanto involuntariamente o abracei, não conseguindo segurar minhas lagrimas, começando a chorar abraçado em seu corpo,

Ele me levantou em seu colo me levando até a cama e com cuidado me colocou deitado nela, e logo depois deitou junto comigo, colocando minha cabeça em seu peito e afagando os meus cabelos, contudo não conseguia dormir, mesmo ele ali comigo tão carinhoso, ainda sentia medo da tempestade e da lembrança que não saia da minha cabeça, parecia que eu estava revivendo aquilo tudo, não consegui conter as lagrimas.

-O que foi, estou aqui, você não está sozinho, calma.

-Lembranças que encistem em voltar.

-Hum... Não vou perguntar o que é, mas se quiser uma hora contar, estou aqui, por agora apenas tente fechar os olhos e pense em coisas boas.

-Coisas boas?? Minha vida se tornou um inferno aqui, não tenho coisas boas para pensar.

-Logo tudo isso vai acabar, eu tive uma ideia, se você quiser me ajudar, amanhã eu te explicarei tudo. Agora fica quietinho, feche os olhos se imagina em um lindo campo verde, com várias arvores, flores e pássaros –Disse Mateus, acariciando seus cabelos e costas- imagina o vento tocando o seu rosto, sua respiração ficando calma...

Assim sequio ele tentando me acalmar, mas meus olhos não saiam da janela, onde dava para ver o clarão dos raios e a chuva forte caindo, as lagrimas logo voltavam e voltavam com mais força, mesmo com aquele abraço aconchegante, minha cabeça continuava girando. Depois de eu vir para a casa dos Miller para ser o novo Juliano, não pensei que os Miller fossem tão terríveis e que iriam transformar a minha vida nesse inferno. Eu não aguento mais.

-Anjo, por favor, não chora. Olha eu sei que as coisas estão sendo muito difíceis para você, sei que os Miller só enchem ainda mais a sua cabeça de problemas, querem te transformar no filho perfeito para eles, mas fica tranquilo, apenas seja forte por mais um tempo, eu vou te tirar daqui, vou te libertar desse inferno, trazer o verdadeiro Juliano de volto e acabar com a farsa que esse império, e que os Miller são. Então releve e ignorem o que eles te dizem, pensa que é só por um tempo... Eu não devia estar falando disso agora.

Mateus levantou-se indo em direção a grande janela, e puxando uma corda que fazia descer um tipo de cortina que a tapava totalmente, deixando a luz dos raios todos fora do quarto, no entanto, enquanto Mateus ia fechar a cortina, Eduardo/falso Juliano, ficou na cama tremendo de medo, até Mateus voltar com um cobertor grande, o tapando, e logo entrando por baixo do cobertor.

-Nossa você está tremendo, sabe que agora tem a mim aqui contigo, não precisa ter medo de nada, nada vai te acontecer. Essas lembranças que você fala, faz parte do teu passado agora, esqueça, pode não ser fácil, mas enfrenta, empurra para longe seu medo, você e forte, e como disse estou aqui agora para te ajudar. Sempre que quiser desabafar, ou só chorar para aliviar, vou estar aqui.

Eduardo apenas o abraçou forte e desabou no choro novamente, só o que Mateus poderia fazer era o abraçar ainda mais forte, e foi o que ele fez.

Pensamento de Mateus:

-Estranho isso que estou sentindo... nossa como ele e lindo, seu seus olhos seu corpo... O que é isso, no que eu estou pensando!

-Mateus?

-Fala Edu!

-Por que tudo tem que ser assim, tão difícil, cheio de coisas ruins... Essa família que só me destrói por dentro.

-A vida e assim, eu sofri muito, principalmente depois que descobri que meu pai era Antônio Miller, fui registrado por outro empregado que morreu numa queda da escada principal. Eu já tinha raiva de ser muito discriminado pelos próprios Miller por ser filho da empregada e ainda morar aqui, quando eu descobri, só me deu ainda mais vontade de destruir esse império.

-Nossa! Descobrir ser filho de um mostro desses, com certeza deve ter sido muito difícil mesmo.

Um trovão ecoou pelo quarto, fazendo Edu grita de medo abraçando forte Mateus.

-Edu, me conta o que aconteceu contigo para ter esse medo de tempestade, eu prometo que estamos seguros aqui, e nada vai te acontecer. Eu fiquei com tanto medo que tivesse acontecido algo com você naquela hora que desmaio, foi por pouco, se caísse podia se machucar. Vai me conta por favor, quem sabe eu possa te ajudar.

-Não! Só fica aqui comigo, estou com medo. Diz Eduardo.

Para ajudar Eduardo, Mateus o traz para debaixo das cobertas livre de todos os resquícios de clarões que ainda havia no quarto, logo, o puxou para perto de seu corpo, bem colado, e ficou cantando em seu ouvido, músicas que sua mãe contava para ele quando era criança na hora de dormir.

-Se essa rua; Sé essa rua fosse minha; Eu mandava; Eu mandava ladrilhar; Com pedrinhas; Com pedrinhas de brilhante; Para o meu; Para o meu amor passar...

Pensamento de Mateus:

“Por que esse rosto esse corpo, esse seu jeito, me encanta tanto?”

Com o abraço do Mateus, e sua voz baixinha cantando em seu ouvido, logo fez com que Eduardo dormisse, ali confortável e protegido. Logo Mateus também dormiu, sentindo o corpo de Eduardo aquecer junto ao seu naquela noite fria.

Logo pela manhã, a tempestade já havia passado e o sol já estava surgindo com toda a sua força. Mateus foi quem acordou primeiro, ainda preocupado com Eduardo, pois tinha dormido sem perceber, mas ao retomar a consciência depois de um sono pesado, Mateus percebe que ele ainda dormia, sereno em seus braços, que ainda o apertavam contra o seu corpo, tentando dar conforto e segurança, para aquele menino que naquele momento parecia tão frágil.

Pensamento de Mateus:

“Como pode eu estar tão contente em acordar do lado desse menino, como eu posso estar com o meu coração tão acelerado em vé-lo dormindo tão sereno”.

-Bom dia Edu. –Mateus acorda Eduardo, acariciando seu rosto-.

-Hun... Bom dia, Mateus?

-Não lembra do que aconteceu noite passada?

-Claro que lembro, mas calma estou a recém acordando. –Eduardo fala, o olhando nos olhos, e acariciando seu peito-.

-Ah sim, desculpa Edu. Precisa de algo? Está melhor? É que preciso sair, para resolver uns problemas sobre aquele assunto.

-Obrigado por se preocupar, obrigado por ter ficado essa noite comigo, nem sei o que aconteceria se você não tivesse aparecido e praticamente me salvado, e protegido durante toda a noite.

-Estranho. E que meu coração apertou quando te vi desmaiado nos meus braços, eu nunca senti nada assim. Eu precisava de proteger. –O rosto de Mateus foi se aproximando do rosto de Eduardo, lentamente. Uma de suas mãos ainda acariciavam o rosto de Eduardo, até que seus lábios tocam os dele, dando um selinho, que logo virou um beijo de início tímido, mas que foi se tornando um beijo apaixonado.

Geomateus: Sim, muitos, desculpa a demora, faculdade me matando, ou melhor “Custos” me matando.

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