SAGA - UM GAROTO COM ALMA DE LORD _ #3

Um conto erótico de SORS ET SALUT
Categoria: Homossexual
Contém 887 palavras
Data: 28/10/2017 20:42:48
Assuntos: Gay, Homossexual

— Prazer em conhece-lo! Sou Caio! Disse enquanto subia os olhos que acompanharam o zíper sendo fechado e voltando ao sorriso lhe ofertado.

—Que é isso, ele é meu. Mas, haja vista meu nome já ser conhecido por vc, acho correto supor que queres algo comigo estou certo?

—De certo modo, vc não é o monitor desse colégio?

—AH, entendi. Mas, se é sobre a monitoria, vc deve tratar lá na coordenação, ai eles te inscrevem e te explicam tudo, mas se quiser tirar alguma dúvida urgente, talvez eu possa saber.

—Quero me inscrever, mas apenas em filosofia, matéria que sou muito deficiente. Vou à coordenação e assim já garanto estar lá logo.

—Faça isso, e nos veremos lá. Agora tenho que voltar, mas qualquer coisa estou aí.

Caio, via Dinho saindo do banheiro com certa admiração, enquanto terminava o que fora fazer lá. Agora, na sala Dinho viu ao canto da sala seu amigo esmorecido e com ar triste, porém, a fim de respeitá-lo em seu espaço foi diretamente ao professor pedir a ementa das próximas aulas, para preparar-se para monitoria, e ao fazê-lo foi direto em direção à porta enquanto mirava Tom de longe, que sequer havia o percebido na sala pois vagava longe em seus pensamentos tristonhos, agora encaminhando-se para a sua sala que estava em festa, pela ausência do professor. Dinho, notando a ausência, retirou-se e foi para a biblioteca a fim de adiantar seus estudos e por tabela suas aulas.

Doutra banda, Tom, completamente desfocado da aula, seus olhos tinham perdido o encanto para a tristeza, de relance percebeu que ainda era o tema dos algozes “amigos” que zombavam dele descaradamente jogando-o para um poço de emoções deprimentes e sufocantes, ainda mais com o descaso do professor em relação àquela situação deplorável. Lutava contra si mesmo para não aparentar abatimento com aquilo, sendo superior a tudo isso. Mas, o golpe que recebera foi tão intenso que suas mãos esfriaram, seus olhos inundaram-se sem derramar uma sequer lagrima, a palidez denunciou sua aflição, seu coração parou ao ver que a voz que o acoitava era daquela sua não-paixão que mesmo sem conhece-lo unira-se contra ele sem se quer imaginar como aquilo era torturante para ele.

Ali a sala ficou sem ar, ali o mundo perdeu suas cores, ali findou-se a fé.

Prestes a ruir, desesperadamente saiu da sala e num ato de pânico trancou-se numa cabine do banheiro, onde permanecera durante todo o restante da aula, até que sua respiração começasse a retomar ao normal, suas pernas parassem de bambear e sua mente parasse de o martirizar, e aí num sopro de certa lucidez ele decidiu ligar para o seu grande mentor, que a essa hora trabalhava arduamente num pais africano com crises enormes, que não pode atende-lo. Sua mente paralisada, sem apoio algum, focou na imagem que presenciou, aqueles risos que voltavam para ele para o seu jeito de “nobrezinho”, pensava que seu jeito fosse de fato ridículo e tivesse de mudar para viver bem, que talvez ser descolado e novo, e não antigo, que afinal eles queriam que ele mudasse e por isso faziam daquilo sua diversão, até que se via como fantasioso e pensava em como podia ser a nós que Deus ama incondicionalmente, e no quanto queria acordar com aquilo tendo sido um sonho terrível; e por mais 20 min seu espirito ferido com sua inteligência servindo-lhe de carrasco permaneceu sentado até quando voltou a si ouvindo seu telefone tocar com um telefonema de seu estimado avô:

—Oi Tom, estava num voo e sequer percebi sua ligação, tudo bem? -perguntou mesmo sabendo que não era do feitio de seu neto ligar, principalmente quando ele trabalhava.

—Oi, vovô! Não é nada, só senti sua falta. Queria voltar a vê-lo.

O senhor Amadeus, de imediato percebera a voz entristecida de seu neto e que seu receio em se abrir, entristecera-se também, pois havia criado desde bebe aquele jovem e se orgulhava de ser não somente seu mentor, mas, a priori, seu confidente. E aquele receio de revelar sua aflição podia significar um abalo na ligação dos dois, algo que assim que deixou de poder leva-lo consigo em suas viagens temia acontecer cedo ou tarde.

—Oh meu querido, não importa a distância que há entre nós, estaremos sem...

— ...pre juntos! -completou Tom.

Então, mesmo não sabendo do que se tratava, tratou de acalmar seu neto e despediu-se da forma de sempre.

Nessa hora, lembrou Tom de que daqui a pouco teria de ir à casa de Dinho ajudar-lhe, e saiu agora calmo do banheiro dando de cara com Caio que o esperava em frente a porta.

—Oi – Falou Caio confiante.

—oi – respondeu tom, sem graça em sua fala.

— Você é o representante da turma, não é?

—Sou sim!

—Que bom, é que me disseram que você poderia me encaixar nas revisões da monitoria, e eu queria entrar.

—Claro, farei isso, só preciso do seu nome completo.

—Tá sério agora, kkkk, é Caio Damasceno Lopes.

—Tá, amanhã te entrego o horário das aulas. Tchau.

Caio notou a antipatia e apesar de confuso, por não ter sido isso que Tom lhe mostrara estava preste a responder, quando a cena que vira na porta o deixou quase sem fala...

—Vamos Tom – Disse Dinho que encarava Tom nos olhos.

—Vamos. Respondeu ele seriamente querendo sair logo dali.

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Comentários

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OI!

Estou meio avulso a experiencia de vocês para com essa serie, que sera um pouco longa. Estou confuso para ser mais preciso, isso pois nos dois capítulos tive uma quantidade enorme de visualizações, todavia, nenhum comentário, ou notas. E o efeito que ser bem elogiado ou duramente criticado sobre o ego é essencial para qualquer um que se proponha a escrever.

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