Dança comigo?

Um conto erótico de Cecília Thoreau
Categoria: Heterossexual
Contém 1401 palavras
Data: 25/10/2017 00:57:31

Eu já sabia que ele estava me olhando quando o vi caminhando em minha direção.

- Como você se chama?

Ele tentou gritar mais do que a música.

- Cecília... e você?

- Pedro. Tudo bem com você? Nunca te vi por aqui.

Nossa, Pedro... Podia se esforçar mais. Cantada velha e sem graça.

- Pois é, não gosto muito de forró. Vim só para acompanhar minha prima.

- Ah, que sorte a minha. Você quer dançar?

- Não, obrigada.

- Hum... então bebe uma cerveja comigo lá fora? Pelo menos pra gente conversar melhor.

Opa... alguém falou em cerveja?

- Pode ser.

Ele era bonito, meu tipo de homem: cara de safado, barba, um pouco mais alto que eu, mãos fortes, sorriso largo e decidido.

- Eu também não venho muito aqui, mas gosto de dançar forró. Sua prima está acompanhada?

- Acho que sim... Ela estava dançando lá em cima, mas eu a perdi de vista.

- Então eu cheguei na hora certa pra te fazer companhia.

- É...

Que tédio.

- Você mora por aqui, Cecília?

- Não, moro na Barra.

- Ah, eu moro no Flamengo.

Quase me arrependi de ter aceitado a cerveja.

- Quantos anos você tem, Cecília?

Nada me atrai nesse papo careta. Pergunte se eu já vi um unicórnio saltitando, se eu como o feijão por cima do arroz, quantas voltas eu daria na lua... mas não pergunte minha idade.

- Isso realmente importa?

- Como?

- Faz diferença pra você a minha idade?

- Se você tiver menos de 18 anos, sim.

- Não tenho, já passei há muito tempo.

Meu copo já estava vazio e meu saco estava cheio.

- Entendi... Você é sempre reativa assim?

- Sabe o que é, Pedro? Não tenho paciência pra esse papo de noitada. Gosto de quem faz diferente, de intensidade... entende?

- Sei. Você tem um pássaro azul no peito e ele quer sair.

Hum... Cara de safado, barba, mãos fortes, sorriso largo, decidido e culto. Agora, sim!

- Ele está bem aqui dentro. Vou pegar mais uma cerveja...

Tenho uma queda por homens inteligentes, confesso.

- Então, Pedro leitor de Bukowski... Qual é a graça do forró?

Ele passou a mão ao redor da minha cintura e me puxou para perto dele.

- É essa... sentir a respiração da outra pessoa, colar o corpo, falar coisas ao pé do ouvido, se deixar levar pela música... você deveria experimentar.

Já senti minha calcinha umedecer.

- Vamos fazer assim: a gente acaba essa cerveja e dança uma música. Se eu não gostar, você paga a conta e a gente se despede.

- E se você gostar?

- A paciência é uma virtude de poucos, Pedro. Você confia na sua habilidade?

Olhei no fundo daqueles olhos verdes e vi muito desejo. Tesão puro... Estava começando a ficar bom.

- Confio, muito.

Terminamos de beber a cerveja lentamente, trocando olhares e algumas provocações. Depois do meu último gole, ele tirou o copo da minha mão, colocou sobre a mesa e me deu a mão.

- Vamos que eu tenho uma aposta pra ganhar.

Subimos as escadas e entramos no salão apertado. Ele, gentilmente, me colocou na frente e me guiou com as duas mãos na minha cintura. Nossos corpos já estavam colados e suados.

Achamos um lugar um pouco mais vazio e nos olhamos sorrindo. Nos aproximamos ao som de Morena Tropicana, bem conveniente. Ele pousou uma mão um pouco acima do meu bumbum e a outra entrelaçou na minha e puxou para perto do seu peito.

- Morena tropicana, eu quero teu sabor...

Ele cantava enquanto beijava meu pescoço.

- Linda morena... vem me desfrutar...

Pedro sabia dançar muito bem e eu estava completamente envolvida. E molhada também. Queria provar o beijo daquele que me deixava sentir toda sua excitação.

Escorreguei minha mão esquerda pelos ombros dele, sem pressa. Subi lentamente para a nuca e segurei o cabelo dele entre meus dedos. Apertei de leve, puxei a cabeça um pouco para trás e colei meus lábios no dele.

Juntamos nossas línguas num ritmo nosso e não desgrudamos até o fim da música.

- Isso quer dizer que você gostou?

- Não sei bem, Pedro... Talvez tenhamos que dançar mais uma.

Beijo roubado começou logo em seguida. Um ritmo lento e ótimo para colar um corpo no outro e mexer bem gostoso. Ele beijava minha boca, mordia minha orelha e passava a língua de leve no meu pescoço. Eu apertava o braço dele, numa tentativa inútil de controlar todo meu tesão.

- Vamos sair daqui?

Pedi no meio da música.

- Achei que você não fosse pedir.

Descemos as escadas e andamos rápido até a rua ao lado. Encostei-me ao muro de uma creche e apoiei um pé na parede. Pedro estava afastado me olhando.

- Você é linda... e gostosa.

Segurei sua mão, o puxei para perto de mim, levantei minha saia e coloquei seus dedos dentro da minha calcinha.

- Olha como você me deixou molhada... Ganhou a aposta... Mas acho que ninguém vai perder nada hoje.

Tirei sua mão de dentro de mim e pedi:

- Lambe...

Ele deu um sorriso de satisfação e lambeu dedo por dedo.

- Você é deliciosa, Cecília. Quero você na ponta da minha língua, lamber seu corpo todo e enfiar meu pau bem devagarinho em você. Quero sentir sua buceta molhada e apertada...

- Meu carro está ali, vem comigo.

Transar no meu carro era a única opção naquele momento, estávamos numa emergência sexual.

Pedi que ele entrasse no banco de trás e entrei logo em seguida. Sentei no colo, de frente pra ele, joelhos no banco, pernas dobradas. Ele deslizava as mãos pelas minhas costas e puxava meu cabelo. Levantou minha blusa e me olhou, como se estivesse esperando eu pedir.

- Não se contenha, Pedro.

Ele segurou meu seio direito e mordeu com força meu mamilo. Dei um grito de dor e prazer, enquanto puxava seu cabelo para trás.

- Doeu?

- Uhum...

- Desculpe.

- Eu não pedi para parar.

- Ah, Cecília...

Beijou meu peito como se fosse minha boca, lambeu meu mamilo devagar e mordeu novamente. Sentia minha buceta ficando mais molhada, latejando de tesão, pedindo que ele me invadisse.

Peguei uma camisinha na bolsa e entreguei para ele. Sentei ao seu lado e tirei minha calcinha, enquanto ele tentava abrir a bermuda.

- Eu te ajudo...

Pedro colocou as mãos atrás da cabeça e se preparou para me ver. Terminei de abrir sua bermuda, ele levantou um pouco e eu a puxei para baixo. Segurei seu pau com a mão e levei minha cabeça lentamente até lá. Dei uma lambida nele todo antes de enfiar tudo na boca.

Ele gemeu.... "nossa, que boca maravilhosa.... e quente".

Fiz um sobe e desce lento com a cabeça, alternando com lambidas na cabeça do seu pau. Minha mão ajudava no movimento, dando mais prazer e o deixando mais louco. Ele enrolou a mão no meu cabelo e me ajudou no ritmo, aumentando o sobe e desce de acordo com seu desejo. Enfiava tudo que conseguia na boca, com fome daquele homem. Ele pegou minha calcinha no banco e levou até seu nariz.

- Que mulher cheirosa, que buceta gostosa.

E lambeu todo meu melado que estava ali, com vontade e fome de mim.

- Quero sentir você dentro de mim...

Tirei minha boca e o ajudei a vestir seu pau, que estava tão duro e gostoso que eu não conseguia mais esperar.

Sentei devagar de frente para ele, colocando e tirando só a cabecinha e o beijando vorazmente. Pedro passou os braços por baixo dos meus e me puxou para baixo com força, metendo tudo até o fundo. Enquanto eu estava apoiada nos joelhos, fazendo minha buceta engolir tudo, Pedro apertava minha bunda e passava seu dedo no meu cuzinho. Fiquei com mais tesão e o segurei com força, num abraço íntimo e forte.

- Vou gozar... continua metendo forte, tá muito gostoso... tá sentindo meu grelinho duro?

- Assim eu vou gozar também... Você é muito safada!

Ele puxou meu cabelo e gozou, gemendo alto. Aproveitei e esfreguei minha buceta com mais força, gozando logo em seguida.

Nos beijamos, satisfeitos, cansados e felizes. Tentamos nos arrumar e ainda conversamos um pouco no carro sobre as eleições do próximo ano.

- Ainda dá tempo de dançar mais um pouco... você quer?

- Hum, pode ser depois de uma cerveja?

- Claro, Cecília.

- Eu pago... perdi a aposta.

Saímos do carro ajeitando a roupa e respirando ar frescoOi?

- Eu tenho 34 anos, se você ainda estiver interessado.

- Não faz muita diferença.... Mas eu quero saber mais sobre o pássaro azul.

E seguimos em direção ao forró, de mãos dadas e descabelados.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 5 estrelas.
Incentive Cecilia a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Sensacional. Ainda venho a este site na procura de textos com está qualidade

0 0
Foto de perfil de Leon

EAÊ Cecília? Onde anda a morena tropicana do pássaro azul no peito? Neste inverno as revoadas em diração ao verão aumantaram. Sinto falta do seu vôo. Abraço. leomed60@zipmail.com.br

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil de Leon

Cecília. Fazia tempo que você não aparecia, ou pelo menos, faz tempo que não publica. Você visitou e deu nota em um relato meu, e me instigou a ver se estava novamente com conto novo. São raros os que fazem literatura aqui, e você é uma das poucas. Seus contos são muito bons, bem estruturados e constroem a personagem aos poucos nos detalhes que vai contando. Isso é para bons escritores. Fico muito contente que tenha gostado de um conto meu. Reparei que depois de um período em 2013, você só publicou em 2016. E 2017 os últimos. Senti falta. Se quiser trocar ideias por e-mail sobre literatura e erotismo será um prazer. Você sabe como se comunicar comigo. Um abraço. E obrigado pela visita.

0 0
Foto de perfil genérica

Passando para retribuir sua visitinha e te parabenizar pelo belo relato

0 0
Foto de perfil genérica

Que delícia de conto, queria conversar e sentir essa safadeza sua,te espero marcosvol14@gmail.com

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil de yuzo

Claro que danço! Quem não dançaria contigo, Cecilia? Mesmo sendo ruim de quadril como eu. Rs. Mais uma vez conseguiu deixar meu ¨secretario¨em ponto bala, babando por você. Agora no sério, gostei bastante deste teu conto, especialmente pelos diálogos bem construídos que criaram o clima envolvente. Beijão do fã!

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Oi, Cecília. Se puder, leia o conto " Memorial de dona Maroca ". Vc vai gostar da personagem. Um abraço. Agradeço a leitura do meu conto

0 0
Foto de perfil genérica

Os diálogos e o ritmo do forró construíram um belo conto. Uma foda casual que rendeu em poucos minutos

0 0