A PIZZARIA 26

Um conto erótico de Carlão
Categoria: Heterossexual
Contém 3236 palavras
Data: 17/09/2017 16:15:10
Última revisão: 19/09/2017 13:37:36

A PIZZARIA 26

ATENÇÃO: ESSA É A PARTE 26. ANTES DE CONTINUAR, LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO. OBRIGADO.

Acordei por volta das 08:40hrs e deixei Denise dormindo. Ouvi barulho na cozinha, e imaginei que a Rose já estivesse se levantado. Chegando lá a encontrei abrindo algumas portas dos armários. Quando ela me viu, foi falando.

—Que bom você ter acordado Edu.

—Estou procurando o pó, para fazer um café.

—Não se preocupe, Rose, a Denise já está levantando e cuida disso.

—Ah imagina!

—Ou você não quer provar o meu café? Perguntou sorrindo.

—Quero sim, claro.

—Quero provar até mais! Pensei.

Rose estava linda naquela manhã. Vestia um shortinho bege claro do mesmo tamanho ao que usara quando almoçamos no sítio, e com o mesmo destaque para os pelinhos loiros das suas coxas. Apenas os detalhes e o modelo do tecido eram diferentes. Usava camiseta de malha listrada, em tons bege e preto, e calçava sandálias abertas deixando seus lindos pezinhos à mostra.

Vendo-a sozinha ali comigo, foi inevitável não pensar tudo o que fizera há tão pouco tempo e fui acometido pela inveja dos bons momentos que o Leleco usufruiu com essa gostosa.

Daí ela me perguntou:

—Que horas os seus filhos vão chegar Edu?

—Geralmente eles chegam no ônibus das 10:00hrs.

—Mas às vezes atrasam. Completei.

—Então está faltando pouco tempo né Edu?

—Sim, está.

—E daí que horas vamos todos ao sítio para almoçarmos? Perguntou-me.

—Por mim eu nem iria Rose.

—Uai! Exclamou, e depois perguntou-me:

-- Porque você não iria?

—Porque nós gostaríamos que você ficasse aqui para sempre. Respondi.

Ela ficou corada. Depois, encheu a chaleira com água, e voltando ao assunto anterior reperguntou-me:

—Mas afinal, onde está o pó Edu?

—ESTÁ NA PRIMEIRA GAVETA DO ARMÁRIO!

Era Denise que tinha acabado de acordar. Ao ouvir nossa conversa fora até a cozinha, e respondeu diretamente à Rose.

Daí minha mulher foi lhe dizendo:

—Pode deixar que eu faço o café querida.

—O imprestável do Edu nem para te ajudar né amiga?

—Imagina amiga. Seu marido tinha acabado de chegar, e estávamos conversando sobre o almoço mais tarde.

—Ok Rose. Deixe os meninos chegarem que tratamos disso.

Depois Denise lhe perguntou:

—E você está bem querida?

-- Como passou a noite?

Não se sentindo à vontade para conversar com Denise na minha presença, Rose nada lhe respondeu. Mas, quando notei que ela me dera uma olhada de soslaio, talvez querendo dizer alguma coisa à minha mulher, decidi sair, e disse às duas:

—Vou comprar pães e queijo, enquanto vocês fazem o café.

Quando retornei com os alimentos para o nosso desjejum, ao entrar em casa, Denise veio me dizendo:

—A Rose precisa de um favorzinho seu querido.

—O que seria? Perguntei.

Antes que Denise respondesse, interrompendo-a, Rose me disse:

—Mas não precisa ser agora, Edu. Pode ser depois do seu café.

—Sim Rose, mas o que você precisa?

—Gostaria que você me levasse na “Pernambucanas” para eu trocar uma saia defeituosa que comprei ontem.

Justificando-se que não poderia nos acompanhar, Denise falou:

—Eu não posso ir junto com vocês Edu, porque tenho que arrumar as nossas, e as “coisas” dos meninos, para irmos ao sítio.

—E também não daria pra passarmos lá quando saíssemos, porque hoje é sábado e elas – Casas Pernambucanas - fecham ao meio dia.

Continuando a conversa, lhe respondi:

—Vou sim querida.

—A hora que a Rose quiser ir, basta me chamar.

Rose me agradeceu dizendo:

—Obrigada, Edu.

—Após o café, troco de roupa, e vamos.

Terminado o café, Rose entrou no quarto em que dormira, e voltou carregando uma sacola. Estava com a mesma blusa e sandálias, mas trocara o shortinho bege por uma saia curta, de cor creme.

Tirei nosso carro da garagem, ela entrou, e fomos.

No caminho, para descontrairmos, olhando para a saia que usava, eu lhe disse:

—Mas a saia parece estar legal e bonita, Rose.

—Porque você quer trocar?

Depois, coloquei a mão no tecido, e a roçando de leve na coxa, lhe digo:

—O tecido é bom e macio!

Um tanto surpresa com a minha ousadia, ela olha para mim, e responde-me com um sorriso tímido:

—A saia que eu vou trocar está na minha bolsa.

—Não é a que estou usando agora. Falou.

—Ah bom! Entendi.

Voltei a colocar novamente a mão na saia, e repeti:

—Logo vi. Pois ela está linda e perfeita!

—Igual a dona! Pensei.

Aproveitei o toque, e alisei lhe levemente a coxa. Mas ela pegou me a mão e a tirou de lá. Nessa hora, segurei-lhe a mão.

Então ela me disse:

—Cuidado, Edu.

—Dirigir com uma mão só pode ser perigoso.

-- Me solte!

Então a soltei. Mas, enquanto dirigia, dava umas olhadas para as suas pernas, sempre que o trânsito permitia. Fomos assim até que chegamos nas Casas Pernambucanas.

Enquanto se ajeitava para descer do carro, ela me falou:

—Por favor, Edu. Você pode me esperar no carro?

—Eu faço a troca rapidinha e já volto.

—Ah que pena! Comentei.

—Pena, por quê? Perguntou-me.

Daí eu lhe respondi em tom de brincadeira:

—Pensei que eu fosse ver você trocar de saia lá dentro!

Ela riu e me disse ao sair:

—Assanhado!

Quando a vi saindo, meu pau estava duro de tesão, porque ela demonstrava solicitude com as minhas investidas. Após retornar da loja, com a troca já feita, sem que eu lhe dissesse nada, ela própria me falou:

—Agora você não precisa colocar a mão de novo, porque estou com a mesma saia.

—Tomara que essa nova saia seja bonita e gostos...opss...macia igual a que você usa.

Ela riu e me disse:

—Depois eu te mostro a saia que troquei.

—Mas, se ela está dentro da sacola, é só você abrir o pacote, que eu a vejo agora. Falei.

—Tá bom curioso! Respondeu.

Em seguida tirou da sacola um embrulho cujo papel trazia o logotipo da loja, o desfez, e me mostrou uma saia azulada em tonalidade jeans, e com um cinto da mesma cor, de fivela prateada.

E falou:

—O defeito era no cinto!

—Ah tá! Pensei que o defeito fosse da saia. Comentei.

Daí ela estendeu a nova saia azul sobre o colo, por cima da bege que usava e me falou:

—Olha como ela está perfeita, Edu.

Sem dizer mais nada, nessa hora, levantei lhe as duas saias, coloquei a mão direita sobre as suas coxas, e as alisei devagar. Ela segurou-me a mão sobre as pernas e disse:

—Ai Edu! Não faz isso, por favor.

Eu lhe falei:

—Chega pra cá um pouquinho, Rose.

—Vem.

—Não, Edu!

Daí eu lhe convidei:

—Vamos até a estrada do matadouro, Rose.

—Não Edu. Alguém pode nos ver!

—Mas o carro tem vidros escuros. Falei.

Em seguida, liguei o carro, e saímos. No caminho, sem que ela aprovasse, ou não, passei direto a entrada da rua que daria acesso à nossa casa, e rumei até o trevo de entrada da cidade, que era próximo. Depois, virei à direita, e já saímos na rua do matadouro.

Era uma rua calma, porque o abatedouro de bovinos já estava desativado há algum tempo. A seguir, encostei o carro na sombra de árvores próximas, mas afastadas da via e do acostamento.

Quando desliguei o motor, ela me fitou nos olhos, e com olhar misterioso me perguntou:

-- O que você está querendo, Edu

Eu lhe respondi:

-- Você já sabe do nosso esquema, Rose, entao...

Ela falou.

-- Sim, eu sei. Sua mulher me contou, Edu.

-- O que ela te contou, Rose?

Ela foi me revelando:

-- Contou tudo o que vocês fizeram ontem.

-- E mais coisas também!

-- Que coisas, Rose?

-- Eu sei tudo o que vocês já fizeram, e fazem, Edu!

Intrigado, eu lhe perguntei:

-- Mas porquê a Denise lhe revelou todas as nossas intimidades, assim sem mais, nem menos?

-- Porque ela é minha amiga e confiamos uma na outra.

-- E ela também sabe dos meus desejos de mulher; das minhas privações, e me ajudou a enxergar a vida de outra forma.

-- Então foi ela que aproximou você do Lelis?

-- Não, Edu. Foi o contrário.

-- Como assim? Perguntei.

-- Ora, o Lelis se interessou por mim e me mandou recado pela Denise.

-- Nossa! Mas você não se surpreendeu com um convite desses, digamos, à queima roupa?

-- Não me surpreendi, porque eu sempre conversava esses assuntos com a Denise, e fui assimilando a ideia aos poucos.

-- E decidi comigo mesma, que quando chegasse a hora certa, e com a pessoa certa, poderia acontecer.

-- Hum... então o felizardo foi o Lelis né?

-- Pois é. Foi!

Respondeu e riu.

Então, lhe perguntei:

-- E o seu marido, Rose?

-- O que tem o Antônio, Edu?

-- Você não tem vontade que ele também faça parte do esquema ?

-- O Toninho já tem o “esquema” dele, Edu.

-- Não entendi Rose. Falei e depois perguntei:

-- Voce tá dizendo que o seu marido também tem outra?

-- Pois é. É a vida, Edu!

Depois ainda comentou:

--“Nós” temos que aceitar isso né, Edu?

-- Mas, quem é a outra mulher, Rose?

-- Ah! Isso eu não vou revelar.

-- Não quero! Falou.

Fiquei super intrigado com o rumo que a nossa conversa havia tomado. Ainda mais que a Rose não quis prosseguir, e nem revelar o nome da pessoa. Só faltava a biscate da Denise estar dando para o marido dela, e eu, feito um idiota, passei todo esse tempo sem saber de nada. E se isso tiver realmente acontecido, ou se continua acontecendo, não é recente. E nem o Magno foi o primeiro homem, depois da libertacao da Denise.

Mentalmente, fui fazendo as contas, e talvez o meu filho já estivesse namorando a filha deles há quase dois anos, ou mais. E assim que começaram a relação, o filho da puta do Jose Antônio e a piranha da Rose, que de santa não tem nada, já frequentavam a nossa casa.

Fiquei aturdido por um momento, mas depois refleti melhor e achei que poderia ser uma boa oportunidade para divorciar-me da Denise, e quem sabe, casar-me com a Alessandra, pois eu sempre notei que o Magno não lhe nutre nenhum amor.

E nos meus futuros planos com a Alessandra, se preciso fosse, eu não descartava a ideia de mudar-me para São Paulo, para vivermos só nos dois, um para o outro, e esquecermos que, num maldito dia, tivemos a infelicidade de entrarmos numa pizzaria.

Agora mais calmo, e até feliz com a solução encontrada para os chifres que a Denise poderia ter me colocado, olhando para as coxas da loirinha ao meu lado, achei que seria melhor pensar na futura mudança para São Paulo, em outra ocasião.

Retomei a conversa interrompida com a gostosa, e puxando-a ao meu encontro lhe disse:

-- Já que estávamos falando do “esquema”, vem cá amorzinho!

Então, a abracei forte, e sem sua resistência, nos beijamos pela primeira vez.

Senti em sua boca o gosto do café que há pouco havíamos tomado. Enquanto a beijava subi lhe a saia e vi a calcinha branca. Voltei a acariciar lhe as coxas, enquanto ela me abraçava.

Porém, quando tentei enfiar a mão dentro da calcinha, ela segurou-me firme pelo pulso e disse:

—Aqui não, Edu!

—Agora chega!

—Vamos embora!

—Que pena! Exclamei.

—Quero você Rose. Falei.

Enquanto eu falava, ela nada dizia. Daí a convidei:

—Vamos sair amanhã Rose.

—Amanhã eu não posso, Edu.

—Porque você não pode?

—Amanhã é domingo, e o meu marido vai chegar.

—Que dia então? Perguntei-lhe.

—Depois a gente combina.

E arrematou:

—Mas se você não me levar de volta agora pra sua casa, pode esquecer nosso encontro.

-- Já fui longe demais hoje!

—Claro amorzinho. Vamos embora na boa sim.

E quando eu fui pegar sua mão novamente, ela falou:

—E sem assanhamento!

—Agora vamos, Edu.

Eu a obedeci, e voltamos sem novas investidas da minha parte. Afinal, eu poderia me dar por satisfeito, pois ganhei uns beijinhos da loirinha, e ainda lhe fiz carícias discretas nas pernas.

Depois, fazendo um balanço de todos os acontecimentos, ressurgiu meu rancor para com a Denise.

Quando chegamos em casa, nossos filhos já estavam lá, e Denise veios nos dizendo:

-- Nossa, como vocês demoraram!

-- O que aconteceu?

Rose lhe respondeu:

-- Tinha uma fila imensa na loja amiga, e a moça custou para achar um cinto igual.

-- Realmente, sábado não é um bom dia para ir nessas lojas. Concordou Denise.

E depois nos falou:

-- Se vocês quiserem ir, podemos.

-- Ok só vou pegar minhas coisas e vamos, querida. Respondeu Rose.

Daí entramos todos no carro, e fomos. Como de costume, passei na mesma padaria para comprar os pães frescos para levá-los ao sítio.

Almoçamos juntos com eles, em mesa posta na varanda. Após o almoço, alegando cansaço, Rose nos pediu licença dizendo que iria descansar, ou tirar uma “sesta”.

Quando a vi saindo, pensei comigo:

-- Ela está cansada porque meteu a noite toda, e dormiu pouco.

Ansiosos para rever os amigos, os meninos insistiam para que voltássemos à cidade. Como já tínhamos almoçado, e sem termos o que fazer por lá, durante o período da tarde, decidimos regressar. Agradecemos a acolhida, e nos despedimos de todos.

Denise ainda argumentou comigo, em tom de brincadeira, o fato de eu sequer ter tocado no assunto acerca do cavalo que possivelmente ela iria montar. Rancoroso, não lhe dei atenção, e permaneci em silêncio durante todo o trajeto da nossa volta.

Chegamos em casa, e descemos do automóvel. Ciente da pressa dos meninos em encontrar os amigos, esperei-os sair.

Depois eu disse à Denise:

-- Preciso conversar sério com você.

Ela foi falando:

-- Nossa, Edu! Você está o tempo todo calado, e de mau humor!

-- Que bicho te mordeu?

Então eu lhe respondi:

-- Morder mesmo, nenhum – bicho - me mordeu. Mas alguém me fez parecer um bicho com galhos. Falei.

Sem entender nada, ela me olhou fazendo sinal de interrogação:

--- ?

-- Uma vadia sem vergonha me colocou um par de chifres! Completei.

Espantada, mas ao mesmo tempo sorrindo, ela me falou:

-- KKK. Bem que eu já sabia que uma hora isso iria acontecer.

-- Mas ela não é só sua mulher, Edu.

-- Ela é mulher do mundo! Completou.

-- Mulher do mundo é a puta que te pariu! Falei.

-- Vou arrumar minhas coisas e sumir daqui filha da puta!

Brava, Denise rebateu, dizendo:

-- Ela não é santinha? Agora quero ver se você é homem, e se tem coragem de ir lá na porta da casa da Dona Cida fazer escândalo, seu vagabundo de uma figa!

E, histérica, completou gritando:

-- CHIFRUDO!

Eu rebati e fui lhe dizendo:

-- Eu não tenho que ir na casa da Dona Cida falar com ninguém não viu!

-- O que você fez com o Caio, e até mesmo se você deu ou não para o chato do Lelis, não tem nada a ver.

-- O caso é muito mais sério, e você sabe disso. Falei.

Ainda mais brava, ela veio com um xingatório:

-- Mas se é sério, você mesmo que resolva com ela cachorro.

-- Você arruma mulher do mundo e não quer levar chifres?

Eu lhe rebati:

-- Mas eu não me casei com mulher do mundo piranha!

-- Claro que você não se casou com mulher do mundo, porque eu sou direita! Exclamou.

E continuou:

-- Você se envolve com uma mulher de São Paulo, que mal conhece, leva chifres, e quer me culpar por isso cachorro imundo?

-- O QUÊ? Perguntei-lhe.

-- Você está falando da Alessandra?

-- Claro que sim. Da Giovana é que não há de ser né?

-- O seu amorzinho não é a Alessandra?

-- Mas ela nunca me colocou chifres. Respondi-lhe.

Daí Denise fazendo ar de espanto, me pergunta:

-- Uai! Se ela não te colocou chifres, então porque você está bravo?

E completa:

-- Juro que agora não estou entendendo mais nada. Falou.

-- Se a Alessandra não colocou chifres em você, quem colocou então?

Eu respondo:

-- Cínica! Já estou sabendo de tudo. Falei.

-- Sabendo o que Edu?

-- Sua casa caiu vagabunda. Falei, e continuei:

-- Já sei que você deu muito para o marido da Rose, antes de irmos na pizzaria!

Estupefata, ela pergunta:

-- O QUE???

-- Quem te falou uma mentira dessa seu cretino?

-- A Rose já me falou que o vagabundo do marido dela tem outra mulher há algum tempo, e indiretamente me falou que essa mulher seria você, Denise.

-- Você bebeu homem?

-- Tem certeza que ela falou diretamente o meu nome?

-- Já disse que ela diretamente não falou que se trata de você, e talvez por pena de mim, ela só deixou seu nome “no ar”.

-- Mas pelo tom da nossa conversa tudo indica ser você mesma. Completei.

-- Ah Edu. Você parece criança, e até me faz rir.

E foi falando:

-- Então quer dizer que além da Rose, eu sou a única mulher do mundo né.

-- E se o marido da Rose tem outra mulher, essa mulher teria que ser só, e somente eu.

-- Me poupe, Edu! Isso é infantil, sabia?

-- Não tenho, não tive, e nunca terei nada com o Toninho, Edu.

-- E o caso dele só eu e a Rose sabemos quem é. Falou.

-- Mas, então, quem é a outra?

Daí ela foi argumentando:

-- Olha, Edu. Da minha boca você jamais iria saber algo sobre isso. Mas, se você já sabe alguma coisa, somente a Rose poderia ter lhe contado.

-- E ela fez muito mal de contar o milagre, mas não dizer o nome do santo, ou da santa.

E bombardeou com a revelação:

-- É A ZILDA!

Meu Deus! Como eu fui um idiota de não ter percebido isso antes. Perdi a oportunidade dos sonhos de ter dado bons amassos na Rose, lá no sítio. Ainda mais que ela estava longe do marido. Poderia ter aproveitado parte da tarde para tirar boas casquinhas dela, escondido dos nossos filhos, claro.

Fui um egoísta e pus tudo a perder nessa tarde, ainda mais que a Denise estava interessada num cavalo, e a eguinha loira me querendo.

Agora mais calmo, e tentando auto justificar o erro imperdoável que acabara de cometer por ter caluniado a Denise, lembrei-me da parte do diálogo que tivera com a Rose, dentro do carro:

“ -- Voce tá dizendo que o seu marido também tem outra? ”

“ -- Pois é. É a vida, Edu! ”

“ -- Nós” temos que aceitar isso né, Edu? ”

Meu erro crasso fora quando ela disse a última frase e usou o pronome “nós”, como simples força de expressão e linguagem. Por uma idiotice da minha parte cheguei a pensar que “nós” se referisse diretamente a eu e ela, isto é ambos “chifrudos”.

Depois, foi inevitável fazer uma auto crítica e enxergar que talvez eu ainda não estivesse preparado para esse mundo liberal, a ponto de sentir ciúme de duas mulheres.

Quando tentei pedir desculpas à Denise pelo meu horrível vacilo, super zangada, ela evitou conversar comigo, durante toda a semana.

E ainda, por reprimenda, Denise colocou algumas roupas minhas para fora do nosso quarto e se trancou nele, não me deixando dormir lá.

Como nossos filhos estavam em casa, no sábado, eu dormi no sofá da sala. E nos demais dias, até quarta feira, ocupei o quarto deles sozinho porque, durante a semana, Denise decidiu chamar o Caio para dormir a sós com ela, na nossa cama.

Felizmente, na quinta feira à tarde Rose ligou para a Denise, mas ela não me revelou o assunto da conversa. Daí minha esposa resolveu me dar uma nova chance, e ela própria ligou para o Caio dispensando sua companhia naquela noite.

Achei o meu castigo injusto, mas, pelo menos, fizemos as pazes.

Afinal, nova sexta feira estava a nos esperar.

Continua no próximo conto...

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