Amor tem Gênero? Cap. 4

Um conto erótico de Kyle
Categoria: Homossexual
Contém 1577 palavras
Data: 21/08/2017 13:52:23
Última revisão: 23/08/2017 02:33:39

Sinto muito pela demora pessoa, passei duas semanas internado e só voltei ontem para casa.

Fiquei muito feliz pela aceitação do conto.

É gratificante ver que vocês estão gostando e espero que continue assim rsrs.

Queria destacar que escrever esse capítulo foi muito difícil para mim, nunca fui muito de falar sobre certas coisas que aconteceram no passado, mas se eu não falar sobre elas vocês não entenderiam certas atitudes minhas

Bom vamos ao conto.

*************

Estava indo em direção à saída do colégio quando escuto alguém me chamando, me viro e vejo David vindo em minha direção e sorrindo.

David: Ei cara conversei com a diretora e consegui acalmar a fera, mas não se atrase novamente.

Eu: Sério mano? Valeu mesmo cara, te devo uma

David: Então, queria te pedir um favor. Semana que vem vai ter o dia D aqui no colégio ( pra quem não conhece, o dia D é um dia no qual a escola promove diversos desafios fisicos e mentais. Vai desde futebol ate xadrez) e estamos precisando de uma pessoa pra completar o time dos professores.

Eu: Time dos professores? Time de que? Para que?

David: Nosso colégio tem uma "tradição" de todo ano no dia D um time dos professores jogar uma partida de futebol com um time formado pelos alunos.

Eu: Futebol? Nem rola cara, nunca joguei futebol na vida. O único esporte que pratico além de natação é vôlei

David: Poxa cara, que pena.

Eu: Foi mal ae pow, se tiver outra forma de te ajudar me avisa e agora eu vou indo porque tenho que ir pra faculdade ainda - e já fui saindo e só ouvi quando ele gritou até amanhã e eu respondi com um sinal de paz e amor. Peguei um táxi e 10 minutos depois cheguei no meu apartamento.

Não estava afim de ir pra faculdade, sempre que fico chateado com algo eu decido me isolar de tudo. Me joguei na cama pensando em tudo que tinha acontecido, desde a insistência de minha família em um assunto que quero distância até a decepção com o Cadu.

Fui desperto de meu transe com o toque de meu celular e na tela o nome "Amor". Atendo o celular meio desanimado e ela me responde um pouco aflita

Jessica: Amor onde você está?

Eu: To no Ap, aconteceu algo?

Jessica: Kyle... a sua mãe... Ela...

Eu: O que tem a minha mãe? Desembucha Jessica

Jessica: Amor ela tá no hospital, não sei direito o que aconteceu, seu pai só me pediu pra te ligar avisando

Após ouvir aquilo eu fiquei totalmente paralisado, ate que consigo falar

Eu: Jessica tenho que desligar, depois nos falamos - e desliguei o celular sem nem esperar ela responder (acho que vocês já devem ter percebido que tenho essa mania feia)

Sem nem pensar duas vezes corro até a rodoviária que só fica a duas quadras de minha casa e compro uma passagem de ônibus para a cidade dos meus pais. Tive que aguardar 40 minutos para o ônibus chegar, mas tudo o que me importava era chegar logo e ver minha mãe. (Eu moro em Juazeiro do Norte no Ceará e meus pais moram em Araripe, a mais ou menos 130 Km de distância) Não consegui grudar o olho a viajem inteira só pensando no que poderia ter acontecido com minha mãe. Ao descer na rodoviária de Araripe eu ligo para meu pai perguntando em que hospital ela estava e pego um táxi para lá. Chegando lá encontro com meu pai que me recebe com um abraço e me acalma dizendo que ela não corre risco de vida. Meu pai José era alto, 54 anos mas com o corpo definido pelo trabalho no campo, pele queimada do sol e olhos verdes.

Eu: Mas pai o que aconteceu? Por quê mãe está aqui?

Pai: Filho, promete que vai manter a calma? Que não vai se alterar pelo que eu disser?

Eu: Pai o Sr ta me deixando nervoso fala logo.

Pai: Bom meu filho sua tia Cristina foi almoçar conosco hoje e após o almoço ficamos conversando e ela tocou naquele assunto com sua mãe, acho que ela não sabia que a Maria estava tomando medicamentos e fazendo terapias para superar tudo que aconteceu e que não era bom falar a respeito com ela. Sua tia começou a falar que você estava sendo imprudente com tudo isso e que estava agindo como criança levando a sério coisas que ficaram no passado e falou do seu irmão. Nesse momento sua mãe começou a chorar e se tremer desesperadamente gritando por seu irmão até que ela desmaiou e eu a trouxe para cá junto de sua tia.

Eu: Em primeiro lugar a Cristina não é minha tia, em segundo lugar se depender de mim eles nunca terão o que tanto desejam e em terceiro lugar como você pôde permitir que aquela mulher fizesse mal a minha mãe? Como pôde permitir que ela falasse sobre meu irmão? - Nesse momento vejo minha tia Cristina pegando um copo de água no bebedouro da sala de espera do hospital. Cristina era irmã mais nova de meu pai, uma mulher loira, branca, com um belo corpo e olhos um pouco mais claros que os de meu pai, em torno de seus 39 anos. - Olha pai tenho muito respeito pelo Sr, não permita que nada nem ninguém machuque minha mãe, por favor e com licença agora vou tirar essa história a limpo.

Vou em direção a minha tia a pego pelo braço e digo

Eu: Vamos conversar - e a puxo para fora do hospital

Cristina: O que houve querido? Não se preocupe sua mãe está fora de perigo.

Eu: Como você pode ser cínica? Minha mãe só está aqui por sua culpa, vê se esquece a gente.

Cristina: Eu saio da vida de vocês assim que você me der o que eu quero

Eu: Se depender de mim você nunca vai encostar em nada do meu avô e só te aviso uma coisa, não mexa com as pessoas que eu amo, você não sabe do que eu sou capaz.

Cristina: Engano seu, sei exatamente do que você é capaz, você matou seu próprio irmão

Eu: CALA A BOCA! VOCÊ SABE QUE EU NÃO TIVE CULPA, VOCÊ SABE QUE ISSO FOI UM ACIDENTE E QUE EU AMAVA O BRAN MAIS DO QUE TUDO!

Cristina: BAIXE O SEU TOM PARA FALAR COMIGO SEU MOLEQUE! Você o matou todos sabem disso, inclusive seu pai, não é mesmo?

Nesse momento as lágrimas começaram a escorrer no meu rosto por lembrar do que minha tia estava falando.

**********

FLASHBACK

**********

Lá estava eu, um garoto de 8 anos com um terno preto indo em direção ao salão funerário para me despedir de meu irmão. Minhas duas irmãs cada uma segurava forte em minha mão me encorajando a continuar andando e tudo que eu pensava era "Isso tudo é uma brincadeira do Bran e a qualquer momento ele vai me assustar como sempre faz".

Mas não era, assim que passei pela porta do salão com minhas irmãs vejo muitas pessoas de preto, algumas chorando e outras caladas com um olhar vazio.

Caminho até o centro do salão, me aproximo do caixão e lá está ele, meu irmão, meu herói deitado dentro do caixão, com um trenó azul escuro que ele amava, estava pálido, seu corpo estava gelado e seus olhos fechados, parecia que estava somente descansando um pouco. Nesse momento uma mão toca meu ombro, me viro e vejo ela, Cristina minha tia favorita. Eu a abraço, um abraço apertado cheio de tristeza e dor. Mas ela me afasta e me direciona um olhar que eu nunca havia visto. Então ela diz:

Cristina: O que você está fazendo aqui? Você não acha que já fez demais? Não bastou tê-lo tirado de nós? Ainda é ipocrita o bastante para aparecer aqui?

Marcos (Irmão mais velho de meu pai): O QUE ESSE GAROTO ESTÁ FAZENDO AQUI? QUE FALTA DE RESPEITO É ESSA? TIREM ESSE ASSASSINO DAQUI ANTES QUE EU FAÇA UMA BESTEIRA.

De repente muitas pessoas de minha família começaram a me xingar, ne chamar de assassino e que eu era quem deveria estar naquele caixão e não ele. Eu desesperado chorando muito olho para meu pai que desvia o olhar do meu, quando procuro minha mãe descubro que ela estava no hospital pois havia desmaiado ao ver meu irmão naquele caixão. Corro para meu pai para o abraçar, não entendi o porque de estarem fazendo aquilo comigo. Mas meu pai desviou de meu abraço e mandou minhas irmãs me levarem para casa.

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FIM DO FLASHBACK

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Eu: Sabe Cristina eu tenho nojo de você, aliás tenho nojo dessa família. Eu não matei o meu irmão, nem nunca fiz mal a ninguém - me aproximo dela e falo em seu ouvido - mas arrisca mexer com quem eu amo, para tudo tem uma primeira vez não é.

Dou um sorriso para ela e digo.

Eu: Bom vou ver como minha mãe está, espero que ela esteja melhor. - e saio a deixando perplexa com o que eu havia falado.

Obviamente eu não teria coragem de cumprir aquela ameaça, mas ela não precisava saber disso.

Volto para dentro do hospital, sento ao lado de meu pai, peço desculpas pela forma como falei com ele e fico aguardando notícias.

Até que aparece um médico e diz: "Parentes da paciente Maria Arraes"

CONTINUA...

Pessoal vou deixar meu email para contato caso alguém deseje entrar em contato cmg

kylearraes@gmail.com

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Comentários

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QUE PAI ESTÚPIDO É ESSE? ISSO É PAI? ME ENGANA QUE EU GOSTO. O QUE ESSA TIA CRISTINA TANTO QUER?

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que família nojenta hein?! E o pai mosca-morta não fala nada?

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Obrigado Chria!

Infelizmente existem pessoas assim.

E infelizmente essa história é verdadeira.

Mas fazer oq né ninguém disse que viver é facil kkkk

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Que história interessante, acabei de ler. E que família mais infeliz.. Sinto muito por você.

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