O GATO DO MEU CHEFE. 21

Um conto erótico de H.R.JACKSON
Categoria: Homossexual
Contém 2144 palavras
Data: 26/07/2017 00:45:02

Arthur Ribeiro.

- Escuta aqui eu não sei o que você e Maurício estão aprontando mas coisa boa não é e se eu descobrir não vai sobrar nenhum dos dois pra contar história ta me ouvindo.

- Não é nada disso que você está pensando.- Fernando diz assustado.

- Nunca é não é mesmo.

- Olha eu não quero nada com ele nós somos só amigos.

- é bom que seja mesmo- digo entre dentes.

Não sei como tomei coragem mas quando vi o Fernando no banheiro do restaurante em que iria me encontrar com Emilly perdi toda a razão, posso ser tímido, mas já não estou mais aguentando essa amizade e esses segredinhos entre os dois.

Saio do banheiro e Emilly está sentada mexendo em seu celular.

- Viado, pela sua cara a conversa não foi das melhores.

- Digamos que fui curto e direto.- digo ao me sentar.

- Tá agora deixa a bicha da Calvin Klein de lado e me conta tudo.

- Tudo o que?- pergunta me fazendo de desentendido.

- Tudo né?

Começo a contar toda a história de como Maurício e eu nos aproximamos, a entrevista, a sua visita a minha casa, e Miguel.

- Como assim uma criança- ela fala alto não se importando com as outras pessoas.

- Xiu, fala baixo. Ainda quase ninguém sabe.

- Não vejo a hora de conhecer o meu sobrinho.- ela diz animada.

- Sobrinho?

- Sim, somos irmãos lembra? Só que famílias separadas.

- Irmãospara sempre.- dizemos juntos e seguramos nossas mãos.

- E me diz ele tem o pau grande?

- Emilly!- a repreendo

- Que foi? Só perguntei, se não quiser responder não responde.

- É claro que não vou responder.

Nossos pedido chegam, pedi um macarrão com molho branco e vegetais enquanto Emilly escolheu nada mais nada menos que uma lasanha de frango e quatro queijos no capricho.

Começamos a comer mas sinto uma mão tocar meu ombro direito.

- Almoçando e nem me convidou Arthur?

- Ai meu Deus- Emilly fica de boca aberta.

- Emilly esse é Maurício, Maurício essa é Emilly.- digo apresentando-os.

- Prazer Emilly, posso me sentar?

- É claro?- ela diz.

Maurício se senta ao em outra cadeira da mesa quadrada, ele me beija e nesse instante morro de vergonha.

- Tá já chega.- diz Emilly.

Não demora muito e o pedido de Maurício chega e almoçamos os três juntos, eles se dão muito bem o que não é de se estranhar já que todos amam o jeito Emilly de ser.

- Então a gente se fala, vamos marcar de ir ao cinema essa semana.

- Se tudo ocorrer bem vamos sim.- digo.

No estacionamento Emilly entra em seu Veloster vermelho e Maurício e eu em um que nem sei dizer o nome.

Nos beijamos por um bom tempo no carro, sinto sua mão ir até minha bunda e sinto que o clima esquenta quando coloco minha mão em seu volume e o sinto rígido sob sua calça.

- Acho melhor pararmos por aqui.- Maurício diz.

- Também acho.

Nos beijamos mais um pouco e voltamos para a Miller.

- Vou te deixar na porta, preciso dar uma saída.

- Como assim uma saída?- pergunto quando ele estaciona na frente do prédio.

- Não é nada demais, em meia hora estou de volta.

- E por acaso isso envolve o Fernando?- digo enciumado.

- Não, não envolve o Fernando.- ele diz e me beija.- E você fica muito lindo com ciúmes sabia?

- Não me provoque.- dou um ultimo beijo.

Desço do carro e ele segue entra volta à pista novamente, sabe Deus pra onde está indo.

Quando entro no saguão sinto a energia positiva que tomou o lugar recentemente, desde as mudanças que foram feitas a produtividade da Miller subiram, tanto da publicidade quanto dos hospitais.

- Bom dia senhor Arthur.- diz uma das colaboradoras que passa por ali.

- Bom dia, e bom trabalho.- respondo.

Subo até o 25º, e começo o meu trabalho, o telefone como sempre não para. E sempre que atendo é alguém querendo marcar alguma reunião de negócios, ou alguém querendo urgente uma reunião de negócios.

Quando os telefones param de tocar aproveito para ir até a copa passar o café do senhor exigente, aproveito também e faço um lista de coisas que faltam no andar. Quando o café está pronto o coloco na garrafa e deixo sobre a pequena mesa ali, volto para o meu local de trabalho e quando sento em meu lugar o telefone toca.

- Escritório do Sr. Miller, quem deseja?

Nada, nenhuma voz estérica de secretária pedido um agendamento de urgência, nem mesmo donos de empreses ligando pessoalmente. O que se houve é apenas uma respiração.

- Alô? Alguém?- digo mas não sou respondido.

Coloco o telefone novamente no gancho e volto a organizar a agenda do mês.

O telefone toca.

- Escritório do Sr. Miller, quem deseja?

Novamente nada apenas o som de respiração e isso se estendeu por várias e várias vezes.

Seja lá o que tiverem fazendo e a intenção for irritar, estão conseguindo. Tento me acalmar ou vou acabar perdendo a cabeça com a próxima ligação.

E o Maurício que sumiu, disse que seria apenas meia hora e já voltava e até agora nada, considerando que já se passaram 27 minutos do prazo. Nem termino de pensar e a porta do elevador se abre e o gato do meu chefe sai de dentro, sem o terno apenas com a camisa com as mangas dobradas até a metade do antebraço e com dois botões abertos deixando parte de seu peitoral a mostra.

- Gosta do que vê?- Ele pergunta.

- Nada do que eu veja todo dia.- Retruco.- Você demorou.

- Tive uns contratempos. Preciso que busque aqueles ternos na loja da Calvin Klein, - Calvin Klein, por incrível que pareça passei a odiar essa marca. Recalque? Não, apenas insegurança mesmo.- Já deixei um motorista da empresa te aguardando.- Acabei descobrindo que ser secretário do meu namorado tem la suas vantagens e também tem as desvantagens, como por exemplo trabalho fora da empresa.

- Claro, já deixei tudo organizado e tem café na cafeteira.

- Mas antes você merece uma coisa.- ele diz.

- O quê?- mal termino de perguntar e ganho um beijo.

- O melhor premio do mundo.- ele diz saindo em direção a porta de seu escritório.

- Convencido.

Pego meu celular, minha agenda e entro no elevador. No caminho até o térreo meu celular vibra e quando pego vejo que é uma mensagem do Dr. Carlos.

Dr. Carlos: Desculpe não responder antes, mas tenho boas notícias. Esteja aqui as 19:00.

Arthur: Obrigado Dr. estarei sim.

Receber essa mensagem me deixou mais aliviado, conheço o Dr. Carlos desde quando era criança, então confio muito nele. O difícil será manter a o clima de paz entre ele e Maurício, já que sei que ele não deixará eu ir sozinho.

Chego no térreo e no hall tem um dos motoristas me esperando, o sigo e entramos em um dos carros com a logomarca de empresa. No caminho conversamos um pouco e descubro que ele se chama Francisco e que não é apenas um motorista qualquer, e sim um faixa preta em jiu-jitsu, e que está muito feliz com a nova reforma no sistema da empresa, seu filho mais velho sonha ser um administrador de empresa e já está com todos os documentos prontos pra se candidatar as vagas de jovem aprendiz.

- Espero que de tudo certo para seu filho.- digo.

- Muito obrigado Sr. Arthur, e peço a Deus todos os dias para que o Sr. Miller seja abençoado cada vez mais, ele é casca grossa mas tem um bom coração.

- Sim ele tem mesmo.

Estacionamos na frente da loja da Calvin Klein e vejo um prédio de mais ou menos 5 andares, Francisco vem e abre a porta para que eu saia.

Quando entramos na loja somos imediatamente atendidos por uma recepcionista morena, alta magérrima e com traços delicados vestindo um terninho justo ao corpo e uma saia curtíssima, por incrível que pareça ela não parece vulgar.

- Sr. Arthur. Boa tarde, estávamos aguardando sua presença.

- Boa tarde.- respondo a moça.

- Me chamo Amanda, sou irmã mais nova da Jéssica a antiga de Maurício.

- Prazer em conhece-la, não sabia que ela tinha uma irmã, se bem que convivemos por pouco tempo.

- Ela me falou muito bem do Sr.

- Por favor, nada de Sr., Ok?

- Desculpe, mas é padrão da empresa.

- Tudo bem, eu vim buscar alguns ternos que Maurício encomendou.

- Me acompanhe por favor.

Entramos em no elevador e vamos direto para o último andar, quando chegamos vejo que o andar tem uma decoração bem mais requintada do que o restante da loja.

- Esse é o andar exclusivo da loja.- diz Amanda.- Digamos que são poucos que pode subir até aqui.

- Ual.- é a unica coisa que consigo dizer.

- Eu sei, maneiro não é?

- Amanda,- uma mulher um pouco mais velha que ela, não tão velha chama sua atenção.- posso saber quem é esse, até onde eu sei não é qualquer um pode entrar aqui.- disse dando enfase ao qualquer um.

Vejo que Amanda se vira para ela e cruza os braços.

- Querida, esse é ninguém menos que Arthur Ribeiro futuro Miller, secretário, namorado e futuro marido de Maurício Miller.- A expressão da mulher muda.- O que será que a patroa achar quando souber que você não sabe quem é Arthur Ribeiro?

- Desculpe, eu não sabia.

- Pois agora sabe, deixa que dos meus clientes cuido eu.

Apenas observo enquanto a mulher sai de fininho para o fundo da loja.

- Ah, isso foi estranho. Gostei de você.- falo segurando o riso.- Quem é ela?

- Jaqueline, uma das vendedoras do mês, sonha que um ganhará o cargo de gerencia, mas apenas sonha.

- E por que ela teme tanto o Maurício?

- Digamos que sem a ajuda dele, minha chefe não teria condições de abrir essa franquia.

- E que é sua chefe?- pergunto.

- Ela. - sigo em direção ao seu olhar.- Charlotte.

Simplesmente a mulher mais linda que já vi na vida, caminha em minha direção, parece até uma modelo de passarela, morena, magra e com o corpo escultural de dar inveja.

- Filha, retoque o batom.- então ela é filha da chefe.- está craquelando.

- Tudo bem mãe.

- Arthur, que prazer em te-lo aqui. Como você e Maurício estão?

- Estamos bem, obrigado.

- Veio buscar os ternos não é mesmo?

- Sim, me acompanhe e você mocinha vá retocar esse batom.

- Tudo bem mãe, tchau Arthur. Nos vemos por aí.- ela diz e entra no elevador.

Vamos até um canto da loja e vejo uma arara com o nome de Maurício.

- Esses aqui são os que vão para o escritório.- ela me mostra meia duzia de ternos.- E esses aqui vão para o apartamento, mas esses nos mesmos entregamos.- mais meia duzia.

Ela retira os ternos da arara já encapados e me entrega.

- E esses dois aqui, são para você.- ela diz

- Para mim?

- Sim, e não se preocupe com as medidas, o próprio Calvin Richard Klein desenhou, e sua costureira quem os fez.

- Isso é sério?

- Sim.- ela responde.

- Obrigado.

- Não me agradeça, eu que te agradeço por estar mudando meu amigo, e para melhor.

Quando chego ao térreo da loja Francisco se prontifica a pegar os ternos e coloca-los com cuidado no banco de trás, depois de tudo arrumado, voltamos à sede da Miller, levo todos os ternos, inclusive os meus, para o pequeno closet do escritório e os guardo retirando os que estavam e mandando para a lavanderia, que de lá iriam para o apartamento.

Sento em minha cadeira exausto e checo os e-mails, e depois o whatsapp, vejo que tem uma mensagem de Dona Bárbara, quando abro é um vídeo com a legenda:

Aprendendo com o vovô desde cedo.

Meu menino está sentado no colo do Sr. Maurício com um estetoscópio no ouvido ouvindo os batimentos cardíacos de Steve.

- Para tudo o que estiver fazendo e vamos para o hospital.- Maurício diz saindo do elevador.

- Aconteceu algo.- fala assustado.

- Sim.- ele sorri.- O Rick acordou, já passou por uma bateria de exames e daqui a pouco vai começar a ser liberado as visitas.

- Que ótima noticia então vamos.- digo pegando o celular e a carteira.

Descemos direto para o estacionamento e lá entramos na carro percebo que tem algo de diferente no carro. Olho para trás e o que vejo me arranca um sorriso.

- Um acento.

- Sim, agora Miguel poderá andar segura com a gente.- diz Maurício me encarando.

- Você é o homem mais incrível do mundo.

- É eu sei.- ele diz

- Convencido.- lhe dou um beijo.- Agora vamos, não podemos perder tempo.

Maurício da a partida vamos o mais rápido possível até o hospital Miller em que Rick está internado.

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Comentários

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Porra... Demais..... Seu conto prende a gente! Peludo DF

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Ahmmmm estava com tantas saudades desse conto.

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