Pai, homem, carrasco, amor - pt 17 - Epilogo (pt. B)

Um conto erótico de Hubrow
Categoria: Homossexual
Data: 11/06/2017 21:58:28
Última revisão: 12/06/2017 11:36:41

Comentários

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Perfeito, caraca cara eu tô chorando real aqui, melhor final.

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Amo demais...acabei de ler pela terceira vez.

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Essa foi uma das raras narrativas que eu li mais de uma vez. Sinto saudades da tua história e volto para lê-la. Sem palavras dignas para te dizer do teu talento à escrita. Cheiros baianos...

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Caros(as) amigos(as), estou publicando uma nova história, chamada “Eu e os três, A.B.O. que eu não sabia”. Já está na segunda parte e espero publicar a terceira ainda hoje (mas não garanto).

Esta história nova, creio, será menor e torço para que também agrade. Seria um enorme prazer para mim ter novamente vocês acompanhando minhas diabruras, hehehe. Diferentemente do que ocorreu com “Pai, homem, carrasco, amor”, não terei como publicar as partes diariamente. Mas prometo que o intervalo entre uma publicação e outra não passará de dois ou três dias.

Espero que gostem de “Eu e os três, A.B.O. que eu não sabia”!

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Caro autor, ao longo desse conto mtas vezes me restringi a escrever 10 ou 1000, nao por depreciar mas sim por nao conseguir articular na da inteligente e diferente do q os elogios de todos....

o final desse conto é incrivel parabens e mto obrigado por um conto q prendeu do começo ao fim

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Eu fico imajinano essas onda qui o povo conta si é verdade mermo.

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Mais tira uma duvida ai povete, teu pai cumeu tua bumda mermo foi.

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Po meu paça, discupa a demora aí eim ti responder pivete. Eu tava mi bateno aqui como faze isso. Aí um paça lá no conto mi deu idea de como fala com os paça qui comentaro lá. Pivete, eu neim sei o qui é elementos textuais qui tu falo no meu conto. Hehe. Mais tamo aí pai. Eu so iscrevi do jeito qui sei e tentano o melho jeito de faze a galera intender. Eu não sabia qui ia ce criticado mais isso ligo não porqui importa qui a galera deve tê sacado a istoria de boa. Eu não tive a o portunidade de istuda não paça. Mais tamo aí. Mais valeu aí sacania

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Ah, esqueci de dizer. Estou aqui pensando numa nova história, já que falaram nisso. Mas não estou propriamente prometendo publicá-la, porque acho que poderá suscitar reações ainda mais fortes (no mau sentido) do que esta. Também aborda dominação e tal, mas é um pouco mais degradante, talvez. Fico pensando que, para os que leram esse "Pai, homem,carrasco, amor", talvez venha a ser mais fácil digeri-la. Mas nem todo mundo leu esta história, e talvez se assustem com a nova (e vão me encher de porrada por causa disso...). Não sei, estou escrevendo isso aqui mais para refletir sobre o que fazer. Acho essa nova história boa, com um narrador muito provocador e os dois protagonistas muito envolventes (embora antipáticos). E ela me excita muito. Claro, porque tem que excitar o autor: do contrário, por que alguém vai escrever uma narrativa erótica? Então gostaria de desenvolvê-la (só esbocei até agora os quatro primeiros capítulos) e publicar. Mas, tal como aqui, os personagens são controvertidos, fazem coisas meio brabas; está longe tanto de ser uma relação de mera putaria como também longe de ser de um doce romance. Mas não vejo muita graça em contar uma história sem ambiguidades, com personagens que ou são "do bem" ou são "do mal" e situações que de conquistam o leitor logo de cara, justamente porque ficam claras demais, sem qualquer dúvida ou estranhamento. Então, fico pensando no medo de pôr a cara a tapa e ficar chateado com as porradas e ao mesmo tempo no prazer que é pôr a cara à tapa e receber os tabefes consequentes das provocações. Gosto de putaria, acho que dá pra perceber. Mas gosto de putaria que incomoda, que fala do que não se fala. Não consigo muito pensar em histórias que não incomodem. Sei lá, vamos ver.

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Oi, glookxxx, adriannosmith e alone79! Só agora vi os comentários de vcs, que fizeram a leitura da história já mais de um mês após ela ter sido publicada. Eu não tinha visto os comentários, e por isso não respondi antes (e espero que vcs estejam me lendo agora). Muito obrigado pelos elogios e pela paciência de acompanhar uma narrativa tão longa. Cheguei a ficar comovido com a iniciativa do alone79 de fazer questão de, após ler tudo, retornar a todas as partes anteriores para pôr um comentário. E, também, muito feliz por dizer que minha história o fez MUITO FELIZ (foi alone quem usou as maiúsculas!). Os comentários de vcs três, já esse tanto tempo depois, me emocionou muito. Inclusive porque, como parece que leram tudo de uma vez, puderam captar mais claramente os sentimentos que estavam embutidos na relação dos dois mas que a narrativa propositadamente "abafava" (justamente para ir evidenciando-os gradativamente). Obrigado!

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Excelente! Somente comparável a outros grandes autores aqui do site. Linguagem escorreita, português perfeito. Parabéns!!!

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Perfeito! Perfeito! Perfeito! Mil vezes PERFEITO! Parabéns! Devorei sua história com um tesão descabido e com o coração cheio de ternura pela relação dos dois! Agora vou voltar nos trechos anteriores e dar nota DEZ _ Mesmo porque não posso dar nota superior :-( _ e repetirei quase o mesmo comentário! Abraços! Sua narrativa me fez MUITO FELIZ!

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Perfeito! Perfeito! Perfeito! Mil vezes PERFEITO! Parabéns! Devorei sua história com um tesão descabido e com o coração cheio de ternura pela relação dos dois! Agora vou voltar nos trechos anteriores e dar nota DEZ _ Mesmo porque não posso dar nota superior :-( _ e reperirei quase o mesmo comentário! Abraços! Sua narrativa me fez MUITO FELIZ!

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Valeu, Tulio. Andaste sumido. Mas acho que, com mel ou sem mel, acho q eles continuaram trepando na doideira... É só ver a última foda deles, hehehe. ;)

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Poxa, tb acho, guilwinsk... Já estou aqui com saudades desses dois, o pai e o (como o JoãoJ chamou) maluquinho do Mateus. À parte o sexo todo (se é que isso é possível, porque é no sexo que eles se revelam e que tudo acontece), são personagens simpáticos e diria que muito ricos. Superobrigado por vc ter acompanhado até o final e pelos comentários que foi fazendo. No fim das contas, vc mais ou menos acertou quando observou, lá pelo meio, que o pai tinha algum trauma, ou algo assim. Foi mais para o "algo assim", mas, de qualquer forma, vc foi bem sagaz. Um abração!

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gabriel.floripa, grande Gabriel. Vc escreve sempre um pouquinho, mas sempre escreve; esse retorno incentiva muito, muito mesmo. Sei que vc tb faz isso em outros contos, creio que nos que gosta, e tenho certeza do bem que faz aos autores. Obrigado, de coração!

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Haryan, obrigado pelo elogio e que bom vc ter chegado até aqui, ao final. Até penso em voltar mesmo, porque sou meio sacaninha e vivo criando fantasias na cabeça, grande parte delas não cenas isoladas (como em geral se faz na punheta, eu creio), mas historinhas mesmo (acho que sempre sem um fim). Mas esse negócio de tranformar em letras dá trabalho, e sou meio traumatizado porque já escrevi duas histórias aqui na CDC, com outros nicks, que acabei não terminando. Foram por motivos justificados (beeeem justificados), mas mesmo assim me dá um certo medo toda vez que me passa pela cabeça iniciar um texto assim, aqui. Nas duas vezes, as histórias estavam sendo superbem recebidas, e acabei deixando todo mundo na mão. É meio chato. Mas vamos ver. Abraços pra vc!

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Parabéns pelo conto, a escrita ótima, raramente vejo isso aqui. Volte com outro, abracao!!!

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Ah, JoãoJ, me esqueci de falar: fiquei muito feliz ao ver que vc não se decepcionou com o fim da história. Estava com medo que vc achasse piegas, sei lá. Hehehe, e sou romântico sim,mas, nesse ponto, meio igual ao pai do Mateus: ninguém pode saber - só quem é muitíssimo próximo ou quando estou protegido pelo anonimato, como aqui. Bom, na verdade acho que não sou tão bom de dissimulação assim como o pai do Mateus, mas finjo que sou.

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Kkkkkk, JoãoJ, vc andou discutindo esse texto assim, em casa? Tipo, no meio do almoço falando se era uma boa o pai ter posto o filho pra provar gosto de buceta?????? Kkkkkkkkk Olha, de todos os leitores que comentaram, vc foi o que me pareceu expressar de forma mais clara a compreensão do que tratava a história. Não que tenha sido o único a perceber isso, mas o que expressou mais claramente. Gostei muito de ler teus comentários e, claro, me senti o fodão diante do teu entusiasmo e tantos elogios. Só não entendi muito bem o que tua família, a avó, a tia e o cachorrinho imaginaram “e nunca vamos saber”. Fiquei curioso com isso. Ah, e vou confessar uma coisa, que vai parecer embutir uma arrogância sem tamanho, mas foi verdade: essa última parte eu mal revisei, alguns trechos sequer reli após escrever, mas a enorme fala do pai contando o lado dele durante a infância e a adolescência de Mateus eu quis reler, porque me emocionei quando ela estava saindo, virando letra. E, cara, foi foda: eu chorei. Sério mesmo: eu chorei aqui sozinho, lendo o que o cara tinha falado. Parece meio doido isso, e parece que estou me autoelogiando (“fiz um texto tão bom que até eu me emocionei”), mas não é isso não. É que a porrada que os leitores receberam com a história da buceta eu dei em mim mesmo, ouvindo o pai.

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Fim de semana corrido aqui, uma merda ter q parar no meio...

É isso, chegou no final e realmente foi melhor do que eu esperava. Nas teorias desenvolvidas aqui em casa, acertamos uma parte e a outra, nunca vamos saber.hehehe O pai sempre gostou do Matheus, talvez (provavelmente ) os "viadinhos" q ele pegou durante o casamento tivessem sido uma forma de matar o desejo. Gostei pq foi além do incesto, como algo de outras vidas. Vc é um romântico meu camarada! Talvez alguns não gostem pelo mesmo motivo. Pra mim foi além da quebra de tabu, e talvez não tivesse gostado tanto se não fosse o amor descarado e sem reservas e a declaração do pai de quando tudo começou. Nunca foi tara, parafilía ou coisa assim. Parabéns pelo texto, pela "estória" mt bem amarrada e contada.

Obrigado.

Já sabe minha nota ;)

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sssul, antes de tudo, sou agradecido por vc ter se preocupado em sempre dar um retorno, ainda que em comentários curtos. Mas, rs, curioso o seu comentário sobre um posfácio, porque a ideia original era de que houvesse mesmo um posfácio, acoplado à postagem da última parte. Acabei não o colocando porque, apesar de ele trazer novas informações para o leitor, poderia afastar este mesmo leitor, porque estenderia mais ainda a última parte – que, de tão grande, corre o risco de ter ficado meio pentelho. Então, cortei. Mas fiquei surpreso com a coincidência de você falar nisso e usar justamente o termo que eu tinha pensado: “posfácio”. Ah, e achei muito engraçadinho o modo como vc escreveu; meio timidamente, mas sem deixar claras suas intenções. "Ô viadinho, acho que tu tem um pouco do Mateus..." ;)

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Bryan, obrigado pelos seus comentários ao longo desses quinze dias de postagens, e o que mais gosto neles é como vc ressalta o fato de que o texto lhe suscitou sentimentos – e o prazer que vc tem com isso. Acho que esse é um dos principais objetivos de qualquer um que se mete a escrever ficção: suscitar sentimentos (emoções) no leitor; sentimentos verdadeiros. Então, cada vez que vc afirmou aqui, eu me senti o máximo, kkkkkk. Obrigado! Mas deixa eu fazer dois esclarecimentos: 1. Nunca houve a ideia de que algum dos personagens cairia na porrada com alguém. Isso foi um mal entendido por eu ter usado a palavra “porrada” em vez de, por exemplo, “choque”. Esclareci isso rapidinho num comentário da parte 14, mas você não o deve ter lido. Quando falei em “porrada”, estava me referindo numa porrada que daria nos leitores, por conta da sequência na qual o pai leva os fluídos de Wilka como um presente para o filho. Eu sabia – como efetivamente aconteceu – que vários leitores teriam repugnância pela cena e se sentiriam ofendidos por ela. Ou seja: que eu daria uma porrada neles e, claro, eles iriam revidar, me dando também umas porradinhas, que foi o que aconteceu mesmo. Aliás, compreendo perfeitamente a repulsa que a cena provoca em muitos de nós. Somos gays, “não gostamos” de buceta. Mas, independentemente disso, acho que essa é uma das partes mais bonitas da narrativa; é um dos momentos em que o pai é mais terno com Mateus. Ele quer dar a possibilidade de o filho conhecer algo que para ele é maravilhoso mas que sabe que o filho jamais será capaz de conhecer sozinho. Ele não quer convencer o filho a gostar de buceta; quer apenas que ele prove, porque, como dirá mais pro fim, a vida é experimentar, provar, sentir o sabor das coisas do mundo. É um momento, pra mim, de extrema sensibilidade do pai; de um carinho sem tamanho. E Mateus não se ofende; entende perfeitamente o que o pai quis fazer para ele. E prova, confiando no pai, mesmo que, provavelmente, sinta nojo. E gosta, fica doido, mas não porque passe a gostar de buceta, mas porque recebe como uma declaração de amor do pai – que é, efetivamente, o que o pai fez. 2. O segundo esclarecimento é sobre você achar que “todos acabam felizes no final”. Não acho que o final indique isso não; essa é uma possibilidade aberta que você, provavelmente tão romântico quanto eu, preferiu adotar. Mateus é muito claro: eles estão juntos beirando o abismo, e podem cair a qualquer momento. Você consegue imaginar o que seria do pai sem o Mateus? Ou o que seria de Mateus sem ter ao lado essa figura gigantesca, quase um deus, que é o pai? E eles sabem que, em caso de separação, será algo para sempre, eterno, por conta mesmo da situação incestuosa. Pior ainda: há a questão da idade. Ao final, Mateus se apresenta como bonito – acho que isso é dito três vezes! – e a descrição que faz do pai é a de que, no gênero “macho”, ele é um tesão de homem. Mas há vinte anos de diferença entre eles. A arrebatadora atração física que um tem pelo outro fatalmente vai se deparar com as conseqüências disso, e essa atração é uma base fundamental da relação deles. A relação vai resistir? Então, não acho que o final seja feliz: apresenta um dado momento da vida dos dois, mas adverte logo o leitor: “olha, não fica todo alegrinho não, porque o futuro dos dois não é tão promissor assim...”

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Legal vc ter voltado e gostado do final, Valtersó, após o susto dado pelo presente do pai, hehehe. Mas, vamos lá, discordo de algumas de suas interpretações. Vc diz que, ao final, o pai passa a ter até “um certo sentimento pelo filho”. Acho que aí está o primeiro engano – engano pelo qual, aliás, Mateus não se deixou levar, e por isso pôde viver sua história de amor. Desde a primeira foda, o pai é extremamente cuidadoso com ele. Ao menos, na minha visão. Quando, abatido, fragilizado, ele se deixa levar pelo desejo que represou por vinte anos, trocando carícias e finalmente comendo o filho, uma das três coisas que é capaz de dizer é “tua pele...”. E diz isso, com a sensibilidade mais pura do mundo, porque tocar em Mateus, mesmo como filho, era algo que ele se proibia. Apesar de ser um grosseirão, ele não diz “que cu gostoso”, “vem cá, meu puto” e outras coisas do gênero que acabará dizendo muitas vezes depois. O que ele diz, sua primeira reação ao contato, é de um profundo sentimento: ressaltar seu prazer de poder fazer algo que, para qualquer pai, é a coisa mais simples do mundo: tocar no próprio filho, sentir como é sua pele sem que isso represente mais nada do que o ato é, por si mesmo. Essas demonstrações de afeto do pai, ainda que curtas e reticentes, percorrem toda a narrativa de Mateus: o pai lhe faz declarações de amor o tempo todo! Elas são disfarçadas, não vão à frente, mas estão lá. Ainda mesmo no início, quando o pai o leva para jantar fora pela primeira vez, Mateus conta que, ao se emocionar, o pai o adverte para se controlar – mas não o faz em tom de bronca, “foi mais como quem dá um conselho”. Não parece que o pai o incite a se controlar por uma questão de frieza (para não passar vergonha, porque o filho é viadinho ou qualquer coisa assim), mas porque não quer que o filho exponha publicamente sua dor, e ele se sente responsável por isso porque sabe que foi ele quem causou essa dor. Ele diz: “aqui não é lugar pra isso”, mas, ainda que a chame de “frescura”, ele não nega, não fica impassível diante da dor do filho. Ele se solidariza com ele, por isso dá um conselho, e não uma bronca. Há várias outras situações que o pai expõe seu afeto pelo filho. Quando ele dá aquele esporro colossal depois de ver Mateus de shortinho, bem próximo à afeminação, ele diz: “tu sabe que não vou te fazer mal”. Humilha o rapaz, determina que ele abandonará a faculdade, decide que ele vai trabalhar como peão, mas faz isso tudo sem deixar de mostrar o quanto se importa e o quanto tem afeto por ele: faz questão de confirmar que não vai lhe fazer mal - ou, pelo menos, que não pretende fazê-lo, que se importa com isso. Poderia citar várias outras passagens que mostram demonstrações de amor do pai, inclusive simples frases que ele solta aqui e ali, em geral encerrando o assunto para não ter que desenvolvê-las, mas esse comentário ficaria ainda maior do que já está... Bom, indo a outro ponto: discordo veementemente da interpretação, que não é só sua, mas creio que da maioria dos leitores que postaram comentários, de que Mateus sofria abusos e que o relacionamento dos dois é abusivo (creio que o único que deixou mais claro discordar dessa interpretação foi o Thyler, em seu comentário na parte 12; e eu aqui suspirei aliviado...). Isso se aplicaria ao período da infância e da adolescência, mas não ao período no qual se passa a narrativa. Se alguém ali poderia estar abusando de alguém, seria Mateus abusando do pai, e não o oposto! O pai o estupra, mas ele quer mesmo ser estuprado; o humilha, mas é notório que ele tem prazer com esta humilhação e pede mais. Mesmo com todo o caráter neurótico que envolve a relação dos dois, por conta das implicações de se sentirem incestuosos, o fato é que são dois adultos e nenhum deles faz nada contra a vontade do outro. Pode ser agressivo, degenerado, doentio e o escambau, mas nenhum dos dois força o outro a nada, embora o teatro da sedução se dê nestes termos (e Mateus adora ser agarrado e ser fudido de surpresa, sentir o pai metendo forte!). Nem mesmo o uso do poder econômico pelo pai pode justificar a ideia de que há um abuso. Primeiro, porque em momento algum, absolutamente em nenhum momento da narrativa de Mateus, o pai menciona que é a ele a quem o filho deve o sustento. Não só não dá relevo a isso como também não ameaça sequer indiretamente que o deixará de sustentar caso ele não o obedeça. Mais: mesmo que o fizesse, aparentemente Mateus teria condições de fugir de um suposto abuso: ele já está fora de casa, estuda numa universidade pública (pode se formar sem ter que pagar por isso), não parece ter um nível de vida que agigante seu sofrimento caso não conte com o dinheiro do pai (ele mora numa república e, tal como os colegas, tem que fazer serviços domésticos; dá a entender que não vive “no maior conforto”). A bronca que o pai lhe dá no capítulo final, para tirá-lo da fase maníaco-obsessiva que o faz prender a si mesmo dentro de casa (este sim, o momento mais doloroso da relação, e não os estupros e as humilhações), é muito clara: por mais “merdinha” e “palerminha” que pareça, Mateus é guerreiro. Quis sair de casa para fugir do desprezo do pai e saiu – e saiu muito bem, conquistando tudo o que queria dentro das condições de que dispunha. Se estava sendo abusado, por que não o faria de novo, agora em condições muito melhores? Já tinha onde morar, podia arranjar uma bolsa na faculdade (se é que já não tinha; não sabemos), um emprego na cidade grande por meios dos amigos que fizera... Aliás, note que ele observa várias vezes que vivia enfurnado em casa e que não fez amizades na cidade natal. Mas, quando quis, na capital, rapidamente os arranjou. Então, vitimizar o Mateus, tratá-lo como um pamonha que é abusado pelo pai é de uma tremenda ingenuidade. Aliás, sem querer ser irritante (embora sei que serei), diria que é mais fruto de preconceito do que de ingenuidade. O relacionamento dos dois “não pode” (a mesma postura que embasa os homofóbicos: “porque eu não gosto, então não pode”) e, como é um relacionamento que “não pode”, quem se envolve nele ou é mau (o pai) ou é uma pobre vítima (o filho). Nada disso: são dois homens que se adoram e adoram fazer uma sacanagem juntos, do modo que mais adoram.

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Parabéns pela escrita. Poderíamos falar sobre um Posfácio??

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Eu queria escrever bastante, mas não sei se consigo porque fiquei sem palavras com os diversos sentimentos e pensamentos que esse conto me provocou. É uma história erótica, um conto... Todos acabam felizes no final e o homem que violentava e batia mudou. Acho que conseguiu retratar uma história perfeita, desde a escrita, ao relacionamento. A mudança foi legal para o casal. Creio que você mudou o final, já que no capítulo 14, se não em engano, você disse que haveria uma "porrada"(literal, pelo que entendi), mas isso não aconteceu. Acho que mudar para uma cidade paradisíaca a beira mar, cosmopolita... É o sonho de todos, não? Eu tenho esse desejo, um recomeço no paraíso. Provavelmente é isso que mais me encantou no final, eu me senti na pele do personagem. Com a vida feliz de mateus ao lado de quem ama profundamente, eu pude realizar meu mais difícil e contraditório desejo.

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UM EXCELENTE FINAL. APESAR DE DESDE O COMEÇO ATÉ O FIM ESSE PAI ABUSAR, HUMILHAR E SUJEITAR ESSE FILHO. PERCEBI CLARAS MUDANÇAS NO DECOERRER DO CONTO. O PAI UM POUCO MAIS MALEÁVEL E ATÉ COM CERTO SENTIMENTO PPELO FILHO, MAS MESMO ASSIM AINDA O HUMILHAVA. MAS POR CERTO ESSE FILHO VIA NESSA RELAÇÃO DE HUMILHAÇÃO E SUJEIÇÃO UM GRANDE PRAZER. AFINAL QUEM PODE DIZER O QUE É PRAZER PRA CADA UM DE NÓS??? QUANTO AO CASAMENTO GOSTEI DA IDÉIA. NÃO LEMBRO DE NENHUM OUTRO CONTO DE INCESTO TERMINAR NUM CASAMENTO. ESTÁ ABERTA ENTÃO A IDÉIA.

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Obrigado aí, garafão. Pelo visto, o final não te decepcionou. Que bom. Obrigado pela paciência de ter acompanhado essa história!

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adorei esse conto. por favor escreva outros vc é um escritor muito bom.

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Pois é, Oliveira, eu não sei de onde neguinho tirou essa história de que haveria um ménage, com uma mulher na parada... Primeiro, porque o próprio Mateus já adianta, logo após a transa na qual desmaia de tanto tesão, que o pai nunca concretizou aquela fantasia. Segundo, porque o pai é ciumento demais: não me pareceu verossímil que fosse capaz de dividi-lo com mais alguém - mesmo o filho apenas na posição de espectador, ou de "ajudante". E terceiro, porque o comportamento do pai em nada indica que sequer aventasse a possibilidade de expor Mateus a uma situação tão traumática. Observe bem: ele humilha o garoto, expõe o garoto, mas sempre tendo o controle da situação, cuidando dele. Quando diz claramente aos operários que ele é viado, o faz como patrão: se alguém vacilar com Mateus, ele manda embora. Com o proctologista, sabe que as chances de o Mateus ser desrespeitado pelo médico são quase nulas, pelo próprio profissionalismo inerente à situação. E quando o faz a sós com o filho, tem o controle absoluto. Como prever a reação de uma mulher que vê um jovem ser humilhado pelo pai - ou, que seja, um amigo mais velho - por ser incapaz de fudê-la? Como garantir que a situação não chegasse à crueldade? Talvez eu esteja sendo muito tolerante com o pai, mas não me parece que ele fizesse isso. A impressão que tenho é que, em todas as situações, ele mantinha uma margem de segurança que garantisse o cuidado do filho.

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Hmmmmmm... Eu particularmente não gosto destes finais em que pai e filho se "casam", viram um casal e tudo mais, acho muito inverossímil e pra mim corta o que mais me excita no incesto de pai e filho: o amor paternal/ filial. Mas foi um final feliz, bem narrado, e pelo menos os dois ficaram juntos, então por mim tudo bem... (embora eu tenha lido esperando sexo bi destes dois... Mas não foi desta vez hehe).

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