cabeça quente 14

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 7965 palavras
Data: 21/05/2017 19:06:08

NO dia das bruxas, Griff estava de folga por 72 horas do quartel, e trabalhando a porta da frente do Bone. Enquanto a noite passava, a multidão ficava mais animada e mais jovem. Além das fantasias, havia uma despedida de solteiro acontecendo— excelente para os negócios, ótimo para gorjetas, ruidosos como o inferno.

Por volta das onze ele ouviu uma garota gritando quarteirão acima. Um bando de caras estavam brigando na esquina. A princípio ele pensou que a despedida de solteiro tinha acabado e indo para Manhattan para boates strippers. Então ele percebeu estes homens estavam brigando e gritando em um círculo a uns cinquenta metros de distância. Um alarme de carro soou quando alguém bateu contra ele. Vidros quebrando.

Os gritos tinham vindo de uma menina gordinha no outro lado da rua, vestida como uma abelha, que estava olhando para algo no chão a seus pés. Griff não podia ver o que era, mas ela tinha dado um passo para a rua. Seu rosto era uma máscara de horror, mas ela não estava fugindo.

Que foda eles estavam fazendo?

Griff caminhou em direção ao barulho lentamente. Griff caminhou em direção ao barulho lentamente. Sua barriga parecia estranha; essa briga não era sobre o dinheiro da cerveja. O resto deles estava gritando e chutando a calçada. Era um cão? Bastardos doentes.

Sob a iluminação de rua, um dos idiotas parou de chutar, abriu o zíper da calça, e tirou seu pau. Griff fechou os punhos e começou uma corrida, trovejando em direção a eles. “Hey!”

Os homens não o ouviram. O carro deles era ao lado deles na rua, e o motor estava funcionando. As portas estavam abertas. Eles estavam gritando e xingando o concreto.

E então rapaz que abriu o zíper começou a mijar ruidosamente no chão como se ele estivesse em um mictório do caralho. Mas ele não estava mijando na calçada. O fluxo estava batendo em tecido.

Um gemido. Uma tosse molhada. “Fodido viado de merda...”

Jesus Cristo. Era uma pessoa pequena enrolada lá em baixo, algum garoto apanhando e sendo mijado até a morte.

“Hey! Pau pequeno!” Griff latiu quando ele correu em direção a eles como um gigante irritado. O rapaz do zíper olhou para cima, assustado, e parou de rir quando ele cronometrou o tamanho do Griff. Dobrando seu pau em suas calças jeans, ele disse algo para o resto dos gênios. Um deles cuspiu no garoto.

Eles se amontoaram em seu carro em ponto morto e partiram rapidamente, se afastando do meio-fio com seus membros pela metade e batendo as portas quando eles chegaram à metade do quarteirão. Um último grito e uma garrafa de cerveja lançada para o corpo enquanto se afastavam. “Bicha!”

A garrafa bateu contra o concreto. As pessoas estavam olhando cautelosamente para fora das janelas e portas. “Alguém chame a polícia”! Griff se agachou sobre o corpo enrolado em uma bola fetal. A vítima era um adolescente ou um homem pequeno. Havia mijo e sangue por toda parte, e ele estava com medo de rolar o corpo. Pelo menos a caixa torácica estava se movendo um pouco; não era ainda um assassinato.

A voz da abelha gordinha disse do outro lado da rua, “Eu liguei para o 911.” Seus passos se aproximaram. Outras pessoas estavam saindo para a rua.

Abutres.

“Ótimo.” Griff sabia que ele tinha que ter certeza que as vias respiratórias não estavam bloqueadas. A vítima não parecia estar respirando regularmente, ou se ele estivesse, ele não estava recebendo muito ar.

O cabelo do cara estava empapado de sangue. Arquejos ofegantes mal assobiavam através de sua boca ensanguentada.

Griff se inclinou para ter certeza de que ele ouviu o som. O temor em seu estômago apertou.

“Ele está... morto?” Ela estava em pé ao lado Griff, suas pernas robustas mudando enquanto ela lutava com fascinação e repugnância. “Eu acho que é melhor você não tocá-lo até os paramédicos cheguem aqui.”

“Eu sou um bombeiro. Eu poderia...” Griff deu a volta do outro lado para que ele não precisasse mover alguma coisa para verificar as vias aéreas por respiração, e então ele percebeu.

Era Tommy. Dobsky.

O rosto de Tommy estava com hematomas e dividido, nariz quebrado. Seu braço esquerdo pendurado em um ângulo estranho. A frente de sua camisa estava encharcada de sangue. Os bastardos o tinham espancado muito. Ele poderia morrer. Ele salvou Dante.

“Foi tudo tão rápido. Em nada parecido como na TV.” A gordinha abelha-mulher disse para ninguém.

Bicha!

Griff a ignorou e verificou o básico: pulso estava irregular e respiração estava difícil.

Costelas quebradas também, provavelmente.

“Onde está a maldita ambulância?” Griff rosnou para as nuvens.

Alguém sabia que Tommy era gay. Alguém tinha visto algo e contado tudo? Alguém tinha visto ele com Alek na outra noite? Tinha o maldito Alek disse algo para as pessoas erradas?! Oh Deus.

Uma multidão se reuniu em torno Griff e de Tommy no chão. “Para trás!” A voz Griff estava mais alta do que ele esperava. Sirenes.

Bicha!

Com certeza súbita, Griff sabia o que tinha acontecido: Tommy dissera a alguém a verdade, contou tudo para outra pessoa diferente de Griff, e eles tinham levado isso... mal, para dizer o mínimo. Ele havia flertado com o cara errado ou confessado ao primo errado ou pego no bar errado. Travessuras ou gostosuras erradas. Ele tinha pagado o preço. Ele simplesmente continuou pagando tudo sobre a calçada.

“Griffin?” Jimmy vinha caminhando do bar, e seus pés desacelerando quando ele viu a poça escura embebendo a calçada e calças jeans de Griff. “Jesus. Jee-sus! Morto?”

Griff balançou a cabeça. “É um dos caras da casa. Tom Dobsky.”

Bicha!

As sirenes estavam chegando mais perto. A respiração de Tommy sacudia baixa em seu peito. Uma baba grossa de sangue escorria de seu nariz ao ouvido; isso poderia ter vindo de qualquer um.

“Eu tenho que ir com ele.”

“Sim, sim, certo. Fodido Cristo. Os policiais estão a caminho. Ambulância.”

“Esta jovem senhora vai precisar fazer uma declaração.” Griff se virou para a abelha no celular. “Tudo bem você ficar?”

A menina gordinha assentiu, olhando para ele. Seu cabelo era um halo de cachos marrons apertados. Ela estava chorando.

Griff olhou para os espectadores. “O resto de vocês deve cair fora imediatamente.”

Um homem velho de capuz tirou uma foto da calçada riscada com seu Blackberry. Mais abutres se reuniram, murmurando e especulando. Uma garota vestindo chifres e sapatos de salto altos com um buldogue francês na coleira que estava tentando cheirar a poça.

Bicha!

Griffin olhou para o círculo de idiotas fantasiados e rangeu os dentes. “Jimmy, consiga esses idiotas longe dele antes de eu mate alguém.”

Jimmy grunhiu e levou os espectadores para trás com seus braços tatuados.

Os caminhões estavam chegando. Ele podia ouvi-los alguns quarteirões acima de Van

Brunt22.

Griff baixou seu rosto para conversar com Tommy. “Segure-se, amigo.”

A gordinha abelha-menina se sentou na calçada, lágrimas escorrendo seu rosto. “Eles estavam matando-o. Eles estavam matando-o.”

22 Um bairro do Brooklin

Tommy estava tão quieto na calçada. Ele ia morrer aqui com Griff assistindo. Griff guardava o corpo como um cão raivoso, ajoelhando-se no sangue e urina e rezando por um milagre.

Quando as sirenes o alcançaram, a multidão de Halloween tinha aumentado em cerca de quarenta pessoas e respiração de Tommy era tão superficial que Griff estava preocupado que suas costelas quebradas tinham furado os dois pulmões.

Atrás dele, Griff vagamente ouviu os policiais conversando com a testemunha gordinha. O paramédico correu para ele e assumiram o comando. “Griff?”

Bicha!

“Ele não está... uh, Deus. É um dos nossos.” Griff acenou para o paramédico com cara de bebê. “É Dobsky ali. Tommy.”

“Jesus.”

O rosto de bebê estava horrorizado. Se ele soubesse.

“Oito homens o atacaram. Talvez nove. Eu posso identificar.”

Jimmy caminhou até a eles e bateu no ombro de Griff. “Eu tenho que voltar para a porta. Os policiais vão precisar de uma declaração sua.”

Griff assentiu.

Nada disso deveria ter acontecido. Se eu tivesse deixado ele me contar na outra noite...

Se eu tivesse confiado nele... Se qualquer um de nós tinha dito a maldita verdade.

Os paramédicos rolaram Tommy em uma placa e o levantaram em uma maca. Jimmy estava indo embora.

Griff começou a se encaminhar em direção à parte traseira de ambulância. Quando chegou aos policiais e a menina gordinha, ele parou e a abraçou.

Ela o abraçou de volta. “Obrigada.” Sua voz estava abafada em sua camisa.

Griff balançou a cabeça, como se ela pudesse ouvir a sua cabeça movendo, e a soltou.

Um dos policiais disse algo sobre uma declaração, mas ele ignorou.

“Pergunte-me no hospital.” Antes que alguém pudesse contestar, Griff subiu na ambulância e sentou, desafiando-os para mandá-lo para fora.

“Eu vou com ele.” Isso é culpa minha. Eu sabia que ele precisava de ajuda, mas eu fui um covarde. A culpa em Griff era como o ácido, escorregadio e tóxico.

Bicha!

A equipe de emergência deu uma olhada no tamanho Griff e raiva e cederam. O paramédico com cara de bebê, disse: “Vamos embora.”

Tommy não estava se movendo. Atrás da máscara de oxigênio, seu rosto era uma massa disforme e ele fedia.

Eu sou um maldito covarde. Devia ter sido eu sendo urinado.

GRIFF estava sentado na sala de espera quando Dante apareceu. Griff estava apoiado contra a parede ao lado de uma lata de lixo à espera de algum tipo de informação. Os joelhos de suas calças estavam duros com o sangue de Tommy e da urina daquele miserável filho da puta. Ele queria colocar seu punho através de uma parede— não, através daquele garoto que urinou. Griff queria alcançar a garganta daquele bastardo, agarrar sua bunda, e puxá-lo do avesso como uma camisa.

Dante chegou lá cerca de quarenta e cinco minutos após Tommy ter sido admitido. “Eles me disseram no Bone.” A voz de Dante estava calma. Ele apenas sabia que um

dos seus companheiros tinha sido agredido. Ele não sabia por quê. Apenas Tommy e Griff e o idiota que tinha feito isso sabia a verdade.

Podia ter sido Dante. Se esses babacas tinham acertado Dante e eu não estivesse lá?

Griff se inclinou sobre a lixeira e vomitou.

Dante esfregou suas costas em círculos suaves. “Está tudo bem, G. Você foi ótimo. Eles

o têm.”

Griff deu a Dante um olhar enlouquecido.

“Calma. A luta acabou.” Dante ergueu as mãos para cima como uma bandeira branca. “Aqueles filhos da puta quase o mataram.” A voz da Griff soou estranha em seus

próprios ouvidos, como se ele fosse um gigantesco boneco de ventríloquo e outra pessoa

estivesse falando através dele, como se alguém tivesse sua mão em sua bunda o fazendo dizer coisas. “Eu vi. Ele teria morrido. Eles queriam matar—”

Dante franziu a testa e cruzou os braços, não querendo ouvir. “Mas ele não morreu.

Esqueça isso. Você fez tudo que podia e você o salvou. Qual o problema?”

Griff não balançou a cabeça em um não, mas ele não disse nada, não podia dizer nada.

As cenas do HotHead eram como uma fodida mosca sobre eles.

Podia ter sido Dante sangrando na rua, porque eu não falei nada.

As pessoas ao seu redor se contorciam em desconforto debaixo da luz fluorescente na mobília de vinil remendado. Avisos gritavam no sistema PA incompreensível. Salas de emergência em Nova York nunca foram exatamente alegres.

Dante deu de ombros. “Tommy está sempre conseguindo arranhões, hein? Ele apenas conseguiu ser espancado desta vez.” Ele estava tentando convencer Griff. Os caras se envolviam em brigas o tempo todo.

Griff pensou sobre os arranhões e contusões da foda do beco.

Dante não tinha idéia sobre Tommy ou daquela outra vida secreta, e de jeito nenhum ele iria ser a pessoa a contar seu segredo. “Você não entende.”

“Ele levou uma surra, G,” Dante afirmou suavemente.

Mas isso não era a verdade. Griff e Tommy e o bando de filhos da puta sabiam que era uma mentira do caralho.

Isso era o que você chama de um crime de ódio.

Tommy não tinha sido assaltado ou atacado, ele apanhou por ser gay. Assim como ninguém iria denunciar isso dessa maneira. Uh huh. Conte-me outra.

“Eu nem sabia que você o conhecia tão bem.” a testa de Dante estava vincada de confusão.

“Eu não conheço. Não. Eles estavam tão prontos para matá-lo.” A respiração de Griff ficou presa em sua garganta quando ele pensava sobre Dante na calçada enrolado em um círculo de botas.

“Pelo que sabemos, ele transou com a esposa de algum cara.”

Uh. Não.

Griff passou a mão sobre seu cabelo. Ele precisava de um chuveiro. “Eles todos estavam chutando-o em mingau com as botas. Para se divertir. Ele estava inconsciente. Tudo que ele podia fazer era se enrolar e sangrar. Ninguém merece isso. Poderia ter sido você ou sua irmã, ou eu não sei—”

“Hey. Hey! Ninguém quer me matar. Eu não saio mais com mulheres casadas. Nem é de meu interesse. E eles teriam de passar por você, certo?” Dante estava tentando tirar um riso dele.

“Fodidamente certo.” Griff quase o abraço, mas não o fez. Ele olhou para si mesmo e percebeu como ele deveria parecer, quão ele louco parecia. Ele pensou sobre a cena que eles tinha acabado de gravar para a HotHead. Se alguém visse Dante chupando...

Dante deixou cair uma mão em seu grande ombro e apertou. “Deixe-me lhe dar uma carona?”

“Eu posso dirigir.”

“Você não está com a sua caminhonete, homem. Você veio com os paramédicos, lembra-se?” Dante levantou um casaco extra.

“Oh.” O cérebro da Griff era um mingau de aveia. “Certo. Obrigado.” Eles caminharam para a saída.

Dante retirou as chaves de seu bolso. “Liguei para a estação para contar ao chefe. Os caras virão aqui amanhã.”

Griff pensou sobre aqueles atacantes de novo e perguntou o que eles estariam dizendo.

Quem mais sabia Tommy transava com caras até agora? Quantos mais saberiam amanhã?

Quantas pessoas bem-intencionadas iriam passar por aqui com Playboys e chocolate depois que eles saberem que Tommy tomava na bunda? Em algum lugar, alguém havia falado a verdade, e Tommy estava na merda. Eles todos estavam, apenas Dante não sabia ainda. Griff apenas tinha que manter isso assim.

Bicha!

“Griffin?”

Griff percebeu que ele estava de pé nas portas automáticas segurando o casaco. O ar lá fora estava muito frio, mas ele não parecia ser capaz de sentir qualquer coisa. Ele colocou o casaco. Dante acenou com a cabeça e esperou por seu melhor amigo o alcançar, batendo os ombros e indo para o seu lugar de estacionamento em uma rua lateral.

Griff acenou com a cabeça para ele mesmo. Amar o seu amigo era ruim o bastante.

Perdê-lo seria...

Seria...

Griff engasgou e continuou andando.

Se isso o matasse, ele ia garantir que Dante não descobrisse a verdade.

GRIFF foi para a HotHead na tarde seguinte direito do trabalho, disposto a vender sua alma. Ele não contou a Dante. Ele nem sequer avisou Alek.

No caminho ele ligou para o posto de enfermagem no andar de Tommy. Nenhuma mudança; ele estava estável, mas ainda inconsciente.

No armazém, na Avenida X, Alek era totalmente negócios desde o momento que ele desceu para a porta da rua para encontrar Griff debaixo de grossas nuvens baixas. Um grande dia para os Finados.

Eles não falaram no elevador e Griff estava perfeitamente consciente de não ter a mochila com seus equipamentos de proteção. Ele estava usando o kilt ele usava para saltar no Bone, esperando que o inevitável pontapé na bunda viesse mais fácil. Ele tinha que encontrar uma maneira de ficar bravo com este Russo imbecil.

Lá em cima, Alek abriu o elevador de carga com um som estridente e voltou em direção ao estúdio na penumbra. Ele falou para Griff sem olhar para trás enquanto ele se enfiava através de caixas e caixas armazenadas. Alek olhou para suas pernas. “Eu gosto do seu kilt.”

Griff olhou para as dobras verde oliva. Ele tinha esquecido que ele estava usando. “É um kilt prático. Estou fazendo alguns trabalhos extras mais tarde.”

“Muito bonito. Mas você não trouxe seu equipamento bunker.”

“Não.” Griff olhou para as mãos vazias como ele o seguia. “Eu esqueci. Não. Isso é uma mentira. Eu não tive a intenção de trazê-lo.”

Alek destrancou a porta e entrou no estúdio. Todas as cortinas estavam puxadas para trás, e a luz do dia frio era forte no quarto. “Minhas desculpas pelo frio. Meu senhorio é econômico sobre a calefação porque a maioria dos meus vizinhos usa este lugar para armazenamento. Russos!” Ele checou os computadores rapidamente e se dirigiu para o conjunto de sala de estar falso.

“Então eu assumirá que você não veio filmar o vídeo solo que discutimos.”

Griff estava com as mãos vazias perto da porta, pronto para discutir o que precisava, tentando criar coragem para ser desagradável quando Alek tinha sido nada além de legal com ele. Ele se sentia como um bastardo completamente frio.

Os olhos da Alek sorriram para ele. “Você prece como se você estivesse prestes a fazer uma cena.” Ele se recostou na poltrona de couro preto, esperando.

“Sim”. Griff entrou longe o suficiente para ficar sobre o tapete na frente dele. “Mais ou menos.”

“Que tipo de cena que você tem em mente, Sr. Muir?” Mesmo sentado, Alek conseguiu parecer um belo porteiro conversando com um cliente arrogante em um hotel. “Há algum problema?”

Griff mudou seu peso de pé para pé. Ele deu um passo mais perto do conjunto. “Bem, eu vim aqui para ser um idiota, mas você foi nada além de agradável para nós.”

“Estou contente que você pensa assim. Eu gosto de você e do Sr. Anastagio um bom negócio.” Alek alisou suas calças, queixo, pronto para qualquer coisa. “Você ainda me salvou de uma agressão, na noite que nos conhecemos.”

Griff tinha se esquecido disso. Pareciam uns cem anos atrás. E ele se sentiu estranho conversando com toda a sala entre eles, mas ele não poderia chegar mais perto, e a única mobília era desse lado do estúdio.

“Olha, cara, esses vídeos são um verdadeiro problema. Para Dante e para mim. Sabe? O

tipo de problema que poderia nos levar a serem demitidos ou mortos ou pior.”

“Então, eu posso entender a sua ansiedade. Você está em um negócio perigoso.” Alek se inclinou em sua cadeira, parecendo preocupado, ou fingindo... qualquer que fosse.

Griff deu de ombros, desesperado e impotente. “Eu pensei... Eu vim aqui para dizer que eu tenho policiais amigos e eu poderia ser um bastardo e fechar você. Mas eu não quero isso indo a público e atrapalhar nossas vidas. E eu não quero foder seu negócio.” Ele deu um passo. Depois outro. Ele fechou a distância entre eles até que ele estava no set HotHead.com com Alek. “Eu aprecio isso, mas você ainda tem um problema. Sim? Por causa do conteúdo homoerótico que filmamos de você e seu amigo.” O russo tamborilou com os dedos longos na

mesa falsa de café, como se ele estivesse pensando em uma solução, ou fingia pensar.

Griff se aproximou, inquieto. “Sim. Você não entende... A coisa pornô poderia matá-lo e compreendo que não é seu problema e eu não sei como corrigir isso e eu não quero que Dante saiba e eu não quero perder tempo com você.”

“Vá mais devagar. Está tudo bem, Sr. Muir.”

“Foda, mas isso é terrível.” Griff se sentou na grande poltrona de couro e se inclinou, desesperado para fazer Alek entender o que ele estava dizendo. “Olha, você é um cara bom, Alek. Tão estranho, na verdade. Eu costumava pensar que você era um pervertido sujo antes que eu...”

“Ejaculasse sobre esta cadeira.” O sorriso de Alek se espalhou sobre o rosto como xarope. “Mas eu sou um pervertido. Você sabe disso. Somos todos pervertidos de uma forma ou outra, sim?”

“Yeah. Sim.” Griff sabia o que ele queria dizer. Alek sabia que ele sabia.

Seu conhecimento deslizou entre eles na falsa sala pornô onde tantas coisas tinham mudado. Suas pernas estavam arrepiadas debaixo do seu kilt.

“No entanto, eu não sou um vilão.” Arqueando uma sobrancelha, o russo exagerou no seu sotaque até ele parecer como um desenho animado de Rasputin. “O malvado soviético traficando carne inocente.”

Griff acenou com a cabeça novamente, tentando descobrir o que Alek estava tentando dizer. Era importante que ele fizesse sentido disso. Por que ele sentia como se estivesse falando com um amigo?

Alek se recostou no couro preto e pensou em voz alta. “Não desejo nenhum mal a nenhum de vocês. Pelo contrário, eu preferiria encontrar uma maneira de compartilhar a felicidade de ter você tomando banho no meu espaço indecente do World Wide Wank23.”

Sem a câmera e as luzes, esta pequena sala de estar parecia o canto de um escritório.

Griff teve o pensamento estranho que os dois poderiam estar esperando para ver um dentista.

Para um tratamento de canal. Ou extração.

Griff limpou a boca. Ele deveria ameaçar esse cara, ou implorar para algum tipo de indulto, ou tentar comprá-lo. Mas outra coisa saiu. “Estou fodidamente aterrorizado.” Griff se sentiu envergonhado, logo que as palavras saíram no ar frio.

“Alguém ameaçou você ou o Sr. Anastagio por causa do site?”

“Não! Quero dizer, ainda não. Ninguém sabe, e eu preciso que continue assim.”

A testa de Alek se enrugou em confusão. “Então, posso perguntar o motivo de seus medos?”

“Um cara se machucou. Realmente muito espancado.”

“Eu não entendo. Durante um incêndio que isso aconteceu?”

“Não. Tipo batido. Espancado por ser gay. Um dos homens do posto de bombeiros. Você o conheceu no Stone Bone. Esse paramédico que se esgueira ao redor, uh, dormindo com caras. Tendo relações sexuais. Jesus. Você sabe.” Griff pensou naquela transa áspera no beco. Do rosto saciado de Tommy e a mão do homem escuro em suas costas depois. Tommy calmamente mantendo Dante vivo naquele fogo. Tommy enrolado na calçada, morrendo.

“Thomas?!” o rosto de Alek estava sério de repente. Seus ombros tensos e suas mãos fechadas em punhos. Ele parecia irritado, quase tão irritado como Griff se sentia.

23 Mais conhecido com www.

“Sim, Tommy. Saindo com homens. Muitos, aparentemente. Sua esposa descobriu, e depois eu o encontrei sendo atacado, e agora ele está no hospital do caralho, urinando dentro de um saco com seu rosto unido por grampos.”

“Mas isso é terrível.” Alek parecia que ele queria matar alguém, a superfície do seu rosto rígida. “Ele era uma alma perdida.”

“E, quero dizer, ele sabe como lutar, mas não com todos ao mesmo tempo. Sabe? E com certeza ele traiu, mas todos esses fodidos caras traem suas esposas o tempo todo!” Griff esfregou o rosto e fechou os olhos doloridos, tentando não perder o controle. “Mas não com caras. Você vê? Não com caras. Portanto, ele é um viado imundo. Eles quase o mataram. Eles urinaram nele. Sua família. Sua família.”

A boca de Alek estava aberta em estado de choque. Ele percebeu e a cobriu com a mão tremula.

“Eu o vi morrer na ambulância. Quase morrendo. Sangue saía de suas orelhas.”

Por trás de seus dedos, Alek amaldiçoou em russo, em seguida, amaldiçoou novamente.

Griff balançou a cabeça e esfregou um olho. “Eles vão sair dessa. Ele não vai prestar queixa. Sessenta e alguns pontos. Três costelas. Concussão. Ombro deslocado. Seu rosto era como uma maldita berinjela.”

O rosto de Alek era de granito. “Você ajudou, no entanto. Você foi um herói. E ele vai ficar melhor.”

“Será que ele vai? Eu me sinto horrível. Porque eu sabia. Eu o vi uma noite no Village com um cara. Transando com um grande cara, quero dizer. Nem mesmo Dante sabe disso.” Griff limpou seu nariz e fez um punho. “Mas eu nunca disse nada. Talvez se eu tivesse, ele teria sido mais cuidadoso.”

“Ou talvez não.” Alek não descansou a mão sobre ele para confortar, mas Griff podia dizer que ele estava tentando ser gentil. “Talvez Thomas quisesse ser pego. Talvez ele quisesse aquela pobre mulher descobrisse e não tinha palavras para falar. Talvez fosse essa a sua maneira de se punir. Masoquismo. As pessoas se torturam terrivelmente mais do que qualquer

outra pessoa poderia. Certo?”

Griff concordou com a cabeça.

Alek concordou. Ele não tinha esquecido o que ele tinha visto.

De repente eles não estavam falando de Tommy. Sirenes soaram na cabeça de Griff, mas ele deslizou completamente para baixo, como um poste, incapaz de parar a si mesmo...

A voz de Griff era baixa e ele falou para o chão, incapaz de olhar para qualquer coisa. “A mentira é horrível. O segredo.”

“É.” Alek encolheu um ombro e franziu a testa no estúdio ao seu redor. “Mas comum. Olhe para o HotHead. Muitos de nossos membros são homens enrustidos em casamentos amargos. ‘Curiosos’, estes homens chamam a si mesmos. A fantasia é como eles sobrevivem. Ele olhou para o conjunto de três paredes sala de estar. “O mundo é construído de pessoas solitárias.”

Griff fez uma careta. “Como você pode ser ‘curioso’ se você conhece? Eu não entendo como as pessoas podem lidar com isso. Quer dizer, eu sei que eles fazem, mas eu não posso imaginar fazendo isso por toda a sua maldita vida. É como ser queimado vivo, mentindo para as pessoas que você ama. Não é de admirar que pessoas se tornem bêbadas e se escondam e se agridem. Verdade. Fácil de ser morto por dentro.”

“Há tantas maneiras melhores de se matar.” A luz de fora prateava o rosto severo de Alek, fazendo-o parecer mais velho, seus olhos pálidos. “Você bebe.”

“Eu bebo demais. Eu sei. Eu sei disso. Como meu pai.” Griff olhou para as cicatrizes de seus dedos. “Eu só faço isso quando eu estou tentando não...”

“Amar seu amigo?” A voz de Alek era gentil, seu sotaque um zumbido macio de compreensão.

A sala de repente pareceu congelada para Griff, como se até mesmo as partículas de pó tinha parado de dançar na luz do sol frio e o vento tinha parado lá fora. Seu coração parou. O sangue parou em suas veias. O mundo segurando a respiração, segurando a respiração...

Até que ele olhou para cima, seus olhos cinzentos assustados e molhados e aliviados quando a palavra escapou de sua boca. “Sim.”

Seu coração começou a bater novamente.

“Sr. Muir, amar seu Dante não é uma coisa ruim. Certamente, ele ama você... Embora eu não saiba se ele pode te amar da maneira que deseja. Ou eu desejo, aliás. Apenas ele sabe. Você entende? Raramente a vida é muito romântica.” Alek limpou as mãos em suas calças. “Mas se você não pretende ser honesto com ele, você precisa pelo menos ser honesto consigo mesmo.”

Griff acenou com a cabeça, então balançou a cabeça que não. O que é isso, idiota? “Eu apenas fico bêbado de vez em quando para não ter que se sentir nada. Eu prefiro ficar entorpecido a sentir tudo o tempo todo. Sofer por ele.” Ele brincava com as dobras do seu kilt e sufocou sua covardia.

“Um hábito perigoso para alguém tão frequentemente em perigo. O que eles dizem sobre pílulas? Não operar máquinas pesadas? A vida é maquinaria pesada.” Alek estava olhando para algo em suas calças, não querendo erguer os olhos, como ele soubesse que estava indo longe demais com um estranho, mas não podia parar. “Acredite nisto: beber até que você ir fora do mundo apenas desperdiça momentos de sua vida. Todo esse tempo é perdido. E o tempo e o amor são incrivelmente preciosos. Certo? Não desperdice tanto.”

“Eu sei. Eu sei, eu sei, eu sei, eu sei...” Griff assentiu com a cabeça. Ele sentiu as lágrimas quentes no rosto antes dele perceber que ele estava chorando.

Plip -

Uma lágrima atingiu sua mão. “Você não viu Tommy todo quebrado lá no chão do caralho. Pessoas que o amavam fizeram isso. Família. A verdade fez isso, não um maldito romance. Eu tenho que fazer alguma coisa. Seja o que for eu tenho que fazer. E eu tenho que cuidar desses vídeos ou alguém vai machucar Dante e eu vou queimar como uma maldita vela. Extinguido. Se a nossa família fizer isso para Dante ou comigo, eu iria... Eu não sei, não sei se...”

Ele engasgou, gritando silenciosamente no meio de um estúdio pornô com este tipo estranho e russo olhando para ele com desajeitada preocupação.

Como ele tinha chegado a este exato ponto? Griff tentou e não conseguiu refazer todos os passos que o tinha trazido aqui neste falso sofá chorando lágrimas de verdade com um gentil pervertido que queria tirá-lo dos escombros.

Marco Zero.

Alek não disse nada por um tempo, apenas afagou seu antebraço coberto de pelos vermelhos com paciente pessimismo de enfermeiro de unidade de queimadura. Sua respiração calma realmente ajudou Griff a se acalmar. Depois de alguns minutos, ele acenou com a cabeça careca para si mesmo e se esticou para abrir uma pasta sobre a falsa mesa de café. “Mr. Muir... posso lhe fazer uma oferta?”

Ele extraiu um envelope grande.

“Você está brincando? Você está escutado?” Griff olhou para os papéis e depois para Alek. “Jesus Cristo. Eu não trouxe meus malditos equipamentos de proteção! Eu não quero mais nenhuma falsa besteira pornô on-line que irão nos matar. Não, obrigado.” Ele respirou. “Sem querer ofender.”

“Não. Que não era o que eu ia sugerir. Um momento.” Alek se moveu na poltrona e se inclinou para frente, os cotovelos sobre os joelhos. “Você me ajudou uma vez, antes mesmo de me conhecer. Agora eu gostaria de ajudá-lo.”

“Sim. Com certeza. Mas primeiro eu tenho que encontrar uma maneira de nos manter seguros, para ajudar Dante, para proteger o que ele se preocupa, para conseguir ambos de nós a um local onde podemos ser honestos, mesmo que seja apenas por um maldito minuto, nós dois.”

Alek apenas o observou, engrenagens girando dentro de sua cabeça como se estivesse fazendo cálculos. “Eu acho que devemos remover a notável filmagem de 'Monte' e 'Duff' do site. A transmissão é um erro que poderia ter repercussões infelizes para você e para mim.”

Griff balançou a cabeça, atordoado.

“No entanto, esse vídeo foi muito popular entre os membros. Vocês são os favoritos dos fãs. É esse calor brilhante entre você, você vê. Não apenas a carne, mas o sentimento. O resto de nós é atraído para ele como lamentáveis mariposas. Eu recebi um enorme aumento no número de inscritos com o vídeo de masturbação de vocês, e eu sou um homem de negócios.” Alek cruzou seus dedos, batendo seu nariz grande e olhando diretamente nos olhos do Griff. “Então eu vou fazer um acordo com você, se você estiver disposto.”

“Sim!” Griff estava de pé tão rápido que Alek se encolheu. “Eu poderia lhe pagar. Eu vou comprá-los. Em dinheiro! Eu posso conseguir um empréstimo...”

Ele iria vender seu caminhão. Ele iria roubar um banco. Ele poderia engolir seu orgulho e implorar a seu pai.

“Não. Eu não acho que você pode pagar o que o filme acabou por valer. Principalmente a cena do sexo oral extraordinário, que não foi visto por ninguém além de mim.” As mãos vazias de Alek se abriram como se estivesse oferecendo algo. “E não precisa ser.”

Qualquer coisa. Sim.

Griff balançou a cabeça, depois sacudiu a cabeça, sentindo-se como um idiota. Ele puxou uma das dobras de seu kilt. “Mas as cenas anteriores têm servido o seu propósito, e o apetite dos membros para o produto fresco é implacável. Vocês representam algo para eles agora. Uma fantasia. Removendo esses clipes naturalmente eu poderia sugerir algum tipo de escândalo homoerótico na FDNY, que apenas melhoraria a reputação do site. Que é quase uma estratégia.” Os olhos azuis do Alek examinaram o teto, e ele passou uma mão sobre seu couro cabeludo raspado. “Em troca, eu gostaria de algo de você.”

Ele virou os olhos para Griff e sorriu.

Griff congelou, seu peito frio, seu rosto cor de rosa salmão e assando com embaraço. “Eu não acho que eu poderia, com você. Eu sei que você gosta... gosta de mim. Qualquer que seja. Quero dizer, se você está perguntando... Você é bonito e tudo, mas eu não acho que eu poderia ter sexo...”

Alek riu e balançou a cabeça. “Não, não! Você me entendeu mal. Eu gosto muito de você, Sr. Muir. Mas tão bonito como você é, eu acho que você cometeu um erro em algo muito raro e precioso com o seu amigo italiano que merece proteção contra pervertidos. Mesmo de mim. Não, eu quero você como modelo para algumas fotos.”

“Mas eu pensei—”

“Nada explícito. Nada que iria revelar sua identidade. Eu gostaria que você fosse o homem do HotHead. Meu menino de capa, por assim dizer. Minha marca. Eu não iria mostrar

seu rosto. Você não tem nem mesmo que se apresentar como um bombeiro. Podemos facilmente encontrar para você outros uniformes se preferir.”

“Mas você deseja tirar fotos de nus. De mim. Nu.” Griff sabia que ele não estava entendendo alguma coisa. Ele examinou o tapete cor de aveia, tentando juntar as peças. Ele enxugou os cílios molhados.

“Bem, sim. Obviamente. Com alguns princípios uniformes, é claro. E em troca dessas fotos, concordo para remover todo o nosso conteúdo de Monte e Duff: vídeos, fotos, biografia. O site se tornou bastante popular nos últimos meses, em grande parte graças a você e Sr. Anastagio. Mas estou atualizando-o para algo um pouco mais sofisticado, e quero alguém”— Alek examinou o corpo de Griff francamente— “excepcional para representar o HotHead para sua nova encarnação.”

Griff acenou longe essa idéia. “Como é que eu nu em todo o seu site vai corrigir o meu problema?”

“Nós não vamos mostrar o seu rosto ou quaisquer marcas identificáveis, tatuagens, etc. Mas, claro, você não tem tatuagens nessa pele impecável. Inteligente.” Alek sorriu e acenou com a cabeça, flertando um pouco de uma forma amigável que deixou seu sotaque um pouco mais forte, por algum motivo.

“Bobagem.” Griff já estava agitando sua cabeça categoricamente. “Eu não sou tão quente. Eu não sou tão definido. E eu não tenho um pau tão grande. Eu vi alguns dos monstros que você tem no site.” Ele corou, mas ele estava determinado em ser honesto. A essa altura, o que importava a ele se Alek soubesse que ele visitava incógnito o site?

“Eu poderia discutir o ponto.” Os olhos azuis da Alek enrugaram e piscaram suavemente. “E os membros são fascinados com essa química entre você e seu amigo. Mas essa não é a razão”.

“Por que, porque eu sou ruivo?”

“Porque você é autêntico, Sr. Muir. Cem por cento genuínos. Você não se parece com um stripper ou um traficante ou um criminoso. Você não é elegante ou arrumado ou popular.

Você parece exatamente o que você é: um herói americano bonito que não conhece sua própria atração. E você é intensamente atraente. É que a maior das razões, de qualquer forma.”

Alek inclinou a cabeça, dando aos braços e virilha de Griff uma estreita avaliação. “Além disso, eu amo a sua coloração extraordinária, e é apropriado depois de tudo. Eu não posso imaginar uma cabeça mais excitante.” Uma piscada e Alek riu como se eles não estivessem discutindo sobre seus respectivos futuros.

Mais perto da porta, um dos computadores fez uma espécie de guincho, recarregando- se para o mundo todo, como se estivesse se intrometendo na conversa deles. Griff e Alek se viraram ao som, mas ele não tinha mais nada a dizer. Na linha de monitores, o logotipo de fogo da HotHead ia e voltava ao redor das telas em branco contra a parede sombreada. A luz estava desaparecendo lá fora.

Quando tinha ficado tão tarde?

Alek inclinou a cabeça careca e olhou de volta para Griff por sua resposta.

Griff franziu a testa e fez uma careta tão áspera que ele sabia que se parecia com seu pai brincando de policial mau. “Então... o quê? Você tira fotos nuas de mim e os vídeos pornôs desaparecem?”

“Mm. Não eu, no entanto. Eu tenho uma fotógrafa que iria trabalhar com você durante um período de três dias. Beth. Ela é muito educada e muito talentosa e muito profissional.” Ele colocou as mãos atrás da cabeça e relaxou contra as almofadas, sonhando acordado com seu HotHead maior e melhor.

“Uma garota? Caramba.”

“Uma boneca, ela é. Beth faz principalmente editorial e fotografia de moda. Mas ela tem uma linha de negócios em calendários masculinos, e ela tem um olho autentico para nus artísticos. Ela vai, sem dúvida, desmaiar, quando o ver em sua glória. Informaremos que seu rosto, nome e todas as características de identificação nunca serão associados com Hothead.com ou as próprias fotos.”

“Dante vai me matar se ele achar que isso é caridade.” Griff girou a idéia de mais e mais em sua cabeça. “Pior ainda, ele vai ficar puto se você não perguntar a ele. Ele é um louco convencido e ele é quem precisa do dinheiro do caralho.”

“Então, você deve discutir com ele primeiro. Juntamente com... outras coisas. Sim? Fale com ele.” Alek desdobrou as páginas com espaço simples de porcarias jurídicas em papel timbrado da HotHead e esperou por Griff.

Suas sobrancelhas marrons encolheram sobre olhos amáveis, como se eles fossem velhos amigos conversando. Ele entendeu Griff e vice-versa, de uma maneira que eles eram.

Louco.

Griff não sabia por onde começar. Sua boca tentou conseguir palavras para fora, mas nada veio. Isto era de verdade?

“E não acho que eu estou deixando você fora facilmente. Uma sessão de fotos de três dias pode ser bastante cansativa. Você vai ganhar cada centavo dos meus custos por apagar aqueles vídeos.”

“Por quê?” Griff finalmente formou um pensamento inteligente, esfregando as mãos nas coxas e se levantando para que ele pudesse andar como um urso enjaulado.

Nada é tão fácil.

“Novamente, Sr. Muir, você fez a pergunta certa.” Alek parecia satisfeito, como se tivesse sido um teste. Ele observava Griff andar no tapete, e como ele tinha no dia que se conheceram nesta sala, o russo contou suas razões em seus dedos. “Porque você pode ser capaz de realizar uma fantasia louca para mim sobre os homens quentes de uniforme. Porque eu vi algo raro queimar entre você e seu Dante. Porque uma vez eu senti algo semelhante e deixei morrer. Porque as pessoas não deveriam ser punidas por amar e esperar e segurar seus corações abertos.”

Griff sentiu seu sorriso e assentimento, estúpido de gratidão. Obrigado, obrigado, obrigado. Ele limpou seu rosto com uma mão áspera. Nesta sala onde tudo havia mudado entre eles, ele quase podia sentir a perna de Dante pressionada contra a sua, como se estivessem

juntos na namoradeira.

“O que é engraçado?” Alek parecia perplexo por sua reação, mas ainda satisfeito. Griff então riu, seu rosto quente, seu alívio tão forte que parecia uísque em suas veias. “Coração aberto. Alguém disse algo semelhante para mim um tempo atrás. A senhora que me conhece há muito tempo. Huh.”

“Bem... estamos certos.” Alek estendeu a mão, à espera de uma resposta.

De repente, Griff esperava Tommy estivesse bem em seu quarto de hospital. Que alguém tinha ido. Ele iria visitar pela manhã antes de trabalhar. Ele queria saber se Dante iria. Ele se perguntou se qualquer um deles era corajoso o suficiente.

Ele respirou, pesando a oferta. Qual era a coisa certa?

Lá fora a luz do dia de novembro tinha esfriado para uma noite em poeira azul. Dentro do estúdio, na luz falhando, estava quase escuro, exceto por um círculo quente lançado por uma lâmpada de assoalho falsa ao lado da namoradeira falsa no tapete falso da sala de estar falsa. Uma pequena ilha no meio do frio e azul céu de novembro. O quarto falso, a arte falsa, o falso mundo pornô, e Alek apenas segurando a saída aberta para ele, para Dante... o mundo esperando.

Griff suspirou, olhos fechados e feliz. Ele podia sentir os olhos de Alek descansando sobre ele com paciência que ele não merecia. Por uma fração de segundo, a pequena fantasia piscando do conjunto quase parecia aconchegante. Um lugar para se esconder, e um lugar para encontrar respostas para todas as pessoas curiosas no mundo que não tinha outro lugar para perguntar ou sonhar.

“Tudo bem.” Griff apertou a mão de Alek firmemente, como uma promessa. “Eu vou falar com ele.”

GRIFF dirigiu do HotHead para a casa caindo aos pedaços seu melhor amigo pronto para falar tudo, pronto para colocar sua coragem sobre a mesa. Ele nem sequer ensaiou o que ele precisava dizer. Ele já sabia.

Eu te amo, sim, assim.

Seu coração estava batendo contra suas costelas como um chimpanzé em uma gaiola.

Quando ele chegou lá, o sol tinha ido. A porta da frente estava aberta para o ar de inverno, e a música estava saindo para a rua iluminada: The Carpenters.

Sr. Anastagio tinha que estar aqui. Ele amava todos aqueles melancólicos cantores populares dos anos setenta. Ele os amava tanto que depois de cerca de quinze minutos ouvindo-o cantarolar junto e sentir as letras bregas, você começou a amá-los também.

Provavelmente era melhor que Griff fosse embora e voltasse quando ele poderia falar para Dante sozinho sobre Alek e a oferta e, oh sim, seus sentimentos. Isso ira ser complicado o suficiente sem ter o Sr. A. envolvido. Ele apenas diria Olá e seguiria para o posto de bombeiro um pouco cedo para o seu turno.

Griff entrou na sala da frente e tirou o casaco para pendurá-lo num cabide. “Olá?”

Nenhuma resposta. Não era de estranhar. Com Karen Carpenter cantando “Top of the World” naquele volume, uma bomba poderia explodir aqui em baixo antes que os homens Anastagio notassem.

No interior, janelas estavam todas abertas e a casa estava muito fria. Quando Griff entrou o salão, ele podia ouvir o barítono arranhado de Dante cantando junto com o grave de seu pai, áspero e desafinado. Ele sorriu para o som. Eles estavam lá atrás?

A voz de Dante parecia que estava vindo de cozinha ou sala de jantar, mas para o alto. Papel de parede! Griff lembrou agora.

Pai e filho foram colocando papel de parede quarto de Dante com os rolos a Sra. A. tinha encontrado no sótão da família— um padrão de listras diagonais de bronze que parecia caro e sexy. Ela tinha puxado um pacote de antigo papel laminado no jantar de domingo, e Dante tinha voado para reivindicá-lo instantaneamente. Flip ficou furioso, mas sua casa era de aluguel, por isso ele não poderia realmente discutir.

Todos sabiam o quanto Dante tinha gastado neste despejo louco. Além disso, Dante tinha esperado e esperado para pintar o quarto principal, reduzindo todos os outros reparos até

que apenas as paredes estivessem inacabadas. As listras de bronze da Srs. Anastagio seria a peça final do primeiro quarto completo na casa de Dante.

Que sua mãe tinha encontrado o papel, que seus avôs tinham comprado e trazido da Itália, foi o lucro. Seu pai havia se oferecido para vir ajudar, e isso foi perfeito também.

Griff entrou sorrindo na sala de jantar escura. Suas cantorias vinham de uma abertura escura no teto do tamanho de uma porta. Era muito longe para estar debaixo do quarto principal, onde estavam trabalhando. Ele estava de pé debaixo do escritório inacabado que dava vista para o quintal. Todas as portas estavam abertas para deixar a cola secar.

No andar de cima o CD terminou e Griff abriu a boca para gritar um Olá para eles, uma piada sobre como instalar uma proteção atrás da cama. Ele tomou um fôlego para falar—

E no pequeno silêncio de Dante caminhando pelo chão, Griff ouviu algo que fechou sua boca. Ecoou de volta para o buraco escuro sobre sua cabeça.

“Você já enfrentou Griffin?” A voz do Sr. A. parecia chateada. “Perguntou a ele?”

O sorriso tornou-se gelo e derreteu no rosto de Griff. Ele deu um passo mais perto, olhando para o buraco. Suas vozes ricochetearam nas paredes de gesso nuas no quarto de Dante. Griff se sentia como um fantasma pairando ali em baixo nas sombras.

“Não, pai.” Dante parecia como um adolescente assustado. “Como é que eu vou lhe perguntar uma coisa dessas?”

Griff tentou se aproximar das vozes voltando na parte a frente da casa, mas longe da abertura aérea, elas eram abafadas. Ele voltou para a abertura da sala de jantar e eles ainda estavam falando.

“... sabe que vai ser difícil sua mãe aceitar isso. Ela ama Griffin como um filho. Você está pronto para expô-lo a esse tipo de besteira?”

Que diabos tinha acontecido?

Dante parecia chateado. “Eu gostaria de saber, no entanto.”

“Griff é vulnerável. Coração vulnerável. Olhos vulneráveis. Dizer algo poderia—” “Eu sei! Maldição, eu sei, Pai.” Dante parecia como se ele estivesse quase chorando. Foda! Fodafodafoda.

Griff podia sentir sua vida queimando e caindo em torno dele, os escombros esmagando sua respiração.

“Você poderia deixá-lo sozinho. Você se importa tanto assim? Quero dizer, se ele diz que você tem razão, você vai fazer qualquer coisa que você não faria normalmente?”

“Eu sou tão estúpido. Quero dizer, eu fui tão estúpido. Ele estava tentando me ajudar porque —”

— porque eu te amo te amo eu te amo—

“Eu o obriguei. Não foi ele. Fui eu.”

Griff sentiu o sussurro escapar de sua boca. “Não.” Ele tinha que subir e parar com isso.

Se havia culpa, ele iria levá-la.

A voz do Sr. A. era quase inaudível. “Garoto, foram vocês dois.”

Griff remexeu freneticamente através sua mente tentando descobrir o que poderia ter acontecido. A única coisa que ele poderia imaginar era...

O maldito site!

Já era tarde demais. Eles foram pegos. Todo mundo sabia. Tudo estava perdido. A solução que Alek tinha oferecido era inútil agora. Eles perderiam seus empregos. Eles iriam acabar chutados até a morte em uma sarjeta imunda com seus amigos mijando neles.

A respiração fugiu do corpo de Griff como se alguém tivesse deixado cair um bloco de concreto em suas costelas. Ele deslizou pela parede debaixo do buraco no escuro.

“Talvez você devesse dar um tempo. Talvez ele precise estar em algum lugar que seja longe de você.”

Griff abraçou seus joelhos. Ele tinha sido tão feliz entrando pela porta, e agora eles estavam falando sobre ele como se fosse um maldito criminoso sexual. Um, duh? Ele não sabia que era pior— sua outra família tentando descobrir como lidar com ele ou o fato de que ele era culpado de tudo e muito mais. Ele tinha que sair daqui.

O Sr. A. não disse nada por um longo tempo. Griff quase podia imaginá-lo mastigando um charuto apagado e suando em sua camiseta enquanto ele escovava a cola leitosa na parede.

Mas ele não conseguia imaginar o rosto do homem.

Quando pai de Dante falou, ele parecia resignado e mais alguma outra coisa.

Ele estava andando? Chateado? Envergonhado? “Dante, você vai cometer o mesmo erro. Toda a sua vida, hein? Todos nós cometemos. Tudo o que cada um de nós faz é um longo erro. O que você tem que fazer é olhar para a sua solução.”

Dante digeriu que antes ele falasse novamente, suas palavras ecoando na casa. “E se eu estiver errado?”

Você não está errado.

“Então você vai saber. Ele vai saber. E verdade é a única maneira que qualquer coisa começa ou termina, garoto.”

A voz do Sr. Anastagio diminuiu quando ele andou em direção a frente da casa. Houve um som raspando no teto da sala da frente quando os Anastagios mudaram algo pesado no quarto de Dante.

Griff se arrastou em seus pés e saiu pela porta da frente aberta. Esperava que eles não o tivessem visto, mas se tivessem, isso não mudaria nada.

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Comentários

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Acho que o que a personagem (Griff) ouviu foi um trecho de conversa nada conclusivo. Dante e o pai, pelo tom não estavam tratando de um tema tão sério e que se fosse o que fomos induzidos a pensar, teria sido uma discussão mais acalorada. Parece que Griff pegou o bonde andando e tirou conclusões precipitadas. Acho que na verdade falavam sobre a casa e na iminrncia da mudança de Griff para lá.

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