Carente, manipuladora e perigosa: diz que me ama - Cap. VII

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Heterossexual
Contém 2429 palavras
Data: 13/03/2017 04:06:40

Valéria e Raquel viajaram um mês depois da ligação para o tio Beto, ou o advogado Norberto Andrade. Chegaram a Campinas no final da tarde e foram recebidas por ele, no aeroporto. Raquel saiu correndo, ao vê-lo, e se jogou em seus braços, gritando seu nome. Valéria veio logo atrás dela, com Marcelinho no colo, e foi apresentada a tio Beto. Ele as levou ao hotel e marcou de ir buscá-las, na manhã seguinte, para irem ao presídio. Valéria ainda não havia conversado com Raquel sobre o fato de seu paizinho estar preso. As coisas, no entanto, começavam a fazer sentido. Porém, ainda havia muitas perguntas sem resposta. No hotel, deram banho no bebê, amamentaram e o colocaram para dormir, indo à cama em seguida. Valéria sentia Raquel meio distante, triste, diferente da menina sapeca e alegre de sempre. A loirinha se acomodou em seus braços e ficou quietinha, sem propor sexo ou namoro. Valéria respeitou seu momento e apenas acariciou seus cabelos. Raquel colocou o polegar na boca e adormeceu. No outro dia, foram ao presídio. Raquel entrou na salinha, com seu filho, deixando Valéria e Norberto na antessala. A advogada pegou a ficha do paizinho e foi se inteirar dos fatos. Nome: MARCELO DE SOUZA BATISTA. Vamos à primeira pessoa, no relato de Norberto.

- Batista? Não acredito – exclamou a namorada de Raquel. Perguntei se estava tudo bem e ela me pegou pela mão, me puxando para a área externa. – Doutor Norberto, eu quero saber, exatamente, tudo o que está acontecendo aqui. A Raquel sempre se referiu ao paizinho dela como sendo um tal de Marcelo, mas também falava de um suposto amante chamado Batista. Eles são a mesma pessoa? – a pergunta dela me pegou de surpresa, pois acreditava que ela sabia de tudo. Questionei sobre o que ela sabia da vida de Raquel e ela me disse que muito pouco. – Ela quase não fala da vida dela. Disse apenas que a mãe morreu, que era adotada e que o paizinho dela foi a única pessoa que a amou de verdade. Quem é esse paizinho e quem é o pai do Marcelinho? – perguntou. Entendi que não haveria saída a não ser revelar toda a história. – Doutora, a história de vida da Raquel é confusa e triste. O pai biológico dela faleceu quando ela tinha apenas cinco aninhos. Eles eram muito próximos e ela sentiu bastante essa perda. Daí pra frente, passou a viver, somente, com sua mãe, Clarice. Aos treze anos, Clarice conheceu o Marcelo e se casaram. Quase ninguém o chamava assim, mas por Batista, não me pergunte o motivo. Batista, então, preencheu o vazio paterno de Raquel e os dois estabeleceram uma ligação extremamente apaixonada.

A Raquel sempre foi uma menina muito carente e carinhosa, ao mesmo tempo. Ela perdeu os pais muito cedo, foi abandonada. Aos treze anos, chegou na casa do Batista e da Clarice e passou a fazer coisas com ele que ela acreditava ser normais entre pai e filha. Por exemplo, sempre que ele chegava, ela corria e se jogava nos braços dele. Jantavam juntos e se sentava no colo dele para verem televisão. O tempo todo, enchia seu paizinho de beijos, carinhos e abraços. Dormia no colo dele e o fazia carregá-la pra cama. O Batista amava fazer tudo isso, pois sempre quis ter uma filha e jamais conseguiu. Com a Clarice, a relação era boa também, mas era mais fria e, com o tempo, começou a criar constrangimentos, ambas competindo pela atenção e amor de Batista. Como a Raquel era muito mais expansiva, mais alegre, mais carinhosa, não é de estranhar que ela tomou a frente da mãe no coração dele, inclusive, armava algumas peraltices para ficar sozinha com ele, sem a mãe. A Clarice não gostava e chamava a atenção da filha. A Raquel começava a chorar e corria pros braços de Batista, que ficava ao lado dela. Um final de semana, a Clarice precisou viajar a trabalho e deixou os dois sozinhos, em casa. Na primeira noite, o Batista estava deitado e a Raquel entrou no seu quarto, só de camisola, dizendo que teve um pesadelo e pedindo pra dormir com ele. O Batista permitiu e foi a primeira vez que dormiram juntos. Depois desse dia, se tornou uma constante, mesmo com Clarice em casa. Passaram também a tomar banho juntos, ficavam nus na frente um do outro, a intimidade entre eles estava total.

Uma noite, a Raquel estava no colo dele, na sala, só de calcinha e uma blusinha bem curta, e pediu pra ele a levar pra cama. O Batista, que fazia tudo o que a coelhinha dele queria, levou e ela não o deixou voltar pra sala. Pediu que dormissem juntos e eles transaram pela primeira vez, nesta noite. Ela tinha quatorze anos nessa época. O Batista ficou com a consciência super pesada e decidiu que não iria mais acontecer, mas ela queria de novo e armava das suas pra dormir com ele outra vez ou tomar banho juntos. Aí, transavam novamente. Então, imagine a situação. Ele foi o primeiro homem dela, de uma menininha de quatorze anos, na flor da juventude, um homem com quase quarenta, se apaixonou. Não era mais um amor de pai, mas de um homem por uma mulher. Eles se tornaram amantes e transavam com frequência, praticamente todos os dias. Por um certo tempo, conseguiram fazer isso sem chamar a atenção de Clarice, mas não durou muito. A Raquel não é, exatamente, uma menina muito discreta e, à noite, gemia muito alto, fazia escândalo mesmo. Um ano depois, ela já era a esposa dele, ao menos na prática. Ela passou a cuidar dele, da roupa dele, da comida, dormiam juntos todas as noites, namoravam livremente pela casa, andavam de mãos dadas na rua e não escondiam mais de ninguém. Clarice morria de medo de perdê-lo e acabou ficando em silêncio, nem o denunciava nem a devolvia ao orfanato. Uma vez, ameaçou devolvê-la e a Raquel disse que, se fosse embora, o Batista iria com ela e vice-versa. Ele era dela e ela pertencia a ele.

Quando ela completou vinte anos, ficou grávida e foi a gota d’água. Clarice enlouqueceu, estourou em casa e fez um escândalo, ameaçando denunciar Batista à delegacia, por pedofilia. Raquel perdeu a cabeça e as duas tiveram uma briga terrível, com gritos assustadores, xingamentos, ofensas pesadíssimas de lado a lado. Clarice a chamava de vagabunda, piranha e Raquel respondia onde doía mais nela: a impossibilidade de ter filhos e dizia também que não foi capaz de segurar o homem dela na cama. O saldo disso foi Clarice aparecer morta, estrangulada, no dia seguinte. O Batista foi preso por assassinato e a Raquel perdeu o bebê. Foi quando ela passou a morar comigo e minha esposa. Ela estava em depressão profunda, não queria comer, sair de casa, falava do paizinho o tempo inteiro e ria quando contava o jeito que a mãe morreu. Nós a levamos a um psiquiatra e, por um tempo, ela melhorou até que começou a visitá-lo toda semana. Um dia, ela começou a namorar aquele rapaz, Lucas, e se casaram. Foi bem rápido. Um tempo depois, ela pareceu grávida. Ficamos super felizes por ela, casada, esperando um bebê, feliz. Mas, descobri que ela continuava indo ao presídio sem o marido saber. Eu o pressionei e ele confessou que transava com ela sempre que ia e o bebê era dele. Foi ele também quem a convenceu a se casar com o Lucas. O Lucas, lógico, não sabia de nada e eles foram embora, pra sua cidade. Só tive notícias dela quando me telefonou, mês passado, e falou que não estava mais com ele, e sim, com você.

Valéria escutou meu relato, atentamente, mas percebi sua expressão facial, denotando seu espanto e, até mesmo, certo inconformismo. – Doutor Norberto, um dia, a Raquel teve uma discussão séria com o Lucas, no meu apartamento, e disse a ele que já havia se livrado de pessoas bem mais importantes que ele. Deus me perdoe por essa pergunta, mas foi o Batista mesmo quem matou a mãe dela? Por favor, seja sincero comigo. Eu amo a Raquel, sou completamente apaixonada por ela, mas também sou advogada e meus instintos me dizem que o senhor está escondendo algo – eu não estava escondendo nada. Expliquei a ela que jamais tive certeza do que realmente se passou naquela casa. A dúvida dela era bastante pertinente, mas somente duas pessoas poderiam dirimi-la e elas estavam na salinha dos visitantes naquele momento. – Doutora, se a senhora quiser meu conselho, esqueça essa história e seja feliz com a Raquel. Se a senhora a ama de verdade, coloque uma pedra nesse assunto e vá viver com ela, criar o Marcelinho da melhor maneira possível. Não tente desenterrar os mortos. A Raquel precisa de estabilidade e de alguém que a ame e cuide dela – dei esse conselho de coração. Não houve resposta, pois Raquel apareceu, gritando o nome de Valéria.

- Ave Maria, pensei que tinha ido embora. Vem, amor, o paizinho quer conhecer você – chamou. Raquel puxou Valéria pela mão, deixando o tio Beto sozinho, e entraram na sala. Batista estava brincando com Marcelinho e se levantou com a entrada das duas. – Paizinho, essa é a Val. Esse é meu paizinho. Ele num é lindo? – apresentou Raquel. Valéria e Batista se cumprimentaram e conversaram um pouco. Raquel ficou abraçada à Valéria o tempo todo, com a cabecinha deitada em seu ombro. – Cuide da minha coelhinha, Val. Ela é a coisa mais preciosa da minha vida – disse Batista ao final da conversa. Se despediram e, quando Valéria pegou o bebê dos braços dele, notou que sua braguilha estava aberta. Sentiu um nó no estômago, mas não disse nada. Raquel e o paizinho se abraçaram e foram embora. Tio Beto as deixou no hotel e subiram para o quarto. Banharam e alimentaram Marcelinho, que dormiu. – Enche a banheira pra gente tomar banho, juntinhas – propôs Raquel. Valéria encheu e não conseguia esquecer a história que ouviu e a braguilha aberta de Batista. Eles teriam transado? Pensou em perguntar à Raquel, mas foi abraçada por trás e a garota começou a beijar e morder seu pescoço. – Hoje à noite, vamos foder por ontem e por hoje – disse ela.

Entraram na banheira e ficaram abraçadas, trocando carícias. Raquel brincava com os dedos de Valéria, beijava e chupava cada um deles. – Tô com vontade de tomar sorvete – disse ela, do nada. Valéria riu do comentário aleatório e a apertou em seus braços. – Adorei conhecer teu paizinho. Eu te amo, sabia, coelhinha? – sussurrou. – Sabia. Eu também te amo. Preciso pensar num bicho pra chamar você. Eu sou a coelhinha e você é... – respondeu, pensativa. – Sou o que você decidir, amorzinho, e sempre que você quiser voltar pra visitá-lo, eu te trago – disse Valéria. – Não vou mais voltar, amor. Hoje, foi minha despedida. Meu paizinho falou que eu sou sua agora e pra eu cuidar de você e dos nossos filhos – falou Raquel. – Quer tomar sorvete comigo? – perguntou de supetão. – Quero sim. Quero fazer tudo com você – respondeu a advogada, rindo. Raquel se virou de frente, ajoelhou-se entre as pernas dela, chupou dois dedos e, com carinha de menininha arteira, a penetrou na boceta. Valéria suspirou e se agarrou às bordas da banheira, jogando a cabeça pra trás. Raquel passou a fodê-la com os dedos e a chupar seu pescoço, mordendo com força. – Isso dói – reclamou. – Ficou vermelhinho hihihihihi – brincou. – Lá embaixo, tá cheio de mocréia horrorosa e quero que elas saibam que você tem dona. Deixa eu morder mais? – pediu. – Deixo, minha cachorrinha linda – respondeu Valéria. As duas ficaram na banheira por mais de uma hora, transaram e Valéria terminou com seu pescoço muito marcado.

A advogada foi comprar o sorvete para Raquel e, ao voltar, viu a namorada deitada no chão, de bruços, pelada, balançando as pernas. Marcelinho brincava ao lado dela. Raquel escrevia umas coisas num pedaço de papel. Valéria se deitou ao seu lado e mostrou o sorvete. – Amor, eu preciso de uma foto da jaburu ou uma imagem de São Jorge – falou Raquel. – Precisa do quê? Pra quê, coelhinha? – estranhou Valéria. – Descobri umas simpatias, tiro e queda, pra afastar rival do meu amor. Vou pegar a foto, desenhar de caneta preta os olhos dela pro dragão ventoso não enxergar mais, esfrego um limão na foto e digo ‘perderás o interesse no meu amor, não vais mais ver nem sentir nada por ele, vadia’. O vadia é por minha conta. Aí, eu meto a foto e o limão num saco plástico e enterro num sítio. É perfeito – falou Raquel. Valéria ficou de queixo caído. – Você é doida, completamente pirada – comentou. Raquel discordou e disse que todo cuidado era pouco. Valéria não se controlou, caiu na gargalhada e deu uma palmada na bunda dela. – Tua sorte é que tem uma bundinha deliciosa – falou. Caiu de boca e começou a beijá-la e chupá-la até Raquel gozar de maneira estridente.

Desceram e foram passear pelo hotel. Valéria empurrava o carro de Marcelinho e Raquel ia de braços dados com ela, fazendo questão de mostrar a todos que eram um casal. Pararam na piscina e se sentaram em uma das mesas. – Vamo dar um mergulho? – propôs a loirinha. – Agora? A água deve tá um gelo, maluquinha. E não estamos de biquíni – respondeu Valéria. – E daí? Vamo de calcinha e sutiã. Eu vou – falou Raquel, tirando a roupa e pulando na água, só de lingerie. Valéria riu e olhou de lado. Como não havia ninguém, deixou Marcelinho no carrinho, tirou a roupa e pulou na água. Mal mergulhou, Raquel a agarrou e a beijou com força, com paixão. Colocou suas pernas na cintura e a prendeu contra a borda. Arrancou o sutiã de Valéria e engoliu seus peitos, levando a advogada ao delírio. Enfiou a mão na calcinha e colocou três dedos em sua xoxota. Valéria grunhiu de tesão e mordeu o ombro de Raquel pra não gritar. Colocou sua mão na calcinha dela, por trás, e enfiou um dedo em seu cuzinho. As duas se foderam deliciosamente em meio a beijos ardentes e selvagens. Algumas pessoas viram e deram meia volta. Outras ficaram olhando, curiosas e excitadas. Alguns casais começaram a se pegar também. As garotas continuavam transando na água, alheias ao seu entorno. Gozaram intensamente e se abraçaram, se beijando com mais calma.

P.S. Depois de uma paradinha para o final de semana, estamos de volta. Nesse capítulo, os mistérios foram decifrados. O que acharam deles??? Deixem seus comentários e se preparem para o final da história. Acessem https://mentelasciva.wordpress.com

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