A história impossível de nós dois. (Capítulo 41-Ultimos Capítulos)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1710 palavras
Data: 04/03/2017 23:22:51

Continuando...

-Eduardo,tá tudo bem?-Perguntei,ao notar o quanto seu coração estava acelerado e o seu corpo rígido.

-Claro,por que não estaria?-Ele respondeu,sem demonstrar nenhuma emoção.

-Sei là,tu parece preocupado!-Disse,enquanto lhe acariciava o braço.

-Estou com alguns problemas,mais nada que eu não consiga resolver.-Ele disse,enquanto acariciava os meus cabelos.

-Que problemas?-Perguntei curioso.

-Trabalho!-Ele respondeu,sem vontade.

-Tá...Mais se quiser falar,tô aqui.-Disse baixinho.

Sem dizer nenhuma palavra,Eduardo me empurrou para o lado,fazendo com que eu saisse de seu colo e então ficou de pé.Em passos rápidos,ele foi até onde estavam as partes do seu celular,as apanhou e em poucos segundos,as juntou de volta.Irritado,ficou a mexer nele por algum tempo,enquanto soltava palavrões em voz baixa.

-Vou tomar um banho...Quer ir?-Perguntei um pouco tímido,apesar do que havia acabado de acontecer entre nós.

-Não,tenho que fazer algumas ligações!-Ele respondeu,largando o celular em uma mesinha e pegando sua cueca boxer azul claro,vestindo a logo em seguida.

-Tá...Tudo bem!-Disse desapontado.

-Lúcio eu gostaria de ficar mais algum tempo curtindo você,só que um novo problema surgiu e realmente,não posso me distrair agora!-Ele disse rapidamente,após notar a cara de frustrado que fiz.

Concordei e apanhei minhas roupas que levei até o quarto,e as deixei sobre a pilha das peças que tinham que ser lavadas.Peguei a tolha e fui até o banheiro,onde tomei um longo banho de água fria,e então voltei até o cômodo onde dormia.Depois de vesti uma cueca verde,fui até uma caixa a um canto e remexi nela até encontrar um calção preto e o coloquei.Coloquei uma regata branca,um pouco de perfume e sai em direção a sala,que estava vazia.

Caminhei até a janela e ao olhar para fora,notei Eduardo encostado ao seu carro conversando com Noel e mais dois homens que não deu para ver a fisionomia.

Como já estava um pouco tarde,quando saisse dali,Eduardo iria direto para sua casa,então decidi voltar ao meu quarto e me deitei em meu colchão.Exausto,logo adormeci e entrei em um sono profundo e sem sonhos.No dia seguinte,despertei com Noel me sacudindo e com algum esforço,consegui me sentar.

-Adivinha,o que combinei com a sua mãe?-Ele perguntou com um sorriso,mais notei que em seus olhos não havia a alegria que tentava demonstrar e sim apreensão.

-Uma lua de mel?-Respondi sem ânimo.

-Quase isso...Eu e ela combinamos de que vocês dois,ficassem comigo por algum tempo. -Noel respondeu.

-Por que?-Perguntei surpreso.

-Ah,bem...eh...Porque tenho que cuidar das minhas coisas,mais não quero ficar longe de vocês.-Ele respondeu enquanto passava a mão pela cabeça,nervoso.

-Sei là Noel...Acho que quero ficar aqui.-Disse com cuidado para não mágoa-lo.

-Minha casa é grande,têm piscina e uma sala de jogos,e você vai ter um quarto apenas pra você...Também está vindo uns amigos para passar uma temporada e a casa sempre vai estar cheia e nós vamos nos divertir bastante,eu prometo.-Noel disse ansioso,enquanto apanhava as minhas mãos e as segurava.

-Meus amigos ainda estão no hospital...Não sei se é uma boa idéia sair daqui,com eles ainda muito doente.-Argumentei.

-Lúcio,juro que sempre vai ter noticias dos seus amigos,mais sua mãe já aceitou...Poxa,não quero ter que me separar de vocês!-Noel disse,com uma expressão que não consegui interpetrar bem.

-Acordei agora...Deixa eu ficar um pouco só é daqui a pouco nos falamos.-Disse após alguns minutos em silêncio,apenas o observando.

Noel concordou e com um beijo em minha testa,se levantou e saiu.Não sabia porque,mais aquela proposta dele,tinha me causado uma estranha sensação,como se houvesse algo mais por trás desse inusitado pedido.

Ainda pensando naquela possibilidade,me levantei e caminhei até o banheiro,onde fiz minha higiene e tomei um banho rápido.De volta ao quarto,vesti uma cueca branca,uma calça jeans e uma camisa de mangas azul escuro,e então sai do quarto.

Sem vontade de comer,sai pela porta e me sentei na calçada.A rua estava quase deserta a não ser por alguns rapazes espalhados por ali e um homem parado na esquina,encostado a sua bicicleta.Senti a sensação de estar sendo observado e não precisei me virar,para saber que o Noel me espiava pela janela.

O tempo foi se passando e eu de cabeça baixa,não notei que o homem na esquina havia montado em sua bicicleta e vinha em minha direção,ganhando velocidade cada vez mais.Ao passar em minha frente,algo caiu no chão e o mais discreto que consegui ser,apanhei e notei que era um pequeno livro.Olhei para trás e percebi que Noel não estava mais lá,então passei a folhear o livro sem interesse,esperando que o homem voltasse para o buscar.

Quase ao final e muito bem dobrado,estava um papel branco que peguei e tentei desdobra-lo,o que me deu um pouco de trabalho.Ao terminar,notei que se tratava de um bilhete e para a minha surpresa,estava enviado a mim.

-Olá Lúcio!Da última vez que o vi,era apenas um bebê morrendo com pneumonia,enquanto Sônia o levava junto ao corpo,por uma trilha dentro de uma mata.Mais para o meu espanto,você sobreviveu e está se tornando um homem,porém não têm nenhum conhecimento da sua história e me pergunto que futuro pode ter,senão conhece o seu passado?Eduardo e TH,seus anjos da guarda ou poderia dizer,seus manipuladores?Na suposta intenção de lhes proteger,os dois estão escondendo de você toda a verdade sobre a sua história,Lúcio.Ou seria melhor lhe chamar pelo seu nome verdadeiro,Santiago?

Não,acho que não,pois até isso seu pai escondeu de você,que o seu nome não é Lúcio Monteiro e sim Santiago Castro Barroso.Coitado,esse é apenas um dos fatos que o seu pai andou lhe escondendo,e não acho justo que continue vivendo uma mentira,ao contrário,deve conhecer a sua história e o mal que esse monstro que se diz seu pai,o causou .Infelizmente não posso me aproximar de você e tive que bolar um meio para fazer essa mensagem chegar a suas mãos,e sabe porque?Porque Eduardo Almeida não deseja que você descubra o tipo de monstro que seu pai realmente era.Mais sinto que tenho como dever,lhe mostrar a outra face de Lúcio e se quiser saber tudo que sei sobre o seu pai,é só vir até mim na praça há três ruas da sua casa,estarei lhe esperando em um carro branco...Mais antes espere alguns minutos,até que meus homens criem uma distração,pois em volta de você há vários cães de caça do Eduardo,todos dispostos a impedir que você chegue até mim e saiba toda a verdade.-Le pela segunda vez e então fechei o livro com uma força desnecessária.

Aquele bilhete tinha o maior conjunto de absurdos que eu já havia visto na minha vida,mais não pude evitar de sentir a minha curiosidade ser atiçada.

"Me mostrar a outra face do meu pai,mostrar o tipo de monstro que ele era.A verdade sobre a minha história."

Essas frases giravam na minha cabeça,e apesar de achar um absurdo ele dizer que meu nome era outro,não conseguia evitar de imaginar quais teriam sido as outras coisas que meu pai teria me escondido e se eu realmente tinha outra história.

E o Eduardo e o TH?Será que se aquilo do meu pai ter me escondido coisas e eles soubessem,não me contariam?

"Claro Lúcio,Eduardo escondeu de você que teve uma história de amor com seu pai,o que mais ele não teria coragem de esconder?"-Minha consciência perguntou,fazendo com que uma dúvida surgisse em meu peito.

Por fim,decidi ir encontro daquele homem e saber o que ele tinha a dizer,porém lembrei que o bilhete não tinha assinatura e eu não sabia se quem estava por trás de tudo aquilo,era amigo ou inimigo.E se tudo escrito ali,não passe de uma mentira e eu estivesse indo rumo a uma armadilha?

A dúvida cresceu dentro de mim e fiquei de pé,andando de um lado para o outro,com as palavras daquele papel girando febrilmente dentro da minha cabeça.

Enquanto refletia sobre aquilo,notei vários barulhos entranhos,bem próximos.E depois de se repetir três vezes,notei que eram tiros.Noel saiu de dentro de casa e bastante nervoso,pediu que eu entrasse para,o que fiz sem reclamar.

Pela janela vi ele descer a rua e quando já não conseguia mais vê-lo,fui em direção a cozinha e me aproximei do muro.Esperei alguns minutos para ver se minha mãe aparecia e então me apóiei em um monte de coisas quebradas e consegui içar o meu corpo para cima do muro e pulei tranquilo para o terreno vazio que ficava do outro lado.Caminhei com cautela até a rua e peguei a direção contrária de onde vinha os tiros e após algumas voltas,consegui chegar a única praça que tinha perto da minha casa.

Com a dúvida me corroendo por dentro,nem percebi que a praça estava totalmente vazia e o único veículo era apenas um carro branco estacionado do outro lado.Minha vontade de saber o que aquela pessoa tinha para contar sobre o meu pai era tão grande que sem nenhuma cautela,me aproximei o suficiente para notar que não havia ninguém.

Antes que eu pudesse ter qualquer reação,algo se chocou contra a minha cabeça e eu apaguei.

Continua...

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Olá,pessoal...

Boa noite!

Depois de uma terrível semana,esse pobre escritor volta para vocês,mais depenado que frango de padaria.kkkkkkkkkkkk

Para quem quer saber,Eduardo têm atualmente 33 anos.

Obrigado a todos que comentaram,espero que gostem desse capítulo e até o próximo,que é o penúltimo.

Obrigado pelas notas e saibam que as críticas de vocês são bem vindas,mais façam com jeitinho por favor kkkkkk

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Comentários

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O Eduardo te 33 anos! Caralho ele é velho hein, eu sabia que tinha caroço nesse angu. Será que o pai do Lucio tá vivo?

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Grande escritor! Grandes emoções se reservam para esses últimos capítulos! Espero que o Lucio não seja morto!

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Esse conto e fabuloso.

O outro tb é ótimo. Continue ele .

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Eduardo é um bosta, igual o Lúcio pai.

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PASSOU DA HORA DE TODAS AS VERDADES APARECEREM. JESUS, EM QUEM CONFIAR? EDUARDO? TH? MÃE? FRED?

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Tomara que essa pessoa conte toda a verdade mesmo, e que detone o Lucio pai e o Eduardo!

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A pessoa me deixa dias esperando e quando aparece é um vendaval.... Mudando tudo o ódioAgora me prendeu mais ainda

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Vou te dar zero, isso é forma de cortar o conto?

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