SEXO SOB A MIRA DE UMA ARMA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1839 palavras
Data: 24/02/2017 03:15:50
Última revisão: 24/02/2017 06:51:00
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

A ESCRITORA DE POEMA ERÓTICOS - Parte 09

Voltei a deitar na cama e continuei pensativo. Ainda faltavam algumas horas para o encontro com a escritora, então eu tinha tempo para resolver o mistério do duplo assassinato no edifício dela. Primeiro, me concentrei no corpo de minha ex-namorada, apunhalada mortalmente no coração. Lembrei-me de que o sujeito que se passava por policial federal disse que o pessoal do necrotério não deveria fazer autópsia no corpo. Porra, se era claramente visível o ferimento no coração, não era necessário fazer-se autópsia! A menos que não quisessem que as entranhas da moça fossem expostas. Mas, por quê?

Levantei-me da cama de um salto e liguei para um de meus amigos que trabalhava no necrotério. Ele me disse que o corpo continuava lá. Ninguém o viera buscar ainda. Avisei que eu estava chegando. Como estava sem carro, destruído num acidente que me deixou andando de cadeira de rodas, peguei um táxi. Quando cheguei lá, no entanto, vi dois sujeitos vestidos de ternos negros saltando de um carro da mesma cor de suas vestes. E com chapa branca, denotando ser um carro oficial. Pedi que o taxista parasse do outro lado da rua e fiquei à espreita. O taxista, no entanto, foi logo avisando:

- Se está metido em algum rolo, não quero me envolver nisso, senhor - disse preocupado - o babado parece ser federal e cheira a cadeia. Portanto, pague-me a corrida e libere-me, por favor.

A contragosto, paguei a corrida. Até porque, não tinha dinheiro suficiente, se esta se estendesse em perseguição ao carro oficial. Saltei do veículo, enveredei por um beco paralelo ao necrotério e atingi os fundos do prédio. Entrei por uma saída de emergência que já conhecia de outras paradas. Bem a tempo de ver os dois sujeitos de preto carregando um saco cinza, contendo um corpo. Fui à sala do médico legista e encontrei-o cochilando. Furtivamente, abri a gaveta do birô onde dormia, com a cabeça apoiada nos braços sobre o tampo, e retirei dali as chaves do seu carro. Eu sabia que ele não mo emprestaria de bom grado e perderia tempo discutindo. Fiz o caminho de volta pela porta de emergência e localizei seu Fiat Uno estacionado perto. Fiquei esperando que os dois sujeitos acomodassem o corpo dentro do carro oficial e os segui, quando partiram.

Depois de mais de meia hora perseguindo-os, sem que me vissem, pegaram uma rodovia estadual cercada de árvores nas duas margens. Logo enveredaram por um atalho na mata e eu os segui de faróis apagados, já que estava quase que totalmente escuro. De repente, o carro deles parou. Estanquei imediatamente, também, para que não ouvissem o barulho do motor do Fiat. O motorista do carro oficial desceu e ajudou o parceiro a tirar o saco com o corpo. Estranhei que o terceiro sujeito não desceu para ajudá-los. Senti um arrepio na espinha quando adivinhei a manobra deles: um havia saltado do carro e ficara para trás, cobrindo a retaguarda.

Imediatamente, senti um cano frio encostar em minha nuca. Também não lhe dei tempo para reagir: lancei-lhe um direto na garganta. Ele soltou a arma no chão e levou as duas mãos ao local atingido, com os olhos esbugalhados. Cuspiu sangue por ter a laringe atingida. Também não conseguiria respirar, tampouco gritar pelos companheiros. Reconheci-o como sendo o sujeito que estava de posse da minha pistola. Recuperei-a do chão e apontei-a para sua cabeça. Ele fechou os olhos, esperando o tiro. Mas eu apenas o golpeei na nuca com a arma, fazendo-o cair desmaiado. Na verdade, eu sabia que o golpe na garganta seria fatal para ele. E eu não não estava arrependido de tirar-lhe vida. Sentia-me vingador do assassinato de Lia.

Os dois sujeitos haviam aberto o saco de defuntos e tiraram o corpo que havia nele, depositando-o no chão. Depois olharam em minha direção, onde eu estava escondido por trás de uns arbustos, como se estranhassem a demora do companheiro. Conversaram entre si e um deles puxou um revólver do coldre subaxilar, caminhando ao meu encontro. Escondi-me melhor e fiquei esperando que se aproximasse mais. Este, quando viu o companheiro caído ao solo, descuidou-se ao correr para socorrê-lo. Ficou fácil para mim golpeá-lo à traição, desacordando-o também, com uma pancada na nuca. Dei outro golpe no mesmo lugar, por garantia. Aí, o terceiro sujeito me viu. Sacou rápido uma arma e atirou. Senti a bala passar zunindo por minha orelha. Atirei, também. Ele dobrou-se sobre o próprio corpo e caiu de cara no chão.

Corri para lá, de pistola em punho, mas ele já não se movia. Chutei a arma que estava em sua mão e encostei o cano da minha pistola em sua cabeça. Ele respirava ainda, mas parecia desacordado. Recolhi sua arma e guardei-a na cintura. Depois, olhei em direção ao corpo da jovem estendido no chão. Ela tinha a barriga aberta e as entranhas expostas. Ao seu lado, vários saquinhos plásticos ensanguentados.

Adivinhei logo do que se tratava: ela havia engolido vários sacos de cocaína. Aqueles sujeitos estavam recuperando a droga do seu estômago. Doida por dinheiro, do jeito que minha ex-namorada era, decerto havia se envolvido com o tráfico de drogas. Lamentei a sua sorte, mas ainda restava saber quem eram aqueles sujeitos e em que estavam envolvidos. Meti a mão no bolso do primeiro indivíduo e encontrei seus documentos e distintivo. Policial Federal. Mas se estivessem em alguma operação legal, não teriam levado o corpo da moça para um local tão ermo. Policiais corruptos, com certeza.

Com os três fora de combate, eu teria tempo para fuçar o apartamento onde estavam ocupando no prédio da poetisa. Por isso, deixei-os lá estendidos, depois de verificar se o que eu golpeara na garganta ainda estava vivo. Respirava com dificuldades, desmaiado, mas escaparia da morte. Encontrei luvas de borracha no bolso de um deles, junto com um molho de chaves que deviam pertencer ao apartamento onde estavam. Limpei minhas digitais do revólver que eu confiscara e deixei-o perto do dono. Mas carreguei comigo a minha pistola, que estava em posse do primeiro que derrubei. Peguei o celular de um deles e liguei para a polícia, dando a localização de onde estavam. Pedi que trouxessem uma ambulância. Dei uma olhada no carro deles e encontrei uma peruca e bigodes postiços no porta luva. Confisquei todos. Depois, sai dali guiando o Fiat emprestado do legista.

Devolvi o carro, estacionando-o no mesmo local onde o encontrei, e saí dali sem ser visto pelos funcionários do necrotério. Peguei um táxi e rumei depressa para o prédio da poetisa. Saltei, mas não entrei imediatamente no edifício. Encontrei um beco deserto, perto, e coloquei a peruca e os bigodes postiços, me disfarçando. Só então, segui para a portaria. O porteiro era outro. Muito solícito, atendeu-me muito bem. Principalmente quando eu disse que era aguardado por uma senhora no quinto andar. Disse que tinha ordens de deixar-me subir, sem avisar, e indicou-me o elevador. Pouco depois, eu estava diante da porta do apartamento dos sujeitos vestidos de negro.

Abrir a porta não foi difícil. Num instante, localizei a chave no molho confiscado. Antes, bati na porta, de leve, por três vezes. Assim, não correria o risco de encontrar dentro do apartamento um quarto homem. Mas não havia ninguém lá. Entrei e fechei a porta atrás de mim. Fui direto para o quarto onde eu vira o rifle com mira telescópica. Ele continuava lá, apesar das cortinas estarem fechadas. Abri-as um pouco e olhei pela mira. Estava focada diretamente em uma janela de um hotel de luxo que havia nas redondezas. Mas não vi ninguém no aposento onde se fixava a mira. Olhei em volta e avistei um binóculo possante no quarto. Peguei-o de luvas e apontei-o para o hotel. Localizei o andar de interesse daqueles sujeitos e fixei-o na memória. Pretendia ir até o hotel e perguntar quem se hospedava naquela suíte. Antes, porém, daria uma busca no apartamento onde me encontrava.

Vi umas plantas das ruas em volta do hotel de luxo e outros papéis com anotações que pareciam codificadas, por isso não consegui decifrá-las. Fucei o guarda-roupa e encontrei camisas e calças em estilos joviais, que não deveriam pertencer àqueles homens. Na sala, sobre uma mesinha, um litro de bom uísque consumido pela metade. Três copos sujos. Um, com marca de batom. Da cor que minha ex-namorada gostava de usar. Na cozinha, porém, encontrei um par de sapatos femininos que não pertenciam a ela. Lembrei-me que Lia usava um parecido. Deu-me um frio na espinha quando vi um freezer horizontal na cozinha. Abri sua tampa e tive uma terrível surpresa. Havia dois corpos dentro. O cadáver congelado de Lia e o de um jovem de aproximadamente trinta anos. Ele tinha a goela cortada por uma lâmina afiada, talvez a mesma que golpeou o peito da minha ex-namorada. Mais um mistério para eu resolver.

Encontrei uma máquina fotográfica digital entre os pertences dos sujeitos e registrei tudo que achei interessante. Também encontrei um laptop com um pendrive acoplado e baixei todas as imagens nele: cadáveres no freezer, rifle com mira telescópica, mapas e planos codificados de ação, tudo, tudo. Saí do apartamento, retirei as luvas e já ia tirando o disfarce quando ouvi passos no corredor. Era a faxineira sarará. Olhou para mim toda desconfiada, porém não me reconheceu. Disse-me que havia visto os ocupantes daquele apartamento saírem juntos, já havia um bom tempo, e que eu devia esperá-los na recepção, não ali. Respondi com um aceno de cabeça, evitando falar. Não queria ser reconhecido pela voz. Esperei o elevador sob as vistas dela. Ainda bem que não chegou a tempo de ver quando eu fechei a porta com a chave que confisquei dos sujeitos. Mas me viu descalçar as luvas, e isso seria comprometedor.

Olhei para o relógio de pulso e vi que já estava atrasado para o jantar com a poetisa. Parei no quarto andar, depois subi pelas escadas até o andar onde ela morava. No elevador, havia tirado o disfarce que joguei num depósito de lixo do quarto andar. Parei defronte à porta do apartamento da escritora e bati com os nós dos dedos na porta.

Ela abriu-a, toda nua. Deu um sorrio maravilhoso e atirou-se em meus braços, beijando-me efusivamente. Não me deixou nem dizer que havia esquecido a garrafa de vinho. Retirou a camisa polo que eu estava vestindo e lambeu-me e beijou-me a barriga. Apressou-se a abrir o zíper da minha calça e retirar membro já enrijecido de dentro. Quando pegou com as duas mãos em minha cintura, procurando a glande com os lábios, sentiu o volume da pistola que eu guardava nas costas. Retirou-a dali com a mão direita e empunhou meu falo com a esquerda. Nem parecia estar assustada em me ver portando uma arma. No entanto, parou de lamber minha glande e levantou-se, apontando-me a pistola para o peito e me empurrando em direção ao quarto. Disse-me que, naquela noite, me obrigaria a dar-lhe todo o prazer do mundo. Senão, atiraria em meu coração.

FIM DO EPISÓDIO

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