HIENAS - A TRAIÇÃO

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Homossexual
Contém 3047 palavras
Data: 01/02/2017 23:30:43

Finalmente em casa e com o bando de hienas novamente reunido, era para tudo voltar à rotina. Renata se divertia com o marido em casa e agora tinha mais Rosana no Escritório. O mesmo acontecia com Letícia que não dispensava uma transa com Lucas e se esbaldava com os membros de seu clã. Rosana foi colocada para trabalhar na limpeza e copeira da empresa e arrumaram um local para ela morar. Apenas Neila não vira com bons olhos a entrada da bela negra no bando das hienas.

A reação da loira motivou, pela primeira vez, uma ação mais agressiva de Letícia em relação a ela. Foi na terceira vez que as quatro estavam reunidas na sala de Renata, após o expediente e não demorou para que a pegação começar. Nas duas vezes anteriores, Neila fora brindada com uma dupla penetração dos brinquedinhos que Letícia agora não ficava sem trazer consigo e adorara a sensação, porém, apenas no segundo dia que Rosana tentou fazer-lhe carinho e ela impediu que a outra lhe tocasse de uma forma até brusca, causando certo constrangimento em todas as outras. Isso se passara dois dias antes e Letícia pensara bem no assunto resolvera agir para que essa situação não mais se repetisse.

Depois de tomarem alguns drinques, começaram a namorar. Letícia beija e acariciava Neila, despindo-a lentamente e usufruindo da beleza de seu corpo, enquanto a loira se contorcia antevendo o prazer que estava por vir. Enquanto isso, Renata que era mais direta, já despira Rosana, se despira e agora ambas rolavam pelo sofá em um beijo profundo e com suas mãos tocando uma a buceta da outra. Foi nessa hora que Letícia teve a ideia de testar a reação de Neila com relação a sua rejeição de receber qualquer toque de Rosana e foi puxando-a para perto das outras duas, forçando lentamente e ao mesmo tempo sugerindo que ela passasse a participar da transa que Renata e Rosana estavam tendo. Mas foi e vão, pois ao perceber as reais intenções da líder, Neila bufou e afastou-se.

Todavia, ela não conseguiu se afastar muito, pois ao demonstrar essa intenção, Letícia perdeu o controle e desferiu um tapa estalado em sua face, deixando ali as marcas de seus dedos. Foi a primeira vez que Letícia fazia isso com relação à Neila e não se sentiu bem com isso. Ao contrário de quando agredia Renata ou judiava de Rosana, coisas que lhe davam prazer, sentiu uma repulsa em ser obrigada a bater assim em Neila. Mas os sentimentos dela foi uma coisa desnecessária. Neila, ao ser agredida, teve a mesma reação que as outras todas tinham. Seus olhos se arregalaram e ela perdeu totalmente a noção de tempo e espaço, partindo para cima de Letícia que simplesmente se esquivou dela e a empurrou para o lado das duas que haviam parado de tocarem e beijarem para olhar o que acontecia.

Neila só não caiu no chão em virtude da reação rápida de Rosana que a amparou, abraçando-a pela cintura e logo a soltando quando viu que Neila recuperara o equilíbrio. Entretanto, ela não esperava que a loira, literalmente, a atacasse da forma que atacou. Jogando-se sobre ela, fazendo com que perdesse o equilíbrio, ambas caíram no chão e, antes que Rosana pudesse entender o que se passava, foi segura pelos cabelos e sua boca foi atacada pelos lábios e língua ávidos e sedentos da outra.

Foi um verdadeiro massacre. Rosana não poderia jamais descrever o prazer que teve ao ser acariciada, usada e até mesmo abusada por Neila que parecia ter dez mãos e vinte bocas beijando, lambendo e chupando todo seu corpo, dos pontos mais aparentes até os mais escondidos. Não houve ponto daquela pele de ébano que não foi beijada ou lambida e muitas vezes mordida. Seu grelo parecia crescer meio centímetro a mais tal a força com que Neila chupava e a língua da loira parecia ter sido transformada em um elástico tal a profundidade que a buceta roxa de Rosana era explorada e invadida. Rosana gozou incontáveis vezes sem poder retribuir, uma vez sequer, o prazer que recebia, pois isso não lhe era permitido por aquela quase menina que não lhe dava a menor chance de reação.

Letícia e Renata, com expressões de espanto, assistiam àquele ataque de prazer que ocorria aos seus pés sem entender nada e ficaram tão admirada que não ocorreu a nenhuma das duas participar daquela transa. Sequer conseguiram extravasar o tesão que sentiam uma com a outra, pois não conseguiam desprender os olhos da cena que ali se desenrolava. Rosana gritava, gozava e chegou até a implorar para que Neila parasse um pouco, mas não foi ouvida e aquele doce martírio pelo qual era submetida continuava incessantemente e não há como imaginar como seria o desfecho daquilo se, depois de mais de uma hora de orgasmos sucessivos, Letícia não resolvesse intervir e imaginou que a única forma de fazer Neila parar seria dando a ela algum prazer também. Assim, se abaixou, colocando-se entre as pernas dela e começou a lamber sua bucetinha linda, alternando com chupadas no grelo que saltava entre os grandes lábios. Renata, não querendo ficar de fora, começou a chupar a buceta de Letícia.

Desta forma, as três transaram por uma hora ou mais, proporcionando prazeres e gozando de forma alternada. Rosana apenas permanecia largada de forma lânguida no tapete, sem poder esboçar nenhuma reação. Era como se Neila tivesse, com sua boca e mãos, extraído toda a força que a bela negra possuía.

Como sempre acontecia, pararam quando já passava das nove horas, desceram até uma pizzaria que tinha no prédio vizinho ao que funcionava a Agência de Renata e comeram uma pizza. Depois disso Renata foi para casa, dando carona para Rosana, enquanto Letícia, como fazia todos os dias, foi levar Neila até a dela.

Essa noite foi comentada por todas elas, nas vezes em que se reuniam, depois do expediente, para transarem deliciosamente. Era tida como a noite em que Neila se soltara. Mas, apesar de Rosana e Renata acharem que estava tudo normal, Letícia notara que o relacionamento da loira com o grupo já não era mais o mesmo. Era certo que Neila aceitasse agora os carinhos de Rosana, aliás, até pedia e ansiava por isso, mas com Letícia, alguma coisa mudara e era preciso que a líder, em muitas ocasiões, exercesse uma pegada mais forte para poder levar a outra ao orgasmo quando transavam, muito embora não pudesse reclamar quando era ela a gozar, pois Neila continuava a agir da mesma forma que antes, beijando-a, chupando-a e sabendo tocar nos seus pontos mais escondidos, porém, que ela conhecia muito bem.

Assim o tempo foi passando e ao passar, mais estranho ficava Neila. Até mesmo os momentos em que passavam sozinhas, ela se tornara mais reservada com Letícia, chegando a dispensar a carona que a outra sempre lhe dava, levando-a até em casa e preferindo ir de ônibus. A cada sintoma novo apresentado, maior se tornava a preocupação de Letícia.

Dois meses se arrastaram quando a rotina no relacionamento das quatro começou a incomodar e elas, de forma até inconsciente, culpavam Letícia pela rotina e por não proporcionar nada de diferente para elas se divertirem. A coisa ia de mal a pior quando apareceu Morgana.

Morena dos olhos verdes, cabelos pretos descendo em cascata até o meio do bumbum redondo e arrebitado, seios volumosos. O rosto perfeito como um anjo, rivalizava em beleza com Neila. Não, com Neila não. Era até mesmo mais bonito do que o de Noélia, pois Letícia passara a prestar mais atenção na pequena irmã de Neila e descobrira que, apesar da semelhança entre as duas, o rosto da caçula era de uma harmonia que se comparava à dos anjos. Mas de a beleza de Noélia era comparada a de um anjo, a de Morgana era superior. Seus lábios bem definidos, como se sua boca tivesse sido desenhada por um Leonardo Da Vinci, tinham do lado direito, um pouco acima da boca, uma pinta que nada mais era que um adorno a enfeitar tanta beleza, como se aquela beleza precisasse de algum adorno.

Letícia conheceu Morgana meio por acaso. Um acaso, aliás, que deixa muita gente duvidando que algo assim possa ser fruto de uma simples coincidência, pois para ser da forma que foi, só mesmo acreditando numa força oculta que leva as pessoas a estarem no lugar certo na hora certa. Foi num dia de muita chuva. Aliás, não foi apenas um dia de muita chuva, mas vários dias. Estava chovendo tanto na cidade de São Paulo que, em plena terça-feira, a Agência de Turismo ficara às moscas, não recebendo a visita de um único cliente e foram raras as vezes que o telefone tocara. Os voos comerciais estavam todos atrasados e os viajantes, receosos de voltarem para seus lares e depois não poderem se dirigissem ao aeroporto por força de uma enchente, permaneciam estoicamente a postos, lotando todas as dependências dali. Era uma situação em que o caos estava sendo anunciado.

Com a previsão para o próximo dia de mais chuva ainda, Renata avisou às funcionárias que não precisavam comparecer no trabalho no dia seguinte, orientando ainda para que ligassem para obter informações sobre os procedimentos para a quinta-feira. Mas ela não dispensou Letícia e Rosana, enquanto Neila, mesmo tendo sido dispensada, deu um jeito e compareceu no trabalho. Assim, com um quadro tão reduzido, enfrentaram um dia também tranquilo e sem problemas, até que, por volta das quinze horas, finalmente apareceu alguém para ser atendida. Era Morgana.

O problema da linda morena era que, tendo adquirido um pacote para partir em viagem na segunda-feira, fora informada pela companhia que seu voo estaria decolando por volta das dezessete horas e ela desejava, desejava não, ela exigia que a empresa que comercializara toda a sua viagem com a empresa que trabalhava providenciasse o seu translado para o aeroporto.

Isso foi realmente um problema. O motorista da van que fazia esse serviço quando necessário estava entre os funcionários dispensados de trabalharem e, para piorar, ele fora autorizado a levar o veículo para sua casa. Assim, sem motor e motorista, alguém teria que ser recrutado de última hora para essa tarefa. Renata estava pensando em ligar para Lucas que sabia estar em casa, pois as aulas foram interrompidas por causa do mal tempo, quando viu a expressão de fome com que Letícia olhava para Morgana. Então resolveu tomar uma decisão que normalmente não faria, perguntando se Letícia levaria a cliente até o aeroporto, o que foi imediatamente aceito. Sob o olhar acusador de Neila e outro de inveja de Rosana, Letícia saiu do andar em companhia da bela, já conversando e entabulando amizade.

O voo decolaria do Aeroporto Internacional de Cumbica e, depois de colocar a bagagem de Morgana no porta mala de seu carro, o que deu trabalho dobrado, pois ela havia deixado na portaria do prédio quando chegara e o carro de Letícia estava em um estacionamento próximo. Foi trabalhoso convencer ao porteiro de permitir que Letícia pegasse o carro e entrasse pela garagem do prédio até o subsolo, onde poderia embarcar a bagagem de Morgana. Depois de conquistada a autorização, a custa de muito charme e pedidos, Letícia foi até o estacionamento, se molhando quase que completamente no caminho e voltou, entrando no subsolo onde a outra já a aguardava, cercada por malas e bolsas que tomaram todo o espaço do porta malas do carro e uma grande parte do banco traseiro. Acomodadas, saíram dali em direção ao aeroporto. Faltavam uma hora e quarenta minutos para o horário marcado para o embarque de Morgana.

As duras penas, enfrentando congestionamentos provocados pelo fechamento de algumas vias que escoavam o tráfego, pois todos os túneis da cidade estavam impedidos para o trânsito de veículos, atingiram a Marginal Tietê vinte e cinco minutos depois. Encontraram o tráfego fluindo, ainda que lentamente e levaram poucos minutos para chegarem ao viaduto da Penha, onde o tráfego estava totalmente parado. Foi o suficiente para Morgana começar a demonstrar estresse. Foram necessários mais de quarenta e cinco minutos para atingirem o início da Rodovia Airton Sena, e isso queria dizer que tinham apenas trinta minutos para chegarem até o aeroporto, o que não era nada demais, explicou Letícia para sua passageira, dizendo que era tempo suficiente para chegarem ao seu destino a tempo.

Entretanto, logo depois de passarem ao largo do Parque Ecológico Tietê, carros parados e sinais pisca pisca de alerta indicaram que havia algo de errado a frente. Pararam e um policial rodoviário, munido de uma capa e totalmente encharcado, veio até elas e bateu no vidro do lado da motorista, num pedido para que ela abrisse o vidro. Mesmo sabendo que esse ato a deixaria molhada, pois voltava a chover forte, Letícia não teve como desobedecer e baixou o vidro apenas alguns centímetros. O guarda aproximou seu rosto da pequena abertura e informou a ela que havia tido um rompimento da via que estava totalmente intransitável. Perguntado qual seria a solução para chegar ao aeroporto, foram informadas que deveriam aguardar uma viatura que conduziriam a todos os motoristas ali parados em comboio, para voltarem na contramão até o primeiro viaduto e ali passassem para a outra pista e fossem em direção à Via Dutra. Perguntado quanto tempo duraria, o policial foi enfático ao dizer que nada disso aconteceria em menos de uma hora, pois teriam que impedir o trânsito antes desse viaduto antes de tomarem essa providência.

Letícia gelou ao ouvir essa informação. O estresse demonstrado pela linda morena e sua determinação em embarcar naquele voo até agora, certamente, faria com que ela surtasse de vez agora que acabara de saber que seu embarque estava totalmente inviabilizado. Então agradeceu ao guarda e, sem esperar por resposta dele, fechou o vidro e virou-se para Morgana que, para sua surpresa a olhava com uma expressão divertida no rosto:

– Nossa garota, onde é que você se maquia para ficar assim tão produzida. – Morgana disse isso e riu abertamente.

Sem entender direito o que a outra queria dizer, Letícia abriu a boca para perguntar do que ela estava falando, quando lhe ocorreu olhar antes no espelho retrovisor e o que viu fez com que também risse. A violência da chuva e do vento fizera com que água entrasse pela fresta aberta no vidro da janela e a maquiagem no rosto de Letícia estava todo borrado, enquanto seus cabelos do lado esquerdo estavam molhados a ponto de água escorrer pelo seu pescoço. Sua aparência era péssima. Então outra coisa ocorreu, a patricinha pegou um lenço de papel de sua bolsa e começou, delicadamente a limpar os borrões que a água da chuva e a maquiagem provocaram no rosto da outra. Letícia, sentindo a maciez das mãos da outra, calou-se e ficou a admirar aquele rosto lindo.

Não se passou uma hora, mas duas e meia até que o carro de Letícia chegou ao viaduto da Penha e pode pegar a pista da direita da Marginal Tietê. Ligou então o GPS, pois não conhecia muito bem a saída para a Via Dutra, porém, foi interrompida pela voz de Morgana que lhe disse:

– Nem adianta me levar para o aeroporto, nessas alturas o meu avião já deve estar chegando ao seu destino.

Então ocorreu a Letícia que, durante todo o tempo de espera, foi Morgana que manteve a calma, a distraindo falando de tudo um pouco, demonstrando ser uma pessoa detentora de muita cultura. O problema é que, além de perigosamente linda, a voz da outra soava macia e ao mesmo tempo perturbadora, levando-a a se sentir mergulhando naqueles olhos verdes, da cor do oceano ou se perdendo naqueles lábios que, sorrindo ou não, estavam sempre convidando a um beijo. Diante da afirmação incontestável da outra, porém, Letícia só tinha uma saída, a de levar aquela beleza ambulante de volta para sua casa. Então afirmou:

– De qualquer forma vou precisar disso, – se referindo ao GPS, – eu não vou encontrar o caminho de sua casa sem ajuda.

– Mas eu não disse que queria ir pra casa, ou disse? Ou então você está querendo se livrar de mim.

Assustada, ao mesmo tempo surpresa e muito, mas muito ansiosa, Letícia olhou para Morgana e perguntou, como quem se faz de desentendida:

– Como assim. O que você está querendo dizer?

Então, ajeitando-se no banco e se livrando do cinto de segurança para poder se inclinar em direção à Letícia, Morgana disse quase encostando a boca ao seu ouvido:

– Eu não sei. Isso nunca aconteceu comigo. É a primeira vez que uma mulher me deixa assim. Não sei direito o que quero, não sei o que fazer, só sei que se você disser que não quer continuar em minha companhia, eu vou ficar muito, mas muito triste.

Tremendo de emoção, Letícia ainda conseguiu forças perguntando onde ela desejava ir e a outra respondeu apenas dizendo que qualquer lugar que pudessem conversar numa boa servia. Pensando em um barzinho, Letícia se lembrou de que havia marcado de pegar Neila na empresa e levá-la para casa. Então sacou o celular e discou para a loira que atendeu mal humorada. O relato dos problemas enfrentados não serviu de nada, pois Neila, furiosa, desandou a reclamar e desligou o telefone depois de acusar Letícia de estar esnobando a ela só por ter encontrado um rostinho bonito. Morgana, vendo a preocupação de Letícia, disparou:

– Sua namorada ficou com ciúmes?

– Como assim, minha namorada? – perguntou Letícia cada vez mais intrigada e ainda disparou – Você conseguiu ouvir alguma coisa? Você por acaso tem super audição?

– Não querida, mas não sou boba. Nunca fiquei com uma mulher, mas dá para notar que tinha uma loira alta lá na sua empresa que me fuzilou quando soube que você ia me levar ao aeroporto. Aquilo só pode ser ciúme de namorada. E por falar em nunca ter ficado com uma mulher, se tiver que acontecer uma primeira vez, terá que ser com uma gata assim como você.

Letícia tremeu nas bases, principalmente ao sentir as unhas bem cuidadas de Morgana correr deslizar pelo seu braço, causando arrepios.

E não muito longe dali, dentro de um metrô lotado, Neila destilava sua raiva, prometendo: “Mas ela me paga. Se pensa que vai se livrar de mim assim tão fácil, está enganada.”

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Comentários

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Eita que Neila vai dar trabalho pra Letícia! Boba, ao invés de aproveitar a carne nova no pedaço, e curtir um bando inteiro, fica com crise de ciúmes!

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