O filho do meu professor de luta. #6

Um conto erótico de Joshua (Patrick)
Categoria: Homossexual
Contém 3729 palavras
Data: 09/02/2017 00:20:53

Eu estava ali, diante daquele garoto que era a razão dos meus pesadelos, de toda a dor que eu senti todos aqueles anos, estava diante do maior dos meus fantasmas, dizem que quando você não enfrenta seus demônios, eles nunca vão embora…

Mas eu não estava pronto pra enfrentar esse esqueleto esquecido no meu guarda-roupas.

-Ricardo, eu tenho tanta coisa pra falar com você… Eu preciso muito conversar contigo, olha, eu sei que você não deve estar querendo me ver nem pintado de ouro, mas… - Disse ele, pude ver sua voz embargar. - Eu preciso te contar tudo o que aconteceu comigo.

-Eu não quero te ouvir, por favor. Não agora! - Disse eu, naquele momento eu não sentia nada. De verdade, nem raiva, nem tristeza, nem alegria, eu me sentia oco por dentro.

-Ricardo, por favor… - Disse ele segurando meu braço.

-Algum problema aqui? Solta o braço dele! - Disse Caio segurando a mão do Samuel e o fazendo soltar meu braço. O olhou de cima á baixo e o encarou com a cara fechada. - Quem é você?

-Ele é o Samuel, aquele Samuel… - Disse eu pro Caio.

-Ahh, então é você. - Disse Caio segundos antes de acertar um soco que fez Samuel ir ao chão, quando ele ia bater em Samuel que estava no chão, nossos amigos o seguraram.

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? Gente sem briga! Ricardo, se tu me ama sai fora! - Disse meu amigo Lipe. - Aquele é o Samuel? Não segura o Caio não gente! Deixa ele bater, esse verme merece! - Disse o Lipe indo bater em Samuel também.

-Mana, a senhora está bem? - Perguntou a drag queen que tinha derrubado minha bebida a alguns minutos.

-Não, eu preciso ir embora! - Disse eu sentindo meus olhos arderem.

-Amor, se você precisar dar um coió em alguém eu tenho uma gilette aqui comigo! Te empresto, viu? - Disse ela olhando pra confusão que meus amigos, Caio e Samuel estavam fazendo.

-Obrigado mana, tô de boa! - Disse eu sorrindo pra ela.

Eu tirei todos de cima do Samuel que estava praticamente sendo linchado, nem os seguranças da boate estavam conseguindo acalmar aquele clã de loucos.

-DESGRAÇADO! Vou esfregar tua cara no chapisco! Se prepara porque vou num terreiro hoje mesmo preparar um trabalho pra você, viu? Se pre-pa-re! - Disse uma das minhas amigas jogando seu salto alto em Samuel.

-QUEM TEM UMA NAVALHA? Bicha sem navalha, não é bicha! - Gritou meu amigo Lipe. - Manas, esse é o Samuel, um demônio! Eu não admito ele voltar e querer estragar a vida do meu melhor amigo! Vou matar essa bicha enrustida, tôma no cu! Cadê a navalha gente?! Ninguém tem? Que tipo de pessoas são vocês?!

-QUEIME NO INFERNO, MALDITO! - Gritou Kendra, sim ela estava com a gente.

-Kendra, você nem sabe da história, nem sabe quem é ele! - Disse eu tirando o Caio de cima do Samuel.

-Mas eu estou dando apoio moral! - Disse ela.

-Vamos lá pra fora! Eu vou arrebentar ele lá fora! O corpo é meu e a rua é nossa! - Disse Caio sendo segurado por mim.

Eu com a ajuda dos seguranças consegui tirar meu namorado de cima do Samuel, mas quando eu tirava um de cima do Samuel, outro ia pra cima dele.

Moral da história? Fomos todos colocados pra fora, isso mesmo. Até eu que sou organizador do evento fui colocado pra fora.

-Porque você não me deixou bater naquele merda? - Perguntou Caio socando a parede. - Ele merecia, pelo o que ele fez contigo! - Disse ele se virando pra mim.

-Eii… - Disse eu indo em sua direção. - Calma, Jack Chan! Você não pode brigar! Você sabe muito bem o que meu pai faria com você se soubesse que você brigou em uma boate e foi expulso! - Disse eu olhando em seus olhos, ele perderia o cargo de professor e poderia até ser expulso da academia.

-BORA BOTAR FOGO NESSA PORRA? Quero ver esse capeta, esse demônio queimar! - Disse Lipe pegando seu isqueiro e indo na direção da porta da boate.

-Não, chega gente, Já tivemos muito stress por uma noite só. - Gritei eu. - Preciso ir pra casa…

-Eu te levo. - Disse o Caio segurando minha mão, ele me abraçou forte. Me despedi dos meus

amigos, jurando pra eles que eu estava bem, que não tinha me abalado por rever o Samuel, mas eles sabiam, eu estava mentindo.

“Quando eu vou te ver de novo?

Você foi embora sem dizer adeus, nem uma palavra sequer foi dita

Nenhum beijo final para selar algum pecado

Eu não fazia ideia de onde estávamos...”

*Narração do Caio*

Nós estávamos na minha moto indo pra casa dele, meu amor estava estranho, muito calado, com o olhar distante, aéreo a tudo, tenho medo de estar perdendo ele, esse cara foi o amor da vida dele, e pude ver que ele ficou abalado.

Nós paramos em frente a casa dele, eu coloquei a moto na garagem e nós entramos. Ele nem deu atenção pro seu cachorrinho, subiu as escadas correndo sendo seguido por mim.

Abriu a porta do quarto e se jogou na cama, ficou lá deitado de lado abraçando seu travesseiro, eu fui ao banheiro, fui a cozinha e trouxe um copo de água pra ele que continuava na mesma posição.

-Amor… - Disse eu me deitado atrás dele e o abraçando, eu segurei seu rosto e fiz olhar pra mim, meu coração se partiu quando vi que ele estava chorando, eu o peguei em meus braços e o apertei contra meu peito, seu choro foi aumentando, meu peito estava colado ao seu e eu podia sentir seu coração batendo forte. Eu apenas o apertava em meus braços.

Fiquei um com tempo tranquilizando ele, que depois de chorar tanto acabou dormindo em meus braços.

Eu acordei no meio da noite, ele não estava na cama comigo, eu olhei em volta e ele estava em pé, parado olhando pro céu pela janela aberta, seus cabelos cacheados balançavam pela brisa que entrava pela janela. Eu me levantei e fui até ele.

-Eu sinto muito, Caio, sinto muito mesmo… - Sussurrava ele olhando pro céu negro, sem perceber que eu estava acordado.

-Sente porque? - Disse eu o abraçando por trás.

-Você não merecia estar passando por tudo isso, você acabou de ganhar uma luta, ganhou uma medalha e se tornou professor. Está realizando seus sonhos, num ótimo momento, não precisa de um garoto chorão e cheio de problemas perto de você. - Disse ele sorrindo, pude ver seus olhos marejando.

-Eii, você não é um garoto chorão. - Disse eu segurando seu rosto e o fazendo olhar em meus olhos. - Eu estou aqui pra lutar por ti e te dar apoio quando você não conseguir se manter de pé! Eu te amo. - Disse eu, foi a primeira vez que disse aquilo, e é verdade, eu jamais diria se não fosse verdade.

Ele sorriu e as lágrimas rolaram pelo seu rosto.

-Você… Você ainda sente algo pelo Samuel? - Perguntei sentindo uma pontada no meu coração.

“Amor...

O que vai ser?

Amor...

Você quer ele ou eu?

Não me faça perder meu tempo!

Não me faça perder a sanidade!

Você não pode ficar comigo esta noite?

Amor...

Meus beijos não o agradam mais?

Você foi tão difícil de encontrar.

As pessoas bonitas, sempre machucam você!

Se eu te disser amor:

Que eu estou apaixonado por você, amor.

Amor...

Se nós nos casarmos

Isso seria legal?

Você me confunde profundamente

As pessoas bonitas

Sempre parecem te fazer perder a razão.

O que vai ser, amor?

Você quer a ele?

Ou você me quer?

Porque eu quero você!

Disse que eu quero você!

Agora, diga-me amor!

Você me quer?

Eu sei, eu tenho que saber!

Você me quer?

Eu sei o que quero, sim!

Por favor você, amor.

Eu estou implorando de joelhos

Eu quero você!”

-Você sente algo pelo Samuel? - Perguntei eu, eu senti que podia perdê-lo e eu podia sentir meu coração bater forte e doer apenas por essa possibilidade. Agora eu entendo a dor de perder alguém que você ama.

-Sinto… Pena, desprezo, vontade de apagá-lo da minha vida! Eu sou escorpiano, não amo quem me machuca! Eu não sou idiota de amar alguém que me fez tanto mal, alguém que me jogou nas trevas e me abandonou no momento que eu mais precisei. Não sinto vontade de me vingar dele, nem nada disso. Só quero mantê-lo longe de mim, dar um ponto final nisso. - Disse ele olhando pro céu. - Quando eu o vi depois de todos esses anos, eu fiquei muito desestabilizado, muito. Por isso quero dar um fim nisso tudo. Você não merece isso! - Disse ele se virando pra mim e me olhando nos olhos. - Obrigado, no momento que eu mais precisei você estava lá, me abraçou e me tranquilizou, desculpa por te fazer passar por isso.

-Eu vou estar aqui contigo em todos os momentos garoto, se for pra cair, vamos cair juntos, porque eu vou te levantar! - Disse eu dando um beijo em sua testa.

-Eu acho que preciso conversar com o Samuel, dar um ponto final nisso pra eu poder seguir com a minha vida sem os fantasmas do meu passado ao meu redor! - Disse ele se envolvendo em meus braços.

-Eu não gosto nada da idéia de você conversando com aquele cara. - Disse eu, eu não quero ele perto daquele idiota, aquele cara foi o amor da vida dele. Tenho medo dele falar algumas palavras bonitinhas, dizer que ainda ama o meu Ricardo e meu namorado se derreter por ele. Por outro lado eu confio no Ricardo, amo ele e conheço meu namorado, sei que ele precisa dar um ponto final nessa história pra nós dois podermos seguir nossas vidas em paz.

-Mas eu preciso… - Disse ele se virando e me dando um selinho.

-Amor. Eu tô com fome. - Disse eu.

-Vamos lá comer alguma coisa, eu também estou com fome! - Disse ele rindo, me segurou pela mão e saiu me levando pra fora do quarto em direção a cozinha.

Eu fiquei sentadinho na mesa enquanto ele fazia miojo pra gente no fogão, eu dei uma tapa e um bom aperto na sua bunda, me aproveitei que ele estava com ela bem na minha frente. Ele terminou e colocou os pratos pra comermos, se sentou do meu lado e comeu como um desesperado kk’s

Eu comia o meu e ficava observando ele comendo.

-Tá apaixonado por mim? - Perguntou ele ao perceber que eu não parava de olhá-lo.

-Sim. - Disse eu sorrindo.

-Acontece… Todos ficam apaixonados por mim. - Disse ele rindo.

-Porque você é assim, garoto? - Disse eu trazendo ele pro meu colo, fazendo cosquinha nele e mordendo aquele garoto metido.

Terminados de comer, ele me obrigou a lavar a louça e fomos dormir.

Eu me deitei sobre seu peito e cai no sono recebendo um cafuné dele.

Alguns dias depois eu estava lá, todo largado deitado no sofá da casa dele assistindo TV com a minha cabeça em seu colo, seu pai vendo o futebol e eu e ele rindo igual dois idiotas dos vídeos engraçados que estávamos vendo no celular dele, sua mãe estava fazendo um bolo na cozinha e o cheiro estava delicioso.

-Ninguém tá ouvindo essa porra de telefone não? - Disse a mãe dele vindo até a sala. - Tudo eu nessa droga de casa!

Ela atendeu o telefone.

-Alô?... Ele está sim, quem deseja?... Ahh é? Mal educado! - Disse ela brava. - É pra você Ricardo!

-Quem é mãe? - Disse ele se levantando.

-Não sei, algum mal educado que não quis se identificar! - Disse ela dando o telefone pra ele.

-Deve ser um dos meninos te trollando mãe.

-Deve ser mesmo, esse teus amigos são todos delinquentes igual a você! - Disse ela.

*Narração do Ricardo*

-Alô?

-Oi Ricardo, sou eu… - Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

-O que você quer? - Disse eu, acho que minha feição mudou, Caio estava me observando com uma cara de desconfiado.

-Eu acho que eu te devo “desculpas” e conversar, eu queria falar contigo naquele dia que nos encontramos naquela festa, mas eu fui “atacado” pelos seus amigos, acho que causei muito mal, pela forma como eles te protegeram, eu devo ter te machucado muito.

-Eles apenas fizeram o que amigos fazem, proteger seu amigo de algo ruim. - Disse eu.

-Eu preciso conversar contigo. - Disse ele. - Precisamos colocar tudo á limpo, pra podermos seguir nossas vidas, soube que você está namorando…

-Sim, precisamos dar um ponto final nisso tudo e sim, eu estou namorando! - Disse eu olhando pro Caio que estava entretido assistindo “Rupaul’s drag race” no meu celular e coçando o saco kkk’s - E ele é o garoto mais lindo do mundo, que ajudou a curar a ferida que você fez em mim.

-Fico feliz por ti. - Disse Samuel.

-Obrigado, se você quiser conversar comigo pode passar aqui amanhã á tarde, lá pelas 15:00, está bom pra ti? - Perguntei, todos prestaram atenção em mim.

-Quem é? - Perguntou meu pai lá do sofá.

-Amanhã esta ótimo! Você ainda mora no mesmo lugar? - Perguntou Samuel.

-Sim. - Disse eu, nos despedimos e eu desliguei.

-Quem era? - Perguntou minha mãe.

-Pai, mãe. Preciso contar uma coisa pra vocês! - Disse eu.

-Ninguém está grávido, viu? - Disse Caio fazendo eles rirem.

-Não, é sério. - Disse eu me sentando no colo da minha mãe, meu pai veio, passou os braços pelos meus ombros, ele viu que eu estava com um olhar triste, sempre que eu tenho contato com o Samuel, eu fico triste. E vocês achando que eu ia trocar o meu Caio por esse maldito dementador de azkaban, que rouba minha felicidade.

-O que houve filho? O Caio fez alguma coisa contigo? - Perguntou meu pai olhando pro Caio que se encolheu todo no sofá.

-Não pai, o Caio não fez nada. Muito pelo contrário, se não fosse por ele eu estaria pior.

-Então conta logo, tô toda arrepiada! - Disse minha mãe.

-Então, sabem o Samuel? Eu reencontrei ele numa festa! - Disse eu, mas fui parar no chão, minha mãe se levantou bruscamente e me jogou no chão, porque eu estava sentando no colo dela.

-O QUE?! Aquele desgraçado teve a cara de pau de reaparecer? Depois de tudo? Eu vou lá na casa dele agora! Vou fazer ele desejar nunca ter se metido com a minha família! - Disse minha mãe indo pegar sua bolsa, mas meu pai á segurou.

-Por isso que ele não se identificou quando você atendeu mãe, ele sabia que você ia xingar ele e desligar o telefone na cara dele kk’s

-Calma amor, a gente não pode tomar decisões de cabeça quente. Eu também tenho vontade de matar aquele garoto maldito, só nós dois sabemos como nosso filho ficou, mas revidar crueldade com crueldade não leva á nada! - Disse meu pai, só ele consegue acalmar minha mãe. -Vem aqui garoto e me conta isso direito! - Disse meu pai, me sentei em seu colo e continuei a contar.

-Meus amigos botaram ele pra correr, de verdade, eles pareciam leões selvagens! - Disse eu.

-Esses seus amigos, são dos meus! Gostei da atitude deles. - Disse minha mãe. - Clayton, tu não tinha uma arma?

-Tenho, mas nem pense nisso. Se acalme e coloque a cabeça no lugar, não quero minha esposa na cadeia! - Disse meu pai segurando a mão dela. Caio só observava a conversa, eu não podia contar pro meu pai que ele brigou com o Samuel.

-Ele ligou agora pra me pedir desculpas e quer se encontrar comigo pra conversar, eu combinei de ele vir aqui amanhã pra conversarmos. - Disse eu.

-O QUE?! - Disse Caio e minha mãe ao mesmo tempo.

-Ele está certo, vocês precisam colocar um fim nisso de uma vez! Deixar isso pra trás! - Disse meu pai, ele sempre foi mais racional de todos nós.

-Obrigado por me entender pai.

-O Ricardo está num bom momento, está finalmente trabalhando comigo lá na academia, está namorando o Caio, voltou a ser aquele garoto feliz que eu me lembro. A última coisa que ele precisa é carregar esse ressentimento, esse peso daquele babaca! Eu acho certo, acho que precisam dessa conversa pra dar um ponto final e seguir a vida. - Disse meu pai, pais… Os melhores conselheiros que você vai ter.

-Pois é, eu tenho que conviver com esse peso! Ele foi embora sem dizer nada, me deixou sem falar o porquê, sem dizer o que eu fiz de errado ou se o erro realmente era meu! Eu preciso dessas respostas pra acabar com todo o ressentimento e seguir minha vida, sendo maravilhoso como eu sou kk’s - Disse eu.

O Caio parecia não estar gostando daquilo, quando ele não está bem com alguma coisa coisa, ele se cala e se fecha no mundinho dele.

Eu o segurei pela mão e sem falar nada, o levei pro meu quarto, me deitei e fiz ele se deitar em meu peito. Fiquei fazendo cafuné nele e ele continuava calado. Eu estava indo encarar o Samuel principalmente por ele, pra eu poder tirar esse ressentimento de mim, tirar toda essas dor e a raiva do meu coração, pra eu focar tudo de mim no nosso relacionamento e só ter ele no meu coração. Que é onde meu namorado merece ficar. Ele não merece metade mim, nunca mereceu. Ele merece tudo de mim e muito mais!

-Eu sei que você não gosta, mas eu preciso. - Disse eu.

-Se você precisa, se for pro seu bem, eu tenho que aceitar. - Disse ele com o olhar distante. - Só não deixe ele brincar com a sua mente e te tirar de mim.

Eu o envolvi em meus braços e o beijei, lentamente fui tirando nossas roupas sem desgrudar meus lábios do dele.

-Faz amor comigo? - Disse eu olhando em seus olhos. Quero mostrar pra ele o quanto eu sou dele. Mostrar pra ele que nenhum homem tem poder sobre mim além dele, mostrar que eu o amo.

“Quando meus dias estiverem ruins

Me puxe para perto e não me deixe ir

Faça amor comigo

Então quando o mundo estiver em guerra

Deixe nosso amor curar a todos nós

Agora mesmo...

Faça amor comigo

Comigo...

Amor, nós não temos nada além do amor

E querido você já tem o suficiente para nós dois

Faça amor comigo

Faça amor comigo

Me ajude a baixar minha guarda

Faça amor comigo

Comigo…”

No dia seguinte á tarde lá estava eu em casa, estava tranquilo. Achei que ficaria nervoso por conversar com o Samuel, pela última vez. Sim, pela última vez! Não nos tornaríamos amiguinhos depois daquela conversa, vamos dar um ponto final na nossa história, acabar com tudo de uma vez, dar “Adeus” de uma vez por todas e seguir nossas vidas separadamente. Levando conosco apenas os momentos bons, mesmo que eles não superem a dor.

Ouvi pequenos estalos no meu quarto, já tinha ouvido aquele som antes, fui atrás do som e logo lembrei, e isso me levou a muitos anos atrás, era alguém jogando pedrinhas na minha janela, e só teve uma pessoa que fazia isso. Eu abri a janela e lá estava o Samuel, antes eu o recebia sorrindo, éramos dois adolescentes apaixonados e vivendo um amor escondido da família, por medo dos meus pais descobrirem, ao ínves de tocar minha campainha, ele jogava pedrinhas na minha janela e eu ia lá pra fora ficar com ele. Mas dessa vez eu o recebi sério, não tinha vontade de sorrir pra ele, nem motivos pra isso.

-Pode abrir a porta pra mim? - Disse ele lá de baixo.

-Tô indo. - Disse eu, desci as escadas e abri a porta pra ele. Nossa, ele estava tão cheiroso! Usava uma bermuda Jeans clara, um casaco de moletom branco da GAP, um boné virado pra trás e sapatilhas brancas. O rosto estava com alguns hematomas, a boca estava cortada, ainda da surra que meu namorado e meus amigos deram nele.

-Obrigado por me receber. - Disse ele entrando.

-Vem. - Disse eu, segurei na mão dele e o levei pro quintal dos fundos. Onde costumávamos ficar quando ele vinha aqui em casa, ficávamos no balanço que tem perto da piscina.

-Esse lugar não mudou nada. - Disse ele, eu me sentei em um balanço e ele em outro. - Já você, mudou muito… - Disse ele tocando meu cabelo. - Seu cabelo cresceu, você está tão lindo… Muito mais do que eu me lembrava, e você sempre foi o garoto mais lindo que eu já vi. Está mais alto, mais confiante. Eu te vi dançar lá na boate kk’s Você com certeza mudou.

-Eu fui obrigado a mudar, quando minhas lágrimas caiam e você não estava aqui pra secá-las, porque você era o motivo delas. - Disse eu tirando sua mão do meu cabelo. Ele ficou olhando pra baixo. - Você não tem noção de como foi difícil pra mim, pra minha família, meus amigos. Você me jogou no fundo do poço, partiu meu coração e foi embora sem nem dizer “Tchau idiota.” e a pior parte, engatou um namoro com uma garota da escola e passava com ela nem na minha frente, eu queria me matar sempre que vocês passavam de mãos dadas por mim, se beijando, eu sentia meu coração se partir e me controlava pra não chorar na sua frente, eu pedi pros meus pais me mudarem de escola porque eu não aguentava te ver beijando ela, sorrindo de mãos dadas com ela, abraçando ela pagando de “namoradinhos de escola”, preferi ser covarde e fugir de tudo ou eu fui corajoso demais e recomecei, não sei. Mas eu te agradeço por ter saído da minha vida, se não fosse isso eu jamais teria conhecido o Caio e descoberto que tem pessoas que realmente se importam comigo e que eu sou forte pra caralho pra conseguir superar tudo, mas enfim…

-Você acha que foi fácil pra mim? - Disse ele levantando o rosto e eu pude ver suas lágrimas rolando.

Continua…

Oi bebês, desculpem a minha demora. Mas voltei e trouxe mais um capítulo só pra vocês, espero que estejam gostando dessa série e desse casal, o que vocês acham da postura do Ricardo perante ao Samuel, acham que ele fez certo em conversa com ele ou devia ignorá-lo? Vocês acham que existe uma desculpa para o que o Samuel fez com o Ricardo? E o Caio, deveria realmente se sentir tão inseguro? Dêem suas opiniões ou críticas, prometo que tento melhorar. Ok amôres? Um beijo. 💜

Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥

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Comentários

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Adorei o capítulo! Espero que Ricardo ñ faça nada pra se arrepender dps!

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existe sim motivos para os ocontecimentos no passado eles eram adolecentes ,mas nao ha motivos prauzivel para um retorno o rick cresceu em todos os sentidos com os fatos,,,bom acertar o passado mas ficar nele kkkkk,,,esta tao fofo este ricaio do momento,otimo conto que se torne diario kkkk

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Lá vem aquelas velhas desculpas de os pais terem ameaçado expulsar de casa etc e tal.

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NÃO QUERO NEM ACREDITAR QUE RICARDO VAI DEIXAR SE ENLAÇAR DE NOVO. SERIA O FIM DO FIM. REALMENTE QUEM TEM AMIGOS COMO RICARDO NÃO PRECISA MAIS DE AMIGOS OU DE INIMIGOS. RSSSSSSSSSSSSSSSSS ATITUDE SENSATA DO PAI DE RICARDO. TEMOS QUE SER SEMPRE PELO DIÁLOGO E NÃO PELA VIOLÊNCIA. MAS QUE ESSE DIÁLOGO NÃO SE TORNE UMA RECAÍDA.

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Mesmo existindo uma boa desculpa, acho q não muda em nada, pq o que o Ricardo ta sentindo já é mais forted

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Eita agora o Samuel quer chora? Lagrimas atrasadas do acho ne, eu sou mil vezes o caio ne mas a conversinhas que mechem com os sentimentos enterrado espero que não seja o caso do Rick ne ele e caio são fofos juntos.to aqui ansiosa pelo próximo não demore mto rs bjao amor😋❤❤❤

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