A história impossível de nós dois. (Capítulo 28)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 2063 palavras
Data: 01/02/2017 00:04:06

Continuando...

-Quem será que é esse menino?-Perguntei curioso,ao observar bem a pequena foto.

-Não sei,mais deve ser algum irmão que seu pai teve ou algum parente que foi importante...algo assim!-Fred respondeu.

-Sabe,eu pensei que isso tivesse sido enterrado com meu pai...Como tu conseguiu?-Perguntei após fechar o medalhão e o girar várias vezes.

-Quando seu pai foi assassinado,a polícia buscou a todos que o conhecessem,pelo celular dele...A notícia foi um choque tão grande pra mim,que tive que pedir a um amigo que nós conhecia,para vir e cuidar do enterro se fosse necessário...Bem,ele foi ao IML ver o corpo e lá entregaram todos os objetos que seu pai carregava,e ele passou a mim assim que voltou.Um deles era este medalhão,que eu guardei com muito carinho.-Fred disse pensativo.

-É uma lembrança do meu pai!...Por que tá dando ele pra mim?-Perguntei,enquanto o encarava.

-Porque quando te conheci,percebi que se o seu pai o quisesse com alguém,este alguém seria você.-Fred respondeu de cabeça baixa.

Observei o medalhão por mais alguns minutos e por fim,guardei o no bolso.Vendo a expressão de tristeza no rosto do Fred,segurei em sua mão com força e o fiz olhar pra mim.

-Eu tô morto de fome...e acho que estamos aqui para um jantar.-Menti com um sorriso.

-Claro,me desculpe!-Fred disse parecendo desconcertado.

Nós levantamos e juntos saímos pela porta,que ele trancou.Caminhamos até o elevador,onde entramos e descemos.Fomos até o seu carro e ele deu partida em silêncio.Não demorou muito e chegamos a um restaurante com várias mesas pela calçada e lotado.Fred demorou a achar um lugar para estacionar,e ao entrar no local,só havia uma mesa próximo ao balcão,onde nós sentamos.

O garçom nós trouxe o menu e Fred pediu lasanha de frango.Eu preferi o rocambole de carne moída,que fez ele fazer uma cara de nojo.Joguei palitinhos nele,e Fred iniciou uma conversa sobre a simplicidade e o atendimento do local onde estávamos.

O garçom voltou com o que pedimos e uma coca gelada,e então saiu.Nossa conversa mudou para os cursos que me inscrevi e iam iniciar segunda,daí para o trabalho dele e por fim de tantas coisas diferentes que é difícil detalhar uma por uma aqui.Quando demos por nós,o local já estava vazio e quase fechando.

Após uma gargalhada,Fred foi até o balcão e pagou.Em seguida saímos em direção ao seu carro,onde entramos.Algum tempo depois,ele parou em frente a minha casa e me olhou,a alegria sumindo de seu rosto,e dando lugar a tristeza.

-Eu gostaria de que ficasse comigo está noite,mesmo que não rolasse nada.-Ele disse,após pegar a minha mão e a segurar.

-Fred,não acho uma boa idéia...Desculpe!-Disse,um pouco nervoso.

-Tudo bem!-Ele disse,soltando a minha mão.

Dei um beijo em seu rosto e desci,indo em direção a minha casa e entrando.Depois de fechar a porta,fui até o sofá e me sentei.Puxei o colar do meu bolso e o observei intrigado,me questionando o que significava M.B.C.Ouvi passos no corredor e minha mãe surgiu,a princípio zangada,mais sua expressão mudou para surpresa ao ver o medalhão.

-Onde tu conseguiu isso?-Ela perguntou,como se não acreditasse no que estava vendo.

-Um amigo do meu pai,me deu!-Respondi sem tirar os olhos do medalhão.

-Que amigo te deu isso,Lúcio?...Fala logo verme!...Quem foi?-Ela perguntou exaltada.

-Ninguém importante,mãe!-Respondi,sem entender o porque da reação dela.

-Me dá isso aqui,seu miserável!-Ela disse irritada,quase o arrancando da minha mão.

-Ei...me devolve!-Disse,enquanto ficava de pé.

-Não,esse colar maldito vai voltar pra onde nunca deveria ter saído...O caixão do teu pai,aquele desgraçado.-Ela disse enquanto o apertava com força.

-Não tô te entendendo,mãe!...É só um medalhão com duas fotos,pra que esse nervosismo todo?-Perguntei confuso.

-Não têm que entender nada.-Ela respondeu furiosa.

-Mais...-Tentei falar.

-Mais nada,Lúcio!...Não quero saber que tu tá mexendo no passado do teu pai.A gente já tem bastante com que se preocupar,pra tu tá desenterrando fantasmas pra nós assombrar.-Ela interrompeu,seus olhos castanhos claros ardendo de ódio.

Sabendo aonde aquilo iria chegar,preferi ficar calado e voltei a me sentar no sofá.Depois de me chamar de todo palavrão que conhecia e ameaçar de fazer as piores coisas comigo se eu voltasse a mexer no passado do meu pai,minha mãe foi em direção ao seu quarto,onde entrou e bateu a porta com força.

Não fiquei tão triste com a perda do medalhão,mais fiquei bastante intrigado com a reação exagerada da minha mãe ao ver a peça.E apostava que aquele show todo ou era por causa da dona que usava o nome M.B.C ou era por algo que tinha a ver com o estranho menino.

Fiquei um longo tempo,refletindo sobre o que havia ocorrido,mais cheguei a conclusão que no momento,uma resposta era algo que eu não tinha,e só podia esperava que o tempo a trouxesse até mim.Frustrado,caminhei até o meu quarto e tirei o tênis e a camisa,me deitando no colchão logo em seguida.

Demorei a adormecer e quando o consegui,sonhei com uma pessoa de capuz que zombava pelas minhas tentativas falhas de revelar seu rosto.Acordei assustado e suado,e então virei para o outro lado,dessa vez caindo em um sono profundo.

Despertei no dia seguinte,com profundas pontadas nas costelas e abri os olhos,dando de cara com a minha mãe que me preparava mais um chute.Antes que sentisse a força do seu pé,me sentei e esfreguei os olhos.

-Tô indo ao cemitério e tu vê se anda na linha.-Ela avisou com bastante frieza.

-E se eu não andar?-Perguntei,mal humorado.

-Começo a fazer igual ao Pedreira e te acorrento ao pé da mesa,seu imbecil maldito.-Ela respondeu,se virando logo em seguida,e saindo.

Soltei vários palavrãos,ao ouvir seus passos sumindo pela casa a fora.Me levantei e peguei uma toalha,e então fui em direção ao banheiro,onde tomei um banho rápido e fiz minha higiene.De volta ao quarto,coloquei uma cueca cinza,uma bermuda jeans e uma regata vermelha.

Depois de passar um perfume,sai em direção a cozinha,onde busquei algo para comer,mais só encontrei um pacote de bolachas secas,que comi com um copo d'água.Quando terminei,ouvi uma batida na porta e fui até lá,a abrindo.Uma senhora de cabelos grisalhos amarrados em coque,sorriu para mim e me observou com seus olhos bondosos.O nome dela era Nilza,e ela morava na casa em frente a minha.

-Bom dia meu filho!-Ela disse com carinho.

-Bom dia,dona Nilza!-Disse um pouco surpreso.

-Eu estou de mudança para a cidade,onde vivi por tantos anos.E eu e minhas netas,não damos conta de carregar todas as coisas,você pode vir nós ajudar?Eu pago!-Ela disse,com um tom bondoso.

Concordei e após fechar a porta,a acompanhei até a casa branca logo frente a minha.O resto da manhã foi um leva e traz de coisas da casa para o caminhão,até que restou apenas uma caixa de papelão,que para o meu azar,se rasgou,deixando vários jornais pelo chão.

-Oh meu filho!...Essa é minha coleção de dez anos do jornal sensacional!-Dona Nilza disse nervosa.

Depos de Tranquilizar ela,comecei a apanhar os jornais,formando uma pilha.Ao recolher o último,tive um choque ao ver a imagem que estampava a primeira capa.

Era uma foto do Eduardo,mais não como eu o conhecia hoje.Na imagem ele estava menos musculoso e sem aquela cicatriz que partia seu rosto ao meio.Mas o mais surpreendente,era que ele sorria,e não um sorriso travado e sim um sorriso sincero e espontâneo.Agarrada a ele,havia uma jovem de rosto redondo e cabelos curtos,de olhos verdes brilhantes.E abaixo da imagem,a legenda em letras garrafais:O noivado relâmpago de Eduardo e Maria Alice.

Com a saída de dona Nilza para buscar uma nova caixa,rasguei a página da notícia sobre o Eduardo e enfiei o jornal no meio dos outros.Dobrei a folha e a guardei no bolso,doido para ir para casa e ver o que dizia.Dona Nilza voltou com a caixa e colocamos os jornais dentro com cuidado,e então levei até o caminhão.

Dona Nilza me agradeceu e me recomendou com vários cuidados,me dando uma nota de vinte reais e me dispensando em seguida.Quase correndo,atravessei a rua e entrei em casa.

Tirei a página do bolso e vi a data,era de seis anos atrás,isso explicava porque o Eduardo estava tão diferente naquela foto.

-Bom dia,meus caros leitores!Hoje lhes trago uma notícia,que com certeza irá abalar a cidade.Dois meses depois de assumir o namoro com Maria Alice,o estudante de direito Eduardo,pediu a mão da moça em casamento na noite de ontem.E segundo pessoas ligadas as famílias,o enlace matrimonial pode ocorrer em até três meses...Filha única do nosso querido prefeito e neta número cinco do nosso governador,Maria Alice é conhecida por sua bondade e doçura.De excelente caráter,sua generosidade é conhecida nos quatro cantos do estado.Já o seu namorado e agora noivo,é conhecido pelos seus acessos de fúria.Eduardo é tido por muitos como um rapaz de caráter violento e de modos ignorantes,chegando a se envolver em várias polêmicas absurdas.O nosso pretendente a advogado,é também considerado como um ser instável e desiquilibrado...Bem meus caros leitores,depois desse pequeno relato,a pergunta que fica é se a doce e linda flor;Maria Alice,não está cometendo um erro ao querer se unir em matrimônio,ao perigoso e explosivo Eduardo?

Nó só podemos rezar e desejar que isto não acabe em tragédia,como tantas outras relacionadas aquela família.-Le em voz alta,ficando perplexo a cada palavra.

Ao terminar,me sentei no sofá,com os olhos fixos na parede.A matéria daquele jornal antigo,pintava o Eduardo de uma forma bem diferente da que eu conhecia.E eu não sabia se isso era apenas exagero de quem escreveu ou se realmente era a verdade.

Mais o que isso me importava?Eu e ele nunca mais íamos nós ver ou ter qualquer coisa.E daí que ele tivesse ficado noivo a seis anos atrás e fosse explosivo?

Eu não conseguia mentir para mim mesmo,aquilo me importava sim e mexia comigo,tanto que me deixou um pouco triste e confuso.

Continua...

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Olá,boa noite!

Desculpem pelos erros de português,digitei rapidinho e pode ter ficado algum.

BRUNO NEGAO e Smile.Smile me escondi esse tempo todo em uma faculdade de história e em um trabalho entendiante kkkkkkk

BRUNO NEGAO a mãe do Lúcio não era esposa do Lúcio pai,mais sim ela ficou bem chocada ao saber que ele teve relações com outro homem e apartir daquele momento deixou de respeita-lo.Quanto ao Eduardo,ele volta em breve e mata sua saudade!kkkkk

Chria calma,não afirmei que o Fred era mal,e sim que vocês vão conhece-lo um pouco melhor e também ao Eduardo.Há uma boa chance dos dois de um ser o mocinho,assim como o outro pode ser o vilão.

Smile.Smile tenho que apresentar os fatos aos poucos para instigar a curiosidade de vocês.kkkkkk E quanto a vontade de socar o Eduardo,dizem por aí que é da vontade de bater que nasce o amor.

CaahPoderosa1 meu dia é muito corrido e só consigo anotar idéias,então digito direto aqui sem rascunho,depois que saio da faculdade.

Pcesar,VALTERSÓ,Ru/Ruanito,Morennaa e Marcos Costa obrigado pelos comentários e por mostrarem o quanto estão envolvidos pela história e também pelas notas.

Espero que gostem desse capítulo...

E para quem lê na moita,deixa seu comentário aqui,gosto de saber o que pensam sobre a história e meu desempenho com autor.

Até a próxima pessoal.

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Comentários

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Cara, agora estou muito curiosa pra saber qual é a história do medalhão.

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Desafio: Quero ver tu amar todas essas pontas que está soltando e deixando seus leitores roendo de curiosidade. E tem mais não faça Lucio filho voltar para Eduardo, independente do que o demônio de olhos azuis sofreu, o guri merece ser feliz. 😉

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NOSSA LÚCIO SEMPRE COM MUITAS PERGUNTAS SEM RESPOSTAS. E ATÉ QUANDO VAI SOFRER OS ATAQUES DESSA PORCARIA DE MÃE? TÁ NA HORA DELE ENFRENTÁ-LA. EDUARDO É PASSADO LÚCIO OLHE MAIS PARA O FRED. SEMPRE SE DECLARANDO PRA VC E VC BABACA O EVITANDO. UMA HORA ELE EXPLODE E COM RAZÃO.

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Preciso ti conhece pó vc amar escreve e ainda por cima escreve bem demais. Vc e bi ou gay. Curiosidade só rz?

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Apenas um palpite que o pai do lúcio traiu a mãe fo lúcio. Ir que o lúcio têm um irmãozinho. E que talvez a esposa de Eduardo possa ser a mulher que foi estrupada e morta ou nada a ver? Meu garoto vc e um bom escritor e muito corajoso por fazer faculdade de história kkk.

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