Os Primos (Capítulo 06)

Um conto erótico de RafaelQS
Categoria: Homossexual
Contém 3473 palavras
Data: 05/02/2017 21:19:32

Os meses seguintes foram os melhores da minha vida. Tudo o que estava experimentando gerava uma sensação muito boa, ao mesmo tempo que nova. Aquele sentimento era real, vivo e me transformava em outra pessoa. Sentia-me mais forte, seguro na vida, e mais do que isso... completo, ao lado do garoto que sempre desejei. As noites de angústia que gastei fantasiando histórias que supostamente morreriam sem se concretizarem, deram lugar as longas chamadas que fazíamos um ao outro pelo celular. Eu conseguia ouvir sua voz por muitas horas, e ele o mesmo, implorando que eu ficasse um tempo extra na linha.... Mesmo que tudo resultasse em uma exorbitante quantia de consumo de créditos.

No colégio, Cauã abria mão de estar na companhia de Ricardo e Vitor durante o intervalo para sentar-se com Mariana e eu nos bancos do pátio ou na arquibancada da quadra de esportes. Claro que isso gerou um falatório... O príncipe junto a plebe, a rainha descoroada... Agora Diana andava pelo colégio visivelmente abalada. Não sabia lidar com a separação, de certo. Ou melhor, não entendia o que era perder. Encarava a mim e Mariana com olhar de desprezo. Éramos os prováveis causadores do fim de seu romance, eu temia que ela viesse a nos perturbar de alguma maneira.

Após o expediente de aula costumávamos fazer alguma coisa. Ele em minha casa, e algumas vezes eu na dele. Quase sempre na minha, pois existia uma privacidade concedida graças ao trabalho de meus pais.

Gastamos horas a fio em lindas tardes ao som da Legião Urbana tocando no Mini System. Abraçados, na minha cama, esquecendo o mundo ao redor. Fiz um lar seus braços, ele também fazia no meu peito. Juntos, agarrados.

“Será que você vai saber

O quanto penso em você

Com o meu coração?”

Amava “O Descobrimento do Brasil”. Renato Russo cantava sobre descobertas, e como elas são repletas de inseguranças, incertezas, mas apesar de tudo prazerosas e belas. Eu descobria um mundo. Aventurava-me ao garoto mais lindo que conhecia e navegava por um território totalmente novo. Virgem.

Foi por isso que me considerei virgem quando tivemos nossa primeira relação sexual de maneira completa.

Ele caiu sobre mim na minha cama. Já tínhamos tirado toda a roupa. Gostava de começar as coisas quando já estávamos completamente nus, sem nenhuma censura. Cauã era uma obra de arte pelado.

Distribuiu beijos carinhosos pela minha boca, alguns muito longos tomando minha respiração e fazendo-me perder o fôlego, mas ao mesmo tempo levando-me a um outro lugar. De olhos fechados era como não estivéssemos ali, mas em uma dimensão onde apenas o prazer existia. Os beijos desceram até meu pescoço, causando um misto de cócegas com carinho e muitos arrepios. Por fim chegou aos meus mamilos, região onde eu costumava sentir muito prazer se fosse estimulada. Sua boca navegou por eles, sugando-os como uma fruta, como se pudesse sentir o sabor de um néctar escasso e raro. Vê-lo ter prazer realizando isso dobrava meu gozo em transar. Segurei sua cabeça enquanto ele, de olhos fechados, prosseguia com a língua ativa em meu corpo.

Senti-o sugar meu pênis e não consegui ficar sem me contorcer na cama. Todo prazer concentrado no meu órgão genital agora estimulado por sua boca, cuidadosa e eficaz, eu poderia gozar em menos de um minuto. Isso estava prestes a acontecer, até que segurei seus ombros e puxei-o para mim dando um beijo estralado em seus lábios vermelhos. Coloquei ele ao meu lado e me virei de costas, convidando a encostar seu púbis nas minhas nádegas. Grudou em mim encaixando seu pênis ereto. Fazia movimentos lentos. Por pouco não me penetrava por completo. Roçava o pau seguidamente, eu o ajudava, rebolando discretamente. O ritmo esquentou a ponto de ele forçar uma pausa e pedir para irmos ao ato.

-Vamos meter.

Concordei.

Me pus de joelhos, ficando de quatro em seguida.

Cauã debruçou o corpo sobre o meu e usou uma voz doce, ao mesmo tempo máscula e sensual:

-Se você sentir qualquer dor me avisa? – Encostou a mão direita sobre a minha barriga.

-Ok. - Concordei, segurando sua mão esquerda.

Cauã primeiramente forçou entrada com a glande do Pênis, lentamente. Foram necessários alguns instantes para que se alojasse por completo dentro de mim. Cuidadosamente penetrava e retirava. Iniciamos uma espécie de dança, na qual ambos movimentavam o corpo em busca de prazer. Desconhecia a possibilidade de fazer sexo sem dor quando transava com Leandro, mas estando ali, preso ao corpo de Cauã, as coisas fluíram tão suavemente que era abominável pensar que desconforto era algo existente em nosso mundo. Êxtase puro, para todos os lados durante todos os momentos.

...

Dezembro se aproximou rapidamente. Coberto de provas, trabalhos e uma rotina de estudos intensa, quase não nos demos conta que estávamos juntos há dois meses. Me perguntava se aquilo era um namoro. Não houve um pedido, portanto não poderia ser oficial. Será que um namoro entre dois rapazes não necessitava passar pelos mesmos estágios que o heterossexual? Dúvidas como estas surgiam, perturbando-me. Mas nas tardes em que nos colocávamos deitados, dentro do nosso próprio mundo, percebi que preocupar-me em estabelecer nomenclaturas para o que tínhamos era bobagem. Ele estava ali comigo, e isso me bastava.

- Eu quero passar o natal com você! – Ele abriu um sorriso, que com o tempo desmanchou-se em uma expressão preocupada. –Mas vamos todos para o Rio de Janeiro visitar a família do meu pai.

-Meus pais e eu nunca saímos no natal. É um pouco depressivo, mas você pode ficar com a gente. Aposto que seus pais vão concordar. – Sugeri.

-Não sei... Eu duvido um pouco. Meu pai faz questão de me arrastar para lá. Até mesmo o Renan vai precisar ir. Todos que não foram no casamento vão querer ver o noivo.

Exibir a família feliz. Quase me esquecia que essa era uma das prioridades dos familiares de Cauã.

- Vou tentar convencer meu pai. – Ele disse, puxando meu ombro para perto de si. –Mas vai ser difícil. – Me beijou em seguida.

Estremeço com seus beijos repentinos.

-E quero você na minha casa. – Sorri. – Só eu e você.

E me envolve em seus braços.

Sinto seu cheiro de ervas.

Cauã me manteve informado sobre o status do nosso plano de natal. A primeiro momento Sérgio refutou a ideia com extrema autoridade, alegando que a família só se encontrava nas festas de final de ano e por isso deveriam estar todos presentes, afinal seria uma falta de educação não visitar os avós. Cauã rebateu inventando um “acampamento de natal” entre os alunos da nossa escola. A ideia pareceu não colar, Sérgio continuo a rejeitar a proposta do filho. Até o momento em que Cauã argumentou que todos estariam lá, incluindo Diana e que seria decepcionante só ele não estar presente. Após citar o nome da garota, parece que o pai resolveu voltar atrás e o liberou da obrigação de viajar ao Rio de Janeiro, mesmo sob os protestos da mãe que apresentava a falta de maturidade do filho como empecilho “Como você pode se virar sozinho com a empregada de férias? ”, repetiu várias vezes. E outro bom argumento: “Você vai passar o seu aniversário longe nós?”. Como um presente de natal, ele nascera no dia 25 de dezembro e Eliane recitava a frase todos os anos “Você foi o nosso presente”.

Porém, o único que poderia decidir para onde o filho iria era Sérgio. A voz de Eliane sempre fora passiva demais a ponto de proibi-lo a fazer algo.

...

Outro desafio para o feriado que se aproximava era encontrar um bom presente para Cauã. Gostaria de dar a ele algo muito especial, e não se compra algo significativo com pouco dinheiro. Pensei mil vezes em produzir ou comprar algo artesanal, um retrato, quadro, pulseira, mas nada disso me convencia o bastante. Reunindo as economias do mês, e um bom dinheiro que consegui juntar durante o ano dizendo aos meus pais ser destinado a livros do colégio, pensei em comprar dois ou três games de Playstation 2, com certeza ele faria muito bom uso deles. Mas esses jogos são descartáveis, em pouco tempo perdem a graça, são substituídos por outros... Foi por isso que em uma tarde, passeando pelo shopping, abandonei uma livraria que trabalhava com games e decidi dar uma volta em outras lojas. Roupas não eram o tipo de presente que eu gostaria de receber, então descartei este item da minha lista. Passei em frente a uma joalheria que me fazia recordar um momento especial de minha infância.

...

Deixei meus pais cientes que retornaria apenas no dia 26. Arrumei minhas roupas e tudo que precisaria para passar dois dias fora. Cheguei a casa de Cauã antes do anoitecer. O portão elétrico movia-se lentamente, mas ao correr até o final revelou um garoto maravilhoso à minha espera. Estava vestido de um modo diferente do qual eu estava habituado a vê-lo. Bermuda azul marinho, chinelo nos pés e uma camiseta regata da cor vinho deixando à mostra os braços fortes e chamativos. Sua beleza provocava pontadas no meu coração.

Entrei com a bolsa nas costas e esperamos até o portão retornar e trancar por completo à nossa frente para que nos cumprimentássemos com um forte abraço. Ele puxou a alça da mochila fazendo com que eu a soltasse no chão, apertou-me contra a parede e beijou meu queixo.

- Hoje você é só meu.

Um beijo na bochecha.

-Completamente. – Respondo.

Seus lábios entraram em contato com os meus e quase fui sugado devido a voracidade com que Cauã conduzia nossas bocas.

Aquela noite prometia ser inesquecível. Ele parecia mais desinibido, confiante e apaixonado. Deixava isso claro em suas ações.

A cozinha revelava comida sendo preparada. Um cheiro de frango espalhava-se pelo ar e embriagava meu estômago, fazendo-o roncar. Existia três panelas no fogão e uma delas com um molho avermelhado borbulhando sob o fogo aceso. Ele estaria cozinhando? Não poderia ser verdade. Cauã parecia com o tipo de rapaz que não sabe fritar um ovo. Provavelmente alguém estava o ajudando.

-Você está cozinhando? – Perguntei, curioso.

-Claro. Você acha que existe alguma pizzaria aberta nas vésperas de natal?

Rimos.

-Quero que seja perfeito. – Continuou.

Um beijo.

Ele colocou o molho dentro de uma travessa e o misturou ao macarrão totalmente cozido.

É nesse momento que começo a fantasiar cenas futuras. Divaguei sobre dividir uma vida juntos, em uma casa, onde depois de uma rotina de trabalho poderíamos voltar e preparar nossa comida, jantar e contar os problemas do dia-a-dia, assistir a filmes, sair com os amigos e poder segurar sua mão sem medo de represálias. Ter o nosso próprio mundo. E quem sabe brigar por uma bobagem ou outra? E pedir desculpas por entrar em conflito por algo tão ridículo. E se não houver um pedido de absolvição, perdoar ao outro e entender a falha de não ceder por orgulho. Conhecer o cheiro dos nossos corpos pela manhã, acordar com um beijo na testa ou um abraço apertado. Ser sufocado pelas pressões do cotidiano, mas recordar-se que tudo é insignificante perante a grandiosidade do nosso amor, e saber que ter um ao outro é tão mágico que pode afastar qualquer tempestade. Ligar do trabalho no meio do dia para dizer “Oi, amor, descongela o frango para mim?”. Chorar pela perda de um familiar, e prestar consolo com um abraço e “eu estou aqui!”. Resmungar pelo doce roubado da geladeira, entupir-se de pizza aos sábados e dormir até tarde nos domingos, comprar um cachorro problemático e gastar muito tempo tentando limpar sua bagunça. Falar mal de vizinhos, parentes e amigos sem preocupação, afinal um não denunciaria o outro. São coisas que casais normais fazem sem perceber a sorte que têm. Eu ansiava por ter a oportunidade de compartilhar esses momentos.

Começamos a nos servir. Enquanto colocava minha comida no prato, Cauã abria uma garrafa de vinho muito sofisticada.

-Roubei da adega do meu pai. Acho que ele não vai perceber. – Riu.

Levantei a taça e o líquido vermelho vívido se espalhou. Ele fez o mesmo, dando um sedento gole em seguida.

-Um dos melhores, sem dúvida. – Falou, com uma mancha avermelhada acima do lábio.

Comemos em silêncio. Tudo estava tão bem preparado que nos concentrámos em degustar o maravilhoso frango assado tirado do forno. Os olhos verdes pousavam em mim, abertos e certeiros, combinados a um sorriso malicioso, em seguida, outro gole do vinho. A bebida do pecado. Mal poderia esperar para cair em seus braços e provar da sensualidade descarada que ele trazia consigo.

Depois de uma refeição pesada, assistimos a um filme no aparelho de DVD. Terror, seu gênero favorito. Não conseguia prestar muito a atenção, estando concentrado na perfeição do momento. Deitado no colo de Cauã, suas mãos na minha cabeça, entre meus cabelos. Entendi que a melhor sensação do mundo é receber um cafuné carinhoso de quem se ama. Ele ria e assustava-se em partes que eu estava apenas tentava captar a essência da cena. Por sorte era um filme cheio de mortes e um roteiro não muito rico. Basicamente consistia-se na garota e os amigos em uma viagem de fim de semana para algum lugar desconhecido, onde todos precisam lutar para conseguirem sobreviver a uma emboscada de um psicopata. Clichê básico.

Uma hora para meia noite subimos até o quarto de Cauã. Ele trazia duas taças de vinho a fim de que degustássemos enquanto fazíamos amor. Beijou minha boca delicadamente entre um gole e outro. Sentados sobre a cama, nossas mãos exploravam nossos corpos. Deitamos, atracados, no meio de suspiros, ele virou-se lentamente para que eu encaixasse um abraço por trás. Meu pau endurecido na calça passou a roçar em sua bunda. “Tão redonda”, imaginei. Eu poderia comê-lo. Pela primeira vez estava sentindo que seria uma experiência interessante assumir papel de ativo na relação.

Ficamos nus, e nessa posição continuei a acariciar a bunda com o pênis. Cauã gemia, como quem muito desejava aquilo. Deixei que a parte superior da minha glande forçasse uma entrada dentro do ânus. Ele voltou-se para mim.

-Isso vai doer, melhor não. – Segurou a minha mão.

-Se é feito com vontade, a dor não vem. – Tranquilizei.

Nos encaramos por um tempo.

-Para isso preciso ir ao banheiro, não acha?

Rimos.

-Acho que sim.

Depois de explicar a Cauã o procedimento de higienização do ânus, dei a ele o tempo necessário para se preparar no banheiro. Volto ao seu quarto, e uma pontada de curiosidade me perturba. O chuveiro estava ligado, sinal de que demoraria um tempo até retornar ao quarto. Corro a porta do guarda-roupa. Lá estão expostas camisas cuidadosamente organizadas por cor, penduradas por cabides. Aproximo meu nariz e exalo o que é o cheiro do perfume de Cauã combinado a essência de um amaciante suave. Nas gavetas, cuecas, meias, shorts, revistei perguntando-me o que de fato procurava... Era uma vontade que necessitava saciar, um armário pode dizer muito sobre alguém e aquele estava impecavelmente arrumado. Uma gaveta de tamanho maior ocupava o canto esquerdo, embaixo do espaço destinado as calças jeans. Ao abrir percebi que estava cheia de objetos que um dia foram presentes. Ursinhos, cartões, fotografias... Agarrei o que parecia ser um cartão postal francês, dentro continha uma mensagem escrita à tinta preta com caligrafia arredondada e um tanto chamativa. Uma frase simples, como essas de casais que se lê em bilhetes trocados na sala de aula... Endereçado a Cauã, escrito por Diana. Outro postal trazia um poema grande e enjoativo, não me dei ao trabalho de lê-lo por completo, abaixo a data indicava o início do ano, um bom tempo antes do começo do namoro dos dois. Isso significava que havia tempos que Diana idealizava uma relação amorosa. Vasculhando um pouco mais, encontrei fotografias, uma delas mostrava Cauã na tentativa de livrar-se da câmera cobrindo o rosto com a mão. Outra trazia os dois abraçados frente ao espelho, no verso a letra extravagante marcava: “Nossa primeira tarde”. Um mal estar me assombrou. Existiam outros itens, ursinhos, caixas de chocolates vazias, discos, decidi fechar a gaveta e não remexer nesse passado.

“Ele ainda guarda os presentes”, uma voz involuntária gritou nos meus pensamentos. “Isso não quer dizer absolutamente nada” Tentei tranquilizar a mim mesmo. Não há nada entre os dois. O amor que ela sentia não era reciproco. Porém, ao contrário de mim ela poderia oferecer uma coisa que estava longe do meu alcance. Conforto, segurança, aceitação.

Afastei a reflexão negativa e sentei na cama esperando o retorno de Cauã, que segundos depois entrou no quarto, desajeitado, cobrindo a cintura com uma toalha. O rosto corado com um sorrisinho bobo.

-Tudo bem, não precisa ficar tenso. – Segurei-lhe a mão.

-Eu não estou. – Beijou meus lábios. – Eu confio em você.

...

Buscou a taça de vinho e a levou até a boca, encarando-me sensualmente com uma das sobrancelhas discretamente erguida. Fomos para a cama. Ele deitou-se de bruços deixando à mostra seu traseiro majestoso. Poderia julgar que era maior que o meu, cheio e redondo, não tinha prestado a atenção em como parecia atraente até aquele momento.

Subi sobre seu corpo encaixando meu pênis (que endureceu rapidamente após a visão gloriosa) na entrada do ânus. Senti as nádegas embaixo de mim se contraírem. Distribui alguns beijos carinhosos no pescoço. Minha primeira vez como ativo, sua primeira vez como passivo. Agarrei a mão quente e terna na finalidade de aliviar a tensão.

Meu pau afundou pouco a pouco, ajustando-se conforme a elasticidade do ânus cedia à entrada. Cauã gemeu baixinho, contraindo-se. Lentamente, preocupado em não gerar dor, iniciei o processo entra-e-sai do pênis. A sensação de estar penetrando alguém era melhor que eu imaginava. Conforme o movimento aumentava sentia como se meu pinto fosse uma bomba e estivesse a ponto de explodir de tesão. Nossos corpos dançavam, concentrados. Conhecer outra forma de prazer me causava novas sensações, a excitação rugia no meu peito, como um leão. Encostei minha cabeça na nuca do garoto que amava e sentia seu cheiro provocante funcionando em mim com um combustível, incentivando-me a deseja-lo mais.

Sentia-o querer, rebolar, ansiar por mais de mim dentro de si. E embalamos em um ritmo perfeito, no qual eu acelerei a velocidade das estocadas ao mesmo tempo em que controlava a excitação na tentativa de prolongar o momento. Abracei seu corpo e o apertava com força. Cauã envolveu sua confortável mão direita quente e macia na minha.

Barulhos de fogos de artificio estouraram, percebi a entrada do natal. O ápice aproximava-se.

-Feliz natal, meu amor.

Cauã dobrou o pescoço para alcançar minha boca e beijou-me. Nesse instante mergulhei meu pênis por completo dentro dele e gemi algumas vezes enquanto gozava fartamente.

...

Suado, encostei minha cabeça no travesseiro, um pouco ofegante, enquanto ouvia o som dos estouros ao longe. Virando o rosto, observei a face satisfeita de Cauã, de olhos fechados, repousando feito um anjo. Estendi o braço e o envolvi, trazendo-o para mim. Beijei sua testa e agradeci a Deus por ter me concedido aquele instante mágico.

Naquela madrugada decidimos que poderíamos terminar na banheira. Ele estava visivelmente alterado por causa do álcool. Seus olhos e movimentos denunciavam a embriaguez. Volta e meia despejava vinho na taça e bebia, tentei afastá-lo do vício, mas se recusou, dizendo sentir-se bem.

Ajudei a esfregar o corpo visto que se embaralhava por completo ao espalhar o sabão em si. Ensaboei cada parte da pele lisa, cuidadosamente, em movimentos delicados, os quais o fazia relaxar. A calma durou breves instantes. Após o banho ajudei a secar as costas de Cauã, mas ele parecia mais preocupado em beber de uma segunda garrafa de vinho. Insisti para que vestisse suas roupas e fôssemos para o quarto dormir, mas em vez disso ele ria da minha cara, oferecendo seu copo a mim.

Obriga-lo a vestir um short foi uma tarefa quase impossível. Irritado, o abandonei no banheiro e fui para a cama me deitar. Percebendo a minha desistência em lhe por uma roupa, andou até o quarto e deitou do meu lado, prendendo minhas pernas entre as suas. Encheu minha bochecha de beijos e se concentrou em espremer meu corpo em seus braços. Eu estava odiando aquela rebeldia, mas amando ficar comprimido contra o corpo dele, portanto não me opus a partir daí. Feliz como quem encontra uma parte de si, afundei minha cabeça no travesseiro e me concentrei no som das nossas respirações, em sintonia, como se fôssemos um só ser.

...

Agradeço aos leitores que vierem a dedicar um tempo para realizar a leitura, e gosto de receber críticas de toda natureza (me refiro as construtivas), então, não deixe de comentar o texto, isso é muito importante para mim.

Também disponibilizei o texto no Wattpad, que proporciona uma leitura mais confortável, não deixarei o link pois o site Casa dos Contos Eróticos pode o censurar. Busquem por "Os Primos (Romance Gay)".

Obrigado a todos!

Obs: As postagens de novos capítulos ocorrem todos os domingos durante a noite.

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Comentários

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UMA EXCELENTE DESCRIÇÃO DE UMA FODA. AMEI. SURPRESO PELA BEBEDEIRA E RECUSA DO CAUÃ EM PARAR. VEREMOS... SERÁ QUE O FANTASMA DE DIANA VAI RONDAR SUA VIDA? POR QUE GUARDAR AS LEMBRANÇAS DA EX?

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Essa relação do Cauã com a Diana ainda vai dar muito trabalho, essa coisa dele ainda guardar os presentes não é uma coisa boa, coitado do Gabriel. Sinto que essa relação dos dois primos não vai longe!

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