O Escolhido – Capítulo 03
Estava sentado na escada com Lupi ao meu lado, Chris conversava com a polícia sobre o homem que estava do lado de fora da casa; passei a mão sobre a cabeça do Lupi que colocou ela na minha coxa.
- As coisas estão ficando complicadas. Acho que vamos ter que voltar.
O cachorro me olhou como se me entendesse, Chris se aproximou e se agachou.
- Eles vasculharam a casa toda mas não encontraram ninguém. Alguns vizinhos também relataram terem visto pessoas suspeitas rondando suas casas.
- Não podem deixar um viatura aqui na frente?
- Eles vão deixar uns policiais fazendo ronda pelo quarteirão.
- Amanhã cedo vamos voltar.
- Chris...
- A sua segurança é mais importante. Vamos voltar amanhã.
Aquela foi a primeira vez que vi o Chris agir daquela maneira, ele sempre foi brincalhão vê-lo sério pela primeira vez me deixou um pouco mais assustado.
Olhava pela janela e observava o lado de fora, Chris resolveu cozinhar naquela noite, estava sentado próximo a lareira Lupi estava estranho ele ficava me rondando e aquilo me assustava um pouco.
- Vem comer. – Disse Chris me chamando a mesa.
Não estava com muita fome, então comi pouco o que deixou ele decepcionado; tomei um banho rápido e me preparei para dormir mau deitei na cama e apaguei como se tivesse tomado algum remédio. No meio da noite sinto Chris deitando ao meu lado me aconchego ei em seus braços e voltei a dormir.
“Ele retornará a luz da lua, e levará consigo o seu escolhido...”
Acordei assustado com essa voz em minha cabeça, olhei em volta e vi o Chris deitado ao meu lado; pelo menos aquele não seria mais um pesadelo onde ele morre... pelo menos eu acredito que não seja. Levantei da cama e fui até a cozinha beber um copo de água.
Abri a geladeira e coloquei a água no copo; dei um gole e me assustei com um raio que clareou todo o quarto, soltei o copo que caiu no chão.
Me abaixei para pegar os cacos e acabei cortando a mão devido a outro susto com um raio.
- Ângelo!? – Chamou Chris.
- Estou aqui, acabei derrubando o copo. Cuidado onde pisa – Ele andou até mim e me ajudou com os cacos.
- Deixa eu te ajudar, vai lavar a mão por conta do ferimento.
Ele sorriu, levantei para ir ao banheiro quando vi o Lupi no corredor, ele rosnava de um forma ameaçadora; parecia até um outro cachorro.
- O que foi Lupi!? – Perguntei estranhando seu comportamento.
- Ângelo... se afasta... – Chris segurou meu braço me puxando para trás lentamente. O cão resolveu avançar, corremos até o quarto e trancamos a porta.
Lupi começou a bater contra a porta de forma violenta, deu quatro pancadas e depois parou. Depois disso não ouvimos mais nada, até parece que ele havia ido embora quando ouvimos o cachorro rosnar novamente; abracei o Chris e fechei meus olhos o cão rosnava cada vez mais alto.
- Eu vou te proteger meu anjinho. – Chris me abraçava enquanto eu chorava em seu peito.
Os barulhos ficaram cada vez mais bizarros e infernais agora além de rosnar ele também gemia como um ser humanos o que deixava tudo ainda mais assustador, escutávamos barulhos de algo se quebrando como se fossem... ossos e por fim o barulho cessou.
- O que será que aconteceu?
- Eu não sei... – Respondeu – Fica aqui, eu vou até lá.
- Não... por favor...
Chris soltou minha mão e andou em direção a porta bem lentamente quando mais uma pancada foi dada e a porta desabou no chão, um homem entrou no quarto.
- CORRE ÂNGELO!!! – Gritou Chris indo para cima do homem.
Olhei em volte e só tenho um lugar para onde correr, pulei por cima da cama e abri a janela pensava em salta-la mas uma mão firme me segurou e me puxou para dentro do quarto. Cai no chão e o vi segurar meus pulsos e me jogar contra parede. Soltei uma de minhas mãos e dei um tapa em seu rosto que nada causou; do outro lado da cama Chris estava desacordado.
- Quem é você?
Ele começou a me cheirar e num movimento rápido ele mordeu meu braço de uma forma que fez gritar de dor. Cai de joelhos no chão segurando a ferida formada pela mordida, minha visão ficou escura e antes de desmaiar ouço os policiais entrando no quarto.
-- Você é corajoso. Confesso que nunca vi antes alguém resistir a ele. – Aquela garota falava enquanto sorria.
Estava de volta aquela clareira, sentei a frente dela as chamas da fogueira estavam azuis bem diferente da outra vez.
-- Você sabe quem era aquele homem?
-- O Alfa... ele veio buscar você, Escolhido.
-- Não o sou o Escolhido. Seja lá o que for isso não tenho nada haver. E o que aconteceu com meu cachorro?
-- O cão, o lobo... ele tem muitas formas.
-- Está me falando que... o Lupi é aquele homem.
-- Você está marcado... não importa para onde fuja, ele sempre encontrará você.
Despertei de meu sonho em um quarto de hospital, havia uma cadeira ao meu lado com um terno da qual deduzi que fosse do meu pai. Minha mão estava enfaixada por conta do corte do vidro e da mordida daquele homem.
- Chris... – Lembrei de vê-lo caído desacordado no chão – CHRIS!!!
- Filho – Meu pai entrou no quarto – Fique tranquilo, está tudo bem.
- Cadê o Chris? Pai ele... ele...
- Fique tranquilo ele está bem, está no outro quarto se recuperando.
- Cadê a mamãe?
- Ela ficou presa no aeroporto, mas está fazendo o possível para retornar ao país.
Alguns dias se passaram e Chris já estava recuperado, pelo menos da maioria de seus ferimentos, mesmo se passando algumas semanas aquele ferimento no meu braço não cicatrizava o que era estranho.
- Ta tudo bem? – Perguntou Chris.
- Sim. Ainda dói? - Ele ainda estava com a perna enfaixada.
- Não mas só é incomodo por que coça um pouco.
O sinal tocou e eu voltei a minha aula, dei um se linho no Chris e subi a escadaria da escola. As aulas foram demoradas e por incrível que pareça achava cada uma mais chata que a outra.
No caminho de volta para casa tinha a sensação de estar sendo seguido, a todo momento olhava para trás mas não via ninguém. Chegando em casa me joguei no sofá e fiquei observando o teto, minha cabeça doía sentia como se tudo estivesse girando meus olhos pesavam até que acabei pegando no sono.
Acordei já estava tudo escuro mas eu não estava na minha casa fiquei desesperado ao perceber que estava no meio da floresta.
- Quem é você? - Uma voz grossa perguntava atrás de um luz forte. – Só vou perguntar mais uma vez, quem é você?
- Meu nome... eu sou... – Tentava lembrar mas aquela luz era forte demais – Me chamo Ângelo. Onde eu estou?.
- O que faz na minha propriedade?
O homem abaixou a lanterna e eu pude ver que ele estava com um rifle em mãos aquilo me deixou ainda mais assustado.
- Perdão... eu... eu não sei como vim parar aqui. Posso usar o seu telefone?
Segui o homem até a sua casa, era um fazenda próxima ao local onde estávamos; liguei para meu pai e ele disse que já estava a caminho. Não me sentia bem naquele lugar, o homem me olhava o tempo todo de cima a baixo e principalmente para cicatriz no meu braço.
Me despedi do homem de forma educada e entrei no carro do meu pai que me encheu de perguntas sobre o que eu estava fazendo naquele lugar. Cheguei em casa e tomei um banho quente pra relaxar, depois do banho recebi uma mensagem no celular achei que fosse o Chris mas era de um número da qual eu desconhecia.
“ Você quer respostas? Eu às tenho... Me encontre no pier amanhã as 15:00. Não se atrase!”
Continue...
Oi gente, desculpa demorar pra postar, eu acabei esquecendo de postar o capítulo ontem (domingo).
Smile.Smile sim eu tenho conta no wattpad, é só procurar lá por weslleywest ou Vegawess que você me encontra, inclusive tenho um conto/livro que estou postando lá; que bom que vc está gostando das minhas histórias fico feliz!!!
Bom galera ficarei por aqui, logo logo postarei um novo capítulo beijinhos e bye...
