Felipe e Guilherme - Amor em Londres - 09: FELIZ NATAL

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 4514 palavras
Data: 03/02/2017 23:40:08

Tenha um Feliz Natal

Deixe seu coração ser iluminado

De agora em diante seus problemas ficarão fora do caminho, yeah

Tenha um Feliz Natal

Celebre a véspera de Natal com alegria

De agora em diante seus problemas ficarão milhas distantes, oh

– – – – – – – – – –

Kaity passeia pelas ruas de Londres e admira toda a beleza dos enfeites natalinos da cidade. Ela para e fica encantada com um coral que se apresenta em uma esquina, infelizmente poucas pessoas param para ouvir. A música a deixa emocionada, a jovem lembra da família que está longe. De repente, uma mão toca o seu ombro, é o Dylan, os dois foram comprar doces para entregar para os sem-tetos.

Dylan: - Isso é tão a cara do Natal.

Kaity: - Sim. Verdade. É tão lindo.

Dylan: - Estou feliz por ter te encontrado.. por outro lado… eu… eu passaria o Natal em casa. (ele disse a beijando na bochecha)

Kaity: (sorry)

– – – – – – – – – – – –

Aqui estamos como nos velhos tempos

Felizes passados dias dourados, ah

Amigos leais que são muito queridos

Eles se reúnem conosco mais uma vez, ooh

Através dos anos nós estaremos juntos e

Se o destino permitir

Segure uma estrela brilhante no mais alto laço, oh yeah, oh

E tenha um Feliz Natal agora, oh, oh

– – – – – – – – – – – – –

Felipe atende uma mesa no restaurante, ele escuta os jovens falando sobre os planos de curtir o Natal. Ele sorri, mesmo estando destruído por dentro. Guilherme tenta ligar para a mãe, mas não consegue, o jovem está dividido entre viajar ou não para o Brasil. Felipe aproveitou a viagem do namorado, e pediu para ele levar alguns presentes para a família. Quem estava feliz com a situação era John que passaria o Natal ao lado de Guilherme.

Jovem: - Garçom. Você tem adoçante?

Felipe: (distraído)

Jovem: - Garçom?

Felipe: - Oi?! Pode falar moça.

Jovem: - Queria o adoçante.

Felipe: - Claro. Com licença.

Jovem: (olhando para amiga) – Então, a minha mãe sempre faz umas brincadeiras na noite do Natal. Vai ser super divertido. (rindo)

– – – – – – – – – – – –

Amigos leais que são muito queridos

Eles se reúnem conosco mais uma vez, oh, oh

Através dos anos nós estaremos juntos e

Se o destino permitir, oh yeah

Mas até lá nos vamos no confundir de alguma maneira, oh yeah, oh,

E tenha um Feliz Natal agora, ooh yeah, oh , ooh

– – – – – – – – – – – –

Felipe leva o pedido para algumas mesas sempre tentando manter o bom humor. Ele recebe uma foto de sua família se preparando para ir a casa de sua tia Teresa. O jovem vai para o banheiro dos funcionários e começa a chorar.

Cidade Porto Estrela – Um ano antes

Maria: - Querido? (tocando em Felipe)

Felipe: - (acordando) – Oi?

Maria: - Você trabalhou bastante, né?

Felipe: - Não, mãe. Estou bem. (sentando e sorrindo)

Maria: (entregando um prato de comida para Felipe)

Felipe: - Só a senhora mesmo. Adoro tudo isso. (com os olhos brilhando)

Maria: - Só você mesmo. (sorrindo) – Ainda não entreguei o seu presente. (entregando um pequeno pacote para Felipe)

Felipe: (abrindo e sorrindo) – Meias. Como a senhora adivinhou que eu estava precisando de meias? (deixando o prato de lado e abraçando a mãe) – Eu te amo. Obrigado por tudo.

Frederico: - Mãe… mano… faltam um minuto para meia noite. Vamos?

Maria: - Vem. Vem desejar feliz Natal para os teus tios. (saindo)

Felipe: (pegando o prato e comendo um pouco, falando de boca cheia) – Já vou!!!

Londres – Atualmente

Felipe: (olhando a foto da família) – Amo vocês. Amo muito vocês.

– – – – – – – – – – – –

E tenha um Feliz Natal agora, ooh yeah, oh , ooh

Nariko mandou para Wong a localização de um templo budista que comemoraria o Natal. Os dois estavam animados, Nariko avisou aos pais que estaria em contato com a religião japonesa na noite de Natal. A jovem passou no dormitório de Kaity para entregar uma lembrança.

Kaity: - Eu adorei. Estava precisando de luvas. (abraçando a amiga)

Nariko: - Para de sentimentalismo. Não gosto disso.

Kaity: - Espera. Comprei um presente para você. (indo até uma gaveta e tirando uma caixinha) – De acordo com o vendedor está escrito felicidade em Japonês. (entregando o pacote para Nariko) – Espero que goste. (sentando em uma cadeira)

Nariko: - (abrindo e tirando uma gargantilha com dizeres em japones) – Que lindo. Pena que está escrito vagina.

Kaity: - O que? (quase caindo da cadeira)

Nariko: - Brincadeira. (rindo) – Obrigada. Sabe dizer se o Felipe já tá no dormitório? Ele fica até 11h, né?

Kaity: - Sim. Vamos lá. Entregamos o presente deles.

Nariko: - Vamos.

Felipe chegou cabisbaixo do trabalho e deixou o uniforme em cima da mesa. Ele pegou na cabeça de Tchubirubas que percebeu a melancolia de seu dono. O cachorro fez de tudo para alegrar Felipe, mas não conseguiu. As meninas bateram na porta de Felipe.

Kaity e Nariko: - Feliz Natal!

Felipe: - Feliz Natal.

Nariko: - Se você ficasse mais animado eu acreditaria.

Felipe: - Boba. Feliz Natal. (levantando as mãos)

Kaity: - Vinhemos desejar um Feliz Natal e entregar os nossos presentes. (ela disse entregando um pacote para Felipe)

Nariko: - O meu é um vale presente. Eu não sei comprar presente para meninos. (entregando o presente)

Felipe: (abraçando as duas ao mesmo tempo) – Obrigado. Vocês são demais.

Nariko: - Menos.

Kaity: - Felipe… não consigo respirar.

Felipe: (soltando as duas) – Desculpa.

Nariko: - E o Guilherme?

Felipe: - Ele está a caminho. Vai para o Aeroporto… conseguiu enrolar a mãe dele, mas nem tanto. Ele vai chegar umas 22h no Brasil.

Kaity: - Eu comprei uma lembrancinha para ele também, mas tenho vergonha.

Guilherme: - Vergonha porque? (entrando e tirando o casaco)

Nariko: - Por que você tem tudo, Guilherme. Por esse motivo comprei um vale presente também.

Kaity: - Comprei um globo de neve que pisca no escuro.

Guilherme: (abraçando primeiro Kaity e depois Nariko)

Felipe: - Você não esqueceu da mala, né?

Guilherme: - Não. O Alfred já está no aeroporto. A Paris vai me encontrar lá.

Felipe: - Ela vai?

Guilherme: - É uma desculpa para encontrar o Steve.

Nariko, Felipe e Kaity: - Ahhhh!

Nariko: - Muito esperta.

Kaity: - Ótimo plano.

Felipe: - Verdade.

Longe dali, uma moça grávida chamada Jess caminha em uma estrada de terra. Ela decidiu que não queria ter o filho na sua cidade, e como já estava com oito meses e meio, queria ir para Londres. Sua mãe tentou parar a gravidez para evitar comentários, mas a jovem assim mesmo insistiu e seguiu para a capital da Inglaterra.

Em Londres, as luzes brilhantes deixavam Julian um pouco tanto, o jovem nerd pisava pela primeira vez na cidade e sentia-se perdido no meio da multidão. Ele queria encontrar uma pessoa, eles haviam marcado em um lugar específico, em um horário bem incomum… meia-noite de Natal.

Uma senhora olhava melancólica pela janela de sua casa. Ela bebeu bastante. Queria esquecer os problemas e as mágoas. “Natal… época mais estúpida”, pensou ela. A mulher realmente estava embrigada e só queria que o dia passasse logo. Voltou a atenção para as garrafas vazias, e percebeu que não tinha mais álcool em casa. “Droga”, pensou ela pegando o casaco e saindo de casa.

Felipe e Guilherme fizeram aquilo que não queriam… se despedir. O jovem tentou convencer a mãe de todo jeito, mas não conseguiu. Ele apelou para o pai, porém Leopold também se encontrava nas mãos de Anastácia. Felipe não facilitava e negou todos os convites de Guilherme para ir ao Brasil.

Guilherme: - Desculpa. (beijando o namorado)

Felipe: - Ei. Tudo bem. É um Natal sozinho. Não vou morrer. (pegando um pacote e entregando para Guilherme) – Sei que não é muito, mas…

Guilherme: (abrindo o pacote e se emocionando) – Adorei. (sentando na cadeira, tirando os sapatos e as meias) – Elas são lindas. (colocando um par de meias que ganhou de Guilherme)

Felipe: - Sei que não é nem um terço do que você merece e…

Guilherme: (levantando e beijando Felipe) – Eu te amo. Você é perfeito, Felipe Ramos.

Felipe: - Você também Guilherme Thompson.

Guilherme: - O meu presente é esse aqui. (tirando um quadro digital) – É um porta-retratos eletrônico. Baixei todas fotos nossas e coloquei aqui. Eu ia comprar um notebook, mas tenho certeza que você ia fazer drama, então…

Felipe: - É perfeito. (beijando Guilherme)

Guilherme: - Eu preciso ir. Te amo. Desculpa mesmo. (olhando para Tchubirubas) – Feliz Natal, meu amor. (abaixando e abraçando o cachorro)

Felipe: - Ele também vai sentir saudades.

Guilherme: (levantando) – Desculpa amor. (abraçando o namorado)

Felipe: - Tudo bem. Peguei o turno da noite no O'malley's. Então… (beijando Guilherme) – Aproveita a viagem. E não esquece de levar as coisas para a minha família.

Guilherme: - Não vou. Prometo. (beijando Felipe) – Tchau. (saindo do dormitório)

Felipe: (olhando para Tchubirubas) – Ho… ho… ho…

Tchubirubas: (latindo e abanando o rabo)

Nariko gostava de Wong, muito mesmo, mas o rapaz parecia apenas querer ser amigo da jovem. Eles foram até uma padaria e compraram um delicioso bolo de morango, aquela seria a sobremesa de Natal para os dois. Eles seguiram para a casa de Wong, e deixaram o bolo.

Nariko: - Será que o endereço desse templo budista está certo? (tirando o casaco)

Wong: - Espero que sim.

Nariko: - Vamos fazer o frango?

Wong: - Sim.

Nariko: - Que horas começa o evento no templo?

Wong: (tirando o casaco) – Umas 20h.

Nariko: - Temos bastante tempo para organizar tudo para a ceia de Natal.

Dylan encontrou Kaity no dormitório. Eles seguiriam de metrô até a igreja para fazerem o atendimento aos sem teto. O casal parecia empolgado em passar o Natal ajudando ao próximo.

Kaity: - Estou ansiosa. É a primeira vez que eu passo o Natal longe da minha família.

Dylan: - Eles são super legais, lá. Fora que é uma oportunidade de ajudar ao próximo e ser útil, uma vez que estamos longe de nossas famílias.

Kaity: - É verdade.

Julian destoava da multidão, o jovem parecia muito assustado com tudo aquilo. Ele pegou o celular e tentou falar com alguém, sem sucesso. O jovem então entrou em um bar para escapar do frio, ele viu muitas pessoas bebendo e se divertindo.

Garçonete: - Deseja alguma coisa, docinho?

Julian: - Eu queria uma água…. (tirando algum dinheiro do bolso e comprando a água)

Ali, algumas pessoas viram em Julian uma oportunidade de se dar bem. O jovem pegou a água, tomou e seguiu sua jornada. Ele teria que encontrar alguém, mas o problema é que esse alguém não o respondia. Julian desviou caminho por uma ruela, mas acabou esbarrando em alguns marginais que o agrediram e roubaram seus pertences.

Já a adolescente grávida, Jess continuava caminhando. Ela estava ofegante, a barriga grande a deixava cansada, mas ela queria sair daquela cidade e passar o Natal em Londres. “Meu filho vai nascer em Londres”, pensava a moça. Jess chegou a estação de trem de sua cidade e comprou uma passagem apenas de ida para Londres.

Enquanto isso, Felipe se arrumava para o terceiro turno no restaurante, ele achava que o número de clientes na noite de Natal fosse baixa, mas muitas pessoas decidiram passar para comprar comida. O expediente seria até 22h. Então, quanto mais cliente, melhor, mais gorjeta. Ele recebeu mensagens de Guilherme que narrava cada parte de sua trajetória.

Guilherme: - (bufando) – Que raiva. Cadê a Paris? O voo vai sair daqui a pouco.

Paris: - Oi? Guilherme!! (gritando de longe)

Guilherme: - Claro. (rindo) – Discreta como uma elefanta.

Paris: - Que droga. O Steve não conseguiu. Vou passar o Natal sozinha e no Brasil.

Guilherme: - Valeu pela parte que me toca. Vamos fazer o check-in.

John: (aparecendo na frente dos dois) – Olá?

Guilherme: - O que você está fazendo aqui?

John: - Em primeiro lugar… é um prazer te ver. E segundo, o teu pai me convidou para passar o Natal no Brasil. Vocês vão fazer o check-in?

Paris: (falando baixo) – E eu pensei que não podia ficar pior.

Infelizmente, o mal tempo acabou atrasando os voos. Guilherme, Paris e John não chegariam a tempo para celebrar o Natal no Brasil. O jovem avisou a mãe que fez maior escândalo pelo telefone.

Paris: - E agora?

Guilherme: - E agora que vamos esperar. O voo vai sair 22h. Vamos passar seis horas esperando um voo. Que merda.

Paris: - Você não acha que deveríamos voltar?

John: - Jamais. O seu Leopold exigiu a presença do Guilherme.

Paris: - Sim, o Leopold. Me engana que eu gosto.

Guilherme: (rindo) – Só você mesmo.

Felipe ficou feliz e triste ao saber que o voo de Guilherme atrasaria. Ele queria muito ir ver o namorado, mas não podia deixar o restaurante que cada vez ficava mais lotado. “Eita, as pessoas compram tudo de última hora. Depois os brasileiros que são atrasados”, pensou Felipe.

Nariko e Wong se arrumaram para seguir ao tempo budista. O frio começou a se atenuar, e eles precisavam usar roupas mais quentinhas. Eles caminhavam na rua quando encontraram uma mulher muito beba.

Evelyn: - Sabe qual o problema de vocês?

Nariko: - Oi?

Evelyn: - Sabe qual o problema de vocês jovens?

Wong: (rindo) – Não. Qual?

Evelyn: - Vocês são inconsequentes. Vocês vivem de forma errada, sem se importar om as consequências. (escorregando e caindo)

Nariko: (ajudando Evelyn a se levantar) – Senhora.

Evelyn: (rindo e chorando ao mesmo tempo)

Nariko: (olha para Wong)

Wong: (ajudando a mulher) – A senhora precisa sair do frio e ir para casa.

Evelyn: - Obrigada. Eu vou para casa. (andando na rua e quase sendo atropelada)

Wong: (falando em Japonês) – Pelo amor de Deus.

Nariko: - Senhora. (correndo e levando a mulher para a rua)

Kaity e Dylan estavam no metrô, mas perceberam que aquele trem não passaria perto da igreja. Eles desceram em uma estação bem fria e escura. De repente, a jovem grávida Jess fica perto deles.

Dylan: (olha para a moça) – Feliz Natal.

Jess: - Feliz Natal. (colocando um par de luvas) – Vocês estão indo para o Centro?

Dylan: - Sim.

Jess: - Vou ficar aqui perto… essa estação é muito estranha.

Kaity: - Eu também acho. Pode ficar sim. Que fofa… está com quantos meses?

Jess: - Quase nove. O pãozinho vai pular a qualquer momento.

Kaity: - Sério?

Jess: - Sim. Decidi vir para Londres porque quero que o meu filho nasça aqui.

Kaity: - Que bacana.

A noite esfriou e os clientes no Omalley's começaram a ir. Felipe recolheu o lixo do restaurante e foi jogar tudo na lixeira que fica ao lado da lanchonete. O jovem deixou todo o lixo e quando voltou tomou um susto ao ver Julian feriado tentando sentar na calçada.

Felipe: - Você está bem?

Julian: - Tô. Eu… só preciso sentar.

Felipe: - Aconteceu alguma coisa? Te agrediram?

Julian: - Sim.. fui assaltado.

Felipe: - Droga. Quer que eu chame a polícia?

Julian: - Não. Meus… meus pais não sabem que eu sai de casa.

Felipe: - Droga. Mas você precisa de ajuda. Vem. Eu trabalho nessa lanchonete. (ajudando Julian a se levantar)

Enquanto isso, no Aeroporto, Guilherme, Paris e John esperavam pela chamada, mas tudo estava atrasado. Paris parecia ansiosa para encontrar o namorado, uma vez que sua família não via com bons olhos o relacionamento. John havia preparado todo plano e continuava acreditando em uma reaproximação de Guilherme.

Guilherme: - Gente. Ninguém fala mais nada. Que droga.

John: - Calma. Vão já chamar a gente.

Paris: - Pelo visto vamos passar o Natal sobrevoando a Europa.

Guilherme: - Droga. (pegando o celular e tentando ligar para Felipe) – Atende.

John: - Problemas no paraíso?

Guilherme: - Aff. Com licença.

Faltavam apenas 3 horas para o Natal. O plano de todos haviam mudado um pouco. Kaity, Dylan e Jess tentavam chegar ao Centro de Londres, mas parece que alguma coisa não queria deixar. O trem parou no meio de um túnel e todas as luzes se apagaram.

Kaity: (ficando de pé) – Isso é normal?

Dylan: - Eu não sei. Puxa. Já estamos atrasados…

Jess: - Isso é meio estranho, né? Será que vão aparecer zumbis?

Kaity: (falando em russo) – Deus me livre.

Dylan: - Tem alguma goteira aqui? Vocês estão ouvindo.

Kaity: (ligando a lanterna do celular) – Eu acho que não.

Jess: - (olhando para baixo) – A goteira sou eu. A minha bolsa estourou. Vou ter meu filho.

Kaity e Dylan: (se olham e gritam)

Wong e Nariko carregam a mulher no meio da rua. As pessoas estranhavam aquilo, mas os jovens decidiram que não a deixariam no meio da rua, principalmente por se tratar do Natal.

Nariko: - O papai noel vai ter que me dar um bom presente este ano.

Wong: - Para nós dois.

Nariko: - A gente perdeu o culto né?

Wong: - Sim.

Evelyn: (resmungando algumas coisas)

Wong: - Quando chegar em casa… vamos dar um chá… que ela vai ficar boa na hora.

Wong: - Po favor. Pelo menos tem bolo de morango e frango.

Felipe ofereceu comida para Julian e foi conversar com seu chefe. O jovem fecharia o restaurante naquela noite. Julian emprestou o carregador do celular de Felipe.

Felipe: - Então? Você é de Londres?

Julian: - Sim. Vim encontrar uma pessoa aqui, mas tá difícil.

Felipe: - Vocês marcaram em algum lugar específico?

Julian: - Não. Esse que é o problema. Não deu tempo. E você como é passar a véspera de Natal trabalhando?

Felipe: - Complicado. (rindo) – Sou do Brasil, e não tenho família aqui. Quer dizer… tenho um namorado e um cachorro.

Julian: - E onde está seu namorado?

Felipe: - Viajando. Viajando para o Brasil. Decidi ficar para ganhar essa graninha extra.

Julian: - Entendi. Pelo menos você tem alguém. Eu nem sei se tenho.

Felipe: - Porque não?

Julian: - Por que tenho sido um babaca com minha namorada. Ela é perfeita… e eu sou, eu.

Felipe: - Se pensar desse jeito… nunca vai ter coragem para enfrentar os problemas. Precisa pensar de forma positiva. Acho que sua namorada ia gostar disso.

Julian: - É que são tantos problemas e…

Felipe: - Os problemas fazem parte do pacote. Mas se você a ama de verdade, vai saber contornar essa situação.

Julian: - Verdade. Você tem razão Felipe. (olhando para a televisão e se assustando) – Droga…. (saindo correndo e voltando) – Felipe. Obrigado por tudo. Nunca vou esquecer isso… e Feliz Natal.

Felipe: (olhando para televisão) – Nossa… mas é…. é….

Guilherme não aguentava mais esperar. Ele olhou para a televisão e se impressionou com o que viu. Ele foi até Paris, e falou que não viajaria mais para o Brasil, pois teria algo melhor para fazer. A amiga desejou sorte, e disse que continuaria, pois, encontraria Steve seu namorado em terras brasileiras.

Guilherme: - Me ajuda a despistar o John? Ele parece aqueles cachorros guarda-costas.

Paris: - Distração é comigo mesma. (arrumando a roupa) – Hora do show em 3, 2 e 1… (gritando) – Esse avião não sai mais não?! Ei, atendente.

John: (indo até Paris) – Garota, menos.

Paris: - Não… estamos esperando há quase 10 horas. Esse tempo não melhora não? Estou cansada.

John: - Temos que ter paciência.

Paris começou uma mini revolução no aeroporto de Londres. Todos os voos foram cancelados por causa do mal tempo, ou seja, aquelas pessoas passariam o Natal ali. Guilherme aproveitou a distração causada pela amiga e fugiu.

Uma hora antes disso, Kaity e Dylan se encontravam em uma situação no mínimo delicada, Jess começou a entrar em trabalho de parto no trem de Londres. Os dois tentaram de tudo, mas as portas do vagão no abriam. Dylan deitou Jess e a deixou confortável, quer dizer, o máximo que ele pode. Kaity entrou na internet e verificou formas de fazer um parto.

Jess: (gemendo de dor)

Kaity: - Eu não vou fazer isso. (andando de um lado para o outro)

Dylan: (tirando o casaco) – Precisamos. Precisamos ajudar a moça.

Kaity: (ligando para o atendimento) – Vamos sim, mas vou pedir ajuda médica.

Jess: - (gemendo mais forte) – As contrações estão forte. Eu não quero ter meu bebê nesse vagão.

Dylan: - Jess. Você não vai aguentar muito tempo… eu meio que tenho experiência com partos, então vou te ajudar.

Kaity: (falando com a atendente e explicando a situação)

Jess: (ofegante) – Você já fez partos?

Dylan: - Sim. Todas as vaquinhas da fazenda do meu pai nasceram pelas minhas mãos.

Jess: (apertando o braço de Dylan) – Tá me chamando de vaca?!! (gritando e chorando)

Dylan: - Desculpa. (conseguindo se soltar) – Precisamos tirar a tua calça. (ajudando a jovem) – Isso. Agora a calcinha. (ajudando Jess e abrindo a perna dela) – Tá. Beleza. Agora você precisa empurrar.

Kaity: - As autoridades estão mandando ajuda! (olhando a cena e desmaiando)

Dylan: - Merda.

Jess: - Tua namorada não participava dos partos das vacas, né?

Dylan: - Não.

Jess: (gritando)

Foram quase 30 minutos de tensão. Dylan tentou se manter calma, mas ficou com muito medo. Jess fazia força e gritava bastante. O trem começou a andar novamente. Kaity acordou e ficou ao lado de Jess. Depois de um tempo, a cabeça do bebê começou a aparecer, Kaity desmaiou de novo.

Dylan: - Força! Força!

Jess: (rangendo os dentes e fazendo força)

Dylan: - Tá quase lá. Tá quase lá. Mais um pouco.

O trem parou e uma equipe médica já estava preparada para o caso. Os médicos entraram ajudaram no resto do parto. Jess teve seu bebê quase um pouco antes do Natal. A imprensa se encontrava toda na estação, e Dylan saiu como o herói da noite. Guilherme pegou um táxi e ficou perto do dormitório, ele passou por Julian que corria como um foguete. “Feliz Natal”, eles falaram um para o outro.

Na casa de Wong, a tia bêbada recobrava a consciência. A mulher pediu desculpa pelo infortúnio e reconheceu alguém pela televisão. “Jesus”, gritou a mulher, antes de sair em disparada pela porta. Nariko e Wong viram Dylan e Kaity na televisão, eles aumentaram para saber do que se tratava.

Wong: - Olha só. Seus amigos são heróis. Eu queria ser herói também.

Nariko: - De certa forma somos. Ajudamos essa senhora. (acendendo as velas da mesa)

Wong: - Você tem razão. Fizemos uma boa ação na noite de Natal. Merecemos pontos extras e uma reportagem de televisão.

Nariko: - Não vai querer o frango?

Engraçado como a vida funciona. De certa forma, todos nós estamos interligados, seja por uma boa ação feita, e até mesmo, durante um caso complicado. A vida está conectada de todas as formas. Os médicos colocaram Jess em uma maca, e Julian conseguiu se aproximar e a beijou.

Julian: - Meu amor… desculpa. Eu te amo. Eu tentei entrar em contato com você, mas….

Jess: - Tudo bem. Eu disse que iria te encontrar…

Julian: - Cadê nossa filha?

Jess: - Os médicos a levaram. Ela é perfeita. Ela é linda.

Julian: - Vamos ser felizes… os três…

Jess: - E os nossos pais?

Julian: - Jess. Eu te amo. E amo a nossa filha. Os problemas fazem parte do pacote. Mas eu te amo e você me ama, e juntos vamos conseguir contornar essa situação.

Dylan e Kaity se despediram de Jess, e desejaram felicidades para o bebê. Dylan precisou ir até um banheiro para lavar as mãos. Eles seguiram para a igreja. Evelyn se emocionou ao ver a filha. Ela se aproximou de Jess e beijou o rosto dela. A mulher pediu perdão para Julian, e falou que apoiaria o romance dos dois.

Evelyn: - Desculpa ter te mandado para aquela cidade horrível.

Jess: - Tudo bem, mãe. A senhora estava tentando me proteger.

Evelyn: - Meu bebê tendo que passar por tudo isso. (abraçando Jess) – Onde está a minha neta?

Para-médico: - Precisamos ir para o hospital.

Julian: - Vou acompanhando a nossa filha na outra ambulância. (pegando na mão de Jess) – Te amo. Até daqui a pouco.

E quem disse que os finais felizes na véspera do Natal não existem? Paris aproveitou que todos prestavam atenção nela, subiu na mesa e começou a falar da importância do Natal. Algumas pessoas aplaudiam, outras assoviavam. Ela pegou o microfone da recepcionista e começou a cantar.

Eu não quero muito neste natal

Só tem uma coisa que eu quero

Eu não me importo com os presentes

Embaixo da árvore de natal

Eu só te quero pra mim

Mais do que você pode imaginar

Faz com que o meu desejo se realize

Tudo o que eu quero neste natal é vocêFelipe conversa com a família pela internet, e a mãe agradece pela ajuda que o filho está dando. Ele começa a chorar. De repente, alguém bate na porta. Tchubirbas começa a latir. Felipe abre a porta e fica emocionado ao ver Guilherme.

Felipe: - O que você está fazendo aqui?

Guilherme: - Eu te amo. (beijando Felipe)

Felipe: (chorando) - Eu te amo.

Tchubirubas: (abanando o rabo e latindo

Eu não quero muito neste natal

Só tem uma coisa que eu preciso

Eu não me importo com os presentes

Embaixo da árvore de natal

Eu não preciso de pendurar

A minha meia na lareira

Papai noel não vai me fazer feliz

Com um brinquedo no dia do natal]

Wong e Nariko comem sua ceia de Natal e durante o jantar dão seu primeiro beijo. Eles ligaram o rádio e começaram a dançar na sala do apartamento. "Feliz Natal", desejou Nariko.

Kaity e Dylan conseguiram chegar a tempo de dar comida para os necessitados. O namorado de Kaity foi aplaudido, pois todos viram a matéria na televisão. "Feliz Natal", desejou Kaity beijando DylanEu só te quero pra mim

Mais do que você pode imaginar

Faz com que o meu desejo se realize

Tudo o que eu quero neste natal é você, você baby

Eu não vou pedir muito neste natal

Eu não vou nem querer neve

Eu so vou ficar à espera

Debaixo do visco

==========

Jess, Julian e Evelyn passaram a noite no hospital. Eles prometeram que formariam uma família feliz.

Evelyn: - Essa garotinha linda que trouxe tanta paz para nós. (passando a mão na cabeça da neta) - Vocês já decidiram qual vai ser o nome dela?

Jess: - Bem. Queremos homenagear a vovó.

Julian: - Ela vai se chamar Justine.

Evelyn: (se emocionando) - Obrigada. É um lindo nome.

==========

Eu não vou fazer uma lista de presentes e mandar

Ao polo norte para o papai noel

Nem vou ficar acordada até tarde

Pra ouvir os sininhos mágicos das renas

´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´]

Guilherme, Felipe e Tchuribubas celebram o Natal no pequeno dormitório. Tchubis está vestido com uma roupa de rena e late ao se olhar no espelho.

Guilherme: - Eu não poderia desejar estar em outro lugar hoje. Você é minha família. (abraçando Felipe)

Felipe: - Obrigado. Obrigado por ser um namorado tão maravilhoso. Eu te amo. (beijando Guilherme)

´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´

Porque eu só te quero aqui esta noite

Segurando-me bem apertado

O que mais eu posso fazer

Tudo o que eu quero neste natal é você, você babyParis continua sua performance e adora a atenção das pessoas. John começa a procurar por Guilherme e percebe que suas coisas não estão lá. Ele sorri e volta sua atenção para Paris que continua cantando. A moça pegou na mão do John e o ajudou a levantar.

Paris: - Canta John!

John: - (nervoso) – Eu… eu….

Paris: - Qual é! Tá na hora de você se soltar maisJohn (Paris olha para John e se surpreende):

Todas as luzes estão cintilando

Por todos os lugares, tão brilhantes

E o barulho das risadas das crianças

Está pelo ar

John e Paris:

E todo mundo está cantando

Eu escuto aqueles sinos tocando

Papai Noel, você não vai me trazer a única coisa que eu realmente preciso?

Você poderia, por favor, trazer o meu amor para mim?

Oh, eu não quero muito para esse Natal

Isso é tudo que eu estou pedindo

Eu só quero ver meu amor

Parado na minha porta

Oh ,eu só quero você pra mim

Mais do que você pode imaginar

Faça meu desejo se realizar

Querido, tudo que eu quero de Natal é você

Você, você, querido

(Todos aplaudem)

Atendente: - Senhores e senhoras passageiros, os voos estão liberados. Tenham todos um Feliz Natal!

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Comentários

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Adorei o de Guilherme não ter deixado Felipe sozinho na noite de natal e mais ainda do John não ter conseguido levá-lo pro Brasil.😍😍😍😍😘😘😘😘😘

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AMEIIIII POSTA LOGO A CONTINUAÇÃO, NOSSA TOU QUASE CHORANDO AMEIIIII.

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ADOREI GUILHERME TER VOLTADO E PASSADO NATAL COM FELIPE.

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