A história impossível de nós dois. (Capítulo 22)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1544 palavras
Data: 23/01/2017 23:27:07

Continuando...

Devolvi a aliança ao centro,quando a porta se abriu e Eduardo passou por ela.Sem conseguir olhar pra ele,levantei as pernas e me encolhi no sofá.

-Trouxe sanduíche e suco,era o que tinha mais próximo.-Eduardo anunciou,vindo em minha direção.

-Tá...coloca aí!-Disse,sem a menor fome.

-O que você têm,Lúcio?-Eduardo perguntou desconfiado,enquanto largava o que trazia em cima do centro.

-Nada...só tava aqui pensando em como sua aliança é bonita!-Disse sarcástico,sentindo pontadas de tristeza em meu peito.

-Lúcio,eu nunca escondi de você que era casado.Desde o começo,deixei isso bem claro!-Ele disse,se sentando do meu lado.

-Eu sei!-Disse.

-Também nunca lhe prometi nada,ao contrário,sempre disse que nunca me separaria do Diego.-Ele completou,olhando para o chão,como se estivesse desconfortável com a situação.

Sem nada para dizer,decidi ficar calado.Eduardo acariciou minha perna e em um ato repentino me puxou e deitou seu corpo sobre mim,me pressionando contra o sofá.

Antes que conseguisse pedir para me soltar,ele encaixou sua boca a minha e suas mãos pecorreram meu corpo,de um modo faminto.Com uma mordida forte em meus lábios,ele finalizou o ataque e ficou em pé novamente.

-O que foi isso?-Perguntei surpreso,sentindo o gosto de sangue em minha boca.

-Só uma demonstração de que odeio frescura!-Ele respondeu indo até o outro sofá,e se sentando.

-Idiota!-Disse irritado.

-Estou com fome também,acho melhor irmos almoçar em algum lugar.-Ele disse,ignorando o que eu havia dito e puxando seus tênis.

-Pode ir...Vou comer o sanduíche!-Disse,ainda irritado.

-Esquece...Nós vamos almoçar!-Ele disse autoritário.

-Esqueceu que tu é casado?-Perguntei sarcástico.

-Quase ninguém conhece eu e o Diego nessa cidade,não há risco.-Ele respondeu sério.

-Falando no teu marido,cadê ele?-Perguntei.

-Em Brasília,viajou cedo pra uma reunião de médicos...Deve estar de volta amanhã a noite!-Ele respondeu automaticamente,terminando de por os tênis.

-Não vo a lugar nenhum,minha camisa tá pregando e com um cheiro ruim.-Disse após um tempo em silêncio,ao ver ele se levantar.

-Tenho uma reserva no carro,você pode usar...Agora levanta,se não quiser que eu te arraste!-Ele disse com firmeza.

Fazendo cara feia pra ele,me levantei e tirei a camisa.Em seguida caminhei até onde estava o carro,com ele atrás de mim.Passando a minha frente,ele abriu o portão da garagem e entrou no carro,o levando para a rua.Fui em direção ao veículo e ele desceu,voltando logo e dando partida.Sem tirar os olhos da rua,ele apontou para uma sacola que estava ali,e eu a peguei,retirando uma camisa de manga,verde.Vesti e me senti perdido,pois ela parecia ter sido feita para três de mim.

Não demorou muito e ele estacionou próximo a um posto de gasolina na saída sul da cidade,oposta a saida que ia dar na cidade dele.Descemos e caminhamos até o restaurante que havia do lado posto,e então entramos.Eduardo escolheu uma mesa bem ao fundo,e uma garçonete veio nos atender.Olhamos o cardápio por cima,e fizemos o pedido.Com a explicação de que ia ao banheiro,ele se levantou e saiu,me deixando ali sozinho.

Entediado,observei a porta e as pessoas saindo,deixando o lugar um pouco vazio.E então para a minha completa surpresa,dois homens brancos de cabelos loiros entraram e se sentaram em uma mesa próximo a porta.Meu sangue gelou ao reconhecer os dois.Com tanto lugar para se comer nessa cidade,Fred e Heitor tinham que vir justamente para o restaurante aonde nós tínhamos decidido vir?

Eduardo saiu do banheiro e veio em minha direção;distraído com o celular,acabou não olhando pra trás e notando os dois homens ali sentado,fazendo com que uma onda de alívio pecorresse meu corpo.A garçonete veio logo depois dele e nós serviu,e então começamos a comer em silêncio.

E então como se tivesse sido planejado,Fred decidiu olhar pra trás e me viu.Abrindo seu sorriso enorme,ele ficou de pé e veio em minha direção,fazendo com que eu desejasse abrir um buraco e sumir.

-Lúcio,que surpresa meu anjo!...Eu te procurei,mais nunca pensei em te encontrar nesse lugar.-Ele disse ao se aproximar o suficiente,fazendo meu rosto queimar de vergonha.

Eduardo me encarou e então se virou,dando de cara com Fred e Heitor que vinha logo atrás.Ele ficou de pé,seus músculos tensos e seus punhos se fechando.Heitor ficou pálido e o sorriso de Fred murchou no rosto,dando lugar a uma expressão de fúria.

-O que faz com esse homem,Lúcio?-Fred perguntou sério,sem tirar os olhos dele.

-A pergunta certa,é como você o conhece.-Eduardo disse com o ódio saindo em sua voz.

-Gente calma pelo amor de Deus!...Vocês são irmãos!-Heitor disse,enquanto se colocava entre os dois.

-Só de lembrar que o meu sangue é o mesmo que corre nas veias desse miserável,dá vontade de vomitar.-Eduardo disse,sua voz cada vez mais alta.

-E você acha que sinto o que?Seu demônio maldito!-Fred rebateu.

-Você é um mentiroso descarado...Vagabundo miserável!-Eduardo disse tentando ir pra cima dele,mais Heitor se manteve no meio.

-Posso até ser metade do que me acusa...Mais antes olhe bem pra mim e olhe pra você...Eu fui feliz com o homem que me amava.Já você teve uma vida miserável,nunca soube o que foi paz.Sempre atormentado por ser um fraco,incapaz de lutar pelo que quer...Eu tive a vida que você invejou,o homem que você queria e a felicidade que você nunca conheceu.-Fred disse com um sorriso duro,enquanto apontava o dedo para ele.

-Cala sua boca seu infeliz!...CALA A DROGA DA SUA BOCA!-Eduardo disse descontrolado,enquanto Heitor colocava a mão em seu peito,tenando mante-lo afastado.

-A verdade dói não é?...Olhe pra si mesmo agora,já não tem mais,a beleza que todos elogiavam.É apenas o resto de nada,um fantasma de si mesmo.Eduardo,você é...-Fred disse com desprezo.

Eduardo não esperou que ele terminasse,e deu um empurrão em Heitor,que caiu aos meus pés.E então partiu pra cima de Fred,o atirando contra uma mesa,que se partiu.

Heitor se levantou e me pegou pelo braço,me arrastando até o lado de fora,aonde pediu que eu ficasse e em seguida voltou para dentro.A confusão durou mais alguns minutos,até que Eduardo saiu sendo puxado por alguns homens,que se afastaram com ele.Já Fred saiu apoiado em Heitor,caminhando até onde eu estava.

-Achei que não tivesse contato com sua família a dez anos.-Disse após ele se aproximar o suficiente.

-Heitor é meu irmão gêmeo,nunca perdemos o contato.-Ele explicou após um gemido de dor.

-Estou sempre enviando fotos da família pra ele,já que não pode se aproximar de nós.-Heitor completou,enquanto o soltava.

Observei Fred preocupado,seu rosto tinha várias marcas e seu olho esquerdo estava de um roxo profundo.Ele tentou sorrir para me tranquilizar,mais era evidente que estava com dor.

-Frederico você têm que ir agora,antes que o Eduardo consiga se livrar dos rapazes.-Heitor disse,enquanto olhava apreensivo para o círculo de gente,que estava mais na frente.

-Vamos Lúcio!-Ele disse enquanto pegava não minha mão e puxava.

Me deixei levar,mais após caminhar um pouco,olhei para trás e vi Eduardo encostado a parede.Seu rosto se virou em minha direção e nossos olhos se encontraram,despertando dentro de mim,uma emoção que fez meu coração transbordar.

-Fred vai ao hospital e depois a gente se vê.-Disse enquanto soltava a mão dele.

-Lúcio,você não está pensando em ficar aqui com esse desgraçado,está?-Ele perguntou,sua expressão mostrando incrédulidade e raiva.

-Estou sim,desculpe...E por favor,vá embora!-Pedi enquanto me afastava.

Sem olhar pra trás,caminhei até Eduardo que estendeu a mão,quando cheguei perto o suficiente.Meu coração explodiu dentro do peito,e abri um sorriso sincero,que foi correspondido por um sorriso rígido.

-Podem se afastar,estou calmo.-Ele disse ao circulo de homens a sua volta.

-Não sei não moço,não queremos confusão aqui.-Um homem gordo disse desconfiado.

-Eu garanto que vou arcar com tudo e que não vou mais arrumar briga.-Ele disse,o sorriso se apagando.

Os homens o encararam por alguns minutos,mais concordaram,voltando todos para dentro do restaurante.Eduardo então se virou para mim,e me encarou.

-Você têm umas coisas para me contar.-Ele disse sério.

-Eu sei,mais ainda tô com fome.-Disse levando a mão ao estômago.

-Vou resolver os estragos e você aproveita para comer algo.-Ele disse enquanto me puxava em direção ao restaurante.

Continua...

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Olá,boa madrugada!

Aniversário da minha irmã,muito barulho e eu não consigo pensar direito.Enfim,espero que tenha ficado bom,senão,melhoro no próximo.

Obrigado a todos que comentaram no capítulo anterior e obrigado pelas notas,espero que gostem.E as perguntas respondo no próximo.

Até mais galera!

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Comentários

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Pelo menos o Fred falou a verdade né, o Eduardo precisa se perdoar pra consequir viver de novo

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Adorei o capítulo! Quero saber logo o motivo que leva Eduardo a ñ gostar de Fred!

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Tá ficando a graça já. Lúcio mto submisso e não tem amor próprio. Vai viver um eterno amante podendo ser feliz com Fred

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NADA DISSO LUCIO NÃO TEM QUE EXPLICAR NADA PRA EDUARDO. ALIÁS LÚCIO TEM QUE DEIXAR DE SER CAPACHO DE EDUARDO. PARAR DE OBEDECER ORDENS DELE. MAS AMOR DE PICA É FODA NÉ? FAZ VC ESQUECER OS DEFEITOS DO AMADO, FICAR CEGO. ESTÁ TÃO BABACA QUANTO EDUARDO.

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Concordo com a/o Chria, e tá começando a ficar chato e repetido o conto, nada novo, tudo igual.

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Otimo Capitulo com mais de Fred e Heitor. Gosto dos gemeos! Espero que tudo o q Edu falou seja só por raiva tola e que Fred nao seja malvdo! Me amarro nele...rs =D

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Desculpa mas o Lúcio filho parece mulher de malandro. Nao parece ter amor próprio e o torpe do Eduardo se aproveita disso.

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