Descobrindo o amor (72)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 6883 palavras
Data: 22/01/2017 02:13:05

Ola galera como vão?

Estamos chegando ao ápice da historia. Bom, estou chateado com vocês, como não descobriram o que tinha no envelope que o Rodrigo achou, estava tão fácil, rsrs

Guigo, sim mas no próximo capitulo esses mistérios começam a ser revelados.

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Luk Bittencourt2, eu me faço de besta? E que coisa feia, falando cu, que palavreado mais feio para sair da boca de um rapaz educado, rsrs. Ah é, foi uma sabotagem no carro da Elisa, e como fica essa sua teoria depois de ler esse capitulo? Claro que o Rodrigo é pai dos meninos, alias os garotos são a cara do pai. Sério que você na descobriu o que estava escrito na carta? Poxa a Stela recebia muitas dessas cartas. Calma, a principio todo mundo é vilão, mas quando o verdadeiro vilão for revelado, você vera que os demais são apenas cordeirinhos, eles na verdade aparentam ser do mal, mas no fundo são pessoas de bem, rsrs.

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Morennaa, adorei esse termo, bafonico, vou usar ele na história.

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Ru/Ruanito, obrigado meu querido.

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Geomateus, eu, eles vão beijar, beijando, calma você já vai entender.

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Suara, que bom minha querida, espero que curta ainda mais a história. Sim, já estamos perto do final.

Gabilobs, que estranho, li um e-mail e achei que fosse seu. O Marcio envolvido na morte da Elisa, mas depois de ler esse capitulo, acho que sua teoria vai por agua a baixo ou não? O Sidney esta atirando pra todos os lados, usando todas as armas para atingir o Rodrigo. Que bom que esta curtindo a volta deles, agora será momentos de revelar os mistérios, e depois o conto ira focar só nos dois. Olha, todos parecem vilões, mas só um é vilão de verdade, o restante são todos uns bananas que acham que estão agindo contra a pessoa certa mas que no fundo foram manipulados o tempo todos pelo grande vilão da história para fazer o que ele ou ela queria. A Maria vai ser um problema sim pra eles. Eu demorei pra postar porque meu note estava no conserto. Beija minha querida.

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RAQU£L*-*, olha, a primeira parte do seu comentário só tenho uma coisa a dizer, você foi brilhante, rs. Bom, sobre o escândalo que a Telma se referia acho que esta claro, mas vou explicar melhor no próximo capitulo. Nossa o envelope estava fácil demais mas ninguém acertou, rsrs, esperava mais de vocês, rsrsrs. Bom o Marcio não é pai dos meninos até porque o Rafa e o Arthur são um xerox do Rodrigo. Será que a Elisa foi morta? Calma, isso sera explicado também, mas no próximo capitulo vou reservar uma surpresinha pra vocês.

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robinhuu19-87, pois é, joguei todas as possibilidades, agora é so vocês escolheram qual a verdadeira. Eu não disse que o vilão é lobo em pele de cordeiro, eu disse que tem varias pessoas na história que pode ser o vilao, que se comporta como o vilão, mas na verdade tirando o Marcelo, só uma pessoa é vilão de verdade, o resto agem sendo manipulados pelo vilão sem nem desconfiar que esta fazendo o que ele quer, tipo, prejudicar o casal. Pois é, acho que seria mesmo uma boa o Rodrigo contar com a ajuda do Carlos, mas sobre o acidente da Elisa, tudo começara a ser esclarecido no próximo capitulo.

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neterusso, gente vai dizer que vocês estão desconfiando que a Elisa estava viva? Gente, é serio que vc ao sabe o que tinha no envelope? Estava tao fácil, a Stela recebeu vários desses envelopes. A viagem da Maria foi so uma desculpa que criei para o casal poder ficar sozinho e fazer sexuzinho, rsrs, ela não foi contar pra ninguém, ela só teve um desmaio porque, ai já é outra história, rs. Mas ela já esta com as antenas ligadas em relação aos filhos. Mas perai, quem disse que o pai do Antônio morreu? Eu não escrevi isso, rsrs, O Antônio mesmo comentou com a Cris que sabia que o pai estava vivo e não quis saber dele, na época que ele ainda procurava o Guilherme. A Maria a grande vila da historia? Isso seria uma bomba, mas ela ter aceitado as condições do Carlos foi a única madeira que ela encontrou pra poder ficar perto do Rodrigo.

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Hobbynho, o Rodrigo é pai dos garotos, até porque os meninos são a cara dele, cuspido e escarrado, rs. Como assim a Maria morre? Mas sera que a Stela não tem salvação, ela poderia ter um lapso e se tornar uma pessoa melhor, desapegada de todos bens materiais e ir fazer trabalho voluntario em aldeias africanas, rsrs.

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Rodrigo - Que estranho, não tem remetente.

Abrindo o envelope, ele puxou uma folha branca que estava dobrada. Ao ler o que estava escrito ele arregalou os olhos, ficando perplexo.

Rodrigo - Mas que porra é essa?

Antônio ficou feliz demais e sua ansiedade era tanta que ele não ia conseguir esperar chegar até em casa para contar para Rodrigo.

Pegando novamente o celular ele nem teve tempo de ligar para o irmão, pois o aparelho começou a tocar, indicando um numero desconhecido.

Antônio - Alo. Sim é o Antônio.

Antônio - Sim, sou filho da Ana, quem esta falando?

Sua expressão foi mudando e conforme a outra pessoa ia falando ele foi ficando nervoso.

Antônio - O que!!!!

Antônio - O que aconteceu com a minha mãe!!!!?????

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Capítulo 72

Antônio ficou apavorado enquanto falava com o desconhecido no celular.

Antônio - Onde está minha mãe? Ela esta bem?

Desesperado Antônio pegou um pedaço de papel e anotou rapidamente o endereço, tentando segurar o telefone no ouvido.

Antônio - Eu sei onde é, já estou indo pra ai.

Pegando o primeiro taxi que viu na rua, Antônio seguiu direto para um hospital.

Antônio - Boa tarde, estou procurando minha mãe, o nome dela é Ana Maria Pereira dos Santos.

Antônio - Me ligaram, falaram que trouxeram ela pra ca. O que houve?

- Por favor se acalme, vou chamar o médico pra lhe atender.

- Achamos seu telefone nos pertences dela.

Antônio ficou muito nervoso e a essas alturas já estava tremendo, temendo pelo pior, pois a pessoa que lhe ligou não soube informar com clareza o que tinha acontecido.

Minutos depois um médico plantonista apareceu e ali mesmo no corredor começou a conversar com o rapaz.

- Você é filho de Ana Maria?

Antônio - Sim, me ligaram, o que aconteceu doutor? O que minha mãe tem?

- Sua mãe sofreu um desmaio na rua, uma equipe do SAMU a trouxe pra ca.

Antônio - Ela esta bem?

- Ela estava com muita dificuldade para respirar, achamos que foi uma ameaça de infarto.

O médico começou a fazer um monte de perguntas e com muita dificuldade Antônio tentou responder com calma, pois sua preocupação com a mãe o deixava cada vez mais agoniado.

Antônio - Eu posso vê-la?

- Agora ela esta bem mas optamos por dar um sedativo.

- Ela vai ter que fazer alguns exames.

Antônio - Ela vai fazer o exame que for preciso doutor.

Uma enfermeira levou Antônio até um quarto onde Maria dormia, enquanto recebia soro em seu braço direito.

Antônio - Mãezinha, o que aconteceu?

Antônio beijou a testa da mãe e puxou uma cadeira, sentando próximo a cabeceira.

Mais calmo, ficou alisando as mãos da mãe, enquanto velava seu sono.

Enquanto isso Rodrigo olhava chocado a carta que havia encontrado no álbum de Elise.

Rodrigo – Mas que porra é essa?

Segurando a folha de papel em frente ao seu rosto, ficou relendo aquela frase:

SEU MARIDO TEM UMA AMANTE!

Rodrigo – Mas o que significa isso?

Rodrigo olhou novamente o envelope e não encontrou nada, não havia o nome de nenhum remetente.

Mexendo novamente no álbum, tentou encontrar qualquer coisa que pudesse explicar o motivo daquela carta em branco.

Rodrigo – Não entendo, alguém mandou isso pra Elisa?

Rodrigo voltou a segurar a carta mas não teve tempo de raciocinar com mais cuidado, a campainha começou a tocar e mal ele imaginava que seu dia de azar estava apenas começando.

- Boa tarde, Rodrigo Santarém é o senhor?

Rodrigo – Sim, sou eu, do que se trata?

O homem vestido com um terno abriu uma pasta e retirou um documento, pedindo a assinatura de Rodrigo.

Rodrigo se tocou que se tratava de um oficial de justiça e ao ler o documento perdeu totalmente o controle.

Rodrigo – Que palhaçada é essa?

- O senhor precisa assinar, é uma intimação para comparecer na vara de família.

Rodrigo – Não vou assinar nada, é aquele velho nojento né?

Rodrigo – Se ele acha que vai tirar os meus filhos de mim ele esta muito enganado.

O oficial de justiça tentava argumentar mas Rodrigo parecia possuído, gritando, gesticulando, fazendo milhões de ameaças.

A confusão chamou a atenção de Rafael e Arthur que foram para a sala e ficaram espionando o pai. Com receio que os filhos ficassem impressionados e com a insistência do homem, Rodrigo pegou o papel e assinou, batendo a porta na cara do homem.

Rodrigo – Vão la para o quarto.

Os garotos ficaram preocupados e foram até o pai, fazendo um monte de perguntas. Ao ver aquelas duas tripinhas, Rodrigo sentiu um aperto no perto só de pensar na possibilidade de perder os filhos para o ex sogro.

Rodrigo abaixou-se e abrindo os braços puxou os garotos para seu peito, dando um beijo em cada um.

Rodrigo – Vocês dois são meus, ninguém vai separar a gente.

Rafael – Não fica nervoso papai.

Arthur – O homem queria bater em você?

Rafael – Papai, se o homem quiser bater em você eu viro o homem aranha.

Arthur – E eu o Huck.

Rodrigo – Só vocês dois mesmo para fazer eu dar risada numa hora dessas.

Rodrigo soltou um sorriso discreto, abraçando ainda mais forte os garotos.

Enquanto abraçava os filhos, via em cima da mesa a intimação que acabara de receber o a carta que encontrou.

Ele estava preocupadíssimo mas além de tudo o que começou a martelar em sua cabeça foi aquela frase:

- SEU MARIDO TEM UMA AMANTE.

Sua tensão mudou de foco quando Antônio ligou avisando onde estava.

Rodrigo – Oi Antônio.

Rodrigo – O que? Você está no hospital? O que aconteceu com a mãe?

Telma botava o marido contra a parede no momento que Márcio entrava no escritório de Sidney.

Márcio – O que vocês estão dizendo?

Márcio – Porque a Elisa seria desenterrada?

Telma – Márcio, o que está fazendo aqui?

Márcio ignorou qualquer coisa que não fosse a história que acabara de ouvir, e se aproximando do casal, agiu como se eles devessem satisfações a ele.

Márcio – Eu fiz uma pergunta, será que vocês podem responder?

Sidney – A Telma esta louca.

Sidney – Nesse exato momento o Rodrigo já deve ter recebido a intimação sobra a guarda dos meus netos.

Sidney – A Telma acha que o Rodrigo pode....

Marcio – Para Sidney, não sou nenhum idiota. Eu escutei muito bem o que vocês estavam falando.

Sidney – E desde quando eu devo satisfação pra alguém? Ainda mais esse alguém sendo você.

Telma – Por favor Marcio, saia.

Sidney – Eu estou na minha casa e não vou admitir que você exija o que quer que seja.

Sidney – Nesse momento minha única preocupação é recuperar a guarda dos meus netos.

Sidney – Quero ver qual juiz irá me negar isso, ainda mais agora que o Rodrigo sendo um homossexual, cometendo incesto com o próprio irmão.

Marcio – Porque a senhora disse aquilo da Elisa? Tem alguma coisa sobre a morte dela que eu não saiba?

Telma – Marcio, se você tem algum tipo de negócio com meu marido, então resolva com ele mas eu não vou ser obriga a aturar você dentro da minha casa.

Telma – Eu não confio em você. Acho você falso, fingido, traiçoeiro.

Sidney – Vamos parar com essa discussão.

Marcio – Eu falso? A senhora me conhece a anos.

Marcio – Eu e a Elisa estudamos juntos, éramos amigos.

Telma – Você não é amigo de ninguém. Até onde eu sei você era amigo do Rodrigo e traiu ele.

Telma – Eu não sei porque você ainda atura ele Sidney.

Marcio mudou o tom de voz e com um ar pesado, mostrou todo o seu rancor.

Márcio – O Rodrigo nunca foi meu amigo, aliás ele não era amigo de ninguém.

Márcio – Tudo que eu fiz contra ele foi por justiça, ele mereceu e ainda merece sofrer.

Sidney – O que? Do que você esta falando?

Márcio – Todo sofrimento para o Rodrigo ainda será pouco perto do que ele fez a Elisa sofrer.

Telma – Meu Deus!!! Márcio você...

Telma já havia entendido tudo e Marcio continuou desabafando.

Márcio – O Rodrigo não merecia a Elisa, ele não a amava, eu sabia que ele nunca ia faze-la feliz.

Márcio – Eu sim...Eu a amava de verdade.

Márcio – Eu seria capaz de fazer a sua feliz, como nunca ele foi.

Márcio – Casar com a Elisa foi só mais um capricho do Rodrigo e a coitadinha achando que ele estava apaixonado por ela.

Telma – Minha nossa, como nunca pensei...

Márcio – Eu sempre amei a Elisa, mas ela nunca me deu uma chance.

Márcio – Eu não vou perdoar o Rodrigo nunca por todo o sofrimento que ela passou no pouco tempo que eles foram casados.

Márcio – Em todas as traições que ela sofreu, as decepções.

Márcio – Ele é culpado pela morte dela e vai ter que pagar por isso.

Márcio – O Rodrigo até agora perdeu muito pouco, ele merece sofrer mais.

Telma sentou-se no sofá, atônita com toda aquela revelação, enquanto Sidney permanecia em silencio.

Márcio pegou um porta retrato que estava sobre a mesa e com o olhar triste ficou olhando para a foto de Elisa.

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Já era começo da noite quando Maria acordou, deixando Antônio mais aliviado.

Antônio – Que susto hein mãe? Você está bem?

Maria – Filho, não queria dar essa preocupação pra você.

Rodrigo entrou no quarto e foi logo beijando Maria, também preocupado.

Rodrigo – Vim o mais rápido que pude, a Alice ficou com os meninos.

Maria – Eu estou bem, só foi um desmaio. É esse calor insuportável.

Rodrigo – O que o médico disse?

Antônio – Ele pediu alguns exames, que eu vou fazer questão de acompanhar pessoalmente.

Maria – Tonio, eu estou bem.

Antônio – Mãe, não é hoje que você está sentindo esses cansaços.

Rodrigo – O Antônio está certo mãe.

Maria já estava com uma aparência ótima mas Antônio estava muito preocupado, uma nuvem de preocupação já havia se instalado em sua cabeça.

Antônio – Eu me preocupo com a senhora, você não tem ideia de como fiquei quando me ligaram.

Maria – O meu filho, não fique assim.

Antônio abraçou a mãe, recebendo um beijo na cabeça. Rodrigo sentou-se na beirada da cama e segurou na mão da mãe.

Maria – Os dois homens da minha vida aqui comigo, você acha mesmo que terei tempo pra pensar em ficar passando mal?

Maria tentou descontrair mas Antônio parecia preocupado, já Rodrigo estava uma pilha de nervos por conta dos acontecimentos de mais cedo mas preferiu não contar nada a mãe.

O médico deu alta a Maria mas passou um medicamento para tomar até que os demais exames fosses realizados.

Alice – Que bom que vocês chegaram, já estava ficando preocupada.

Alice – Como você esta Maria?

Maria – Estou ótima.

Antônio – Sei, mas agora vou ficar de olho, nada de excessos. As coisas nessa casa vão mudar muito.

Maria – Ve se pode uma coisa dessas, eu sendo tratada como criança?

Rodrigo – Falar em criança cade eles?

Alice – Acabaram de deitar, brincaram horrores com o Chico mas não aguentaram esperar.

Alice – Vou indo, se precisar de algo podem contar comigo.

Rodrigo fez uma sopa pra mãe enquanto Antônio ficou com ela no quarto.

Antônio – Não está sentindo nada mesmo mãe?

Maria – Não filho, acho que o desmaio foi cansaço pela viagem.

Antônio ficou fazendo carinho no cabelo da mãe, sentado ao lado da cama.

Maria – Você é um filho de ouro viu.

Maria – É bom saber que vou ter alguém pra cuidar de mim quando eu ficar bem velha.

Antônio – Que bom que a senhora sabe disso.

Antônio sorriu, beijando as mãos da mãe.

Maria – Filho você é meu orgulho, sei que jamais você iria me decepcionar.

Antônio nem se tocou no que Maria se referia, ela falava nas entrelinhas mas ele, pelo menos por enquanto, não conseguiu captar a mensagem.

Antônio – Nunca vou te decepcionar mãe, nunca.

Rodrigo entrou com sopa e Maria sentou-se.

Maria – Mas está bom demais ficar sendo paparicada desse jeito. Vou desmaiar uma vez por dia agora.

Rodrigo – Esta cheia de gracinha né Dona Maria?

Rodrigo – E se reclamar muito vou colocar você de castigo com as duas tripas.

Antônio fez a mãe tomar toda a sopa e depois deu seus remédios.

Enquanto se ajeitava na cama, um dos botões do vestido de Maria se abriu exibindo um pedaço de seu abdômen.

Ao ver aquilo Rodrigo ficou chocado ao ver as cicatrizes na barriga da mãe.

O remédio logo fez efeito e Maria caiu no sono.

Antônio – Poxa, que dia corrido.

Antônio – Agora que a mãe dormiu, é hora de cuidar de você.

Rodrigo – Você me conhece mesmo né?

Antônio sentou-se no sofá da sala e Rodrigo deitou com a cabeça em seu colo.

Antônio – O que foi meu amor?

Rodrigo contou sobre o oficial de justiça. Antônio ficou preocupado mas tinha que se mostrar forte, pois Rodrigo iria precisar de muita força.

Antônio – Amanhã vamos ao advogado, você já venceu o Sidney uma vez, vai vence-lo novamente.

Rodrigo – Antônio, eu estou com medo.

Antônio acariciou o rosto do irmão, alisando seu cabelo, sua face.

Antônio – Nós estamos juntos nessa.

Rodrigo – Eu juro, que se aquele velho nojento ganhar, eu sumo com os garotos no mundo, mas os meus filhos ele não tira de mim.

Rodrigo – Graças a Deus não foi nada sério com a mãe, só faltava ela estar doente.

Antônio – Espero que não seja nada sério mesmo.

Rodrigo ficou recebendo carinho do irmão e as vezes puxava a mão dele, dando um beijo, enquanto olhava para cima.

Rodrigo – Antônio, eu vi a cicatriz na barriga dele. Foi das facadas que o nosso pai deu nela, não é?

Antônio – Nós não temos pai Rodrigo, aquilo monstro não é nunca será nosso pai.

Rodrigo – Eu nunca tinha visto isso no corpo dela.

Antônio – Graças a Deus esse inferno já passou, esse monstro está longe e hoje não pode fazer mais nada contra nós.

Como o assunto tinha entrado num clima pesado, Rodrigo lembrou-se do bilhete e mostrou para Antônio.

Antônio – Mas o que é isso? Um bilhete falando que você tem uma amante?

Antônio – É isso mesmo que eu entendi?

Rodrigo – Não tinha remetente, e só a Elisa mexia nesse álbum de fotos, então ela que guardou isso.

Antônio – Mas você tinha uma amante quando estava casado com ela?

Rodrigo – Não. Quer dizer, quando nos casamos eu ainda farreava, ia pra balada, ficava com uma ou outra, mas nada sério.

Rodrigo – Depois o Rafinha nasceu, veio o Arthur e eu tinha mudado esse meu jeito baladeiro.

Rodrigo – Eu estava disposto a ter uma vida legal com a Elisa e por um tempo até achei que poderíamos ser felizes, mas eu nunca tive uma amante.

Antônio levantou-se do sofá e ficou sério.

Rodrigo – O que foi?

Antônio – Eu te contar, mas aconteceu toda essa confusão.

Antônio – Eu estava num bar e de repente tive uma ideia.

Antônio – Quando o Gustavo morreu eu fui até o velório e la que eu descobri que o Marcelo era o grande mentor dele.

Rodrigo não entendia onde Antônio queria chegar mas ficou atento.

Antônio – Quando eu peguei o Marcelo na cama com outro eu queimei todas as fotos que tinha dele.

Antônio – E como ele não tem passagem pela polícia e nem rede social, está difícil termos uma foto dele e a polícia não consegue localiza-lo.

Antônio – Mas la no velório tinha câmera, eu lembro disso.

Antônio – Eu liguei para o advogado e ele achou uma ótima ideia. Está certo que já faz um tempinho que isso aconteceu mas não custa tentar né.

Rodrigo – Claro, você está certo.

Rodrigo – Com uma imagem daquele canalha quem sabe fica mais fácil colocá-lo atrás das grades e com isso esclarecer a morte do Gustavo e livrar você de vez.

Rodrigo – Você é um gênio hein.

Rodrigo – Estão querendo lhe derrubar mas você é mais inteligente que ele.

Antônio voltou a ficar sério e sentou-se de frente a Rodrigo.

Antônio – Rodrigo, por um tempo achei que era a mim que queriam derrubar.

Antônio – E eu estava certo, afinal o Marcelo me enganou para dar um golpe.

Rodrigo – Não estou entendendo onde você está querendo chegar.

Antônio – O problema é que não é só a mim que tentaram ou estão tentando derrubar.

Antônio – Rodrigo, o alvo é você.

Rodrigo – O que?

Antônio – Não tem erro. Olha esse bilhete que você encontrou nas coisas da Elisa.

Antônio – Alguém estava mandando esses bilhetes pra ela.

Rodrigo – Mas a troco de que? Uma brincadeira de mal gosto?

Antônio – Com certeza é mais do que uma brincadeira de mal gosto.

Antônio – Só podia ser para desestabilizar o casamento de vocês, mas por qual intenção isso ainda é um mistério.

Rodrigo ficou sério e as palavras de Antônio pareciam fazer total sentido.

Rodrigo – Lembro-me que logo após o Arthur nascer os ciúmes dela começou a ficar insuportável e eu voltei a cair na vida, a viver em baladas, a beber, a se drogar.

Antônio – Lógico, ela estava recebendo esses bilhetes e achou que você tinha uma amante.

Rodrigo deu um murro na mesa, ficando muito nervoso.

Rodrigo – Eu vou matar aquele velho.

Antônio – Que velho?

Rodrigo – Como que velho? O Sidney, se alguém que me queria ver longe da Elisa, era ele.

Rodrigo – Ele nunca aceitou nosso casamento, mas como a Elisa pressionou ele acabou aceitando.

Antônio – Você tem que ir com calma, a última coisa que precisamos é ter atritos com o Sidney.

Antônio – Você me disse que ela morreu num acidente de carro, mas como foi exatamente?

Rodrigo – Ela estava vindo do sitio que o Sidney tinha, aqui mesmo perto de São Paulo.

Rodrigo – A polícia apurou que ela deve ter perdido o controle do carro e caído na ribanceira.

Rodrigo – Ela chegou a fazer uma cirurgia mas faleceu dois dias depois.

Rodrigo – Na época o Sidney pediu uma investigação mas não deu em nada, a perícia concluiu que foi uma fatalidade.

Antônio – E você ia sempre pra esse sitio?

Rodrigo – Eu nunca tinha ido. A primeira vez que fui até la foi justamente no dia do acidente.

Rodrigo – Eu estava tão bêbado no dia que nem sei como consegui chegar até o sitio.

Antônio – Tente lembrar exatamente o que aconteceu naquele dia. Por favor.

Rodrigo – Eu acordei de manhã e ela começou a discutir, dizendo que ia se separar.

Rodrigo – Eu não entendi o motivo da briga porque tínhamos dormido bem. E ela ameaçou sumir com as crianças.

Rodrigo – Pra evitar mais briga eu sai de casa e fui pra rua beber.

Rodrigo – Mas o engraçado é que quando cheguei no sitio ela não brigou comigo, ela estava muito diferente.

Antônio – E o que ela falou?

Rodrigo – Eu não me lembro, eu estava muito bêbado.

Rodrigo – Acho que dormi ali mesmo no sofá, só acordei quando o caseiro me chamou, dizendo que tinha acontecido um acidente.

Rodrigo – Antônio, você não esta desconfiado que...

Rodrigo – A polícia já investigou isso e foi concluído que foi um acidente.

Antônio – É tudo muito estranho Rodrigo, raciocine comigo.

Antônio – Alguém mandava cartas anônimas pra ela. Isso é grave demais.

Antônio – Alias, o seu pai também recebeu uma carta anônima.

Antônio – Lembra quando mandaram aquele dossiê pra ele mostrando que você estava roubando a empresa? Até hoje você não sabe quem fez aquilo.

Rodrigo levou as mãos até a cabeça e começou a andar em círculos, ficando cada vez mais confuso.

Rodrigo – O Marcio? Sidney? Marcelo? Telma?

Rodrigo – É tanta gente que quer o nosso mau. Antônio, eu estou perdido, não sei mais o que pensar.

Antônio – Ei, se acalme. Eu estou aqui contigo.

Antônio abraçou o irmão e deu um beijo em sua boca.

Antônio – Ninguém mais vai nos separar, eu lhe prometo.

Antônio – Nós dois juntos somos mais fortes.

Rodrigo abraçou Antônio e deu um beijo calmo nele, ficando com seu rosto colado, sentindo-se protegido com aquele abraço.

Mesmo tentando poupar a mãe, Rodrigo não conseguiu esconder sobre o novo processo que Sidney movia.

Maria – Você precisa falar com um advogado filho. Porque não fala com o Carlos.

Rodrigo – Não, deixa ele de fora disso.

Maria – Não é hora de ser orgulhoso filho.

Rodrigo – Eu vou cuidar sozinho da minha família.

Rodrigo saiu e Antônio achou melhor deixa-lo um pouco sozinho.

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Havia passado alguns dias, Antônio aguardava o retorno do advogado, mas preocupado com Rodrigo, que desde então estava meio calado.

Antônio estava saindo do trabalho numa tarde e foi surpreendido por Lucas.

Lucas – Se Maomé não vai até a montanha....

Lucas – Você não me ligou mais.

Antônio – Como vai Lucas? Desculpa mas estou numa correria, minha mãe ficou doente, o Rodrigo também está com uns problemas.

Lucas – Vamos tomar um café, dai você divide um pouco esses problemas comigo.

Antônio queria ir pra casa mas diante da insistência de Lucas aceitou o convite, no fundo ele também queria dar uma relaxada, conversar um pouco com o amigo.

Lucas falou um pouco da sua vida, do seu trabalho e fez algumas perguntas que a tempo o intrigava.

Lucas – Não entendi muito bem sua relação com o Rodrigo.

Lucas – Vocês eram patrão e empregado e agora são irmãos.

Antônio contou tudo que aconteceu, não poupando nenhum detalhe.

Antônio – E ai? Chocado por saber que eu me apaixonei e me relacionei com o meu próprio irmão?

Lucas – Puxa, confesso que estou surpreso e um pouco chocado sim.

Lucas – Mas não pretendo e nem vou lhe julgar por nada.

Antônio – Você não tem ideia do quanto isso é importante pra mim.

Lucas – Mas me responda com sinceridade, você ainda o ama?

Antônio ficou desnorteado e rapidamente de uma resposta, fugindo pela tangente.

Antônio – Lucas, eu me esforço pra ter uma família feliz. Apesar de todas as coisas ruins, difíceis, eu no fim encontrei meu irmão Guilherme.

Antônio considerava Lucas um amigo e aproveitou a conversa para botar tudo em pratos limpos. Contou inclusive que Rodrigo foi responsável por sua demissão.

Lucas – O que???

Lucas era um rapaz calmo mas ficou com muita raiva por ter sido usado por Rodrigo.

Antônio – Você tem toda razão para ficar assim, afinal o Rodrigo fez coisas horríveis, mas ele se arrependeu.

Lucas – Se arrependeu Antônio? Eu fiquei mal por semanas e ainda por cima acusei você de ter tentando puxar meu tapete.

Antônio – Eu entendo você, mas muita coisa aconteceu, o Rodrigo se redimiu. Inclusive ele que arranjou esse emprego que você esta trabalhando agora.

Lucas – O que? Quem ele pensa que é? Decidir a vida das pessoas assim.

Lucas estava chateado demais e com muita raiva de Rodrigo.

Antônio – Eu gosto de você. Mas ele é meu irmão e se arrependeu de tudo que fez mal para os outros.

Antônio – Se não puder perdoa-lo, faça por mim então.

Antônio – Agora que nos reencontramos, não queria perder sua amizade novamente.

Lucas – Tudo bem Antônio. Também não quero perder sua amizade, eu gosto muito de você.

Lucas tocou na mão de Antônio, que se despediu logo em seguida.

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Conforme havia prometido aos filhos, Rodrigo arranjou um porta retrato e colocou uma foto de Elisa ao lado da cama dos filhos.

Rodrigo – E ai,gostaram?

Rafael deu um abraço no pai, enquanto Arthur ficou sentado na cama, olhando para a foto da mãe, já que ele nem se recordava dela.

Já era próximo da hora do jantar quando uma visita indigesta apareceu na casa.

Maria – Você aqui!!!

Stela – Como vai Maria, posso entrar?

Rodrigo apareceu na sala e Stela nem esperou a resposta de Maria, invadindo a casa.

Rodrigo foi seco com a ex mãe e Maria não fez a menor questão de ser simpática.

Rodrigo – O que você quer? Você está falando, falando e não diz nada.

Stela abriu um envelope e entregou a Rodrigo os documentos com sua parte na herança.

Stela – Seu pai fez a divisão dos bens, aqui inclusive está a sua parte na empresa. Você agora é dono de 20% do Grupo Santarém.

Rodrigo – Você não precisa ter se dado ao trabalho de ter vindo até aqui. Não quero nada disso.

Rodrigo – Eu estou muito bem sem o dinheiro de vocês.

Stela – Rodrigo, que você não queira voltar para a empresa até da pra entender, mas recusar uma herança que é sua? Isso já beira a loucura.

Maria – Acho que a senhora deveria respeitar a decisão do meu filho.

Stela olhou com ódio para Maria, que não baixou a cabeça. Stela continuou a insistir mesmo recebendo um não atrás do outro.

Maria já estava ficando irritada e ao abrir a porta para expulsar a ex patroa ganhou um reforcinho.

Cris e Bruno entraram pela sala e Cris resolveu praticar seu esperte favorito.

Cris – Migaaaaaa, sua locaaaaaa. Quanto tempo.

Cris – Desde nosso último barraco na delegacia que não nos vimos mais.

Stela olhou com cara de nojo e se despediu de Rodrigo, saindo apressada da casa.

Antônio – O que houve aqui?

Antônio – Ela veio me trazer esse papel. Minha herança.

Bruno – Opa então agora está rico hein!!!

Rodrigo – Se você quiser, pode ficar pra você.

Bruno – Olha que aceito hein.

Maria – Vamos jantar antes que a comida esfrie.

Bruno tinha ido até a casa do amigo por Rodrigo havia pedido sua caminhonete emprestada.

Bruno – Pode ficar o tempo que precisar.

Maria – Mas seu carro esta estragado filho?

Rodrigo – Não mãe, é que tenho vou indo...

Antônio olhou para Rodrigo, que ficou mudo, não completando a frase. Os dois trocaram olhares e Rodrigo desconversou.

Rodrigo – Tenho que resolver umas coisas fora da cidade e vou pegar uma estrada ruim.

Cris – Vai pegar estrada de terra?

Cris já tinha acionado suas antenas, mas Rodrigo foi salvo por Rafael e Arthur, que apareceram na sala fazendo bagunça.

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NO dia seguinte Rodrigo acordou bem cedo pois o dia ia ser curto demais.

Antônio – Onde foi? Achei que já tinha ido para o sitio.

Rodrigo – Fui até o cartório, mas depois te explico.

Antônio – Eu acho que vou com você até esse sitio.

Antônio – Se tem alguma coisa mal contata sobre a morte da Elisa, quero ajudar você a descobrir.

Rodrigo – Melhor você ficar, o advogado não vai vir aqui hoje com o resultado das imagens do circuito interno do velório?

Antônio – Sim, mas...

Maria escutou a conversa dos dois e entrou no quarto colocando os filhos contra a parede.

Antônio tentou enrolar mas não teve jeito, acabou abrindo o jogo.

Maria – Você não vai a lugar nenhum Rodrigo. Imagina, você ir até o sitio do Sidney.

Maria – E se tem alguém fazendo algo contra você, então você está correndo riscos.

Rodrigo – Mae, eu vou tirar essa história a limpo hoje.

Rodrigo foi até o quarto, se despediu dos filhos com um beijo em cada um, depois abraçou a mãe por fim o irmão.

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Telma – Nem acredito que teremos um café da manhã sem a presença do Marcio.

Sidney – Ele esta resolvendo umas coisas pra mim.

Sidney – O Carlos convocou uma reunião de conselho la na empresa hoje.

Telma – Pra que?

Sidney – Eu tenho certeza que é pra comunicar que ele esta se afastando da empresa.

Telma – Então o Rodrigo vai assumir a presidência.

Sidney – Ou ele, ou a Simone.

Telma – A Simone? Bom, eu vou com você nessa reunião, afinal nos também somos acionistas.

Stela também acordou cedo e ainda de manhã recebeu a encomenda de Rodrigo, ficando um pouco triste.

Alice – Algum problema mãe?

Stela – O de sempre, seu irmão sempre dando uma facada em meu coração.

Alice – Não sei que horas voltarei hoje. O papai convocou uma reunião do conselho.

Stela – Porque?

Alice – Ele não me disse, mas desconfio o que seja. Ele vai sair da presidência.

Stela – E que horas será isso?

Alice – A tarde, no fim da tarde.

Stela – Muito bem, é hora de dar uma lição no seu pai.

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Rodrigo chegou no sitio no começo da tarde e aos poucos foi se recordando da estrada, da casa, do lugar.

Caseiro – O senhor é quem?

Rodrigo – Rodrigo Santarém, eu era casado com a Elisa.

Caseiro – Claro, seu Rodrigo.

Caseiro – Me desculpe, mas é que não recordava do senhor, a Dona Elisa sempre vinha sozinha ou então com os pais.

Rodrigo – E o Sidney tem vindo muito aqui?

Caseiro – Raramente, depois daquela fatalidade a Dona Telma acho que só veio uma vez.

Caseiro – Até achei que o patrão fosse vender isso aqui.

Rodrigo – Vou dar uma volta por ai, qualquer coisa lhe chamo.

Rodrigo foi para dentro da casa e fuçou em tudo que encontrou pela frente, mas era difícil procurar por algo que ele nem sabia o que era, ou que talvez nem existisse.

Antônio estava se aprontando para o trabalho quando o advogado ligou.

Antônio – OI Dr. Cássio, deu tudo certo?

Dr. Cássio – Sim Antônio, conseguimos as filmagens e a câmera conseguiu pegar claramente o rosto do Marcelo.

Dr. Cássio – A polícia já está de posse das imagens e agora acho difícil não prendê-lo.

Antônio – Que ótimo, estou até sentindo um alivio.

Dr. Cássio – Antônio, eu não liguei só pra isso. Durante a análise das imagens descobrimos algo muito curioso.

Dr. Cássio – Você pode passar no meu escritório?

Antônio – Claro, posso sim, mas o senhor não pode me dizer o que é?

Dr. Cássio – Prefiro que você veja com seus próprios olhos e tire suas conclusões.

Antônio ficou ansioso demais e nem avisou que não iria trabalhar naquela tarde.

==

Bruno – Me ajuda Cris, qual terno eu uso?

Cris – Mas você vai onde?

Bruno – o Seu Carlos vai nomear a Simone como a presidente do Grupo Santarém e ela me convidou pra ir assistir a nomeação.

Cris – Mas o Rodrigo está sabendo disso?

Bruno – Claro que esta, eu contei pra ele.

Bruno – Ele estava meio esquisito ontem né?

Cris – Estava mesmo. Aliás se meu sexto sentido estiver certo eu sei muito qual o motivo.

Bruno – Do que esta falando?

Cris – Nada!!! Apenas pensando alto.

Bruno – Meu carro esta com o Rodrigo, você empresta o seu?

Cris – Nem pensar, tenho algumas coisas pra resolver.

Stela já estava saindo de casa quando Shirlei apareceu.

Shirlei – Devia ter ligado, vai sair?

Stela – Sim, tenho algo muito importante pra resolver nessa tarde.

Stela – Mas antes preciso passar no cartório.

Stela – Alias, já que você esta aqui, não quer me acompanhar? Vou precisar mesmo de uma testemunha.

Shirlei – O que você esta aprontando?

Stela – Vamos no meu carro, no caminho eu explico.

Rodrigo revirou tudo que pode e não encontrou nada relevante, já estava indo embora quando o caseiro o abordou novamente.

Caseiro – Já vai patrão?

Rodrigo – Não encontrei o que vim buscar.

Caseiro – Poxa, que pena. Se eu puder ajudar mais em alguma coisa.

Rodrigo – Acho que pode sim. Você estava aqui no dia que a Elisa sofreu o acidente.

Caseiro – Estava sim. Ela estava meio nervosa.

Rodrigo – Eu não me lembro de você aqui.

O homem ficou meio sem graça, tentando escolher as palavras corretas.

Caseiro – Então, mas eu lembro do senhor.

Caseiro – Na verdade quando os patrões vem pra ca a gente fica mais na casa dos fundos, pra dar privacidade a eles.

Caseiro – Mas o senhor parecia que estava meio com problemas naquele dia.

Rodrigo – Você quer dizer bêbado né?

O caseiro deu um sorriso sem graça e Rodrigo continuou as perguntas.

Rodrigo – Você viu quando a Elisa saiu com o carro.

Caseiro – Eu estava la no pasto mas vi de longe ela saindo sim. Até achei estranho, ela saiu em alta velocidade.

Caseiro – E não demorou nada e o outro carro saiu logo atrás, também correndo.

Rodrigo – Outro carro? Como assim outro carro?

Rodrigo – Eu não fui atrás dela.

Caseiro - Não sei, eu só lembro de quando vocês três chegaram.

Rodrigo – Vocês três?

Rodrigo ficou nervoso e olhando sério para o homem começou a fazer uma pergunta atrás da outra.

Rodrigo – Além de mim e da Elisa tinha outra pessoa nesse sitio?

Caseiro – Sim, estavam vocês três, o senhor não se lembra?

Rodrigo – E quem era a outra pessoa?

O homem começou a falar e Rodrigo arregalou os olhos com a revelação.

Antônio deixou um bilhete para a mãe e passou uma mensagem para Rodrigo, dizendo que estava indo para o escritório do advogado.

Antônio – Estou curioso, o senhor não quis me dizer nada por telefone.

Dr. Cássio – Antônio, nas fitas mostra você olhando o corpo do Gustavo no caixão, dai você sai e volta um tempo depois. Em seguida quem aparece é o Marcelo.

Antônio – Sim, até ai nenhuma novidade.

Dr. Cassio – Mas não foi só você e o Marcelo que foram ao velório do Gustavo.

Antônio – Não!!!? Mas estava vazio la e pelo que apurei nem parentes ele tinha.

Dr. Cássio – Olhando as gravações de duas horas antes de você chegar, encontramos isso...

O advogado reproduziu o vídeo e deu o tablete na mão de Antônio. A imagem mostrava só o caixão com o corpo de Gustavo mas segundos depois uma pessoa apareceu, parando ao lado do caixão.

Antônio – Meu Deus!!!. Não pode ser...

Antônio nem teve tempo de falar algo, Rodrigo apareceu no mesmo instante no escritório, um pouco alterado.

Antônio – Rodrigo!!!

Rodrigo – Antônio você não sabe o que eu descobri!!!

Antônio também estava muito ansioso e não deixou Rodrigo falar.

Antônio – Olha o que o Dr. Cassio me mostrou...

Antônio – Olha quem foi no velório do Gustavo.

Antônio colocou o tablete no rosto de Rodrigo, que balançou a cabeça mostrando-se perplexo.

==

Maria estava muito nervosa e saindo de casa deu de cara com Cris.

Cris – A senhora esta de saída?

Maria – Estou muito ansiosa minha filha, liguei para o Rodrigo e ele estava na estrada. Ele não falava coisa com coisa.

Cris – Mas onde ele foi? Onde ele estava?

Maria – Ele foi até sitio do Sidney e agora ligo pra ele e para o Antônio e nenhum dos dois atende.

Maria – No telefone ele disse que ia pra empresa, mas não entendi nada.

Cris – Fique calma, eu estou de carro eu levo a senhora.

Um tempo depois....

Marcelo – Alo, sou eu.

Marcelo – Precisamos nos encontrar.

Marcelo – Eu sei que você pediu pra eu não te ligar mas acontece que já estou de saco cheio de ficar esperando sua boa vontade.

Marcelo – Quero saber quais são seus planos.

Marcelo – Esta bem, vou lhe aguardar mas olha só...nem pense em me fazer de palhaço, eu não mais nada a perder.

==

Já era final da tarde e o escritório do Grupo Santarém estava agitadíssimo.

Carlos – Eu tenho certeza que estou tomando a decisão mais correta.

Carlos – Eu queria estar nomeando o meu filho, mas ele deus as costas pra mim.

Simone – Seu Carlos, pode ter certeza que eu vou dar o meu melhor.

Carlos – Tenho certeza que sim Simone. Bom, pode ir me aguardar na sala de reunião, já estou indo pra la.

Simone saiu da sala e encontrou Bruno, que estava todo elegante.

Simone – Que bom que você veio.

Bruno – Se é um dia especial pra você, eu não poderia ficar de fora né.

Os dois foram para a sala de reuniões e deram de cara com Sidney, Telma e Marcio.

Simone – Vocês aqui?

Telma – Qual a surpresa minha querida, somos acionistas dessa empresa.

Stela e Shirlei entraram no escritório e foram abordadas por Alice.

Alice – Vocês demoraram! Eu mandei uma mensagem para o Rodrigo falando que você estava vindo pra ca, ele visualizou mas nem respondeu.

Stela – Ótimo, seu pai já chegou?

Alice – Já sim.

Stela e Shirlei foram para a sala de reuniões e se juntaram aos demais. Logo em seguida Carlos apareceu.

Carlos – O que faz aqui Stela?

Stela – Você já vai saber!!!

Carlos tentou ignorar a mulher e tentando abreviar o máximo as formalidades foi para o que importava.

Carlos – Bom, eu Carlos Santarém, com todo o poder que me compete, nomeio a Simo...

Stela – Pare!!!

Sidney – Vai começar!!!

Stela – Vou poupar você de todo esse bla bla bla.

Carlos – Stela, por favor....

Stela – Quem vai falar agora sou eu.

Stela – Pode entrar...

Stela anunciou em voz alta e uma porta que dava acesso a outra saída de abriu, chamando a atenção de todos.

Ela foi o centro das atenções por milésimos de segundos. Maria e Cris entraram por outra porta.

Maria – Cadê o Rodrigo?

Simone – Seu Carlos o que esta acontecendo?

Stela – Mas o que é isso? Não se invade uma reunião de conselho.

Stela – Vou chamar a segurança.

No andar principal da empresa o elevador abriu as portas e Rodrigo saiu de dentro como um furacão, sendo seguido por Antônio.

Antônio – Se acalme Rodrigo!!!

Rodrigo – Não quero me acalmar, vou resolver essa história agora.

Rodrigo empurrou a porta com toda força e todos olharam para ele e Antônio.

O circo estava armado, todos os suspeitos estavam em seus respectivos lugares e o espetáculo estava prestes a começar.

Carlos – Rodrigo!!!

Stela – Filho.

Rodrigo – Que ótimo encontrar todos vocês aqui.

Rodrigo estava com ódio nos olhos e andando lentamente pela sala mirou o olhar em seu maior inimigo.

Rodrigo – Eu descobri tudo.

Rodrigo – Acabou pra você.

Rodrigo – Chegou a hora do nosso acerto de contas.

Continua...

E ai pessoal, façam suas apostas, mas vou preparar uma surpresinha pra vocês no próximo capitulo. Vocês irão odiar ou amar, rsrs

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Comentários

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Não tinha visto esse capítulo antes.

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Uau, quanta emoção! Espero que tudo se esclareça no próximo capítulo . Por favor, não demore a postá-lo. Um abraço carinhoso,

Plutão

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acredito que a vilã principal eh a Simone.... estou ansiosa pelo próximo cap...

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Ai senhor... agora estou mais confuso q nunca, não sei mais quem é p grande vilão, mas vou de MARCIO, kkkkkkkkkk homi demore muito não por favor se não eu vou ficar sem dedos pra digitar pq as unhas já foram todas.

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Na sua história eu suponho tudo, é uma excelente história nosso raciocínio vai a mil e se frusta no final quando erra( neste caso eu)... Nego se for a Alice eu me acabo, acusei todo mundo e deixei ela....vexame total pra mim se for ela.

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Acho que a boazinha da Alice vai mostrar quem é realmente...Seraaaaaá? Ansiosa pelo próximo. Por favor, sem demora, hein!!!!!

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Estou em dúvida sobre quem é essa pessoa que armou pra cima do Rodrigo. Quando a Cris perguntou sobre o acidente da Elisa para a Simone ela disfarçou e fugiu do assunto, e agora essa do Márcio ter sido apaixonado pela Elisa. E apessoa que armou para o Antonio deve ter sido a Simone, no mínimo os dois são cúmplices!

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Ai como esse Rodrigo é chato. Tá certo que a mãe adotiva dele errou, mas aí pra que todo esse ódio da família toda? "Ai, não quero nada que venha de vocês", "Não quero saber de vocês", pelo amor de Deus. E toda vez que descobrem alguma coisa no conto nunca se completa a cena. Antônio descobre algo aí quando vai falar o nome da pessoa que tava lá no velório pula pra próxima cena. Sério? É uma novela isso aqui?

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Nossa doutor... pare com esse misterio todo... ja nao tenho mais paciencia pra raciocinar mais nao por um momento senti cheiro de neuronio fritando aki... kkk espero o próximo capítulo desculpe nao comentar direito... mas e q estou ate agora tentando juntar as pecas desse quebra cabeças... um bjo... ate o proximo capítulo...

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provavelmente o resposavel por tudo foi o Marcio mesmo e talvez o carlos esteja metido junto n quero acreditar mas acho que ate a simone pode ta envolvida kkk ela é certinha demais e se ela amava o rodrigo e nunca disse a ele? volta logo kkkk prox capi promete ^^

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Contarei os segundos para o proximo capitulo

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Eu sou educado sim! O:) KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk Geeeeeeeeeeeeeeente que bafo, quem será que matou a Eliza? E quem será que aparece nas cameras?? Baaaaaaaaaaaaaaafoooooooooooooooooooooo

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OooMG..Capítulo a la Sherlock Holmes..Ameei..

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Só não mate o Rodrigo e António. Eu quero juntos felizes.

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ACREDITO QUE SIMONE OU ALICE. SHOW DE BOLA ESSE CAPÍTULO. A RAIVA MAIOR FICA POR CONTA DO SUSPENSE. ISSO NÃO SE FAZ.

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