A Dor de um Segredo - Capítulo 9

Um conto erótico de Bruno Del Vecchio
Categoria: Homossexual
Contém 1292 palavras
Data: 15/01/2017 16:37:51

...CONTINUANDO

Durante todo o trajeto eu permaneci em silêncio. Foi a melhor coisa que eu fiz. Mesmo estando triste com toda essa situação. Algo me dizia que no final eu iria ser feliz. Toda história tem um final feliz. Ou não... Mas eu prefiro crer de que vou ter um final feliz.

Em menos de vinte minutos chegamos a casa dele. Eu abri a porta e sai, ao erguer meus olhos vi a minha casa. Residência onde eu passei o melhores anos de minha vida e que hoje toda essa alegria se transformou em tristeza. Vai levar um tempo para eu superar tudo isso.

- Vamos entrar? – Falou Bernardo ao se aproximar.

- Vamos! – Falei secamente.

Ele abriu a porta e logo eu adentrei, estava escuro, mas ele tratou logo de acender os interruptores. Sentei-me no sofá e fiquei a pensar nos meus pais.

- Posso saber o que essa cabecinha está pensando? – Indagou Bernardo.

- Pensando em uma forma de me matar sem sentir dor. E acho que já sei qual. – Falei seriamente olhando em seus olhos.

- Você não é nem louco, eu preciso de você, eu não sei viver sem você... Eu te amo...

- Então prove isso... – Falei me levantando do sofá.

Ele levantou, e me puxou pelo braço para junto de si. Sentir seu cheiro me fez perceber que realmente eu estava gostando dele. Eu não queria admitir pra mim mesmo que eu estava apaixonado pelo cara que me fazia feliz e infeliz ao mesmo tempo.

Por alguns segundos fiquei olhando para seus olhos... Até que por iniciativa dele decidiu unir nossos lábios em um delicioso beijo. Coloquei minhas mãos nas pontas da camisa dele e a puxei para cima, deixando-o sem camisa, para eu poder apreciar seu lindo peitoral. Ele tornou a me beijar e fomos lentamente caminhando em direção ao quarto dele.

- Quero te ter... – Sussurrou Bernardo ao meu ouvido.

- Te quero! Mas penetração hoje não. Apenas me beije e me abrace. Deixe-me dormir em seus braços e assim ficarmos em paz... Não tô com cabeça pra sexo hoje.

- Como desejar! Por você eu faço tudo e da forma que quer. – Respondeu ele.

Fomos para o quarto, retirei minha roupa e me deitei na cama. Ele tirou a roupa dele, ficando apenas de cueca e deitou-se na cama ao meu lado. Ficamos abraçados um ao outro por horas, até que eu adormeci em seus braços.

Acordei horas depois com ele beijando meu ombro.Virei e fiquei olhando para ele.

- Vou tomar banho! – Falou ele me olhando.

- Ok! Vá indo...

Ele se despiu na minha frente e foi para o banheiro. Aprovetei que e estava com sede e fui até a cozinha. Peguei um copo com água e voltei para o quarto. Só não contava que um fio no meio do quarto me fizesse tropeçar e cair feito uma jaca mole no chão.

O copo que estava em minha mão se espatifou no chão. Ao olhar para frente vi uma sacola preta embaixo da cama. Sou muito curioso e isso é fato, corri logo para ver o que era. Peguei a sacola e abri.

Tamanho foi o susto que tive. Dentro da sacola estava todos os pertences dos meus pais. Os quais foram roubados no dia do assassinato. As lágrimas veio a tona em meus olhos.

- Aconteceu alguma coisa? Eu estava no banheiro e escutei um barulho.

Meus olhos estavam tomados pelo ódio. Minha cabeça estava a ponto de explodir. Virei-me e olhei bem pra ele.

- Diz pra mim que você não tem nada a ver com a morte dos meus pais. – Falei.

- O QUÊ?!

- Me responde CARALHO!!! Você matou os meus pais?

- NÃOOO! Eu não matei os seus pais. – Falou ele se aproximando.

- Não se aproxima! Ele continuou a dar alguns passos. NÃO SE APROXIME!!!

Ele estava aparentando estar muito surpresa com minha pergunta.

- Porquê você está me fazendo essa pergunta? – Indagou.

- Como é que os pertences dos meus pais vieram parar embaixo da sua cama?

- O QUÊ?! Como assim? Deixa eu ver....

Eu peguei a sacola e despejei toda sobre a cama. Tamanha foi a cara de espanto dele.

- Eu não matei os seus pais! Miguel você precisa acreditar em mim... EU NÃO MATEI OS SEUS PAIS! – Falou ele segurando-me pelos braços.

- FOI VOCÊ! Eu sei que foi você...

Ele me deu um tapa na cara que eu cai no chão.

- Eu não matei a porra dos seus pais caralho!

Olhei para ele e as lágrimas saiam dos meus olhos com mais intensidade.

Levantei-me e fui pra cima dele.

- Você matou eles! Eu sei... Porque fez isso??

Ele tentava me segurar a todo custo, mas uma força maior não me deixava quieto.

- Me solta! EU VOU TE MATAR!!!

- PAAAAARA! CÊ tá LOOOOOUCO??

- PORQUÊ??? Por quê?? – Falei desabando em lágrimas no chão.

Ele foi olhar os pertences que estavam sobre a cama.

- Eu não sei como isso veio parar aqui. Você precisa acreditar em mim! Eu não matei os seus pais. Por qual motivo eu os mataria?

- Isso quem tem que me dizer é você! Você veio de mansinho foi me consquistando, me dominando e olha no que deu? Meus pais estão mortos!

- Mas não foi eu que matei! Caramba! Eu te amo Miguel, porque eu faria isso? Eu não tenho motivo nenhum para ter matado seus pais.

- Mas eles estão mortos! E alguém os matou.

- Mas não foi eu! – Falou ele sentando na beira da cama.

Ele olhava pra mim e eu desviava o olhar dele.

- Minha vontade era mandar você pro quinto dos infernos agora. O que eu fiz pra merecer isso? Desde o minuto que você entrou... Entrou não! Você invadiu a minha vida.

- E você bem que gostou! Até dizer que me ama você já disse.

- Agora eu te ODEIOOOOO! ODEIOOOOO!

Levantei do chão e fui andando em direção a cozinha.

- Aonde você vai? – Falou ele me seguindo.

Fui até a cozinha e peguei a f aca que estava sobre o balcão. Ao me virar ele segurou meu braço.

- Me solta! Eu vou te matar... Seu desgraçado. – Falei.

- Eu não matei seus pais! Isso é tudo uma armação contra mim.

- Armação nada! Só pode ter sido você. Logo depois que saiu lá de casa.

- Eu estava aqui o tempo todo! Eu não sai de casa.

- Quem me garante? Eu não confio em você.

- Eu vou lhe provar que sou inocente!

- Eu não acredito!

Ele apertou minha mão com tanta força que acabei soltando a faca no chão. Ainda segurando minhas mãos ele me virou e encostou-se bem próximo a mim. Sua boca bem próxima ao meu ouvido ele falou.

- Se eu estivesse no seu lugar estaria agindo do mesmo jeito. Porém você não percebeu uma coisa que muda todo o contexto dessa armação.

- Do que que você está falando?

- Quando eu sai de casa pra ir lhe buscar a janela da cozinha estava fechada. A mesma está quebrada e aberta. Olhei para a janela e se fosse verdade o que ele disse, aquilo tudo era uma armação.

- Mas quem pode ter armado tudo isso? – Perguntei.

- Você tem ideia? Eu tenho...

- Se for quem eu estou pensando...

- Mas porque ele faria isso? – Indagou Bernardo.

- Pelo simples motivo de que ele tem certeza de que foi você que matou os pais dele. Você sendo acusado de ter matado os meus é meio que ele vai se sentir meio vingado e assim vai poder querer me conquistar. É isso...

- Você tem razão! Matamos a charada. – Falou Bernardo.

CONTINUA...

Quem matou os pais de Miguel? Será que Bernardo vai conseguir provar sua inocência para Miguel? Ou Será que ele está despistando Miguel querendo jogar a culpa para alguém? Isso vocês saberão no próximo capítulo.

Eu estive e ainda estou doente, por isso demorei a publicar. Amando ler os comentários de vocês.

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Comentários

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Esse Bernardo não me engana! Cara doente, só maltrata o Miguel. Eu ein!

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Me poupe.. iria pra cadeia mais mandava os dois pro inferno ... da onde eu fico sunimisso assim... .

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Muito inocente o Miguel Bernardo criou toda uma cena e a desconstruiu na frente de Miguel pra que ele acreditasse em sua inocência e Miguel acreditou muito tolo. Bernardo é um pscopata louco que ama a si mesmo e ñ a ninguém. Ñ me conformo em Miguel acreditar nele é dizer que ama o cara que o persegui humilha estupra espero que no fim Bernardo pague por seus crimes

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