A Dor de um Segredo

Um conto erótico de Bruno Del Vecchio
Categoria: Homossexual
Contém 1032 palavras
Data: 25/12/2016 21:08:46

A Dor de um Segredo

Capítulo I

Meados de 2005

Algumas pessoas me chamam de antissocial. Eu diria que apenas me poupo de sofrer mais do que já sofri. Sempre fui uma criança diferente das demais e isso me trouxe e sérios problemas. A falta de amigos é uma delas. Mas não me importo, é que encontrei nos livros um meio de suprir essa carência.

Estava em casa quando decidi que iria a meu cantinho preferido para ler meu livro. Ele fica a três quadras de onde moro. Sai e fui caminhando até lá. Sentei sobre a sombra de uma árvore centenária e comecei a ler.

A leitura estava tão boa que nem percebi que as horas tinham se passado rápido demais. Já estava escurecendo e logo eu teria que voltar para casa antes que meus pais dessem por minha falta. Sem que eu percebesse uma pessoa se aproximou sorrateiramente me pegando de surpresa.

- Ai que susto! Quem é você? – Falei levantando rapidamente.

- Quem sou eu? Isso ainda não importa... Se não percebes já está escurecendo e é perigoso para uma criatura indefesa.

- E por que a preocupação com minha pessoa? Para lhe informar, indefeso é um adjetivo que não se atém a mim. Se me der licença eu preciso ir.

Ao tentar passar por ele o mesmo se pôs na minha frente e olhou fixamente em meus olhos. Eu logo senti um frio na barriga, eu não sabia quais eram suas intenções a meu respeito. Porém devo confessar que ele me despertou algo ao qual eu vinha reprimindo há tempos.

- Eu não permiti você sair daqui sem antes me dar algo que eu quero há tempos...

Tentando imaginar o que ele queria de mim e ao mesmo tempo inebriado pelo seu olhar sedutor, não me dei conta de que sua mão direita levemente foi para trás de minha nuca. Sentir o toque de sua mão sobre minha pele me fez arrepiar, ele me puxou para si e envolveu sua mão esquerda na minha cintura. Nossos olhares novamente se cruzaram e sem esperar ele me beijou.

Após alguns segundos de um beijo intenso e bem sensual consegui me desvencilhar dele. Com o corpo todo trêmulo sai correndo sem olhar pra trás.

- Espera! Você deixou seu livro cair... – Falou o rapaz.

Fiquei tão transtornado que nem me toquei que havia deixado para trás meu livro. Levei os dedos a meus lábios ainda não acreditando no que acabara de acontecer.

- Quem é você Alasca? Romance de John Green... Então ele gosta de ler livros de romance... Bom saber. – Falou o Rapaz com o livro na mão.

Meio desnorteado ao chegar a minha casa, dei logo de cara com o meu pai.

- Aconteceu algo Miguel? – Indagou-o.

- Nada demais! Se precisar de mim estarei em meus aposentos... – Falei subindo ligeiramente a escada.

- Eu precisarei viajar... Voltarei depois de amanhã! – Falou seu Antenor vendo o filho subir as escadas.

Mais que depressa adentrei meu quarto e tratei logo de fechar a porta. Recostei-me à porta e dei um longo suspiro sendo seguido de lágrimas.

Perto dali estava o rapaz observando o movimento da casa, em suas mãos estava o livro de Miguel.

Logo ele avistará o Pai de Miguel sair carregando uma mala. Mais que depressa tratou logo de se aproximar e ganhar a sua confiança.

- Olá, Boa noite seu Antenor! – Falou com simpatia.

Seu Antenor logo olhou para o rapaz e o cumprimentou.

- Boa noite meu jovem, quanto tempo que não lhe vejo.

- Pois é... Precisando de ajuda com as malas?

- Até que não seria má ideia, tem duas no pé da porta. – Falou Antenor.

Prontamente o rapaz foi até a entrada da casa e rapidamente pegou às malas, enquanto seu Antenor ajeitava a primeira no porta-malas.

- Muito obrigado meu filho! Qual seu nome mesmo, é que eu me esqueci?

- Me chamo Bernardo Costa! O Miguel está?

- Sim, ele acabou de subir para o quarto, você quer falar com ele? – Indagou Antenor surpreso.

- Sim! – Respondeu o rapaz.

- Que bom que o Miguel está fazendo amigos. – Falou Antenor

- Pois é, e eu gosto muito da amizade do Miguel.

- Hum... Ele acabou de subir e está no quarto como eu havia dito. Eu preciso ir para aeroporto, tem uma reunião de negócios e já estou atrasado. Faz o seguinte, você entra, sobe a escada, o quarto dele é o terceiro à direita. Pelo menos você faz companhia a ele. E faz um favor, diz a ele que eu volto depois de amanhã e que a mãe dele vai fazer plantão hoje à noite e só volta pela manhã.

- Certo! Se o senhor me der licença eu vou entrar. – Falou Bernardo.

Antenor entrou no carro, deu partida e saiu catando pneu com medo de perder o voo.

Bernardo adentrou a residência e ficou impressionado com o tamanho e com o bom gosto para a decoração.

- Uau! Até que eles escolheram um bom decorador. – Afirmou.

Bernardo foi subindo vagarosamente, para que Miguel não percebesse a sua presença.

Deitado em minha cama fiquei a pensar no beijo que recebi. O meu primeiro beijo foi roubado. Por um rapaz de uns 20 anos, alto, cabelos castanhos e olhos verdes, barba por fazer, com leve ar de psicopata.

Bernardo entrou no quarto sem ser notado, fechou a porta e a trancou, retirou a chave e a guardou no bolso. Ficou encantado com o mural de fotografias na parede. E passou a admirá-las.

Miguel sentiu uma presença estranha e logo se virou para ver o que era e tomou um susto.

- Quem é você? – Indaguei nervoso.

Bernardo virou-se em direção a Miguel que apenas vestia uma cueca samba canção e o encarou. Rapidamente o mesmo cobriu-se com o lençol e o rapaz apenas sorriu.

Devido à penumbra do quarto não identifiquei quem era.

- Eu perguntei quem é você? Pode me responder?! – Falei extremamente nervoso.

- Me desejar uma boa noite não seria nada mal. – Falou Bernardo tornando a olhar o mural de fotos.

- Eu vou chamar a polícia!

CONTINUA...

Será que Miguel vai chamar a polícia? Será que ele vai se livrar desse encosto? Vocês só saberão no próximo capítulo. Meu nome é Bruno Del Vecchio e é nessa que eu vou. Bye!

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Comentários

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Ooooolha voltou a cdc denovo haha adoro... Só falta o Bernardo estuprar o menino quer ver.

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